A Gente Aprende com as Decepções
Título: Coração de gente.
Lógica de máquina, coração de gente
Homem que anda igual toda gente,
mas não sente, igual os outros sentem.
Circuitos frios, alma quente,
preso entre cálculo e sensação,
tenta prever, mas perde a razão.
Vive prevendo na tentativa de viver,
mas se machuca por não conseguir ser.
Não é profeta, nem visionário,
muito menos poderes tem.
É apenas um homem
que vê...
o que os outros não veem.
"Gato é gato.
Cachorro é cachorro.
Veado é veado.
Gente é gente.
-Se bem que tem gente que não é gente!"
Haredita Angel
04.02.14
Morrendo a gente há alguma alma inocente, quando Deus aparecer diante do povo para julgar o inoperante, o maledicente e o desobediente?
De todas as misérias humanas a hipocrisia se destaca. Ela está na prateleira mais rasa, já que "Hypo" significa abaixo e "krinein" é a separação, ou seja o hipócrita, separa-se por baixo, mesmo querendo estar acima.
Saber que alguém pensa na gente, que nos gosta apesar da distância, dos nossos erros, do mau humor, dos defeitos e problemas, enche a alma de paz, de serenidade. Renova o espírito!
Tem coisas que a gente até consegue evitar, mas outras são inevitáveis. O mais certo é encarar de frente, com a certeza de que tudo pode dar certo — e essa certeza muda tudo.
Há muita gente que segue, ou tenta seguir as etiquetas, podendo até serem instrutores delas, mas poucos são mais que atores, mais que simples lobos em pele de cordeiro. Se uma etiqueta rotula os produtos, como garantir que as regras de etiqueta não passem de um rótulo em si sem se achar melhor que ninguém, o que costumam presumir os etiquetados?
Estar perto de pessoas fluentes não te faz fluente. Só conviver com gente boa não basta não se aprende por osmose e muito menos se ganha no grito. Ser referência exige mais do que presença, exige postura, identidade e entrega. Construa sua própria voz, com verdade, constância e propósito. Porque no fim, o que te destaca não é com quem você anda, mas o que você é capaz de construir por si.
Jaboticabal, espelho da gente
Por Nereu Alves
Hoje é teu aniversário, Jaboticabal.
Quase dois séculos de idade — e ainda pareces adolescente que não sabe se vai ou se volta, se cresce ou se esconde, se sonha ou se acomoda.
Aqui não há nativos.
Ninguém brotou da terra como jabuticabeira antiga.
Todos viemos de algum lugar:
gente simples, gente esperta,
gente que plantou esperança e gente que só colheu vantagem.
Fundimo-nos, como todo povo brasileiro, entre rotos e rasgados — e aqui seguimos, misturados, procriando histórias e contrastes.
Já foste um imenso Jaboticabal — no nome e nas árvores.
Hoje, a jabuticaba é quase lenda,
quase memória.
Sobrou o nome, e algumas placas.
Quase duzentos anos…
E o que fizemos com esse tempo?
Temos orgulho de quê?
Onde estão nossas matas? Nossa fauna? Nossa flora?
Tudo que um dia vestiu essa terra com dignidade e frescor?
Dizem que o progresso passou…
Mas por onde passou, levou tudo.
Levou as árvores, levou os trilhos,
levou até o senso de comunidade.
E os monumentos?
Espelhos da alma de um povo.
Mas por aqui, espelho é coisa quebrada,
e monumento virou miragem.
Temos igrejas centenárias,
mas São Benedito grita por socorro.
Cadê os católicos?
Cadê o cuidado com aquilo que se diz sagrado?
Não basta rezar de boca.
Tem que agir com as mãos.
Cadê um hospital que atenda de verdade a população?
Cadê o patriotismo que se manifesta em atitudes,
e não só em discurso de ocasião?
E o comércio local?
A cada dia mais desamparado.
Basta uma liquidação em Ribeirão ou um clique no celular,
e a cidade esvazia suas compras para longe,
esquecendo que aqui há famílias inteiras
vivendo do suor de balcões e vitrines.
Seguimos assim,
como todo povo do interior:
contraditórios, calorosos, esquecidos e resistentes.
E sim — somos todos provincianos.
Com orgulho, com vaidade, com exagero.
Com maquiagem carregada, com sotaque sem filtro,
com opiniões fortes, e memórias desordenadas.
Somos os personagens de uma cidade real —
cheia de falhas, cheia de histórias.
Jaboticabal é isso.
É terra de quem te ama, de quem te explora,
de quem te defende, de quem te ignora.
Mas jamais és indiferente.
Parabéns, Jaboticabal.
Mas não te ilude com bolo, bandeira ou discurso vazio.
Tua maior homenagem virá no dia em que o povo parar de repetir tua história…
E começar a escrevê-la com verdade, coragem e responsabilidade.
— Nereu Alves
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