Amor de Tia pela Sobrinha
São tantas Vidas entrelaçadas
Que correm
Em busca do próprio Eu ...
Só não sabem
Que o maior dom da vida
É o amor desnudo ...
Abrigado na alma
Que provoca os sentidos
Que acasala verdades
Sentimentos, dons ...
Ancorado aos poucos
Na leveza do tempo
E em cada par que se entrega
Ao diálogo singular do amor.
Ela
Ela me disse que queria umas fotos para escrever poesia. Então, eu procurei algo tão lindo quanto o reflexo dela.
Eu posso fazer poesia
com teu nome,
combinando palavras
que expressem sentimentos.
Posso agradar teus ouvidos
e comover tua alma.
Mas você corre o risco
de se apaixonar
pelo meu jeito de te amar.
E agora cosmicamente ligados
Nesse laço que atravessa todo espaço
Que existe entre mim e entre você
Posso até voar mais alto
Porque como um cosmonauta
Nos seus braços sei
Que aterrizo em paz
Meu pensamento
supõe
teu silêncio
o teu itinerário
o teu fogo cruzado
o teu quarto escuro
o teu ponto fraco
*O Sonho Perdido do Rei*
"Temos sido irônicos uns com os outros, só pelo único fato de termos sonhos que divergem-se, e jamais se encontrarão em nenhum aspecto. Nossos desejos se distinguem a partir de que as sinfonias que saíam da sua boca, não eram compreendidas pela orquestra do meu coração. Dos gritos roucos aos sussurros, nossos pesadelos — vontades? O que aconteceu?
Pelo ódio e as perspectivas, entrelaçam-se fazendo necessário cativar a incoerência de termos estado juntos.... Era amor ou razão de lutarmos batalhas perdidas?
Defeitos sobrepostos em risos. Memórias. Dos prantos longos submergia conforto para tua alma. Não se sabe o valor da dor para aprendermos a conjugar o verbo da valorização.
Mesmo assim: pobre, poeta e ludibriado pelo amor.... Desliga-se das sensações semelhante às manhãs frias. Não há motivos, nem mais há perspectivas de mudança. Ele está enjoado e fatigado de perder inspirações poéticas. Em certo ponto, adimiro a beleza do coração partido do Rei. Não há mais nada para ser dito."
"Espero que a gente encontre encontre um significado, antes que todos os significados não tenham mais significado algum."
Se o olhares falassem, o meu certamente diria algo sobre o meu desejo de transformar as nossas brincadeiras em uma aventura reais (ou algo mais)…
Assim como a ternura se oculta no fundo de todas as pétalas, a felicidade nasce para tocar os abismos e fazer com que todos os olhares amanheçam.
Encontro marcado
Intento-te, de modo incerto;
ímpio ou carnal? Possivelmente!
No silêncio singular, pressinto:
não seria um ato perverso a dois?
Cúmplice arranjo? Veras por certo ...
Íntimo, atiro-me ao pensar-te,
e me vem a cerce lascívia ilusória,
e o querer se torna um ardor;
os critérios apenas se vão,
doando lugar ao méleo pecado ...
E assim, suspeito o beijo plural
e um obsceno abraço amante,
com sabor de "cocada-real" ;
cobiçado no segredo latente
atrevido de amor sem igual!
Toda coincidência não é só coincidência, tem algo muito maior através disto tudo !
Como Deus diz “No princípio era trevas Deus falou haja luz” o big bang é algo bem parecido !
QUANDO EU, TRISTURA, EM TI DRAMA PONHO
Quando eu, tristura, em ti drama ponho
Sinto o que não senti nunca, nem desejei
Que houvesse cá, a apertura que nem sei
E, que vou tresvariando em algo medonho
Isto incomodando, e passando, suponho
Me quero risonho, fausto, e então serei
Pronto pra haver poética, e leve estarei
Entre choro e riso, e não me avergonho
Que, um sofrente ante ti, ó tristura, tal
Um moribundo d’alma e emoção muda
De que me valerei se não viver visceral?
Esperando que ti, causar, então acuda
E o amor me acode, em um sentir total
Assim, na sensação, não mais me iluda!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Junho, 2021, 26, 10’27” – Araguari, MG
Gabriel, o que é a vida?
Espero nunca saber, não é prudente pensar sobre, além de inútil.
Ao invés de saber o que é a vida, prefiro viver.
Amar sem me preocupar sobre o que é o amor.
Ser feliz sem saber o que é a felicidade.
É como a fé sincera, só existe na ação pois nas palavras se perverte.
Não sei escrever poemas.
Traduzir em versos simples.
Um grito que não se escutou.
Uma lágrima que não correu.
Enfim, a dor que apenas sente.
Aquele que de fato viveu.
PROCUREI-TE EM TANTOS SÉCULOS
Procurei-te na terra pelos séculos
E os cemitérios que não tinham o teu nome
Procurei-te a noite pelas sombras
Nos becos mais escuros que encontrei
Procurei-te pelas ruas da cidade, vila ou aldeia
Entre as tabernas, tascas ou cafés
Procurei-te durante dias pelos cantos silenciosos
Que a minha pobre alma tinha
Procurei-te na floresta pelos galhos das árvores
Dos pinheiros, dos chuopos, das oliveiras e rios distantes
Procurei-te nos campos de trigo, por vales
Lameiros e cada caminho escondido que encontrava
Procurei-te no mar nas suas ondas gritando o teu nome
Nos barcos, nos navios abandonados e nas rochas afiadas
Procurei-te nas profundezas mais sombrias
De mim que alguma vez eu tenha feito
Procurei-te entre as estrelas, as nuvens, a chuva
A neve, o nevoeiro e por todos amanheceres
Procurei-te nos meus sonhos e vi me esperavas a muito tempo
Nesta procura de tantos séculos passados a tua procura.
