Areia
pisando na areia
sentindo os pés se conectar
Aquela brisa abraça o meu abraçar
As água vem até mim
Quando me ver passar
"Nos grãos de areia, dançam segredos ancestrais, sussurrando histórias jamais ouvidas ao vento da eternidade."
Ouvindo o barulho do mar,
Sentado na areia,
Com esse céu azul bonito,
Que se perde no infinito,
Tenho vontade de dar um grito,
Onde estás minha sereia.
Anseio o toque que não vem,
o calor que escapa por entre os dias,
como areia fina em minhas mãos cansadas.
Cada batida do meu coração ecoa no vazio,
um grito mudo que ninguém ouve.
Olhos vagam, buscando algum reflexo,
um sorriso que se curve em minha direção,
mas encontro apenas sombras
que dançam à beira da solidão.
Minhas palavras caem pesadas,
se espalham no silêncio dos quartos fechados.
Será que alguém as acolhe,
ou desaparecem, como eu, no esquecimento?
A pele clama por carinho,
como terra seca implora pela chuva.
E eu? Eu só quero o calor de um abraço,
um porto seguro em meio ao caos de ser.
Não peço muito, apenas ser visto,
ser amado como sou, imperfeito,
carente do simples, do toque,
da presença que dá sentido ao que falta.
Mas o amor se esvai,
e aqui estou, sozinho,
desesperado pela esperança
que o afeto um dia possa me encontrar.
A ostra, para fazer uma pérola, precisa ter dentro de si um grão de areia que a faça sofrer.
Certo tempo, em outra estação, para os grãos de areia que acompanharam a evolução e a passagem da tempestade de areia no deserto – o eu lírico – andara sem destino nestas terras áridas. A tempestade de areia passou e a estação mudou. As miragens deste deserto me fez lembrar o jardim que eu cultivava, da flor que, por um momento, pensei que fosse a minha rosa, mas, era um girassol que eu regava. Neste jardim de belas flores tinha uma abelha rainha pousada em um girassol a espera do seu tão sonhado zangão, ela estava sentindo o aroma que borrifava em seu rosto através do néctar. Pousei bem entusiasta no girassol, bailando para mostrar os meus talentos de zangão para a pequena abelha rainha. No fim, os nossos pólens não se conectaram, estávamos em estações diferentes, ainda não era tempo de colheita. Talvez esta não conexão viesse para dá mais vida ao zangão, mais momentos para voar. Desse amor, só se troca pólen uma única vez com a abelha rainha, depois disso, somos ceifados para outra estação, morremos. Como zangão, imagino que tive a oportunidade de me reinventar e bater asas para um novo jardim, de ser ceifado em um momento em que a conexão de pólens ocorrerá de forma plena e intensa com o néctar da vida. A estação não chegou, porém tudo mudou quando o zangão voou.
EU QUERO
Um pôr do sol na beira do mar
Sentar na areia ouvir uma canção
Dedilhada nas cordas de um violão
Esperar a noite chegar...
Quero num dia qualquer
Sair de mãos dadas pela rua
Sentar na praça olhar a lua
Ser menina ou ser mulher...
Nas noites frias um chocolate quente
Um cobertor numa noite chuvosa
Uma sopa quentinha bem gostosa
Aqui no sofá só a gente...
Quero uma risada sincera
Um olhar apaixonado
Um abraço bem apertado.
Quero liberdade- ser o que sou
Não ligar para o que irão pensar
Se eu sonho ou deixo de sonhar
Quero o hoje e nunca o que passou.
Autoria- Irá Rodrigues
E a areia a escamar, tudo aquilo que restou
E no fundo forjar, uma pérola no peito
E fazer valer todo tempo que escorreu nas mãos
E no sopro do vento me olhar
E Cristo continua escrevendo seus pecados na areia enquanto você aponta o dedo para o pecado dos outros.
eu acho
que faz tempo
que sonhamos acor
dadas, que nossa paz
é barulhenta,
que da areia dos nossos olhos insones
a noite fabrica suas pérolas (de
amor, e de outras guerras)
Se não pode ajudar melhor ficar calado, não coloque areia na relação ou na vida de uma pessoa, melhor ficar na sua do que falar alguma coisa que não pode mudar nada relacionado ao assunto mencionado.
Manjedoura
Recém-nascido na palha
Coberto de simples velo
De pedra e areia soalha
A chegada do Divino elo
É o Menino Deus encarnado
No fundo da pobre realidade
Mártir, Majestade, Filho amado
No estábulo fez-se verdade
Nem ouro reluz tanta conformidade
Nem a pobreza anuncia infelicidade
É o Salvador cicatrizando a obscuridade
Tem em si o caminho, toda resposta
Na manjedoura aposto, é fé disposta
Homem, Deus, na humanidade aposta
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
15/10/2010, 09’54”
Rio de Janeiro, RJ
Ao conversar com uma pessoa estudada e dedicada ao saber, diplomada, eu me sinto um grão de areia perante a ela. E ao perguntar-lhe qual seria seu momento de distração ou entretenimento, ela me responde que gosta de beber uma cerveja, fumar e drogar-se. Aí, então, eu me sinto uma duna de areia.
Aprenda com a vida, a ficar feliz com o sucesso dos outros e não jogar areia nos olhos da prosperidade alheia. Porque sucesso é acontecimento e prosperidade é abundância. Fazendo isso, os bons olhos que tens com as conquistas alheias irradiará energias positivas, e as mesmas não te largarão. E as luzes de concordância que projetas em direção a outrem, de alguma forma brilhará de volta em torno de ti. Diz a lenda, tudo que danos, recebemos de volta.
Na areia da vida deixo pegadas.
Um lembrete que passei por ali.
Agora a água vem e leva.
Leva com ela todos os rastros que deixei.
Que serão eternos,
Eternos enquanto lembrados.
Bem maior que a areia que escorre entre meus dedos, são as águas do oceano que inundam a minha alma. O apanhador de nuvem de algodão
As horas escorrem entre os dedos como grãos de areia, cada uma levando consigo um pedaço de nós. Não são apenas segundos que se somam; são oportunidades, risadas, lágrimas e aprendizados que compõem o mosaico da nossa existência. O tempo, implacável e silencioso, nos lembra que o agora é o único momento que realmente possuímos. Ele nos convida a ser mais presentes, a sentir a textura de cada instante e a valorizar a jornada, pois, no final das contas, o que resta não é o número de horas que vivemos, mas sim a qualidade com que as preenchemos.
Enquanto o país arde, eles tão deitado na areia,
Primeiro-ministro e presidente na vibe da plateia.
Selfies na praia, sombra e maré cheia,
Enquanto o povo luta, com a cara na fogueira.
O fumo sobe alto, céu pintado de cinzento,
Bombeiros exaustos, sem água, sem sustento.
O povo aflito, sem governo, sem alento,
E o poder ausente, perdido no vento.
[Refrão]
Portugal a queimar, quem vem apagar?
São os da aldeia, não quem devia mandar.
Heróis sem capa, só mangueira na mão,
Enquanto os chefes da nação tão de férias no verão.
No telejornal é só promessas vazias,
Mas no terreno é luta, é noites sem dias.
A sirene toca, o calor desafia,
É sangue, suor, não é política fria.
O país pequeno, mas coragem gigante,
O povo unido, resistente, constante.
Enquanto lá em cima só discurso elegante,
Aqui em baixo é guerra contra o fogo sufocante.
[Refrão]
Portugal a queimar, quem vem apagar?
São os da aldeia, não quem devia mandar.
Heróis sem capa, só mangueira na mão,
Enquanto os chefes da nação tão de férias no verão.
Então grita alto, não deixes esquecer,
Quem segura o país não tá no poder.
É o bombeiro, o vizinho, o povo a sofrer,
Enquanto eles descansam, nós vamos renascer.
-
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp