Andando na Mesma Direção
Me sinto um fantasma andando por esse mundo cruel, as cores se perdem quando não estou mais com você, parece que não consigo mais respirar, não quero ficar longe de você, sua presença ameniza minha dor.
Na terça-feira, eu acordei às 3 da manhã e sai andando pelas ruas, rindo, cantando, reclamando, vendendo dor. Na quarta, eu amanheci de porre, interpretando as músicas da Maysa, ainda com os olhos fechados, com o copo de vodca na mão, cercado de livros de astronomia e brasas de cigarro espalhadas pela cama. Mas foi na quarta-feira que me dei conta: eu realmente estava perdidamente louco, desequilibrado e que isso não teria volta.
Eu tô andando feito um louco pelas ruas. Eu não penteio mais os cabelos, pego qualquer coisa no armário, mal sei se é dia ou noite. Simplesmente saio por aí. E tô pouco me lixando se andam me olhando atravessado ou não, se vão comentar ou rir de mim. Tô fazendo tudo errado, eu sei. Mas também tô com uma dor tão profunda que só Shakespeare entenderia.
SINUOSAS!
Andando em estradas sinuosas
lembrei-me de suas curvas,
onde nelas percorrei devagar!
Olhando a bela paisagem dessa estrada,
lembrei-me de seus cabelos ao vento
como ipês amarelos lindos e únicos!
Na parada dessa viajem,
estacionei em seu coração!
Desistir é fácil, difícil é continuar andando em terreno pedregoso. Contudo temos no nosso interior forças suficientes para vencermos as batalhas diárias, e mais do que isso, alguém com quem podemos contar em qualquer circunstancia, chame-o de Deus, Javé, Alá, Jeová, ou simplesmente de Pai.
Tem coisas que não dão para mudar. Então me pergunto: pra quê se lamentar?
Porque ficar andando na corda bamba o tempo todo? Talvez seja hora de mudar...
De tentar algo novo. Ou melhor, tentar restaurar o que se desgastou. Não dá pra abrir mão do que tanto quis e conquistou.
Eu não fico analisando muito as coisas, vou com tudo, e quando eu vejo, estou andando por caminhos jamais percorridos e imaginados.
Em busca da presa como um caçador,
Andando sem rumo,
A procura de um grande amor,
Talvés eu encontre uma motivação,
Na qual faça bombardiar meu coração,
Em minha mão esquerda seguro uma lança,
Me sinto animado feito uma simples criança,
Tentando esquecer qualquer lembrança,
Que irá me enfraquecer,
Esperando a hora certa para atacar,
Com um tiro certeiro, devo apunhalar.
"Se, andando em campos de extrema dureza e frieza, adquiristes nervos de aço e, ao mesmo tempo, sensibilidade infinita, sabes bem o valor da vida."
Em busca do amor
O meu Destino disse-me a chorar:
"Pela estrada da Vida vai andando,
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do Amor, que hás de encontrar."
Fui pela estrada a rir e a cantar,
As contas do meu sonho desfiando...
E noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando e perguntando...
Andando no deserto lunar, vagando de lá para cá
Conheci vários caminhos, alguns escuros e outros claros
Só não tinha conhecido o caminho do verdadeiro amar
Do amor incondicional, verdadeiro e carinhoso
Certo dia durante uma grande tempesta
de de meteoros
Tentei me esconder, e me proteger, mas mesmo assim ferido sai
A procura de um local seguro para ficar e me abrigar
Olhei na imensidão do caminho e vi lá no cantinho uma luz a me guiar
Quando perto cheguei logo me apaixonei, por um brilho intenso e calmo
Por um olhar lindo, carinhoso, delicado e dedicado
Por um astro que com sua bela luz me ensinou o verdadeiro amar
Mostrou-me que mesmo andando no deserto e perdido em algum lugar
Sempre é possível encontrar um belo luar ou um verdadeiro amar
Amar esse que nos faz ficar forte e lutar
Não parar no meio do caminho e com a cabeça erguida andar
É por isso que eu falo nunca deixe de amar ...
Ele vinha andando pelo meio-fio. De cabecinha baixa, camisa degolada e os chinelos presos nas mãos, sem algum motivo aparente. O tempo era nublado e garoava. Nuvens cinzas, ventos cinzas e chuva cinza. Ele sequer demonstrava frio, mas deveria. O seu olhar perdido no vazio, os braços abertos buscando equilíbrio e o rostinho magro com olhos fundos e piscantes. Só uma criança, aparentemente. Uma criança que mora com a mãe. E mais sete irmãos. Mas isso não o incomoda. Dividir o mingau de fubá nunca foi problema pra ele. Muito menos o revezamento de quem calçaria o sapato. O problema está justamente no outro morador da casa. Seu padastro. Não, não é uma criança, é um gigante. Um herói. É muito fácil encarar o mundo quando já se tem uma noção desse cenário de dementes em que fomos enviados sem nosso consentimento. Quando já lhe foi ensinado que tudo vai passar, que há luz no fundo túnel. Mas e quando a luz do fim do túnel é a de um trem? E quando quem devia te proteger te abusa? Te confunde, te desmorona. Uma pequena montanha, mas uma grande queda. Só uma criança. Mas ele continua ali, firme. Andando no meio-fio, sem se desiquilibrar. Nem pra um lado nem pro outro. É o orgulho da mãe. As vezes condizente com o que não devia, mas será que ela pode ser culpada? Será que ela pode ser errada? Mas ele, ele É só uma criança. Não um morador de rua, não um animal, não um rato. Uma criança frágil e indefesa. Em algum lugar dentro de si com certeza ela ainda é. O farol ainda está fechado, meu carro ainda está parado e ela se aproxima com alguns papéis na mão. Eu já podia prever o texto. Mas jamais acertaria. Sua mãozinha pequena me entregou o papel com uma timidez quase que forçada. Quando li o papel entendi o motivo : "Vende-se sorriso. O meu está na promoção 50 centavos". ... Entendi não só o motivo da timidez forçada como o porque da promoção. Fazia parte do plano, da estratégia, me surpreender com sua mais poderosa arma. O sorriso. Era o mais banguela, brilhante e estridente sorriso que já havia visto. E me contaminou. sorri sem perceber. Que criatividade. Passei a mão próximo do câmbio pra buscar umas moedas, e então eu tive um estalo, e então me perguntei, o que estou fazendo? É o que eu tenho a oferecer? Umas merdas de moedas? Não. Com certeza não são dessas porcarias que ela precisa. Talvez eu devesse descer comprar algum brinquedo e brincar com ele o resto do dia. Talvez ensiná-lo a soltar pipa. A ler , escrever. Eu poderia o levar na sorveteria. Que criança não adora tomar sorvete no frio? Quem sabe o ensinar a jogar bola. Lhe dar o mínimo de atenção, faze-lo sentir-se uma pessoa, não um bicho, uma atração circense. Talvez ele só precise de um cafuné, um abraço, se sentir amado. Confiante. Mas invés disso eu lhe dei as minhas moedas nojentas. Todas elas. Fechei o vidro e saí. Como quem nada fez e ainda se sentiu útil por isso. Ele me olhou indo embora, guardou os papéis em um bolso. As moedas no outro. E continuou seu caminho. Ele, só uma criança, andando no meio-fio...
Andando dispersa por ai, navegando em um mundo desconhecido de alguma forma conheci você. Te encontrei de forma engraçada e sem querer, meio bagunçada. Sim, parece mentira ... mas na verdade foi você quem me encontrou. Foi fácil, um sorriso bonito, gostos em comum e quando vimos você era espelho do que eu queria. Era o que eu buscava. Tento entender o porque mas sinto que você me salvou do mundo de todas as formas que alguém poderia ser salva. Mudou minha visão em algumas coisas, e comecei a ouvir musicas por sua causa. Não tento entender isso agora, muito menos rotular isso que sentimos. Quero apenas te encontrar em qualquer desses fins de tarde e me sentir segura em seus braços. Tudo é uma questão sem resposta para o agora. Nada é por acaso e nem precisa ter razão, mas de qualquer forma espero que o meu futuro me traga você.
FIO DA NAVALHA
Sidney Santos
Andando sem rumo
Gelo e fornalha
Difícil é o prumo
Fio da navalha
Bandida e Santa
Jamais esquecida
Tudo me encanta
Maravilha de vida
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