Alma de Poeta
MÁGOAS ÀS MARGENS DO UNA
(Do recital “Alma de Poeta”)
Vou jogar as mágoas
Às margens do Una
Para que as águas do Rio
Carreguem para o mar
Sob o olhar da Baraúna
Toda minha tristeza
E que o mar sem fim
Feliz possa desaguar
Fazendo ressuscitar
Quem gosta de mim
Mas, se por acaso o mar
Esquecer de se lembrar
Novamente as mágoas
No Rio irei jogar
Porque todo amor
Que existe em mim
É um mar sem fim!
MEU CORAÇÃO DE CRIANÇA
(Do recital “Alma de Poeta”)
Meu coração de criança
Canta a canção dos imortais
Brinca na leveza da dança
Como se o amor em minha vida
Fosse durar pra todo o sempre
E muito além de tudo mais
Meu coração de criança
Tem alma de menino feliz
Bate forte com esperança
Pula, corre, não se amedronta
Mas quando se trata de amor
É um eterno aprendiz!
Poesias são pequenos alentos, com carga emocional que transborda da alma do poeta, e assim atinge em cheio o coração de um terceiro.
Minh'alma
Se soubessem os amores
que tenho alma de poeta
talvez eternizassem todos pra mim.
Se soubessem as meninas
que tenho alma de poeta
talvez olhariam todas pra mim.
Se soubessem os pássaros
que tenho alma de poeta
talvez cantariam todos pra mim.
Se soubessem as flores
que tenho alma de poeta
talvez se abririam todas pra mim.
Se soubessem as ondas
que tenho alma de poeta
talvez espumariam todas pra mim.
Se soubessem as luzes
que tenho alma de poeta
talvez acenderiam todas pra mim.
Se soubessem as bocas
que tenho alma de poeta
talvez sorririam todas pra mim.
E se soubessem todos
que tenho alma
talvez saberiam
que há um poeta em mim.
Minha alma de poeta
Procura um mundo
Que não me inquieto...
Minha alma de poeta
Margeia nuances
Que aproximam
Eloquencias e cadencias
Navega nas ondas errantes
Das emoções que enlevam
E elevam
Que ora trazem um sorriso
Com uma lágrima no canto
Dos olhos escondida...
Ora me direcionam
Para todos os lugares...
Ora para lugar nenhum
Sem um ponto de partida
Aproxima-se de instintos
Trazendo todas as cores
Sensíveis labirintos
Do que sinto...
Minha alma de poeta
É irrequieto...
Sonhador
De fases, contrastes.
Não sabe ficar quieto.
Repousa nas pradarias dos campos
E ousa renascer a cada dia...
Só conhece ousadia...
E anoitece magia...
Viagem...
A alma do poeta é um sem fim de letras que se encaixam, parágrafos semiabertos que vão construindo um sentido metafórico em uma viagem onde o leitor se coloca como o protagonista. É para ele que o poeta escreve e descreve até que descubra que sua alma também é poética.
by/erotildes vittoria
A poesia é uma seta
apontada em minha direção,
pois toda alma de poeta
diverge de qualquer razão!
Traduz-se um sentimento
à revelia de qualquer forma de emoção
e o que é expresso em palavras
pode não ser amor, mas sempre será paixão!
Nas sombras da alma do poeta, a depressão dança,
Um fardo pesado, uma dor que avança.
Em versos sombrios, ele expressa sua tristeza,
Em cada palavra, a angústia e a incerteza.
A vantagem de ter alma de poeta é transformar a ausência em presença, seja em palavras, pinturas ou silêncios.
Castro
A alma do poeta não está em seus meros e agradáveis versos mas, na observação de todo o contexto que utilizou para criá-los.
A poesia
Está na alma do poeta
Desabrocha em versos
Que ficam guardados
Esperando brotar...
A poesia
Vem sem esperar
Do sorriso que brota
Da lágrima que cai
Do vento que passa
Da chuva que se esvai...
A poesia
Ela vem assim
Do olhar que brilha
Do rosto de uma criança
Da meiguice estampada
Com sabor de esperança...
A poesia
Chega de mansinho
No canto de um passarinho
Na brisa que passa rasgando
Fingindo está brincando...
A poesia é a alma do poeta
O poeta é a alma da poesia
A caneta é a ferramenta de intermédio
Que no papel estabelece uma sintonia
Explorando um novo universo
Onde a alma está desperta
O ego se encontra ausente
Numa viagem sem partida
Se encontrando em cada verso
Num processo de descoberta
Brilhando intensamente
Toda a luz que é a vida.
Intensa ao extremo ...alma de poeta .. eterna sonhadora ... sou uma música, um poema ou sei lá.. uma estrofe talvez ... mas de uma coisa tenho certeza ..sou verdadeira ..
Borboleta voou e cansou
Como a velha alma do poeta
E na flor pousou, leve e calma
A borboleta e a alma
