Voz Interior
Certas palavras ou ações não podem(?) nem devem ser contestadas, por nós reles
mortais.
Mas esses mesmos simples mortais, quando rebelados, não usam da palavra, pois não
serão ouvidos. Então partem para o menos desejável. Ou seja: Justiça com as próprias
mãos. Essa sim, será ouvida até pelos surdos.
R. Albuquerque
A VOZ DA SOLIDÃO
No vão da noite sombria, deserta
Tão silenciosa, envolta em arrelia
O repouso torna a cena irrequieta
Em um tenso sussurro de agonia
A enodoada alta noite terrificante
Povoada de uma vontade, irradia
Aperto, onde não há o que cante
Nem o poema sem a melancolia
Na treva da escuridão a coruja pia
Rompendo o vazio no tom dolente
Tal um cântico de acerba sensação
O pensamento da gente silencia
O coração arrepia tão vorazmente
E, merencória fala a voz da solidão.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 abril, 2024, 13’58” – Araguari, MG
A caverna que o Profeta Elias ficou, mostra a fragilidade humana, e também nos ensina que lá não é local de moradia para a vida toda, e sim, um abrigo temporário que ensina a discernir e ouvir a voz de Deus.
No profundo negro das pupilas de seus olhos, eu mergulho. No brilho refletido nos castanhos deles, me entrego. Quando olhas discretamente, me confundo e somente tento decifrar onde seus pensamentos te levam. Quando sorri, me dilacera, como lâminas afiadas de alegria adentrando em meu peito, me fazendo desejar mais. E quando ouço a sua voz, eu me completo. Como doce melodia em meus ouvidos, a sinfonia mais bela, o som da sua voz.
Mulher sem mordaça é símbolo de liberdade e resistência, uma voz que se recusa a ser silenciada e luta por igualdade e justiça.
A Sua Voz é uma Canção Para
Minha Alma
A tua voz ecoa como suave brisa,
Em cada palavra, uma doce melodia.
Meu coração se encanta, dança ao som,
És a canção que acalma o meu ser.
*Ventos em Alvorada*
O lápis ecoa a voz e as cinzas, dos seres que perecem
Desenhando no vazio do papel
A dor, o fim, o que desvanece
Os troncos tombam, as florestas sucumbem
Enquanto a multidão, no louco sonho da ilusão
Em vestes passageiras, vagueia sem direção
Surda ao grito da natureza
Cega ao esplendor das cores da vida
E ao sussurro dos ventos em alvorada
A multidão segue em sua jornada vazia
Sem notar a grandeza que se esvai a cada dia
Ignorando o clamor das árvores em agonia
E o lamento dos rios em sua melancolia.
Broquel,
E a voz dela,
Recitando,
Fica ecoando,
Clamando,
Onipotente,
Eternamente,
É a marcante a voz dela,
Que aqui dentro restou,
Sua voz é apenas vibração, mas pode causar lágrimas ou alegria — uma prova clara de que energia é real e transforma.
O silêncio tem o poder de despir todos os sons, se o infinito tivesse voz, seria a voz de tudo que não fala. Mas o que é o infinito senão e tão somente a voz do silêncio, as vezes eloquentes, as vezes... não sei diga você!
"A voz elevada e destemperada é semelhante a tempestade: por onde passa deixa rastros de destruição".
Escute mais a sua intuição e menos o seu ego
No silêncio das escolhas diárias, há duas vozes que disputam espaço em nossas decisões: a intuição, que sussurra baixinho, e o ego, que grita alto. Enquanto a intuição é aquela amiga sábia que conhece o caminho antes mesmo de vê-lo, o ego é como um alto-falante, sempre cheio de razão e vaidade, sedento por aplausos e vitórias.
Quantas vezes, diante de um dilema, sentimos aquele “algo” dentro de nós dizendo o que fazer, mas escolhemos ignorá-lo? Seguimos pela rota mais enfeitada, mais aplaudida, mas nem sempre a mais verdadeira. O ego, em sua ânsia de se exibir, nos convence de que a validação externa vale mais que a paz interna.
A intuição, ao contrário, não se importa com os holofotes. Ela só quer nos conduzir para o que realmente importa, para aquilo que está alinhado com a nossa essência. Não é um pressentimento aleatório; é a nossa experiência silenciosa acumulada ao longo da vida, somada à sabedoria de um coração atento.
Quando ouvimos o ego, o resultado é um cansaço que parece não ter fim. Ficamos exaustos ao carregar máscaras, ao buscar ser quem não somos, ao viver de aparências. Já quando escutamos a intuição, a sensação é outra: leveza, certeza, mesmo que o caminho pareça difícil. Ela nos conecta ao que nos faz vibrar, ao que nos faz sentir vivos.
O desafio está em aprender a calar o ego para ouvir a intuição. Isso exige coragem, porque ela nem sempre nos leva por onde todos vão. Muitas vezes, nos desafia a romper padrões, a dizer “não” quando o mundo espera um “sim”, ou a dar um salto sem garantias aparentes.
Mas vale a pena. Vale muito a pena. Porque a intuição é nossa verdade, enquanto o ego é só o eco do que os outros esperam de nós.
No final das contas, a escolha é sempre nossa: queremos ser autênticos ou aplaudidos? Corajosos ou conformados? Siga a voz que te leva para mais perto de quem você é, e não de quem o mundo espera que você seja.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
Que a tua Alma dê ouvidos a todo o grito de dor como a flor de lótus abre o seu seio para beber o sol matutino.
Que o sol feroz não seque uma única lágrima de dor antes que a tenhas limpado dos olhos de quem sofre.
Que cada lágrima humana escaldante caia no teu coração e aí fique; nem nunca a tires enquanto durar a dor que a produziu.
Estas lágrimas, ó tu de coração tão compassivo, são os rios que irrigam os campos da caridade imortal. É neste terreno que cresce a flor noturna de Buda, mais difícil de achar, mais rara de ver, do que a flor da árvore Vogay. É a semente da libertação do renascer.
Nossa voz para os outros muitas vezes é como um sonho que ao acordar, pode ser lembrado para sempre ou se acorda sem nem saber que teve um sonho.
Nem tudo é sobre você. Nem tudo precisa da sua voz. Há uma nobreza em se conter, em não se meter onde não foi chamado, em perceber que algumas batalhas não te pertencem. A gente esquece que silêncio também é uma forma de presença, talvez a mais difícil de todas. Porque exige humildade, exige segurar a língua quando ela insiste em querer dar conselhos não pedidos, emitir opiniões que ninguém solicitou. Por isso, o melhor que podemos fazer por alguém é simplesmente ouvir. Não confunda se calar com ser omisso. Há uma grande diferença entre ignorar e compreender o momento de não interferir. Nem tudo que você acha certo é certo para o outro, e nem toda opinião sua vai transformar a vida de alguém. Então, ao invés de ser a voz que interrompe, tente ser o ouvido que acolhe. Ao invés de ser o dedo que aponta, seja o ombro que suporta. O silêncio também tem sua poesia. E às vezes, o maior gesto de amor é apenas deixar o outro existir, sem invadir, sem impor, apenas respeitando.
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