Arde
Nordeste Chama.
Sei que você tem fama
de ter um chão sofredor
do sol que arde em chama
apagando o verde da cor
mas teu povo não reclama
meu nordeste quem te ama
reconhece o teu valor.
Meu coração arde só de te ver. Meus ouvidos se surdam só de te ouvir. Minha boca se cala só de te beijar, e para piorar, meu corpo paralisa só de te tocar.
A vida pode ser comparada a uma Cebola...Arde nos olhos mas vamos até o fim descascando camada após camada.
Soneto III
Dor,
Arde em meu peito
E escorre pela boca
Gosto que ao fel mais amargo.
Ardor que não se sente
Nem se vê
Contraditório
Tornei-me você.
Deixei de ser quem era,
De verão à primavera,
De mim ao sofrer.
Paradoxalmente,
Estou tão preso quanto liberto
A este mundo de incertezas.
Os barcos ancorados balançam "ao sabor da ondas"!
O ar exala um cheiro acre que arde as narinas!
É um misto de mangue e maresia....
O suor inunda o corpo, deixa as mãos grudentas;
o sol inclemente queima a pele
e a faz desejar uma mísera sombra.
Ela espera... Espera como mulher de pescador
que olha o horizonte sem saber se seu amado retorna.
E quando vê seu barco aproximando-se da praia,
anseia por saber se a pesca foi abundante,
se o mar e a noite foram generosos
e se ele, como ela, também anseia por tê-la em seu leito,
no aconchego de seus braços, para mais uma tarde de amor.
Cika Parolin
O amor...
Se explode em mim como um vulcão em erupção...
Arde como brasa...
E ao mesmo tempo suave como a brisa...
E simbolicamente eternizado pelos grandes e apaixonados seresteiros do amor.
cada toque da sua alma,
é fogo da alma arde no inferno,
bendito a soma daquele que perde
suas vidas em futilidades sem fins
naturais assim seja sua alma
que tem um valor,
para riqueza dos céus,
ou para profundezas do inferno,
sejam recompensados por sua existência,
meramente fruto do pecado ao pó
de suas intensões, sejam repentinas
tais com a vida que se acabou.
O BELO TEMPO
O tempo passa, o tempo voa,
Vai e passa, passa a toa.
A tarde arde, a noite é tarde
ao som do vento,
que tão ciumento me faz alarde.
A luz da aurora,
que em ti cintila,
Te faz tranquila
em nosso amor,
Em nosso canto de amor,
canto como canto
de louvor
doce sem amargor,
sem dó, sem dor...
E horror.
O murmúrio utópico
da noite
vem e vai,
O medo óptico
da madrugada
Em mim recai.
Desculpe-me, deixei o
amor excessivo, possessivo,
Obsessivo me levar
sem me contentar
Com as rimas de um poeta
Não consigo mais parar
Com a grandeza
desse mundo esteta
Boa noite, irei me deitar!
Se um tiro de fuzil atravessa o concreto, seu silêncio arde no meu peito como algo incerto, indiscreto, corrói cada traço, preenche cada espaço, deixando um rastro, de dor e estilhaços, se não diz o que sente, como saberei como ajo?
Jorra o sangue na Ercílio, arde vermelho o seu chafariz.
Vamos contar as cabeças, espalhadas na porta da igreja matriz.
