Camylla Gonçalves Cantanheide

326 - 336 do total de 336 pensamentos de Camylla Gonçalves Cantanheide

Mais doloroso do que ir embora, é perceber que ninguém vai tentar te impedir e te convencer a ficar.

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Não precisa me entender. Só fica por perto e me mostra que com você vai ser diferente. Que não desistirá de mim - de nós - na primeira dificuldade, como os outros o fizeram, como todos fazem.

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Ele fechou as fechaduras abaixo da janela. Fechou as cortinas logo após, e em um andar lento, afastou-se. As soluções não são tão simples. E em um emaranhado de pensamentos, um momento tortuoso de lágrimas, ele acende aquela lembrança boa, aquela lembrança em que a pessoa marcada pela presença e a ausência, dizia que jamais o abandonaria; o desejo pelo tão inesperado abraço, aquela certeza de que com esse alguém se pode contar e com a certeza de que se pode partir, ficando. Vai voltar, talvez amanhã ou daqui a um mês, quem sabe? E quando voltar, ele provará que quando realmente se quer dizer alguma coisa, palavras são inúteis.

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É como sentir-se feliz e triste ao mesmo tempo. Estar-se em repulsa como o gelo e o fogo, cutucar a ferida mesmo sabendo que irá doer. É nessa contradição que me encontro ao ter você por perto. A sua presença, é a chave para que o tempo traga dias melhores; dias de felicidade, dias de contentamento. Todavia, a sua ausência é repleta de nostalgia, de lágrimas reprimidas; com aquela vontade de arrancar-se o coração, só para não sentir, mas ainda sim doeria. É como tentar parecer-se intacto, estando despedaçado solenemente.

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É como sentir o tempo não passar. A dor não vai embora, a angústia sempre recíproca e as lembranças sempre voltam, retornando com mais intensidade; fazendo-me perder o sono; fazendo minhas lágrimas rolarem instantaneamente. Porque tudo que eu faço é imaginar quando você voltará, esperando que no final tudo fique bem.

Inserida por camyllag

Ela sentiu tudo desmoronar mais uma vez. Não havia mais sorrisos, esperança ou gargalhadas. Ela só tem o silêncio que perdura em si, um “pequeno” vazio e um grande estrago. Ela só tem a verdade em que estonteantemente anseia por prová-la, a dor que insiste em persegui-la, a solidão que está sempre a acompanhá-la, o medo de machucar-se a ponto de dilacerá-la. Ela tenta fingir que tudo está bem, mas no fim do dia a sua maior fraqueza aparece a atormentá-la. Ela queria arrumar uma saída para isso, um antídoto totalmente curável, mas toda vez em que ela supõe não poder piorar, a coisa vai lá, e piora.

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Hoje, ao acordar, pude sentir a saudade me abraçar mais uma vez. Pude imaginar a maneira de como você me abraçaria e de como me sentiria confortável junto a ele. Confesso que não estou bem, que a sua ausência tem me deixado abaixo; e sempre que me sinto assim, olho para o céu começando a imaginar, o que realmente estou procurando, até que sua imagem surge em minha mente e me fazendo abrir um sorriso; deixando claro, que só você pode mudar o meu pior, junto com o pedido incontentável para fique. Eu não vou partir, não vou deixar você ir, não quero que vá.

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O tempo não cura tudo. Existem pessoas que o tempo não é capaz de levar. Existem feridas que o tempo não é capaz de cicatrizar, existem lembranças que o tempo não é capaz de apagar. O tempo é a prova de que os melhores sentimentos nunca se perdem, de as que piores dores sempre te acompanham e que os sonhos não são meras utopias.

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E neste mundo, em que falsidade e hipocrisia andam juntas de mãos dadas, tento achar um espaço onde eu possa ser eu mesmo, sem medo de julgamentos precipitados ou qualquer devaneio avassalador, em que a solidão não me encontra e a saudade não me toca.

Inserida por camyllag

Desarme

Gorjeia teu canto
Contempla o céu em tua
Volta
Solta teu pássaro da gaiola

Por que manifestos em pranto?
Ele não voa?
Ou só tem medo de voar?

Quero entrar
Abre tua porta.

Inserida por cgcantanheide

Há mar.
Há mar cuja beleza é iridescente
Quente ou fria
Não consegui ficar na areia,
A chuva cai como um pranteador
enchendo meus sapatos
Nada podia fazer para impedir
Da tragédia entre o temer e o destemer
Só restou-me um funeral
De quem não quer deixar-te partir
E em ondas jamais sentidas antes,
Afoguei-me, perdi-me
No mar da tua totalidade
Na imensidão dos teus olhos castanhos
Na selvagem maré do des-conhecido
Na nudez da tua alma
Na doçura da tua despedida
Que de repentino
ou de tão perdido
Encontrei-me.

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