Ânsia
*Na ânsia do desejo de vencer eu perdi...perdi a capacidade de enxergar o real sentido da existencia...viver*
Eram os olhos dela
Eles cheios de substância
E ânsia
Eles que eram como faróis
Mas era dia
E não importava
Se fosse noite
Eu bem o queria
Que não fosse dia
Que me importa
O quê quero,
É que tenha vida!
Difícil é amar
Percebendo-se perdido
E na ânsia de guardar
Defende-se ofendido
Então calado o infinito
O coração mostra-se
Mortalmente ferido...
Na ânsia de alcançarmos o patamar do amor, sistematizamos demais e fracassamos. Nesse caso, melhor seria ter vivido no fluxo da paixão onde a saudade e outras coisas inexplicáveis nos atraía.
O olhar do outro é o único lugar onde posso ver o amor brilhando e transbordando na ânsia de me encontrar.
O pensamento voa.como escravo ânsia de liberdade. Como o vento que susura ao ouvido. Como as trevras que almejam somente a luz ,para mudar tudo.
"A ânsia pela busca de algo, na carreira e de até ser bem sucedido, anula o dom da vida, o ato de viver em família."
Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.
Na ânsia pelo impossível, querendo resgatar o que não mais nos pertence, que é o tempo que passou...
O tempo não mais será. Com certeza, a pior idade é quando abrimos a porta para o tempo, que se passou, esquecendo o futuro, que, apesar de termos pouco tempo, muito ainda pode ser feito...
Temos que ter consciência do caminho, em que bebemos o vinho lentamente, entre o langor e a sabedoria, tal qual a flor, que bebe o orvalho, com o melhor dela mesma...
É chegada a hora de bebermos, lentamente, o vinho, com o melhor de nós mesmos e deixar fluir, do aprendizado de cada instante, as coisas que nos cercaram e nos cercam ainda, com toda a sabedoria, que a vida nos ensinou e, ainda, ensina...
Caminhar, junto com o tempo, aceitando tudo, que ele nos oferece, é ter muita sabedoria, é saber viver, intensamente, sorvendo, em pequenos goles, o vinho da vida...
Mesmo trôpegas, por termos bebido o vinho da delicadeza do inverno da vida, teremos a lucidez para aceitarmos a nova estação da vida, que já bate à nossa porta.
Marilina Baccarat no livro "A BELEZA DA FELICIDADE "
Nunca houve um tempo que me fizesse tirar de tempo minha ânsia por está nos meios, e hoje, 24/12/2015 me vejo fora do meio, porém, distante do início e mais longe ainda do fim.
Sinto ânsia de vomito ao lembrar aquela triste noite.
Por mais que eu me esforce nada sai da minha mente.
Aquela noite chuvosa tinha cheiro de sangue.
Triste fim!
Tento sorrir para não chorar, mas nada é normal.
Tudo é tão estranho.
Tudo é uma zona de maldição.
Olhos que se cruzam em bocas que se abraçam na cumplicidade de palavras fugazes e ditas na ânsia incontida de um encontro de almas num beijo roubado que só em sonhos será dado.
Em cada ânsia por respostas, a busca de novas perguntas que norteiam a boca calada. Em cada silêncio recluso, a vontade desenfreada de entrelaçar as mãos em seus cabelos e tornar-me escravo das correntes que me prendem sem pensar.
Prelúdio
A sincronia dos meus sonetos é perturbadora
Sonolenta
Me assusta em sua ânsia de afligir-se pelo inusitado
Na busca incansável pelo NOVO?!
O Neo é mero suplício ao engano
Redundância nata ao insucesso
Alívio efervescente ao tempo, intempestivo.
Talento para dissipar-se no intervalo lúcido de um desabafo
Ainda que se desloque
Enlouquece no passado estático, impávido de retrocesso.
A empáfia da mesmice forja novos (?!) dilemas
Ainda que teatral, a realidade emerge
Nos mesmos vultos de insanidade
Outrora decrépitos, que transformam-se em re-formas
Ainda que deformadas pelo conforto de suas escolhas
Estas são obrigações.
Dicotomia pré-estabelecida pela neura de não sucumbir ao conveniente .
Não há o que surgir
Nada além de prefixos fixados sob a farsa da diferenciação.
A exceção é o caos humano.
Nada sou além de funestos repetecos,
Com variantes aqui e acolá,
Temperados pelo equívoco do ser eu
O NEO EU
NEM EU,
NEM NINGUÉM,
É capaz de remover as sombras de tantos outros,
Hora envoltos em mantos de passividade e demência.
A genética previne-nos do engano
“Quem sai aos seus não degenera”
Nem gera
Apenas abriga uma nova seqüência de desejos esgoelados
Por velhos hábitos de festa.
Deformado pelas frestas da hereditariedade
Ergue-se um país, um conceito, uma fábula.
É bem verdade
Não há novidade, nem mesmo na idade
A bula da vaidade, diz “validade”, na invalidez.
Ainda que se desloquem
Repetem-se de três em três... Segundos?!
Enlouquecem os números
Seqüenciados, seqüelados pelo previsível
Quem inventará o inventável?
Eis o inevitável ideograma de coexistir,
À imagem, semelhança e discrepância de sobreviver à rotina
À rotina de ser o que se é,
Em si.
"Que saudades dos velhos tempos e dos novos que ainda não vieram dos quais me restam a ânsia de viver...."
Eis que na ânsia por sobrevivência, na luta diária e constante para sobreviver. A você eu digo: “COMO É BOM VIVER”
Não é mais medo da morte,
Tampouco ânsia de vida
Não é infidelidade
Também não ligo pros erros dos outros.
Eu sei o que todos pensam
Que penso no quanto errei
E no tanto de coisas do mundo
Que deixei pra trás sem pensar
A verdade é um pouco mais estranha
Complexa, embora pequena.
Penso no tanto que penso
E se penso o que deveria pensar.
O tictac do relógio se cala
E sem cessar eu o busco ao lado
O escuro é escuro demais
E o claro me fere os olhos
Tem alguém do meu lado coberto da cabeça aos pés
Eu não o conheço bem
Mas sei seu nome e lembro de seu rosto
Quase que perfeitamente
Penso nas dores que já não sinto
Penso nas coisas que não me importo de ter perdido
Penso no futuro que não tenho pressa pra que chegue
Penso na vida que estou levando calmamente
Corro o dia todo
Desafio a mim mesma e venço a mim mesma
Me perdoo também
Como ensinou Zaratustra
Nada porém me ocorre
Nada me cerra os olhos
Nada deveras existe
Que me faça adormecer em paz
Nada se não palavras.
Estou cheia delas.
Para que eu não exploda o mundo usa a noite
Para que as solte
Pois que se vá
Estou superlotada
E vocês não me pertencem,
Palavras.
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