Aquele que Nao Luta pelo que quer
Posso falar dos sonhos
A porta ficou aberta, os trincos nunca estiveram trancados,
não houve menção alguma de mudança por uma grande fração de tempo;
Algo mudou, sem como, sem porque. foi mundando/mudou.
Nenhum som ecoou
Já dizia-se por aí: amanhã é muito tarde,
amanhã, amanhã...
Um toque suave na porta que agora trancada ficou.
No ecoar dos passos, o filme dos sonhos passou mais uma vez
A porta à abrir, alguém chegar aproximando-se
Segurando suas mãos, isso trouxe paz, levou embora solidão.
Era uma vez: e, era sonho, posso falar dos sonhos
Sonhos, - parecem verdade basta esquecer de acordar, a porta continua trancada...
Não era escuro, não ainda, ela está trancada
Tornando esse lugar um mundo fechado
Trancada, e nem um passo ecoando em sua direção;
A porta continua trancada.
'Sem esperar' pelo amanhã
Não passei por esse lugar antes e, isso me faz querer continuar conhecer tudo o que está agora pertencente ao que vivo; Pela manhã guardei o pouco do que passou, não que seja pouco o que passou. Quis guardar o que era no entanto bom e disso restou pouco. Aliás é assim com todo mundo, não é ? - sempre sobra muito pouco de passado, no qual se possa dizer: foi bom.
Olha, tenho até então um pouco do que fui, do que sou tenho muito, tenho tanto que não mudaria o que sou nas incertezas do futuro; Grandes pessoas já estiveram andando por esses lados... buscando garantias, respostas, sairam daqui com perguntas e vários questionamentos que nem imaginavam, no entanto outros seguiram livres, também sem as conclusões, nenhuma resposta, nem sequer perguntas; Somente livres, - liberdade de acreditar no amanhã, 'sem esperar' pelo amanhã.
Fico com medo. Mas o coração bate.
Não sei exatamente o que anda acontecendo,
muito menos o que pode acontecer,
vou seguindo e somente,
medo, muito medo às vezes (quase sempre).
O que é novo assusta,
quanto ao 'desconhecido' emudece, total falta de palavras,
nenhuma compreensão, foi assim... está sendo.
Perceba, não foi coragem e sim o medo que me fez seguir,
dificil entender como o que pode trazer tamanho medo,
logo transmite tanta confiança, paz.
Ainda vejo como um grande mistério,
os pensamentos já não encontram-se
dificilmente lembrarei das poucas palavras que falei,
porém as que ouvi fazem parte de muitas lembranças...
Já não sei esconder que se pudesse voltar, mudar...
estaria novamente naquele mesmo lugar, esperando pelo desconhecido
Não procure se preocupar se o mundo é bom o bastante, você é o meu mundo, e ele é perfeito. Perfeito o bastante capaz de fazer meus olhos brilharem, e eu sentir algo que só sinto por você. Amor, meu mundo é perfeito, você é. Pelo menos pra mim e nada mais importa.
Não entendo o medo da morte. Basta estar vivo para morrer. Assim como nascemos, vivemos, amamos... morremos.
Acho graça em quem pensa que a morte só é morte quando o corpo não funciona mais. Morte é morte quando morre o amor, seja ele qual for.
Não gosto de política. Já foi a época em que fazer uma revolução realmente mudava alguma coisa. Hoje, meu voto e nada têm o mesmo valor para a sociedade.
Quem me dera viver num mundo repleto de vírgulas, reticências, exclamações e dois pontos. Não quero um ponto final.
“Cada período de nossa vida tem sua importância. Não há como fugir do tempo. Aproveitar cada momento e da melhor maneira possível é o que vale.”(Dato)
O amor se torna completamente inútil quando não demonstrado. E se torna amor quando sentido com o coração e não com o cérebro.
A terra onde não se amava
Planejei para minhas férias uma viagem, para ser mais específica, um cruzeiro que passaria pelas mais belas cidades litorâneas brasileiras, no qual eu iria apenas com pessoas desconhecidas por mim.
O navio era gigantesco e completíssimo. Nele havia desde shopping até uma boate. Os passageiros com quem eu cheguei a trocar palavras foram empáticos e aparentavam ser animados para festas, uma vez que, assim como eu, são jovens.
Não faço idéia de quantos dias se passaram antes de eu acordar na manhã de hoje. Eu simplesmente despertei de forma abrupta em algum lugar que não era a cama da minha cabine e nem qualquer outra parte do navio. Atemorizei no momento em que olhei ao meu redor e vi construções de gigantesco porte indescritivelmente estranhas, porém incrivelmente belas, além de veículos levitados em movimento, vulgo, carros voadores (talvez).
Enquanto estacada no mesmo pedaço de chão desde que acordei, observei a inexistência de ruas e de feiúra! É absurda a beleza das pessoas por aqui. Todas que passaram por mim, sem restrições, esbanjam perfeição.
Resolvi optar pelo entrosamento para, quiçá, tomar conhecimento de onde eu me encontrava, logo, cessei uma mulher cuja possuía olhos claros, um longo cabelo escuro e sua forma de sorrir assemelhavam-se a um perfil de extrema simpatia.
Bom, fiz-lhe variadas perguntas, tais como algumas referências sobre onde eu estava, em que lugar eu poderia passar a noite, como são as residências de estudo, entre outras. Primeiramente, ela apresentou-se como Ana e sequentemente, disse-me que aquele lugar é um submundo chamado de Parfait (do francês, perfeito) que fica imerso no oceano a uma profundidade incalculável e que raramente acontecia de entrar algum humano nesta “bolha” e que no meu caso, provavelmente algum fleecker (nome dado para habitantes de Parfait) teletransportou-se para a terra humana e houve alguma falha finalizada com a minha imersão junto até aqui.
Além de toda essa explicação utópica acerca da localidade na qual eu encontrava-me, Ana tentou me confortar fornecendo sua casa para eu permanecer somente algumas horas, pois ela logo se teletransportaria para o Brasil e carregar-me-ia com ela. Porém, fui alertada de que após minha saída de Parfait, eu me esqueceria de tudo aqui visto, desde as pessoas, até as mais belas construções e paisagens de cachoeiras, vales, lagos cristalinos e etc, vistos.
Por um lado, me aborreci quando pensei em talvez jamais retornar até aqui, todavia, seria impossível minha sobrevivência num lugar onde as pessoas, ou pseudo-pessoas aprendem, estudam, até se alimentam via USB, segundo minha cara colega, em uma de suas respostas para minhas dúvidas, cuja estava atuando tal como um anjo naquele momento pelo fato de dentro de algumas horas, devolver-me para onde eu nunca deveria ter saído.
Durante uma longa conversa na qual comentei sobre amor, Ana contou-me que ali, sentimentos são inexistentes pela singela razão de este lugar ser a palavra sublime em sua forma visual, porém, obriguei-me discordar, pois a única forma desta é a sensação singular de amar e sentir-se amado. E só por este fato, motivos para desejar permanecer em Parfait eram invisíveis.
Enfim, seguidamente da conversa, lhe pedi permissão para anotar em meu diário o que havia acontecido, entretanto, não deixaria que ninguém lesse minha aventura vivida... Talvez nem o meu próprio eu tenha loucura suficiente armazenada para crer e outras pessoas racionais, certamente também não.
“Tantas coisas não podemos programar
Um sorriso,um aceno,um olhar
Num encontro inesperado vi nascer
O desejo de estar perto de você.
Eu queria,então,poder adivinhar
O que passa em sua mente,
Com você eu poderia até voar
Eternamente.”(Dato)