Assassino
Peso pra vida
Levo tudo ao fim
Assassino sonhos
Acabo com minhas aspirações
Vejo tudo correr
Imagino o melhor acontecer
E vejo o pior aparecer
Sem direção. . .
Sem rumo
Sem vontade
como uma arma me sinto um deus
minhas lagrimas correm quando você morreu,
um tiro sou assassino,
tempo parou no momento que morreu,
olhei para seus olhos trêmulos,
como assassino voraz deixei morrer,
tudo que quis foi te amar,
quantas histórias são contadas
nos dias que se passaram senti o peso do mundo,
nada mudou apenas meus olhos morreram
um tiro na escuridão todas lamentações do mundo,
olhei para seus olhos e mundo parou por momento,
todos estão no cemitério olhando para teu corpo sem vida,
meu espírito esta em algum lugar com minhas perversões,
um sorriso iluminou por um tempo meus desejos voltaram,
como luz que entra sem pedir, o contraste é apenas a morte.
Assim como todo assassino tras de uma arma na cintura para matar, todo canalha carrega uma cruz no peito para pecar.
JÁ MEU
Esqueci-me de respirar
Nas setas, nos espinhos
Dardo sangrento de morte
Assassino da minha alma
Dos meus pensamentos
Feridas que eu não nego
Das nossas conversas sutis
Vejo a carne morta da vida
Como ignorar a dor que sinto
Quando só os meus braços
Te pedem amor, carinho
Cego véu que rasga de preto
Os fios de sedas entrelaçados
Come os meus delírios
Como saborosas carícias
No meu corpo, cantam as almas
Para conquistar, apaixonar-me
Tornar a vida num doce passeio
Doce inocente homem que já é meu.
Só meu...Já meu.
❤ (▾◡▾)
"Assassino de sentimentos"
Me declaro culpado!
Livre de qualquer defesa.
Livre de qualquer tipo de perdão.
Confesso que matarei todos eles.
Pois eles vem para destruir meu coração.
Me joguei no tribunal como réu.
Até minha real sentença de felicidade chegar.
Ou até algum deus me levar para o seu céu.
Jasiel
Ofício de poeta
poeta é assassino exímio
mata e oculta o cadáver sem deixar vestígios
depois, transforma o velório de caixão fechado
em evento espetacular de corpo ausente
dizendo tratar-se de uma homenagem ao morto.
No circo armado pelo poeta:
- O vento dança com as formigas
- As cigarras dançam com os cigarros
E a poesia reina soberana, enquanto impunemente segue pela vida
fazendo novas vítimas.
O ASSASSINO TEM QUE DAR SEU TEMPO SE QUER FICAR
O tempo para quem sofre e o tempo para quem causa o padecimento são sempre distintos. A urgência é do primeiro, o sufoco e o desespero. Não deixe que o segundo inverta os papéis.
O tempo para quem sofre passa empacado no remoer e esperar, pausado na história que pingou o sangue, mesmo que passeando por outras. O tempo para quem tomou um escorregão é sempre o tempo do precisar. Precisa de muita coisa do mundo que antes que não havia tamanha necessidade. Precisa de muito mais testes antes de dar uma nota, de muito mais labirintos antes de abrir uma porta, de muito mais evidências, de muito mais tempo. Precisa que até aqueles nos quais confia, deem uma nova amostra de que podem ser confiáveis. Precisa de um universo de comprovações, porque seus olhos não cansam de catar qualquer peça do hemisfério que possa causar um novo hematoma. Precisa que o criminoso faça algo para diminuir aquele impacto ou, no mínimo, precisa que alguém o ajude a fazer o tempo ser tempo de novo. Quem está nesse tempo é quem pode exigir, quem está nesse tempo é quem pode reclamar e indagar.
O tempo para o destruidor passa, mesmo que sentindo a culpa, mais brando. O matador não precisa de hospital, de remédio ou de explicação. Ele navega saudável pelas retas inclinadas. Não o pertence a falta de ar. Ele não tem direito ao protesto, não tem permissão honrosa para dar queixas. Ele tem um tempo que passa, um tempo que não o enche de dúvidas e itens que trituram seu relógio com o passado fazendo ecos inescapáveis. O tempo da revolta não o pertence, a sua obrigação é apenas a de afagar o tempo do sofredor ou de ir embora, não de se fazer de ferido também. Porque ele tem o tempo, para ele a vida anda, ele não precisa estancar o buraco.
Para quem sofre, um dia emenda no outro e a cama não significa uma pausa para um novo nascer do sol, é somente um descanso entre abrir o corte mais uma vez. Para quem sofre, o tema foco é sempre o mesmo, ainda que não seja citado. Para quem sofre sempre há o incômodo de tentar entender como pode o cruel continuar a dirigir. É sempre preciso parar no ponto que machucou e reler, é preciso que o malvado releia também. Não há uma paz total até que o vilão pare o seu tempo e volte para a injúria ou até que o tempo passe o suficiente para que aquele que sofre, já não seja mais sofredor. Mas ainda assim, mesmo depois de anos, mesmo após o tempo aprender a passar de novo, só quem pode fazer reivindicações sobre o tempo em que houve a mágoa, é quem parou seu tempo por estar debilitado, por estar doendo. Nunca, jamais, o assassino pode fazer requerimentos enquanto o espírito da sua vítima fala.
Quem tem que ter paciência não é o sofredor. Ele pode gritar o quanto quiser. O seu relógio está pausado no roxo da sua garganta. O sofredor é quem necessita. Ele não tem que esperar por nada, ele pode querer agora, ele pode querer com velocidade, é tudo emergência para quem tem a faca cravada em si.
Quem tem que ter paciência é quem feriu. Paciência para provar que pode continuar ali e para não dar um "ai" de objeção enquanto tenta se redimir. Paciência para ouvir as inúmeras vezes sobre o seu erro saindo da boca do golpeado, sem poder tentar se justificar por meio de deslizes alheios. Paciência para entender que o tempo de quem foi sofredor sempre fica um pouco parado e retrocedido. Paciência sem exigir, jamais, que o maltratado tenha paciência. Paciência para sempre ter tempo de ter paciência. E se o violento não tiver a paciência, é simples, tem que correr para a segunda e única outra opção: a de se mandar. E deixar, de longe, bem longe, que o tempo do ferido possa aprender a dar seus tic-tacs gradual e novamente, sem nunca voltar com algum grito de guerra sobre o tiro que cometeu.
O esfaqueador tem que dar seu tempo se quer ficar, se quer misericórdia. Tem que doar com gosto seus ponteiros para o ensanguentado, porque das horas do atingido ele já tirou uma parte.
O tempo para quem sofre e o tempo para quem causa o padecimento são sempre distintos. A urgência é do primeiro, o sufoco e o desespero. O machucado não deve permitir que quem não sabe entender seu alarme prossiga em seu tempo.
Há uma madrugada em meus olhos
Há um assassino nas sombras
Morda a mão que te alimenta
Morda a mão que te faz sangrar
Olhe bem dentro dos meus olhos
Há um corte em sua garganta
Impossível amar aquele defeituoso
Nem por completo nem por metade
Assassino de oportunidades e virtudes
Vítima da própria mentira e fantasia
Culpado das situações e mazelas
Destinado consciente a ruína
E que agora vive
Dos restos dos restos
O dinheiro pode abrandar a pena do assassino e do ladrão, mas não há arrependimento capaz de purificar suas mãos.
Esqueça tudo que já leu sobre anjos, eles não são bons como pensava, Baldrak sempre foi um assassino, é o seu estado natural e isso nunca mudará. (Dias Diogo, "Livro - Baldrak: A profecia dragão.")
(…) E, no fim, o íntegro se desculpa
E o assassino faz vitória
Porque dizem que liberdade é solidão
E cara de choro é vexatória.
Força de dentro vira nada
Esquecem que ela vem da maior fraqueza
Mas eles dizem que faca nas costas
É pura falta de destreza.
Então,
Desculpe-me, mas não posso ficar.
Galileu foi louco
Einstein foi burro
E eu sou o drama desnecessário.
Desculpe-me, mas não posso ficar.
O traído é caçoado
O traidor é aclamado
E eu sou a culpa desse falsário.
Desculpe-me
Desculpe-me!
Mas eu, realmente, não posso ficar!
Eu ponho exclamação em todas as coisas
Porque todo o resto, é banalizar.
Desculpe-me
Perdão!
Eu não sei lidar com este mundo!
Não posso ficar calma
Porque tudo o que sei
É ficar
Fundo.
PESAR NATURAL
Assassino incerto,
Sem tiro certo.
Pagar pelos restos.
Imortal animal.
Inseto.
Minhoca e borboleta
Mosca e barata.
Lagartixa e, tatu bola.
Pisar esmagar.
Sem a consciência culpar.
Pesar dos pesares azar.
Pernilongo.
Tapa orelha.
Perder o sono.
Tudo fica em pune.
Vaga-lume.
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