Arcise Câmara

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O impulso inicial de julgar o próximo

Dados agregados de nossos valores nos fazem sempre achar defeitinhos nos outros, uma agenda de compromisso está sempre cheia porque só dou valor a quem quero, ou eu desprezo tal coisa porque tenho preconceitos em minha cabeça.
As pessoas dedicam muitos “cuidados” a vida alheia e como reação instantânea de “não, obrigada” nos abalamos com quem toma distância. O julgamento é infalível e a gente sobrevive.
O olhar do outro sobre nós não significa mudar seus valores ou sua identidade, muito menos ser artificial ou representar, as pessoas sentem necessidade de escolher um lado quando olham para a vida dos outros.
A vida é comum, extraordinária e surpreendente, passageira e precisamos ajustar o comportamento, mesmo que a gente reclame sem razão, mesmo sendo tratada com um desdém insensível, mesmo que seu livro seja uma porcaria.
Sempre temos uma impressão negativa de alguém, até dos mais próximos, é sempre um dito e feito manipulado pela nossa cabeça, talvez nossa existência seja julgadora como um trem descarrilado que perde a direção.
Esta é minha história, com vírgulas, falhas, fases, tropeços, com alegrias e alguma mudanças, mas sempre alguém quer que eu mude algo em minha essência, as coisas vão tomando um rumo que eu não gosto, já sofri tragédias e conquistei com elas amadurecimento. Ãrrã, talvez seja necessário sentir tragédias, mas é um lição muito dolorida, muito pior do que lendas urbanas de dar medo.
Cabelo desgrenhado deve ser escovado, ou o “Eu nunca faria isso”, ou eu preciso mostrar as minhas cicatrizes, pois são piores que as suas, ou tenho a desculpa do transtorno bipolar ou da fobia social.
Algumas pessoas não enxergam nenhuma qualidade que eu assinalara como desejáveis, parece familiar? A vida, o ser humano e seus medos de desagradar, somos bisbilhoteiros, só fui saber tarde da noite aquela fofoca quem nem me diz respeito.
E a desculpa de que o mundo é desse jeito ou o “tem que ser assim”. A gente Perde a privacidade, entre alegrias e lágrimas percebe as alegrias da vida, transforma lugares em farra permanente com os amigos.
Estou pensando em fazer assim, em ir aquele lugar, eu curtir as minhas noites, mas tenho que ouvir a opinião alheia, porque o mundo têm pessoas cruéis e com saúde de ferro. Será que é feio admitir que já desejei a morte de alguém?
Preciso sair daqui o quanto antes, preciso ter legitimidade em viver, não quero me sentir tensa, menosprezada ou negligenciada, preciso de um lar feliz, composto de pessoas felizes.
Acredito que a bondade ainda não morreu, basta enxergar através dos olhos, arrumar discussão para quê? Ser competitiva com que objetivo? Controladora? Atacar as femininas como fúteis, ou as chefes do lar como independentes demais e as mães como superprotetoras.
É importante viver enquanto vivemos. Faz parte! Eu costumava ser a cruz dos outros, tinha problemas com as pessoas bem-sucedidas na carreira, o que eu podia fazer além de mentir que estava feliz com aquela conquista quando na verdade achava o prêmio pelo puxa-saquismo.
O não julgamento é um sonhos possível para quem se encontra em harmonia com o essencial, mesmo que não saiba bem conscientemente, mesmo que não se tenha tempo para pensar, mesmo sem a facilidade de desligar essa personalidade de juiz que habita em nós.

Inserida por Arcise

Os relacionamentos de hoje em dia dizem respeito à quantidade e não à profundidade

Não sei ficar só comigo mesma, sempre estou acompanhada por uma mente inquieta, por pensamentos que não param, por libertar-me de algo que me desagrada, sinto o coração agradecido por ser assim.
Apagar as pessoas que você não quer na sua vida é indolor e evita conflitos, mesmo que a princípio eu sentisse uma tristeza profunda, numa sociedade preconceituosa que tudo tem que dar certo.
Sentir alívio deve ser a assinatura de que você deve ter feito à coisa certa, criei imensas listas do que não quero no próximo parceiro, comecei a aceitar o fato, por mais que doesse que as coisas caminham para o bem, soube sair da situação com dignidade apesar de ser vítima de muita discriminação. Sim, eu era uma mulher divorciada ou que não soube segurar marido. Hoje tudo isso me faz rir.
Não vou cometer os mesmos erros de novo, despertei para o relacionamento com olhos cheio de lágrimas, mudei o cenário, conto a verdade sobre mim e escondo meus desejos secretos a princípio.
Em bom português, não há mais a mesma urgência para buscar compromisso com uma pessoa, fui casada, achei bom e achei ruim, como tudo na vida, mas estar pressa a alguém que não respeita nem seus pensamentos fez do casamento um pedacinho do inferno. Eu... eu lamento.
Tenho habilidade para resolver tudo, salvar o que está perdido, mas continuo confiando basicamente na intuição e nas emoções inesperadas. O melhor de tudo que me aconteceu foi enfrentar a verdade com coragem.
Modifiquei a mentalidade da minha época, evitei que amigas acabassem com a pessoa errada, por vezes mantive a expressão impassível diante de muitos conflitos alheios para não parecer à desiludida.
Assumi o que aconteceu com meu relacionamento superficial e não me envergonho do que vivi, de lá pra cá o mundo mudou, a humanidade evoluiu e a desconexão era favorável, aliás eu era totalmente independente.
Pensei em mudar de lugar, mas não ia adiantar, pensei em encher meu coração de maldade e ódio por ele, mas isso não faz parte do meu planeta, fiz o dever de casa certinho e tudo fez muito sentido para mim.
Existia dor dentro de mim e essa dor me acompanhava para onde eu fosse, Eu levava ele no meu coração quebrado, mas estava consciente e livre para escolher novos caminhos, para mostrar a mim mesma que não rejeito dores, apenas as transformo, tenho sede de alegria, uma percepção aguçada ao que me faz bem.
Acabou porque não houve química suficiente, acabou porque existiam muitas diferenças e nenhuma boa vontade em compactuar e acolher, eu levei comigo meu círculo social cuidadosamente cultivado, porém ilimitado na capacidade de se comunicar.
Eu era inflexível também e achou o dia em que eu achei que não valia a pena ter um relacionamento com ele, um momento da minha vida marcado por fraquezas, faltas, arrependimentos, tristezas, não vencemos pelo cansaço, aliás, desistimos pelo cansaço.
A vida não deveria ser uma questão de comparações ou competições, eu jamais faria tudo outra vez, meu ser exclui tudo que um dia vivi, é como se tudo tivesse acontecido com outra pessoa, esbarrar com grupos de ex-amigos porque são amigos dele não é mais desconfortável.
Sonho, emociono-me, desejo amor e penso que um dia todas as solteiras incríveis que conheço abrirão seu coração para o Amor com o pressentimento de felicidade.

Inserida por Arcise

Flashes

- Não faz o menor sentido, ter sexto sentido e desprezar cada detalhe.

- Sou um sujeito comum e equilibrado, acostumado a tranquilidade e intuitivo.

- Um desastre emocional é deixar de olhar a vida de forma ampla e obviamente só cuidar de si mesmo.

- Demonstro sensibilidade afastando o conquistador barato cujo único objetivo é a mania de conquistar.

- Senti-me segura, cansada de algumas teorias que nunca funcionam e cheia de sorte de ser eu mesma.

- Não existe nenhum homem em todo o planeta que valha todas essas lágrimas, eu te desafio a ajudar a si mesma.

- Isso é apenas um fato não um propósito, magoamos uns aos outros, questionamos Deus o porquê de tanta maldade e tantos sofrimentos.

Inserida por Arcise

Amor e Morte

Amigos que não sabem consolar com palavras, não conseguimos resolver imediatamente a vida quando acabamos de perder quem amamos, não há chances de voltar atrás, não há razões para sorrir, o espaço é apenas para chorar e depositar flores.
Passa um filme com uma memória seletivas só das qualidades, a pessoa é vista como a melhor pessoa do mundo, única e que desempenhou bem sua missão nessa terra, sem necessidade de perder a cabeça à toa, sem a teoria dos apegos, com a diferença notável de bom cidadão.
Custei a me socializar novamente, culpei-me por não ter vivido intensamente, foi um pouco chato ter pendências afetivas com o pai, a mãe, atitudes que jamais esqueceremos, mesmo que com o tempo nos desinteressam pela culpa.
O perdão nos faz refletir e até mudar caminhos, despachar a culpa de férias é dar o troco e mover para seguir em frente, todo coração é um guia, o mundo conspira em sintonia com nossos desejos.
Máscaras sociais não nos fazem feliz, nem sempre somos intencionalmente enganados, o compromisso e o amor também provocam cegueiras, nem sempre o que queremos significa paz, amor, tranquilidade e perfeição.
A culpa nos faz ter sentimentos de inferioridade, a morte pode acontecer subitamente com qualquer um, as coisas mudam, mas nem sempre de verdade, assumir as responsabilidades de ser eu mesma, não sucumbir as tentações, evitar o controle e me sentir importante mesmo em frangalhos.
Comecei a levar trabalho para casa, precisava me sentir útil, presente, viva, conversar abertamente sobre o meu parceiro que acabava de partir de vez, acostumar-me sem sua presença, aprender mais uma lição de vida.
Prometi muitas coisas e não cumpri, deixei de ser popular, tornei-me mil vezes mais afetuosa, não por bondade e sim por medo do remorso, não conhecia bem a mim mesma, não sabia que junto com a morte de quem amamos a gente morre junto um pouquinho, faltava consciência para essa certeza da vida.
Aceitei que as criaturas vêm e vão, que é uma tremenda sensatez viver intensamente sempre invadida por uma sensação de felicidade dando importância as coisas importantes e deixando em quarentena pensamentos inúteis e condutas não colaboradoras.
Sempre fui mulherzinha, agora precisava aprender a ser forte, a controlar emoções, a correr riscos dos julgamentos, as decepções de quem acha que sabe o que devo fazer, os sonhos frustrados de quem se aproximou por curiosidade.
Eu vivi o amor verdadeiro, eu não discrimino quem não se entrega ao amor, eu não sei viver com hostilidade e desdém, sou fã de generosidade, não curto representar um papel, mesmo que sejam tendências coletivas.
As pessoas sentem atração por quem compartilha suas atitudes, ficam inquietas com quem pensa diferente, não abro mão do que existe de melhor na minha vida que é minha paz de espírito, meus valores, minha “modernidade”, meus fundamentos talvez diferentes da maioria, sem pânico, aceitando o meu destino.
As crises vieram em etapas, voltei a me envolver com a família, não aguentava mais tanta pressão, de um lado a esperança de um novo casamento, do outro, a desesperança em encontrar alguém parecido num mundo de desiguais.
Estava com um vazio no coração, nada igual ao que algum dia eu teria sentido, era uma separação permanente, com rapidez e sem descansos. Eu era cortejada por todos, inclusive pelo consumo.
Vários relacionamentos eram reatados o meu não tinha essa possibilidade, só se eu morresse, só se a vida acabasse, sem me entregar e crescer no meu destino.

Inserida por Arcise

Flashes

- Eu não quero representar o papel de namorada ciumenta, se todas as mulheres agissem com segurança, não teria tanta infelicidade nos relacionamentos.

- Eu preciso entender que o ser humano possui várias camadas e nenhuma profundidade quando tem o ingrediente do ciúme.

- Estou desorientada com a necessidade de ser perfeita, esse apego ao corpo, à mente, as coisas, ao amor não correspondido, a querer ter domínio de tudo.

- Coloque sua teoria em prática. Vou te dizer uma coisa os tempos mudam, mas a essência prevalece.

- Eu preciso de algum espaço para me acalmar, escolhi a tristeza, a descrença, as mentiras, os julgamentos, o rancor, sofri preconceito, busca pelo poder, aceitei traições, fugi de mim, vivo a minha vida do jeito que der.

- Estou esperando ansiosamente pela sua explicação com respiração rápida e com aparência de que esperarei até morrer.

- Agora é tarde demais para reviver certas paixões, prometer transformações, estive estressada e ansiosa, hoje estou desacreditada em ti.

Inserida por Arcise

Cometi erros irreversíveis

Eu tinha a necessidade neurótica de mudar quem amo, tinha a melhor resposta para tudo, tinha tudo ao meu tempo, era do tipo “bateu-levou”, decepcionei muita gente com quem convivi, gritava enquanto o outro se calava, fiquei desorientada demais em cima do meu eu.
As experiências negativas me marcaram profundamente, afastei de mim pessoas excelentes, perdi apoio, abafei os beijos, os elogios, o encorajamento. Comecei a ter fobia de relacionamentos, pânico de sofrer, raiva de casais felizes, rejeitava o fato de estar sozinha por consequência das minhas atitudes.
Discriminava casais que não combinavam no meu soberbo julgamento, debochei de quem vivia de aparências, fui agressiva com quem me deu amor, ofendi publicamente quem estava ao meu lado, humilhei sem medidas, traí, precisava ser forte e grosseira para abafar meu complexo de inferioridade.
Não conseguia entender a falsidade que rodeava os relacionamentos, as crises que fazem perder a sobriedade, a pessoas que se afastam da família e dos amigos e nem parecem as mesmas pessoas, a falta de generosidade ou a generosidade em excesso.
Os amigos de infância que partiram para nunca mais voltar, ué, será que eu estava certa e o mundo inteiro errado? O processo de autoanálise é complexo, eu tinha um quê de superioridade que dificultava tudo.
Eu precisava aprender a amar de verdade, eu precisava que alguém me chamasse para uma conversa franca, apontando os traumas que me fizeram desse jeito, eu estava cheia de relacionamentos saturados de atritos, mas eu não fazia o menor esforço em evitá-los.
O pior de tudo é que eu me sentia bem comigo mesma, era radical, mas precisava falar e agir como penso, excluía pessoas da minha vida segundo meus julgamentos, não me esforçava para agradar, acolhia com alegria quem eu admirava, apostava em quem só me fazia mal e não respeitava minha intuição.
Cobrei e exigi de pessoas que não estavam preparadas, nem tinham nada a me oferecer, eu com a minha mania de achar que as coisas insignificantes iam se transformar em extraordinárias.
Tinha ideias fixas por controle, não superei os traumas das rejeições e traições, não acreditava em segundas intenções, eu sempre me doei totalmente sem perceber os riscos, estava presa emocionalmente, tinha medo de perder quem eu nunca tive de fato, um sentimento de culpa que me invadia e me dava à certeza de ter feito tudo errado outra vez.
Eu era responsável por fazer os outros felizes, mas por viver em crises profundas, uma necessidade em estar certa, uma educação desequilibrada, eu não tinha nenhuma vantagem em ser assim.
Fui insegura, ansiosa e eu não entendia nada de mim mesma até que descobri a força da palavra: Equilíbrio.

Cobranças

Eu tinha necessidade de todos ao meu redor, eu dava respostas brutas, não sabia calar, não acreditava no “dê tempo ao tempo”, precisava vomitar minha ira imediatamente, era da teoria do bateu-levou.
Acumulei decepções sendo assim, convivi com seres humanos incríveis, mas que tinham suas falhas assim como eu e você, eu gritava com todos, calava só quando já era tarde demais, eu não compreendia que esse comportamento me afundaria.
As experiências que mais me marcaram quer boas ou ruins nunca esqueci e por isso não esquecerei nunca meu comportamento irritadiço, que não apoiava o menor erros, sem beijos ou elogios, sem encorajamento e com muitas pedras na mão.
Tornei-me cheia de fobia, vivia em pânico, com raiva, sentindo-me rejeitada, discriminando Deus e o Mundo, eu era debochada, tinha agressividade nas palavras, ofendia com facilidade, humilhava por prazer, traía quem mais me amava, o meu defeito era um tamanho complexo de inferioridade.
Não conseguia entender a princípio, perdia a sobriedade, parecia duas pessoas completamente diferentes, também era generosa, abraçava boas causas, amava as amigas de infância. Ué será que eu era bipolar?
O processo é complexo, a gente precisa se aceitar com todos os defeitos, até mesmo os mais cinzas, precisamos viver sem a superioridade, precisamos aprender a viver dignamente, chamando cada defeito pelo nome e combatendo-o, mas não é fácil.
Os traumas fazem parte, você não é assim à toa, você se transformou nisso através dos atritos, das relações ruins, do não esforço em ser melhor, é difícil encontrar alguém que se sinta bem consigo mesma, alguém que não sofre de solidão, alguém rara e com radicalismo de amor.
Resolvi me acolher, apostar nas falhas, respeitar meus limites, exercer a nobreza de me aceitar como sou, não como comodismo, mas como autoconhecimento.
Deixei de Cobrar coisas de mim mesma que eu não poderia dar, comecei a ter manias de controle da segurança da casa, mania de lavar as mãos, mania de ligar para minha mãe todos os dias, manias insignificantes, mas que me perturbavam.
Tinha ideia fixa em mudar, em controlar as emoções, em superar a irritabilidade, estava cheia de segundas intenções em transformar atos ruins em atos bons, estava presa emocionalmente a vontade de mudar e isso me enlouquecia.
Comecei a ter medo de perder quem eu amava e passei a trata-los melhor com medo do remorso, vivia com sentimento de culpa, eu me sentia responsável por tudo até pelas crises financeiras na minha família, eu estava desequilibrada.
Atravesseis as crises sem amparo, estava me achando certa, educando a minha mente e treinando minha boa vontade adormecida, porém percebi que estava agindo totalmente errada e os outros estavam tirando vantagem da minha mania de perfeição.
Fiquei Insegurança, ansiosas e com medo de tudo, vivi desentendimentos ilógicos comigo mesma, eu precisava me proteger e eliminar as preocupações débeis de que tenho que ser 100%. Minha intolerância com meus defeitos era insana.
Passei a admirar as flores, a observar o caminho, a não me perturbar com as quedas e sim com o recomeço.

Autoestima sólida

Não é que eu esteja doente ou fundamentada nas práticas saudáveis, não é que eu veja o tempo como um carrasco que deixou cicatrizes e manchas pelo meu corpo, não é que eu me sinta menor, diminuída, inacabada, mas preciso fortalecer a autoestima.
Não faço parte da ditadura do corpo perfeito e nem da crítica excessiva e preocupação neurótica com a própria imagem.
O que realmente me importa é olhar no espelho e me reconhecer cheia de valores internos e externos, me sentir saudável emocionalmente, intelectualmente e bem disposta.
Nenhuma necessidade de ser perfeita, nem vontade de ser complicada, de querer morrer porque as rugas apareceram ou ainda se sentir um monstro por causa das celulites, tem coisas que nem quero notar, pois são tão insignificantes e merecem ser tratadas como se não existissem.
Sou vítima de alguns medos, tenho medo de perder a felicidade, tenho medo de dividir sentimentos, tenho medo de deixar de ser espontânea, tenho medo de emoções fortes e às vezes me sinto desprotegida, inquieta, intolerante, aborrecida.
Sou emotiva, choro ao ver um filme, meus olhos “suam” com facilidade, envolvo-me lendo um livro, ora estou tão irritada que nem eu mesma me suporto, mas consigo me doar com facilidade impressionante.
Descobri a solução mágica que produz felicidade e compartilho com vocês, o nome da solução se chama autoestima sólida, ela nos oferece alegria, a vontade de viver é uma informação super importante.
Sofro intensamente por problemas que ainda não aconteceram, coloco minhocas na cabeça, invento problemas que não existem, sou uma tímida falante e falo tudo que vem a mente, muitas vezes sem filtro, destruindo ilusões com facilidade, ou me acostumando com baixo padrão de comportamento.
Sou complexa, porém admirável, sei dizer a verdade com amor, sou um tesouro a ser descoberto pronta para enfrentar os mares dos mais calmos aos mais estressantes. Sou madura e às vezes inconsequente, generosa e egoísta, amável e agressiva, ou seja, o polo negativo e positivo da minha pilha me pertencem.
Meu lar é meu lugar para viver, mesmo que eu diga coisas impensadas, mesmo que eu tente sem conseguir aquietar minha ansiedade, mesmo que eu perca a lucidez e decepcione quem eu amo, jamais poderei aventurar-me sem a boa sorte da autoestima sólida que se permite ter todos os defeitos do planeta, mas também ter qualidades infinitas.

Inserida por Arcise

Evite especulações do que ele sente

Escute o que ele diz, observe o que ele faz, não existe hora certa para o romance, nem para terminar um. Não compactue com hostilidade e crueldade, não se sinta rejeitada. Nem todos os romances estão escritos nas estrelas, às vezes é apenas uma carência ou ainda, uma solidão.
Assuma apenas compromissos que te fazem bem, não leve em conta as bobagens de outras relações, não coloque no topo de prioridades a beleza, nem bata os pés por tudo. Num relacionamento somos equipes não chefes e subordinados.
Os opostos podem até se atrair, mas na hora da decisão quando um pensa para o norte e o outro para o sul, o mais forte, mais autoritário, mas ativo tomará quase sempre todas as decisão, até as mais polêmicas.
Não tenha medo, sei que somos indivíduos ansiosos, às vezes ciumentos e controladores, nenhuma punição deve fazer parte das nossas relações, agir como se não gostasse mais só vai afundar de vez o relacionamento.
Ele é uma cara legal, mas trata todo mundo mal, nada é tão semelhante ou oposto ao que se vê. Olhemos com clareza e sem a visão turva, ame de forma digna.
Alguns homens não correm atrás de mulher mesmo que nutram sentimentos por elas, eles têm egos inflados, sejamos médicos do nosso coração e vamos nos basear apenas em evidências.
Use lentes coloridas ou morrerá de desilusão, não tenha medo de ter ser parceiro roubado pois amores roubados não eram amores sólidos, não é que a maré vire, apenas fomos amados na superficialidade.
Todos têm defeitos, mas não dá para admitir romance no trabalho, liberdade de solteiro e novidades de cheiro estranho na camisa, nada de mistérios descontentes que minam a autoestima de qualquer mulher.
Altas histórias tenho para contar, várias ideias surgem a mente, o apoio da família ajuda, mas a falta de apoio também fortalece as relações, os amigos ajudam a unir ou separar de vez, o primeiro passo é conhecer você e o outro.
O ego deve ser trabalhado e até rompido, o querer dominar não é uma boa saída, mesmo você desaprovando o divórcio ainda assim, corres o risco de se divorciar, no campo do amor não basta um desejo o que move é a sintonia de ideias.
Em geral se rompe uma família em desgaste porém unida por alguém na mesa de um bar, alguém sem referências, alguém que talvez tenha o único propósito de curtir.
O que tiver que ser será, não alimente coisas negativas na sua cabeça, não lute com fantasmas, olhe o relacionamento de frente, corrija os erros, pule os obstáculos e seja feliz.

Inserida por Arcise

Mãe - Raízes realmente profundas
O meu coração redescobriu a vida com outros olhos, nasceu em mim um amor imenso, intenso e crescente, um amor de mãe que eu não conhecia, um amor sem prazo de validade, um amor em que só consigo ser feliz se o filho é feliz.
Na minha mente eu sempre entendi que a maternidade era coisa mágica, mas que eu poderia viver sem ela, não associava a imensidão desse amor comigo, mesmo em conversas leves e agradáveis sempre fui pressionada a querer para mim a maternidade.
O amor de mãe realmente tem profundas raízes, um amor sem desconfiança, sem incômodo, sem as conquistas vazias, sem a espera de retorno afetivo ou financeiro, nada mais é do seu jeito, as coisas agora são do jeito que é melhor para o bebê, para a criança, para o filho.
Sempre tive medo de gostar muito de alguém, mas amor de mãe é um amor sem escolhas, é uma maneira de amar mais que a si mesmo, é uma boa razão de amar, é algo grandioso reservado para mim.
A felicidade vem com naturalidade, com um sorriso, um entrelaço nas mãos, um conceito adorável, uma transformação tão rápida e pouco percebida, uma escolha livre, uma liberdade em servir, tudo faz toda a diferença, os fatos são relevantes, as fotos essenciais, a gente vira plantonista de boas palavras.
A mãe tem a necessidade de querer entender tudo, mas não é tudo que se entende, tudo é socialmente aceitável, tudo é alívio ou possibilidade, tudo é manifestação de amor, uma vida fora do coração.
O amor de Mãe é o que há de mais importante na minha vida, são meus objetivos e a preocupação em retornar para casa é tanta, que perdi as contas de quantas vezes desisti da fila do supermercado.
É uma pressão em ser bonita, em ter o corpo mais magro e menos barrigudo de volta, infelizmente muitas mulheres suportam essa situação, quando a maioria prefere não ter hora para comer ou tomar banho, deixar que a amamentação encarregue de queimar calorias, as coisas se ajeitando por si, quando a sua única prioridade é o novo ser que acabou de nascer.
Mãe tem o poder nas palavras, mãe tem o poder em nossa vida, a criação não depende muito de diferença de classes sociais, o que importa é o referencial de bondade, amor, respeito. Mães não evitam problemas, mas desejam evitar qualquer mal. Mães não nascem com aptidões prontas, mas temos a sensação estranha que sabemos fazer tudo.
É ilusão achar que mais tarde tudo possa mudar, que as confraternizações terão namorados em companhia, que cedo ou tarde ela vai desaparecer sem dar explicações, ou que alguma doença possa se hospedar em seu corpo.
A gente pensa que filho custa caro, que passaremos a enfrentar dificuldades com a inflação voltando com tudo e com preços surreais que nos assolam, a gente tenta ser legal, coloca um sorriso no rosto e se ilumina de dentro pra fora, mesmo tendo pavor a ideia de não conseguir dar conta financeiramente falando.
A gente não se cansa em corrigir a falta do “muito obrigada” ou o “por favor”, explica sempre a necessidade da gentileza, de dar importância aos amigos, a ter interesse pelos que sofrem e a começar a pensar na carreira.
Mães não pertencem ao passado, não conversam com naturalidade sem acompanhar os filhos pequenos com os olhos, não dispõe de confiança absoluta em nenhuma babá, não mantém o mesmo nível de exigência que tinha com o filho dos outros.
Mãe é a raiz do amor, é o domínio da ansiedade, é o sinal de entendimento e perdão, mãe é a profundidade do A-M-O-R.

Inserida por Arcise

O que as pessoas dizem dele

Estou analisando o meu campo de influência diante de tantos comentários maldosos sobre ele, segundo o que dizem, somos diferentes, eu tenho um lado brilhante e ele um lado fosco, o meu humor é leve e o dele pesado.
Quando um casal procura uma terapia a relação já está agonizando e foi assim, não diferente dos outros a situação em que eu me encontrava, eu passei a relação toda preocupada com a estética dos dentes, com as coisas que meus pais reprovavam nele, mas esqueci de me preocupar em como deixar meu relacionamento mais forte.
Hoje ele é menos crítico, discute menos, ouve mais. Hoje ele enxergar que os filhos eram preguiçosos e me sufocavam, mas antes a culpa era toda minha. Hoje ele aprova o meu jeito de ser, mas nem sempre foi assim.
Eu sofri muito, sofri até desistir, perdoei muito também até não conseguir perdoar mais. Tornei-me civilizada não por sabedoria mas sim por indiferença, eu não tinha mais necessidade de julgar ou tentar compreender, meu amor tinha falecido e eu só pude dar conta disso agora.
Os amigos apoiaram a minha decisão, sempre acharam que eu estava numa fogueira e o que mais me chamou a atenção foi eles perceberem que eu sempre era repetitiva no amor, sempre fazendo as mesmas escolhas.
As adversidades nos deixava infelizes, os velhos controles me sufocava, era preciso rejeitar os amigos, destruir tudo que eu achava certo e me concentrar em fazer a sua vontade, voluntariei-me a ser fantoche, com bom humor me sentia uma atriz a cada concessão. Mesmo assim somatizei falta de ar e dor no peito.
O nosso relacionamento chegou ao ponto do desprezo, da agressão verbal e da ironia, eu estava me esforçando em nome dos nossos quatro filhos, eu amarrava felicidade a família unida mesmo que a desunião fizesse brigas constantes.
Chegou a hora de me desvincular, era uma péssima ideia considerando que eu não tinha renda alguma, assumir o compromisso em começar do zero é muito difícil, mas ser infeliz é muito mais penoso.
Costumava me perguntar se algum dia encontraria alguém, eu ainda estava presa a ideia de felicidade com par, estava estressada só em pensar em ficar só, mesmo que ele não fosse a melhor companhia.
Contei nos dedos as noites de aflição, o desespero em conseguir dinheiro e a matança de um leão a cada dia, tinha dias que estava em baixa e os argumentos do arrependimento começaram a sondar minha cabeça.
Eu estava enganada, aos poucos tudo ia se ajeitando, as experiências desagradáveis iam ficando escassas, os encontros comuns a quem tem filhos com o pai das crianças não incomodavam, aliás esses encontros eram muito melhores que a nossa convivência de muitos anos.
Todos estamos sujeitos a mudanças, não podemos sentir medo, as coisas fluem naturalmente.

Inserida por Arcise

Difícil de explicar

Eu estava desligada e distante, com uma vontade louca de dormir sem precisar acordar, tudo isso não foi por você. Na verdade tudo isso foi porque eu não sei administrar muito bem minha cabeça e meu coração.
Eu sei que nada é totalmente certo e muito menos errado, eu sei que o que eu estou passando muitas pessoas já passaram também, mas eu não queria ter aquele aperto no peito, eu não queria enxergar a vida sem sentido. Eu prefiro a euforia em sentir-me viva em me ver feliz, sem me importar com as quedas.
Eu parei de tentar controlar a vida, eu acho que a vida se impõe apesar das nossas forças, não há pensamento positivo que mude um destino traçado, não há sofisticação que me mantenha distante da minha sina, posso parecer incoerente e com ideias deformantes, mas nesse tempo todo de tristeza e reflexão foi assim que entendi que não somos fortes como rocha o tempo todo, nem somos areias de um castelo construído próximo ao mar sempre.
Na tristeza reconheci amigos, dei valor a amizades esquecidas, mesmo que eu me sentisse abandonada eu percebia quem estava junto de mim me amando de modo pessoal e intransferível.
Fiquei furiosa comigo mesma, por vezes não fui fiel aos sentimentos e afeições, achava-me ridícula e inaceitável, mas depois de reconheci os verdadeiros amigos, tudo mudou.
Perdi onze quilos em dois meses, minha vida estava errada, caída e eu precisava levantar a todo custo, eu precisava me reerguer só.
Aos poucos fui piorando, fiquei malcomportada, mandona e exigente. Meu companheiro quis passar um tempo na casa dos pais, ele não tinha horas de felicidade há muito tempo, coitado! Eu me rodeei de colegas que me ajudavam a despachar o estresse.
Um admirador falou comigo da depressão, falou que a doença é uma gravata amarrada no pescoço e que muitas vezes não temos poder sobre ela, eu só o ouvi porque simpatizava com ele, aos poucos fui entendendo como poderia buscar a cura, como poderia voltar a ser feliz.
Eu me aproximei mais ainda desse amigo/admirador, espantei a poeira externa, deixei minhas atitudes mais favorável, arranquei das costas as coisas que pesavam muito e entendi o mais importante: os pequenos detalhes, a beleza do dia, alguém com quem contar e então o pânico e o descontrole cessaram, a doença foi diagnosticada e tratada e eu defino a cura com uma única e certa palavra: AMIZADE.

Inserida por Arcise

Enfrentei um forte machismo nas entrevistas de emprego

Sou formada em Secretariado Executivo e na busca por empregos ouvi piadinhas de todos os gêneros, especialmente os que denigrem a imagem da mulher como excelente profissional.
A primeira postura adotada foi parar de querer ensinar quem não quer aprender, nada de empurrar ladeira abaixo quem te ofende, nada de acreditar que os ciclos não mudam, precisava ter esperança nos milagres da minha profissão.
Eu não cobrei posturas de pessoas tão desigual de mim, não me sinto atraída por quem é tão oposto, pensa tão pequeno, respeito cada verdade, mas não me satisfaz entender certos modismos do tempo da carroça.
Somos profissionais em forma de gente com fortes laços emocionais, com incômodos peculiares, com razão, decisão e administrando cada caso.
Fazer o que amo me esquenta de alegria, fico confiante, interessada, radicalizo e mudo a minha postura, estabeleço a confiança, a vida flui com mais facilidade. É o começo da subida da ladeira. A-ê-ê-ê-ê.
É apenas uma sombra de preconceitos, alguns poucos que acham que sua profissão é melhor que outras, um acidente mental.
Nada é mero acaso, temos personalidades distintas, gostamos de coisas diversas, nunca seríamos felizes em profissão diferente, precisamos conseguir vencer essas barreiras ou descobrir que o que te faz feliz não necessariamente agrada todo mundo.
Basta ganhar confiança, viver realmente por si, e não deixar nada te deter, mesmo com uma sociedade indiscreta, pouco encantadora, com a sensação eterna de estar sendo enganada, basta ignorar tudo que rema contra e acreditar no talento, nas habilidades, nas matérias estudadas e sempre ter o interesse significativo pelo curso.
Diante da crítica dos outros não estacione, não quebre no sinal, cuidado com palavras perigosas que parecem indiferente, nada de "mea culpa"
Essa é a sua chance de escutar, de tomar decisões sem o clima de ansiedade, de percorrer o caminho certo, sem as decepções do julgamento, é o momento de não se enfezar, buscar inspirações e obter a "sorte pelo esforço".
Nada de transparecer o aborrecimento em linguagem corporal, muito pelo contrário devemos ser aquele ponto de luz, não arranjar encrenca, mas viver profissionalmente em busca do próprio mundo.

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Abandonar o medo inútil

Estava com medo de tudo, como eu seria com isto ou aquilo, estava com desgaste emocional e físico, me sentindo triste comigo mesma, sem descobrir o segredo da felicidade citado em muitos livros de autoajuda sem a intenção de me mover para me sentir bem.
Amigos se fizeram presentes e como ninguém levantava a moral, eu decidi não esperar que as coisas mudassem, agi no momento em que acreditei ser o certo e mesmo perfeitamente indefinida busquei apoio nos neuróticos anônimos.
O meu estado de espírito era péssimo, eu queria dormir 95% do meu dia, eu tinha tantas lições aprendidas, tanta sabedoria guardada, tantos conselhos na memória, mas não tinha a necessidade de mudar, mesmo rodeada de amigos, mesmo com tantas coisas positivas e diferentes ao meu redor, mesmo que meu passado só me trouxe alegrias eu não conseguia apreciar o presente.
O meu coração percebeu coisas antigas, como tudo era mais leve, mais bonito, meu casamento chegou ao impasse, no início "tudo flores" como todos os outros e eu sonhava com o futuro igual ao passado, eu tinha necessidade de reviver algumas histórias, eu desejava tudo do meu jeito.
Eu, muito dona de mim, não conseguia desempenhar um papel subordinado, nunca gostei de ordens, nunca me senti bem em me sentir dependente das ordens dos outros por conta disso iniciou-se em minha vida alguns conflitos em que bastava eu ceder para o sol aparecer.
Dei mais um passo avante, foi preciso coragem e disciplina, além do controle do ego. Era evidente que eu precisava me separar, nós nunca combinamos e eu nunca me enganei. O que ocorreu foi que eu casei com o sonho de casar e não com meu ex-marido em si.
Hoje eu me concedo o benefício da dúvida, sou plenamente capaz de entender vários mundos diferentes, até divirto-me com cada situação, amo a natureza e me curei escolhendo a paz como modo de vida.
Encontrei o verdadeiro tesouro, meu oásis emocional, meu equilíbrio e fortaleza e redescobri todas as sensações aprendendo a aceitá-las inclusive as mais difíceis.
Passei a ficar em casa raramente, não que eu me sentisse só, eu apenas precisava recuperar o tempo perdido, queria alcançar meus sonhos com meus braços.
Dãããã, enfim acordei, destruí o pequeno desgosto que virou uma grande depressão, alcancei a força de vontade, reconstruí os alicerces, arrumei um noivo, vou me casar e isso tudo é maravilhoso pois só demonstra que eu enfim, recebi amor de mim mesma o que atraiu o amor de volta.

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Páscoa! Ressurreição de Jesus

Jesus passou pelo nervosismo da morte e pelas exigências de quem não acreditava nele como Deus e Salvador, carregou os nossos pecados naquela cruz, sentiu-se aliviado em fazer a vontade do Pai, mesmo que tenha se sentido também abandonado.
Estimulou o Amor por onde passou, falou a verdade, foi a Verdade, desejou felicidades aos outros como se deseja a si mesmo, tornou-se humano e retraído na cruz.
Sentiu que o mundo não estava nem aí para ele, mas assumiu o autocontrole e a segurança necessária de quem entendeu direito os desígnios de Deus.
Quando eu tive consciência dessa história, senti uma grande gratidão, um amor imenso, nada era um conto, uma brincadeira, uma novela de fatos não fictícios. Tudo era comigo, tudo era por amor a mim, a mim que sou mole e distraída, a mim que ás vezes não acredito no Impossível, nas voltas que a vida dá, nas mudanças, no dar a vida por quem se ama.
Tento calcular o que Jesus ganhou e perdeu nessa crucificação e posterior ressurreição, ganhou credibilidade, ganhou paz, salvou o mundo, nos fez refletir como julgamos, como fazemos muitas coisas das quais nos arrependeremos, negamos o direito do outro de ser quem ele é. Jesus não teve coragem de negar o pedido doce e sincero de Deus que é pai, Jesus despertou a atenção do mundo para o Amor, ensinou a contornar as dificuldades, ajudou a entender a cruz, encontrou a morte e transformou em vida. Não consigo calcular algo negativo nessa jornada.
Se eu estivesse viva naquele tempo dificilmente acreditaria Nele, teria atitudes covardes, egoístas, orgulhosas, alimentaria o ódio e o rancor por alguém que não fez outra coisa a não ser me amar e gritaria: Crucifica-o! Crucifica-o! sem me importar com os seus sentimentos.
O túmulo de Jesus foi o amor, o trabalho de Jesus era o amor, o maior achado da vida de qualquer ser humano religioso ou não, o amor transforma o mundo, o melhor e maior legado deixado para a humanidade.
Que loucura ter a oportunidade em refletir sobre coisa séria e uma surpresa confiar que a vida foi um presente de Amor, uma atenção à caridade e humildade, a todo o tempo do mundo para fazer o bem.
Jesus não está morto, Jesus é nosso ouro em pó, teve uma vida digna com garra e persistência, uma felicidade plena em quem o tem no coração, seu caminho nem sempre é tão bom, mas é o melhor, nem sempre é sem lágrimas ou cheio de humor, imagina a repercussão de quem prega a cruz para que possamos segui-lo.
Jesus puxou um fio de lã e deixou a vida seguir, insistiu em mudar o mundo, deu alívio aos doentes e cansados, admitiu ser filho de Deus, transformou leprosos em homens absolutamente saudáveis, criou sua própria felicidade = fazer o bem.
Realizou sonhos, assumiu responsabilidades por tudo de bom e ruim que acontece, sensibilizou corações, ajudou muitos a entender os pequenos gestos, me fez entender que uns dias em cima outros embaixo é perfeitamente normal, que ser emotiva nem sempre é defeito, aliás, que bom que existe emoção dentro de mim.
Minha atitude com os outros deve ser sempre pura e sincera, o ideal é esquecer as bobagens de querer estar sempre certa e defender seus pontos de vista sem bondade, amor ou respeito.
Instintos do meu coração acabou me tornando inseparável de meus ideais, do meu desejo desenfreado por um mundo melhor, por possuir o mínimo de bens materiais possíveis, valorizando o que eu já tenho.
Essa é minha Páscoa e a sua?

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Influenciando minha vida

Escutava as histórias interessante do papai e algumas chatas da vovó, cheias de novidades da titia ou repetidas da mamãe, todo mundo gostava de conversar comigo e contar causos e eu aprendia muito com o que ouvia.
Um dia percebi que as diferenças não desaparecem, ao contrário só crescem, um dia percebi que meu esforço e motivação nem sempre era visto, um dia percebi que o mundo vai mal, que a saúde é desumana, que eu devo escolher entre ser livre e ser espontânea.
Cada pessoa é uma caixinha preenchida ou com vazio existencial, muita notoriedade desperta inveja, muitas coisas que nos influenciam a gente só percebe depois, temos um otimismo no passado, mesmo que o passado não tenha sido tão maravilhoso assim, são tantas indiferenças.
O mundo está precário, são tantas possibilidades, tantas tecnologias, tantas substituições, porém sem singularidade, sem preocupação com as doenças emocionais, sem amor, sem reciprocidade.
Talvez eu esteja parecendo grosseira, arrogante, vulgar ou qualquer adjetivo que queiras me chamar, mas as referências que me fizeram pensar desse jeito foram muitas, inclusive com a sensação de usar máscaras para cada momento como se estivéssemos interpretando ou buscando a felicidade de alguém.
Podemos parecer bondosos sem ser e até boba sem ser também, podemos ter razões para sermos felizes ou potencializar nossos pensamentos letais, podemos ir e vir com propósitos ou sem.
Podemos expandir conhecimentos ou fixá-los na parede em forma de diploma, determinando que no passado eu estudei a disciplina e me achando muito competente sem as atualizações e por cima resmungando em baixo tom um "não se meta comigo".
Também passamos pelo processo de sofrimento com ou sem dignidade, com fontes incansáveis de prazer nas compras, na bebida, na comida. Ao longo do tempo a gente se modifica e reconstrói, sem o ar de ofendida, sem inúmeras horas de insônia, sem entender os por quês da vida.
Tomamos decisões nem sempre aceitas no âmbito familiar, fazemos um exercício elegante de não discutir em vão, trocamos alguns amigos que nos acompanham desde a infância, mudamos de prioridade, tentamos levar vantagem nos fazendo de vítimas.
Às vezes intimidamos e somos chatas, temos nossas motivações e desencantos, nem sempre nos aceitamos, ora somos influenciadas, ora influenciamos.

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As queixas e os louros

A queixa da maioria

1. Engolida pelo tempo
2. Espinhos nas relações
3. Mente inquieta
4. Egoísmo
5. Falta de amor
6. Desilusão e frustração
7. Tentar alcançar o inatingível
8. Estar sozinha
9. Coração partido
10. Imaturidade
Os louros da maioria

1. Prestar serviços com qualidade
2. Falta de problemas de verdade
3. Confiança
4. Amizades de ouro
5. Melhorias nas realidades sociais
6. Diversão
7. Conseguir conquistas com esforço
8. Nunca perder as esperanças
9. Evitar o desgaste
10. Amar como parte de nossa natureza

Inserida por Arcise

Manda quem pode, obedece quem tem juízo

Não gosto dessa frase, não soa muito bem para líderes, parece mais tagarelice de quem ousa ameaçar para tentar fazer as coisas funcionarem.
Fico vermelha só de pensar em alguém me dizendo isso ou falando abertamente com o olhar intenso de quem acredita nessa verdade, é de cortar o coração que frases como essa se multipliquem e se eternizem por gerações.
Uma ingratidão aos colaboradores do século XXI, um cortar o coração por corporativo, um jeito errado de liderança, no mínimo desconfiaria do chefe com essa ladainha.
Essa declaração categórica, absoluta ou enfática não deve nos moldar como profissionais. Devemos olhar as pessoas com carinho, tornar o ambiente de trabalho a nossa cara, não é a primeira vez que ouço coisas desse tipo é como o clichê conquiste seu marido pelo estômago.
Tudo é negociável no mundo empresarial é assim, não é do nada que conseguimos boas parcerias, verdadeiros trabalhadores, pessoas que nunca , jamais congelariam seus ossos em ociosidade.
Muitas coisas me ofendem, talvez vocês já saibam, sou mega dramática, não curto autoridades forçadas nem informações pingadas, estou sempre disposta a olhar tudo de outra forma quando o achar certo e acreditem eu me esforço para enxergar o que de fato acontece ao redor, não o que beneficia meu umbigo.
O percurso é longo, sem volta, o mundo do trabalho é ansioso demais para não sair do ponto de partida, os desafios aparecem, os caminhos trazem um recado da vida. Por muitas razões práticas e imprevisíveis, nossas opiniões são afetadas.
Seja bem-vindo, você terá trinta ou trinta e cinco anos para aprender a brincadeira, qualquer coisa que aconteça poderá ser sua culpa, ou você pode ser visto como o contrarregras.
Fico feliz em saber que estou bem, nunca se sabe, se a vida pode levar a caminhos bem diferentes, bem entediantes, já pensou viver muitos momentos desgastantes com quem cita a todo instante o título deste tema?
Quase cochilo com tantas reuniões desnecessárias, as fissuras começaram a aparecer com o tempo, é preciso como tudo na vida de manutenção, precisamos também sentir saudades do ambiente em que passamos onze meses nos esforçando.
Parece encrenqueiro, mas eu mudaria tanto, começaria por mim lógico, mas não trataria como amigos pessoas as quais preciso dar ordens, não que eu fosse arrogante ou superior, mas o que observo é uma displicência em corrigir amigos, em ser justo entre os queridos e os não-queridos, uma indisposição que poderia ser combatida com a formalidade.
Estou aqui para o que der e vier, para um ombro-amigo, para entender que tens problemas familiares, para compreender que aqui hoje você não tem cabeça para trabalhar e por isso te libero, não dá para ter chefes egoístas, indiferentes, sempre preocupado com dinheiro.
Reconheço que o dinheiro move o mundo empresarial, mas opto pelo lado conservador, colocando tudo às claras, explicando que o sucesso da empresa é o sucesso de todos os envolvidos. Não sofro do mesmo mal dos invejosos, do que amam falar mal da empresa, dos que a apedrejam, dos que inconscientemente gostariam que ela desaparecesse.
De repente eles não estão colocados no lugar certo, é muita luta inútil colocar colaboradores eficientes em lugares não produtivos, ou ainda, tornar chefe quem não tem esse perfil. Não estou indicando minha realidade, estou em mudança, meu ritmo aumentou, pareço esnobe, mas estou cada dia mais humana.
Estou cansada até os ossos, minhas atitudes talvez não influencie nos resultados, talvez eu precise fazer terapia para entender que uma andorinha só não faz verão, mas mesmo que minhas atitudes sejam vazias, mesmo que a gerigonça quebre, mesmo que meus pensamentos lutem contra, ainda assim lutarei por um mundo corporativo menos autoritário e injusto.

Não conhecia meu poder de aceitação

Eu não entendia que a vida me dava respostas, eu não entendia que existia um eco entre o que eu faço e o que recebo, eu não entendia a expressão de que só vivemos uma vez, eu posso me alimentar bem e ter muita vaidade, posso me exibir, posso viver intensamente, posso levar vantagem, posso ser o que eu quiser tanto para o mal quanto para o bem.
Em sentido pleno também posso ser gabola, autoritária, posso perder o emprego, posso apreciar o valor de um passarinho cantando, posso viver numa busca constante de felicidade, posso me aposentar e ter crise aos 40 anos.
Um dia posso ter transtornos emocionais, falhar com os melhores amigos, ser fraca para o elogio e amoral, também posso realizar muitas coisas impressionantes sem a neurose do tempo com ideologia, ingenuidade, otimismo, bondade, em suma posso ser o que quiser, mas também não tenho a vida sob controle.
Posso desmascarar os sentimentos, posso ter prazer em ser adulto ou saudade do tempo de criança, posso ser criativa e meu gênio forte fazer parte de mim, posso ser realista com o fracasso, ser rotulada pelos outros ou ainda alertada pelo meu estado emocional.
Posso obrigar as pessoas a fazer minhas vontades, posso evitar retornos, posso prestar contas da minha vida, posso fazer por mim o que ninguém fará, posso evitar o matrimônio e filhos, posso reforçar a minha força intelectual, posso negar inúmeras coisas, minha alma pode amar o trabalho me fazendo escrava, posso amar gatos, posso tentar me manter calma, posso igualar as possibilidades.
Absorvo as mudanças culturais, enfrento a vida seriamente, trato o esgotamento emocional, uso a sabedoria para me manter em pé, esgoto as minhas forças, olho-me integralmente, fazendo escolhas conscientes e relativizando coisas.
Sou incapaz de abrir meu coração, banalizo emoções, perco a energia, me liberto do egoísmo, separo de mim mesma, utilizo a prática da cordialidade e do respeito, inicio o processo de apatia em situações não favoráveis, aprendi a calar, desencantei com a paixão, coloquei sentido em tudo que eu fazia.
Tenho ideias diferentes de família e amor, eu sempre vislumbro outras possibilidades, abro parênteses, evito problemas, perco o interesse, desordeno prioridades, assumo minhas lutas, evito brigas, faço perguntas óbvias, diminuo a qualidade de trabalho, perco o vigor.
Não me entedio como acontece comumente, não me sinto cansada, engulo o mundo, sofro espinhosos conflitos internos. Aceito-me como sou, com fraquezas e forças, com recaídas e passo adiante.

Inserida por Arcise

Preocupados em aumentar seus próprios bens

Vou às ruas, não vou fazer vistas grossas diante de tanta corrupção, mas isso não é de agora, todo mundo rouba, me admira você se sentir decepcionada, alguns dizem. Com serenidade eu respondo, sou contra corrupção, sou contra ladroagem, sou contra desvio de verbas públicas, sou contra guerra entre Aécio e Dilma, sou contra o “Eu não te falei!”, “Eu te avisei!”.
Não estou em busca de terceiro turno, estou em busca de punição, de que os responsáveis sejam culpados e “exonerados” dos cargos, sou a favor da limpeza no congresso, da reforma política, da ficha limpa, sou contra pessoa inocentes e doentes pagarem o pato por não ter medicação, não ter leito, não ter vaga enquanto o desvio da Petrobrás come solto, sou contra quem sempre se insinuou honesto dizer que não sabe de nada e não ler o que assina ou ainda alegar que foi mal assessorada. Sou contra gente tentando trocar acusação entre partidos para mudar o foco.
Estou exagerando? Não! Estou sofrendo ameaça? Não! A Petrobrás não faz auditoria há oito anos produção? A Petrobrás não tem auditoria interna? A Petrobrás é sonolenta mesmo com seus gastos?
Não é só pela Petrobrás que vou às ruas, vou às ruas contra a campanha milionária que faz os políticos venderem a alma para se elegerem em troca dos superfaturamentos que conhecemos, vou às ruas pelos descompromissos com a campanha, vou à rua contra a moralidade mentirosa pregada aos ventos, vou à rua porque deu zebra para a Petrobrás, deu zebra para o real desvalorizado, deu zebra para a imagem do Brasil no exterior, deu zebra na inflação, deu zebra na conjuntura econômica desfavorável.
Enquanto isso eu resolvo o quê? Curtir meu domingão na piscina aliás, sou branca, rica (só segundo o IBGE), burguesa, mulher que bato panela com bucho cheio e tive a chance de votar em quem eu quisesse em outubro. Sim tive a chance de votar, votei no menos pior, votei em quem acreditava e iria para as ruas contra ele, contra a ditadura de vitimizar a Presidente dos Proletariados contra a Burguesia.
Você jura que essa conversa é em off, que você não está nem aí para o futuro do país, que você se basta com 35 reais, com bolsa família, pronatec, pro uni, bolsa idioma e todos os programa sociais até certo ponto justos, porém eternos, porém medíocres, porém “vou continuar votando neles para não perder o benefício”...
Sinto-me impotênte diante dos fatos, a nação não se sente valorizada, a explicação é lógica, estamos cansados do "rouba, mas faz", estamos cansados de permitir esse descaso com o dinheiro público, ainda bem que esse dia chegou, ainda bem que há chances de fazer os políticos emagrecerem dois quilos com preocupações, ainda bem que dá tempo de arrumar a casa e dar uma cartada de mestre para provarmos em uma manifestação apartidária que temos vários meios de combater a corrupção.
Eu vou te dar um conselho não vai dar em nada. Será? Será que não poderíamos vencer no cansaço por tamanha indignação? Será que a presente classe política atual nos representa como gostaríamos? A causa é grande e o efeito é catastrófico, um erro e a omissão, mais erros e mais omissões, mil erros e mil omissões. Estão nos roubando a dignidade de viver.
Estão tentando nos intimidar, estão tentando perturbar a sua mente com um monte de mentiras, nos colocam como seres manipulados pela imprensa, nos colocam como indignados de redes sociais, nos colocam em foco com maria-vai-com-as-outras, ou ainda que não podemos perder o embalo do oba-ba.
Odeio cenas, pelo seu direito de gritar eu aprovo esse governo e pelo meu direito de gritar toda a minha indignação a roubalheira que fere sem formalidades meu direito à saúde, educação, infraestrutura, salário digno, moradia.
Sem desrespeito, sem descontrole, sem ansiedade, sem nervosismos, vou às ruas pelo meu calcanhar-de-aquiles, vou às ruas pelo respeito as pessoas, vou às ruas para não morrer entalada pela boca diante de tanta covardia, vou às ruas contra esse comportamento ilícito de enriquecer o próprio bolso, vou à rua porque sou parte do povo brasileiro que acredito num país melhor.

Inserida por Arcise

Minha mãe é a melhor mãe do mundo

Sou a sua “Nega Linda” apelido que só ela me chama, sempre nos comunicamos, somos vizinhas de apartamento e almas que brilham quando se encontram. Minha mãe é meu tesouro mais valioso, minha preciosidade, minha esperança em dias melhores.
Uma das coisas que mais eu amo nela é justamente sua admiração pela sua mãe. Minha vó faleceu quando eu tinha míseros 3 anos e como todo belo trauma, a única lembrança que eu tenho da minha vó materna é o dia do seu enterro.
No entanto, mamãe ao longo dessas quase quatro décadas fala quase diariamente do seu relacionamento com minha vó, o quanto elas eram amigas, o quanto minha vó sabia costurar, bordar, fazer quitutes. Conta os episódios de aprendizado entre minha vó e minha irmã primogênita em que ao dois anos de idade aprendeu o alfabeto ensinado por ela e assim ela soletrava os remédios que minha vó precisava tomar e buscava esses remédios da penteadeira para a cama onde vovó estava dodói.
Conta com tristeza o fato do meu irmão não poder tê-la conhecido, dos meses que passou em Belém longe do papai porque em Belém o tratamento oncológico era mais avançado que em Manaus.
Eu vejo a minha vó na minha mãe, eu vejo o quanto a minha mãe tem a dedicação da minha vó pelos filhos e netos, o quanto a minha mãe é preocupada igual minha vó, o quanto as histórias da minha vó se repetem com as histórias da minha mãe. Minha vó ao ficar doente pediu que se fosse uma doença incurável que ela não gostaria de saber, pois o seu estado psicológico prejudicaria tudo, inclusive um tratamento paliativo, minha mãe é da mesmíssima opinião, não quer saber de nenhuma doença grave.
Minha vó pediu ao meu avô que ele não arrumasse ninguém após a sua morte e adivinhem minha mãe já fez esse pedido ao meu pai inúmeras vezes tendo nós filhos como testemunhas. Ai ai ai, dá sempre muita risada e muito pano pra manga essa história, porque ela se contradiz quando dia que quer morrer velhinha, junto com meu pai, de mãos dadas, mas bem velhinha mesmo, passando dos 100.

Inserida por Arcise

Penso nessas pessoas que dizem não se arrepender de nada que fizeram

Acho impossível. Voltaria mil vezes, amaria mais e melhor, calaria minha boca infinitas vezes, deixaria a amargura de lado, doaria mais dinheiro aos pobres, fazia verdadeiras escolhas.
Posso mudar sim, e daí? Mudar para melhor, me arrepender, fazer nova história enquanto tenho vida, decidir ter um bom coração, decidir recomeçar sendo uma pessoa melhor.
Somos diferentes, precisamos nos equilibrar, precisamos conter o ciúme, falar com simplicidade, saber dizer adeus, deixar de ser arrogante, precisamos omitir palavras difíceis, que analisam para julgar.
Eu sinto muito por tudo que fiz e continuo fazendo bem longe da perfeição, tudo passa, meus remorsos também, minha vida muda a cada dia, cada dia um degrau é construído, cada dia gosto mais de algumas coisas e deixo de gostar de outras, cada dia sou menos adepta a objetos caros.
Às vezes sinto alívio, outras decepção, às vezes queria que as coisas estivessem daquele jeito, outras tapo buracos no meu coração, sou uma pessoa nervosa, com evidências de patricinha, porém nem toda regra dura para sempre.
Tudo o que me resta é mudar, tornar-me menos arredia, me obrigar a ser verdadeira, com a intuição que determina meus amores e meus rompimentos, meus laços e meus nós.
Não me importo com muita coisa do qual me agredia, eu já destruí o amor várias vezes quando não soube amar, quando tinha ilusões infundadas sobre esse sentimento tão nobre.
Não tenho orgulho do que conquistei, não sou tecnicamente movida a aplausos, não recebo cartas de amor incríveis num frio delicioso, não sou amante de maquiagem, nem tampouco a inteligente, sofisticada, com alto nível de exigência, não tenho regras rígidas nem sei andar emperiquitada por mais de quatro horas.
Gosto de cheiro do travesseiro limpo, rir em voz alta, entrar no Facebook e encontrar pessoas que não estão pensando em si mesmas, gosto de aparência de gente do bem, gosto de ver minha sombra projetada nos outros, gosto de falar de assuntos do meu interesse.
Posso me concentrar em mudar, agradecer a possibilidade de amadurecer, ficar atenta para evitar maluquices, gosto de tranquilidade no coração, inexperiência em julgamentos e pé nos freios para ser um casal.
Gosto de poder encantar e curar as agruras no meu coração, gosto de desgrudar do que é chato, gosto até de ter um certo desconforto, isso me faz mudar.
As melhores coisas que já me aconteceram foi ter a oportunidade de mudar.

Inserida por Arcise

Apoiar ao estilo de vida de cada um

Vamos cuidar de nós mesmos, esquecer o que é de responsabilidade dos outros, de nada nos interessa relações estabelecidas pelo dinheiro ou se somos pacíficas diante de várias situações, ninguém é culpado por ter fetiches ou por ter objetivos diferente do nosso.
Sofremos de grave carência, não nos acostumamos com a rejeição, somos impulsionados a plena realização independente se escravizamos alguém para promover nossas vontades sem respeitar a liberdade do outro, sem as mesmas igualdades de oportunidades.
Quantas vezes abandonamos nós mesmos ou não nos sentimos adequados e realizados por pensarmos diferente da maioria, quantas vezes sinto-me freada pelas modas ditadas ou ainda alienada pelo consumismo e pregações de certo e errado. Alguns se comprazem em culpar, outros generalizam indevidamente, outros crescem com a bandeira do individualismo.
Nosso egoísmos atinge níveis alarmantes, estamos cheios de verdades subjetivas, interesses pessoais, destaque à aparência, prioridade aos próprios problemas, algumas vezes nos desumanizamos com tanto consumo e muita individualidade, procuramos soluções imediatas para nossas crises de décadas.
Reinamos sem estruturas burocráticas complexas, diminuímos o relativismo, evitamos a superficialidade, abraçamos o meio ambiente, somos a favor dos direitos humanos, da dignidade da pessoa humana, do matrimônio para sempre, da gratificação afetiva.
Somos sensíveis em níveis extremos, somos profundos e compromissados, somos parte da globalização, dos vínculos familiares, da construção de pontes no qual carregamos uns aos outros, com muitas formas de agregar valor e várias realidades distintas, várias fé, cuidado e fortalecimento com o que já existe.
Temos projetos a longo prazo, gostamos de cultura, do grupo social que fazemos parte, das fragilidades reconhecidas em nós mesmos, usamos esta fragilidade em nosso favor, sem violência, melhoramos o nosso ponto de partida.
Realçamos as formas exteriores, a boca com batom vermelho, o decote mais ousado, as supostas revelações da personalidade cuja vivência individual ainda não era compartilhada. Obtemos benefícios financeiros diante dos que se sentem desiludidos, somos influenciados pelos meios de comunicação que pregam consumismo desenfreado.
Qual o sentido para sua vida? O que você deve desvendar? Tateie com as mãos e com a intuição e escolha um estilo de vida que não magoe ninguém, que gere sentido a sua existência, que oriente você ao que é certo, sem imunidades, mas com mudanças significativas.
Ilumine sua vida com boas práticas, encontre a solidariedade, adeque-se a realidade, morra em paz e sem arrependimentos.
Ofereça seu tempo com alegria, com a cultura da partilha, com as possibilidades do amor, com os condicionamentos altruístas, com autonomia e relaxamento e aliviado por plantar as sementes do bem.
Encontre-se com os outros, exclua da sua vida o Complexo de Inferioridade, os círculos viciosos do ciúme doentio, opte por decisões profundas e sinceras, por sonhos tranquilos, por existência feliz e apoie o estilo de vida de cada um sem julgamentos.

Inserida por Arcise

Os nossos problemas podemos suportar

A gente acusa o outro por não reagir como nós, a gente critica em demasia por tanta sensibilidade, a gente acerta e erra ao julgar, deixamos de estimular quem nos pede ajuda, no fundo temos grandes interesses por nós mesmos.
Somos intrometidos com a vida alheia, nos achamos melhores, falamos sem rodeios numa comunicação pouco simples e muito honesta, temos a inclinação natural de tomar partidos principalmente quando estamos rodeadas de pessoas negativas.
Por perto parecemos normais, com alguma coisa a mais ou a menos, com a pose de sabe tudo, sentindo-se a mais livre das borboletas.
Corrigimos e apontamos o dedo em riste por amor, convencemos alguém por amor, continuamos nossas atividades por amor, fazemos abordagens repetitivas até que o outro mude por amor. Por amor a nós.
Somos pessoas orgulhosas com o desejo de convencer os outros, somos a reação impetuosa, somos o resultado do que almejamos, somos complicadas. Confesso!
Transformei cada ofensa em algo importante, alcancei a infelicidade olhando problemas, eu queria prova de tudo, uma disposição de vinte e quatro horas, o encorajamento matutino, compartilhar bondade e evitar expressões rígidas.
Passei a usar o mantra "deixa pra lá" e as coisas foram se encaixando, eu passei a preferir ser omissa do que ser chata, eu não tenho os poderes mágicos de mudar o outro, a única coisa que eu tenho é o orgulho acerbado de ter minhas necessidades satisfeitas.
Damos nossa compreensão a quem atende nossos interesses, rejeitamos quem não nos atende. Nem sempre vem à tona o que tenho de pior, somos atores sem palco.
Semelhantes nem sempre se atraem, respirar fundo não te faz mais tranquila, desaprender é utilitário e eu tenho o poder da observação somada com a intuição.
Olhar os problemas alheio é mais fácil e de rápida solução. Não se leva em consideração as emoções, os conflitos, a dependência, a finança, os fatores externos, a preguiça, os sonhos, os medos, a escuridão.
Nem sempre é possível se transportar na totalidade para a realidade do outro, eu diria até que é impossível, são muitos os caminhos, as adversidades e os métodos que cada um se impõe para ser feliz ou infeliz.

Inserida por Arcise

Trocando a expressão de alegria por uma feição de desejo felicidade

Hoje Grace vai morar numa outra cidade, viver suas novas escolhas, distribuir sorrisos meigos em outras direções, hoje parei para pensar no quanto poupei elogios a esse ser tão milagroso...
Conheço sua história que em muitas coisas é parecida com a minha, estabeleço uma relação de amizade antiga, duradoura e eterna, as nossas necessidades mudam, mas estamos sempre debaixo daquele sol. Fazia tempo que eu não me divertia tanto, quando estamos juntas não precisamos de muitas coisas.
Ela não economiza Amor, não foge, não finge, não tem medo, ela valoriza cada pedacinho de mim, de nós, de quem convive, a gente não tem tempo para lamentações, suas atitudes nos unem cada dia mais.
Agora vamos nos tratar à distância, será por telefone, mensagens, redes sociais, agora talvez falaremos mais, ou, menos, mas o que importa é que seremos amigas até a morte, o que importa é que sempre focamos no que não foi dito, no que não precisa ser explicado, nossos sentimentos de irmandade.
A vida segue em frente, sem padrões estabelecidos, não passaria pela sua cabeça nem pela minha uma mudança tão repentina, um reviravolta profissional digna de esforço, um prazer da conquista por mérito e inteligência.
A despedida traz uma leve tristeza disfarçada de saudade, precisamos mudar o modus operandi, nunca falar em adeus, os reencontros acontecerão a cada viagem, a cada palavra trocada, a cada pensamento, a gente não termina aqui, a construção dessa amizade não acaba nunca.
Hoje deu vontade de fazer nada, somente ver o avião partir levando você junto com uma mala de sonhos e prosperidade e como toda chorona de nascença não consigo resistir, as lágrimas caem ansiosas por essa mudança de vida, por esse teu sonho realizado.
Sei que está doendo em algum lugar do seu coração, fazer cortes não é fácil, distanciar da família é doloroso, mas podemos nos contentar comendo maniçoba, tomando açaí, assistindo o por do sol na Estação das Docas ou gastando com sapatos.
Nossa separação tem um acordo mútuo, positivo, infinito, um bem-maior, uma experiência única, um incomodo que passa ao te ver feliz e realizada.
Psiu! Olha aqui! Sempre te amarei, sempre te admirarei, sempre estarás em meu coração, o mundo é assim mesmo, caminha a passos apressados, nos coloca nos trilhos certos.
Tchau Chatinha! Até Breve!

Inserida por Arcise