Geraldo Neto

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⁠Voltei a beber só, nunca deveria ter deixado. Não tenho atratividade para reunir bons amigos em um dia incomum, principalmente em chamá-los para beber e conversar besteiras que fazem bem.

Eu estava bem quando bebia só, pois não criava vínculos com ninguém, ouvia minha música, escrevia versos que só o meu ego elogiava, chorava, revia fotos antigas e de pessoas queridas que já se foram, um oásis a meu gosto.

Mas não tenho raiva e nem rancor das pessoas, cada um faz o que quer e o que gosta e deve está com quem se sente bem, o problema não está no outro, está em mim!

Então, que o destino me deixe comigo mesmo, também sou feliz assim, e hoje recomeço a timidez das antigas e de minhas infindas tardes incomuns ao beber trancafiado em meu escritório em um dia de segunda ou quarta-feira, como se o mundo lá fora desmoronasse.

Mas, no final de tudo eu me sinto feliz pois tenho a certeza que receberei uma mensagem: "está com quem aí, está bebendo?", minha mãe - como essa indagação me faz bem, pois ela pensa que tem um filho normal...


28/04/2021 - quarta-feira, mês de esperas!

⁠O respeito e a coragem são dois raros sentimentos que devemos guardar no peito e nos nossos dias, serão e sempre será como um mapa para tudo o que ainda vamos ser e fazer.

Inserida por geraldo_neto

⁠E canto a nostalgia de uma vez
inebriado por teu olhar em fantasia
que timidamente ousava, talvez
O brio insano dos olhares em demasia.

E o teu corpo salpicado de ilusões
que os meus sonhos salteavam
Poetizando mil corações
que ao redor do seu se despedaçavam.

E do teu olhar, daqueles breves olhares
que o tempo cintilava junto aos meus
Se vai as visões inebriadas e desesperadas,
Do meu olhar procurando o seu.

E eu canto a poesia das invenções
que encenou as suas melhores versões
De um amor que meu amor viveu

E já dizia as vagabundas desalmadas,
Que saíam gritando pelas ruas abandonadas:
- as estrelas brilham, ainda brilham,
ainda brilham essas ruas desoladas,

Aos céus elevo o meu canto
ao encanto dos anjos, oferenda a Zeus,
De um amor que meu amor viveu.

Inserida por gnpoesia

⁠E eu canto a poesia das invenções,
que encenou as suas melhores versões,
de um amor que meu amor viveu.

Ao desencanto de encantos perfilham,
As vagabundas desalmadas,
alardeando pelas ruas abandonadas:
- as estrelas brilham, ainda brilham,
ainda brilham essas ruas desoladas.

Aos céus elevo o meu canto
ao encanto dos anjos, oferenda a Zeus,
Um amor que meu amor viveu.

Inserida por gnpoesia

⁠As estrelas estilhaçam o céu,
A lua quase cheia amanhece a escuridão,
E desce sobre a terra um denso véu,
O prazer ente o acaso e a razão.

E o céu encobre o universo,
espargindo luzes faceiras,
reluzindo os amores controversos,
por debaixo de um denso véu de estrelas.

Inserida por gnpoesia

⁠E o sol entardeceu de repente,
No céu amarelado de uma aurora que se vai.

As estrelas luzindo a noite docemente,
E o aceno de quem não volta mais.

A manhã se dilui no orvalho,
As flores caídas adornam causalidades.

As águas se vão lapidando o cascalho,
E a alma se nostalgia na sau-da-de.

Inserida por gnpoesia


E no cume do prazer,
Em sua espera - desesperadamente,
Os pedaços pude juntar,
Para formar você,
Eis, pois, o intervalo,
Entre a paixão e a razão de viver.

Inserida por gnpoesia

⁠⁠Pelas mãos que arrancam legumes do chão
Na bravura de Maria queimando o carvão
No suor de meio dia esperançando o trovão
A vida é o hoje de um agora mais não

Inserida por gnpoesia

⁠Ao te contemplar ao longe na madrugada, assim, tão ao léu, não posso dizer que te amo, nada posso, a não ser lacrimejar a noite e me perturbar com o frio do sereno de uma madrugada sem fim...

Inserida por gnpoesia

⁠A madrugada uiva vãs noites,
e as ruas vazias discursam encrespações,
ao longe já se ver os poemas de dois corações,
e o seu dilema que me atira açoites.

Há outros beijos e outros nortes
que na noite turva se cultua
o adeus de minhas mãos nuas
e o alvitre impecável de nossos corpos.

E no infinito já se ver
outros caminhos sem você
um prazer que aos poucos se desfaz,

Meu amor, adeus, pra nunca mais...

Inserida por gnpoesia

⁠⁠⁠O amor exige muito, o beijo recusado e a morte de cruz...

Inserida por gnpoesia

⁠Ofereço-te uma xícara!


As tardes espreitam a noite e a noite me relembra a madrugada e um céu sem estrelas e sem lua, ruas vazias e mais nada.

A brisa suave do horizonte traz-me a felicidade dos deuses do prazer, a sensação vadia de que perdi você.

O amor tem um sabor de existência e esse gosto vem do doce de um beijo ou do encanto de um sorriso e até mesmo do silêncio do entreolhar.

A gente se entreolha, isso é um máximo, os olhares não dizem nada pois escondem por trás da timidez a voracidade de corpos sedentos e de almas com aparência inocente pois o amor é inocente, ensina as trilhas do prazer desnudo.

Ofereço-te uma xícara, esbanje suas lágrimas para que seja o meu café das tardes miseráveis onde desejava o teu corpo e o teu beijo, a essência de mil loucuras e de minhas ternuras obsessivas, o aroma de meus dias ansiosos e o café de minhas tardes solitárias onde eu bordava novas paisagens de amor enquanto você galanteava confidências no leito quase perfeito da glória.

E nessa rotina entre o tudo e o nada, sem saber o que é o amor, nada mais importa - um sorriso a toa, a saudade sem passado e um desprezo, desprezo?

- Que beba água de pote, só entendo de amor e é de amor o que me adorna.

Inserida por gnpoesia

⁠Não exija nada, o mar beija e abandona a praia todos os dias e sempre permanece um belo cenário de amor...

⁠⁠às vezes tenho a sensação que o mundo tem medo de mim, não sei se medo seria a palavra mas um afastamento de todos, a cada dia fico só, é bom ser só pois ninguém te julga e muito menos exige algo, o prazer também emerge a flor da pele, o mundo gira e se afasta de mim... mas o mundo não para e isso é o que importa, tudo está bem, o sol espreita o horizonte e as estrelas brilham...

Inserida por gnpoesia

⁠O beijo não encontrou os lábios e mais nada. A lua não brilhou pois não tinha céu, mas, as estrelas reluziram por ser apenas estrelas, e o céu se tornou de repente um adminículo no alvorecer, pois entre a luz e o escuro, nada se sobressai a não ser o sereno, o beijo são confidências para um nada que se transforma em prazer.

Inserida por gnpoesia

⁠sou horrível, não me posso se dá ao luxo de amar e nem ser amado, não posso ter alguém pra cuidar e beijar com gosto de amor e com o prazer de dois enamorados, sou algo e mais nada...

Inserida por gnpoesia

A brisa confidenciou que o horizonte desvenda o infinito, o que há de mais belo no universo, agita o mar e perfuma as flores, levanta a poeira e amanhece os amores⁠, é o início e o fim aos gritos, escandalizando envergonhados mistérios entre montanhas inocentes e noites adornadas de estrelas.

Inserida por gnpoesia

⁠à sombra do meio dia se espera a noite,
uma noite escandalizando-se em estrelas, luas e segredos.
sem o enredo de um teatro vulgarizado.

à saudade da partida se espera a chegada,
a volta ou o nunca mais de um nunca a mais infinito,
e coisas se guardam na mente de anônimos apaixonados.

Olhos se fecham, corpos se entortam e um único gemido dilacera,
em cada um - uma espera.

Inserida por gnpoesia

⁠O sol depara-se com o limiar da noite
A noite se demasia com a madrugada
A madrugada em terno açoite
Amanhece na solidão do nada.


A lágrima caída no papel - sugou,
o riso se acabou ao meio dia,
o coração distraído pulsou,
se vai amores que a razão enganou.

Há horizonte no mar inquieto,
e luz no arrebol,

- a espreita do nascer do sol!

Inserida por gnpoesia

⁠O sol vai nascer,
em noite estrelada.

Mas por que o sol vai nascer,
se ainda é madrugada?

Amanhece de uma vez,
não tenho sereno para você.

É? O meu cigarro ainda tem chama.
poxa, aqui não tem fósforo!

E aquela lua espreitando?
espreitando não sei o que.

Ainda é noite?
olha o vermelho, não vês o sol?

Sol?, é apenas o que você queria ver, reluzindo.

A noite é ensolarada com você.

acabou o cigarro, e já se vou.

e o eterno se vai?

Se vai, dormindo.

Inserida por gnpoesia

⁠Se a morte me visitar apressadamente, esperarei com a bagagem de todos os meu sonhos nas mãos e garrafas de vinho para entorpecer um pouco, mas, não hesitarei de ir, apesar de tantas obra pra concluir, enfim, não sou privilegiado e não posso pedir para esperar.

O meu legado não é exemplo para as pessoas que considerei indispensáveis em minha existência e os meus maiores problemas sempre pairou sobre dois vieses - amar demais e sonhar, sonhar demasiadamente, cansei um pouco, e a gente silencia, pensa, silencia, e continua em silêncio e assim vai.

Ainda bem que sou uma exceção, conscientemente, um caso atípico, e se um dia eu fosse aconselhar o meu afilhado, diria: Gabriel, ame e sonhe, entregue-se ao amor e acredite em seus sonhos.

É isso, é como uma frase escrita em um livro de anatomia que ganhei e dizia referindo-se a antiga proprietária do livro:

- "não tiveres sorte, triste amplexo"!

Inserida por gnpoesia

E a tarde tem cheiro de café,
com sabor de pão amanteigado,
⁠e nas noites vazias só resta a fé,
de Lázaro esperançado.

Mas no céu tem estrelas a reluzir,
luzes mossoroenses em promoção,
dá até para comer um açaí,
depois de dois hambúrgueres por um vintão.

E do meu carro se borda o futuro,
pelas vontades de nossas invenções,
Lázaro ascendendo no escuro,
a luz que alumeia nossos corações.

E nas voltas tão esperadas,
nos caminhos mais medonhos,
vai e vem dois psicopatas,
empreitando realizar sonhos.

Inserida por gnpoesia

⁠Caro amigo,


Como dizia os conservadores cardeais italianos na década de 50 - "com o coração dançando no peito", o exorto no crepúsculo de 2021 com a mesma nostalgia, como se o coração dançasse em meu peito, para que no ano vindouro, você retire os seus sonhos do campo imaterial das ideias e os concretize na práxis racional da realidade, uma aparente inversão da metafísica aristotélica, e que seus dias sejam felizes, pois as lágrimas vão vir fragilizar a sua alma mas o seu sorriso será farto e tudo renascerá em 2022.

Com afeto,


Geraldo Neto.
Às 18h do último dia de 2021.

Inserida por gnpoesia

⁠me canso dias e dias,
e no sereno da noite,
o sol vem logo cedo clarear,
o que era escuro, frio, feito açoite.

Mas tudo é vazio,
sem você,
cadê ao menos o amor vadio,
que enlouqueceu e logo esqueceu.

Não sento ao lado da fidelidade
pois nada é de verdade
e escorre pelas idades
e nada nasceu.

Não sou e nem fui,
não ando e nem cheguei,
tudo é um nada que flui,
até o sombrio desejei,

algo desprezado ao léu morreu.

Inserida por gnpoesia

⁠Há um olhar envergonhado que se fecha
e palavras caladas que não sabem nada dizer
escuta a tua canção, um amor que não se deixa
mas se abandona sem nada mais pra fazer.

E ao léu há poesias e nostalgias
mas você está no outra lado da melodia
e nada posso fazer a não ser o estoque de rebeldias,
e vou me esquecendo extasiado em pleno dia.

Já que não posso falar pela dor,
Vou escrever e reiventar um grande amor.

um grande amor.

Inserida por gnpoesia