A Gente vai se Vê de novo
Duas vezes me fizeste isto
duas vezes me magoaste
duas vezes fiquei visto como imprevisto
duas vezes me deixaste como um traste.
Mas de coisa-que-só-se-vê-em-novelas ou que só-acontece-aos-outros, o amor foi chegando mais perto. E como foi bom...
As luzes que vem da rua, entram em meu quarto se esquivando da cortina. Elas me dizem algo. Dessa vez não respondi.
Meu quarto tem um roupeiro com as portas mofadas. Uma cadeira com rodas, onde coloco meu cigarro, o cinzeiro, o isqueiro e uma garrafa com água. Os cigarros são para fumar quando acordo pedindo. A garrafa é para minhas noites de ressaca.
Minha cama sempre fica desarrumada. Os tênis jogados pelo chão. Uma prateleira onde estão a maioria das minhas coisas, inclusive um disco do Charles Aznavour. Gosto de acordar e vê-lo.
Minha gata deita em meu peito, respira profundamente e com dificuldade eu escrevo no escuro. No escuro do quarto e no escuro da minha alma.
Eu nunca forcei para escrever algo, sempre me saiu como um foguete. Um foguete que sai do peito e não tem rumo.
Nunca tive limite de linhas, nem vontade de me adaptar a qualquer regra.
A minha barba cresce e não me importo qual seja seu olhar. As roupas que eu vestia, hoje não me caem bem, não me servem.
O roupeiro das portas mofadas, traz roupas boas, as quais pensei em dar e vou dar para quem realmente precisa. Nunca precisei de muito.
Conheço pessoas novas todos os dias. Eu sou uma pessoa nova todos os dias.
Por intermédio de meus textos, hoje o Brasil me conhece, algumas pessoas de fora dele, também. Podem não conhecer meu rosto, mas o sangue de minhas letras, conhecem. Talvez muitos se identificam.
Não tenho a pretensão de ser um porta voz, muito menos exemplo a qualquer outro escritor. Escrevo porque preciso. Não pretendo ser grande, ser lido no mundo todo. Só quero que a minha escrita mexa com outras almas, acalente outras almas, como acalenta a minha.
Ao te ver tão bela ASSIM... É o que resta pra MIM....Que nos momentos TRISTONHOS.... A felicidade vem nos meus SONHOS.
..."Sábias palavras nos tocam em profundidade porquê elas são o que o essencial tem que ser: verdadeiras."... Ricardo Fischer
Procure ser alguém que deseje ser, e não o que querem que você seja.
Lembre-se a sua felicidade vem primeiro de você.
Meu mundo quebrou-se. Não! estilhaçou-se! e cá estou eu a recolher os cacos ,que logo sujam-se de vermelho
Meus dedos encontram-se cortados, mas me acostumo com a dor ,a lama agora mistura-se a meu morto sangue a procura de outros cacos ,minha roupa rasgada e no local de meu coração apenas o vazio ,que preenche o nada
O que murmuro ? Nada , apenas choro ,mas lágrimas não aparecem
Em volta ,nada . Lama cobre tudo, dentro de um buraco fundo e escuro , sozinha eu procuro por meus cacos no breu os sujando ainda mais de sangue .
Diferente de antes agora lágrimas de sangue correm meu rosto rapidamente tingindo-me inteiramente de tristeza.
Cortes em meus pulsos indicam quem sou realmente ,entremente finjo ser outra pessoa , não quero ser quem sou realmente
Sorrio , mas sínicamente , sou totalmente solitária , sozinha, sozinha
Finalmente! Sinto uma mão em meu ombro ! Me viro a verificar e sinto mais mãos tocando-me e pressionando-me contra a lama , sinto afundar cada vez mais , estou submersa em um mundo de infelicidade , sim cheguei ao limite , não sou mais ninguém , sou apenas eu .
Sempre me permiti ao sofrimento, na expectativa(malditas expectativas) de que esta seria a última vez; mas novamente sofri. Dai pergunto-me quanto mais sofrerei e se um dia vou sim, ter aquilo que ja tanto me fez sofrer.
Amigo de verdade não é aquele que cai junto com você e sim o que te vê no chão e faz de tudo pra te levantar
Muito simples.
Eu fiz de mim,
Poesia pra ti,
Algo tão atual de agora,
Mas VC não vê,
Me amassa e joga fora.
Não sou valoroso como o deus dinheiro,
Esse que manda em todos,
Sou simples pedacinhos de amor,
Que procura aconchego em seu corpo.
Muito simples para você,
Eu sei!
Mas nada poderá ser mais valioso,
Que o sentimento que lhe dei.
Mas tudo bem, eu entendo,
A vida não trará para mim meus sonhos,
Tenho que despertar mesmo com medo,
E seguir a vida lutando.
No fim quando se ver perdida na escuridão,
E tudo se tornar tristeza finalmente,
Eu estarei na beira de seu abismo,
Agarrarei sua mão, lhe abraçarei,
Pois sempre foi incondicionalmente.
"Existe um retrovisor por dentro de cada coração, que faz olhar pra trás e ver aquilo que de verdade merece "meia-volta" e o que não devia nem ter passado pela mesma estrada que nós".
SUJO DE FLOR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Era uma rua fétida. Insuportável: viam-se pelo chão, velhas fraldas imundas; ratos mortos; muitas poças de lama em dias de chuva, e muita poeira nos dias ensolarados. Às margens, o capim crescia desordenado e cobria uma vala que a prefeitura nunca fazia manilhar.
O agradável contraste naquela rua era o belo quintal da professora Janice. Via-se pela cerca de arame uma grande área de chão arborizado. As árvores eram nada menos do que alguns pés de flamboaiã que se mantinham floridos quase o ano inteiro. Eles cobriam de pétalas o chão arenoso e grato por tamanha beleza.
De vez em quando a professora Janice era vista mal humorada, vassoura em punho, varrendo as flores que atapetavam o chão de seu tão belo quanto admirado quintal. Admiração não somente pelas flores, mas também pela sombra extensa, com leves pitadas de sol que tornavam tudo mágico. Era mesmo impossível passar pelo quintal da professora Janice e não dar uma boa olhada.
Passei um bom tempo sem ir ao bairro em questão. Logo, sem admirar o quintal da rua imunda. Quando voltei a passar por lá, foi grande a surpresa pelo que vi: o quintal da professora Janice, agora cercado por um muro de pouco mais de um metro e meio, não tinha mais as árvores. Como não resisti, aproximei-me para ver melhor e vi o chão todo pavimentado, sem nenhum arbusto; nenhuma roseira; maria sem vergonha... qualquer planta.
Finalmente, o imóvel da professora estava mais imóvel do que nunca: não tinha vida; os pássaros foram embora; também se foram as borboletas. Restou a casa, bem mais ampla e luxuosa, cercada pelo chão pavimentado e quente, além dos banquinhos de cimento expostos ao sol torrencial.
Curioso, perguntei a um menino da rua imunda se a professora Janice não mais morava no local. Ele respondeu que sim. Encorajado por sua boa expressão, me deixei indagar se ele sabia o motivo de a professora ter mandado cortar todas as árvores do lugar.
- Olha, moço; saber, mesmo, não sei não... mas ela vivia reclamando porque as árvores davam trabalho... deixavam seu quintal todo sujo de flor.
O limiar de até onde você pode suportar algo, vai além da sua compreensão, as vezes para mais, as vezes para menos, apenas por base nas fases da vida, no fim o limite não existe, é só um ponto de vista.
"Ninguém vê
O dia a nascer
O amanhecer
Ninguém vê
A vida acontecer
Ninguém faz castelos
No ar
E não há quem queira
Sonhar
Já ninguém pára
P'ra ver em vez de olhar
Já não há
Quem repare no luar"
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