Voce a Luz do meu Viver
Lá se foi o meu Herói
Lá se foi meu Herói, mais uma vez…
Nem deu tempo de mostrar que eu aprendi aqueles acordes que ele havia me ensinado no velho violão.
A galeria de artes então, não passou nem por perto.
Só viu o ‘Cadillac Coupe Deville 65′ por que estava parado em frente a casa.
Lá se foi meu Herói, volte outra vez…
Quando paro e fixo o meu olhar para o nada, sinto uma imensa vontade de colocar sobre a palma da minha mão um barco. E assim, gostaria eu de lançá-lo por terras longínquas que habitam os meus pensamentos e soprá-lo através de um suspiro agonizante para toda a existência viva e fazer com que todos os olhos que enxergam e todos os ouvidos que escutam apenas, um lamento de quem simplesmente quer amar e ser amado!
É isso, um barco que carregue todos os desejos encobertos pelo silêncio de cada coração.
Tenho muitos pecados que fazem parte do meu núcleo assertivo. Se eu retirá-los, ceifarei também as minhas maiores elevações.
BEM-TE-VI
SE TE VI
PLANAR
EM CIMA
DO MEU
TELHADO
MAS
NÃO
QUIS
ME
INCOMODAR
POIS
GOSTA
DE MIM
UM TANTO
QUE SEQUER
ME CHAMOU
A PIAR
SOOU
ENCANTO
VOOU
PRUM
CANTO
MAS
SE
SENTIR
SAUDADE
PODE
VOLTAR
Levantou-se para sentir o vento
que ao pé do ouvido sussurrava:
-Não é só lamento,meu bem, não é só lamento.
era a poesia que a vida recitava
Quando se fez menina
tinha manias doces
quando, por vezes, moça
coleciona amores
E o mundo, inquieto
desta, se fez tutor
lhe ensinou a ver o pecado
a gostar, e conviver com a dor
Tira minha roupa..
Tira o meu sossego..
Tira meu fôlego ...
Tira minha paz..
Me tira de mim mesma..
Me leva com vc...
Tira minha roupa..
Tira o meu sossego..
Tira meu fôlego ...
Tira minha paz..
Me tira de mim mesma..
Me leva com vc...
agosto 21, 2015
Pedaço da lua
Hoje o texto não é meu. É uma poesia da minha mãe, Lenir Mota:
Todos os dias, assisto, da varanda, sempre atento,
ela passando…sozinha…seguindo com passos lentos,
olhos vividos, perdidos, carregando suas crenças,
corpo cedendo, tombado ao peso de seu cansaço.
Passa trôpega…e os pés, que pouco a pouco se movem,
arrastados, me comovem…
com a lentidão de seus passos.
Quantas vezes já passou por esses mesmos caminhos!
Quantos passos caminhou, pra chegar devagarinho,
virando na mesma esquina…
Mas chega cedo demais !!
e ali, cansada, espera, encostada nas paredes,
que se abra o portão verde, pra entrar em seu refúgio.
Caminha mais e espia…a porta, ainda fechada !
Para, senta,e,conformada, aguarda a hora de entrar.
Vem de longe, vem andando…
sob chuva, sol ou vento,
vem a procura de alento em sua fé costumeira.
Oito décadas e tanto…
denuncia, sem piedade, seu ralo cabelo branco…
Mas ela passa, vaidosa, retocando-se no espelho
apoiado em sua bolsa, em cima de seu joelho.
E eu fico olhando, com espanto, a força, a garra, a coragem,
de fazer essa viagem parecer tão prazerosa…
Quanto tempo inda lhe resta?
Não sei…mas sinto que a vida
lhe abastece de sonhos, que ativam a esperança
dessa mulher corajosa, que na fé encontra forças
pra esse caminhar diário…
E quando as portas se abrem…
ela entra… resoluta… e abrindo então seu hinário,
senta…descansa…e…canta…!!
No final, revigorada, retorna pra sua luta.
E na varanda, espero, a volta com hora certa
dessa mulher cabisbaixa, que olhares sempre desperta,
quando passa em minha rua.
Quando chega, ainda de dia, com o sol brilhando em seu rosto,
vejo clara a imagem sua…
Quando volta, me enternece…esse rosto renovado,
cintilando toda a rua
e aos meus olhos parece, que seu cabelo de prata
é um pedaço da lua…
Os raios de sol penetram em meu quarto, me fazendo assim despertar. Abro a janela e me deparo com o cenário que tomou conta dos meus sonhos essa noite. Não é o lugar mais bonito do mundo e não há nada de espetacular aos que avistam de fora, é apenas uma estrada de terra com algumas casas em volta. Me lembro quando não tinha nada ali, apenas terra, árvores e algumas crianças, que brincavam sem se dar conta que um dia cresceriam e que a única coisa que restaria seriam lembranças de um tempo que não volta.
O tempo se passa, as pessoas mudam, a vida nos obriga a crescer e muitas vezes nos fazem trilhar caminhos diferentes. Vi amigos partirem, vi aquela pequena estrada mudar e quanto a mim? Fico aqui observando o quanto eu era feliz e não sabia.
Se naquele tempo eu soubesse do futuro, teria dado o meu melhor, teria prestado mais atenção nos detalhes e abraçado com mais força aqueles que eu amava. Teria dito mais vezes o quanto eles eram importantes e daria conselhos para levarem até o fim da vida. Com sorte, tudo seria diferente. Mas ninguém tem o dom de prever o futuro e muito menos o de voltar ao passado, por isso tenho em mente que se Deus não nos deu esse dom é porque tem um propósito. A vida é um aprendizado e pessoas surgem para nos darmos conta de que a melhor hora é agora.
Talvez seja essa a graça da vida, não saber o que nos aguarda. Temos apenas o agora para abraçar, cuidar e dizer o quanto amamos. São os erros que nos fazem crescer, amadurecer e descobrir amizades e amores verdadeiros. Sei que muitas vezes choramos ao olhar para trás e notar que "éramos verdadeiramente felizes" e que "podíamos modificar muitas coisas", mas o passado serve como lição para mudarmos o presente, não adianta persistir no erro e olhar para trás querendo que o tempo volte. Viva, viva a cada momento como se não houvesse o amanhã, abrace e chore para que depois não tenha arrependimentos e nem o sentimento de "poderia ter sido diferente."
Com os olhos fechados, sinto a brisa beijar o meu rosto. O que será que ela tem em especial? me faz suspirar e chorar lembrando de coisas que já se passaram.
"Deus toca no meu ser com a sintonia que Davi tocava em sua harpa;
Deus me rege como Asafe conduzia o coral no templo."
Amor solzinho
O meu amor é solzinho
nascente e poente constante.
seis da manhã ele arde
seis da tarde ele arte
pra ser da noite seu antes.
Se eu posso dizê-lo, como?
um Poço dentro mim.
O amor às vezes passa.
O amor às vezes posse.
O amor às vezes Fim.
Eu no céu, solzinho,
eu sozinho em mim.
Sou meu próprio amor,
avesso de minha dor,
serei feliz assim?
Depois de um certo tempo
Depois de um certo tempo não se diz mais, "meu amigo!", porque tudo quanto era novo tornou-se tão comum que chega a ser trivial qualquer que seja o gesto. Depois de um certo tempo as alegrias não se dispõem mais tão fáceis, porque tudo quanto era riso já foi tão rido que agora a graça das coisas já se tem perdido por aí, ensossa, no meio do que é real. Depois de um certo tempo, é verdade, tudo murcha exacerbadamente. Como que os sentimentos tivessem células e que elas envelhecessem junto com nossa pele. É como se caducassem os sentimentos. E então tudo se dissipa, no que era verbo se vê silêncio, no que se admirava se negligencia, no que era afeto se vê pedra. Pedra, daquelas que não se junta por inutilidade, nem se senta, nem se chuta, nem se vê. Pedra. Como aquelas à beira da estrada, que só são colhidas por quem as quer atirar, tão somente pelo peso que elas têm. Venhamos a convir, depois de um certo tempo, quando se conhece, quando é possível enxergar além da ponta do iceberg, quando o outro se desfia em sua própria verdade, quanto se torna transparente as limitações, fragilidades, as mazelas interiores, quando o que há é um outro eu todo perfurado, é então que se sabe o que é um amigo ou que se percebe se ele existe ou não. Depois de um certo tempo, tudo o que há são queixas aos buracos do outro, mas, já não se os propõe tapar. Depois de um certo tempo, o não-eu [o amigo?], aquele a quem às expectativas se frustraram, torna-se plutão. É, assim, depois de um certo tempo, que se sai da superfície a qual todos parecem viver. É reconhecendo o que há além da ponta do iceberg, e somente sob esta vista, que se pode julgar "amigo", porque esta não é palavra santa, nem pesa-lhe o sagrado, mas não se deveria pronunciar antes de um mergulho, um profundo mergulho. Porque é só depois de um certo tempo que percebemos que somos Narciso, que o que buscamos para as vezes é a nós mesmos, projetados no outro, dispostos, e quando damos conta que o outro é outro, saímos a procura de novos eus, expostos nas vitrines da vida. E contemplamos o raso espaço do pote, o nada de nós mesmos. É bem aí então que se desce um grande embrulho, um problema humano, uma incógnita existencial, é depois de um certo tempo, quando perdemos pelo fluir do mundo ou o pesar da morte, um grande amigo, que nos damos conta que gastamos tanto tempo condenando que não vivemos nada quanto fosse considerado verdadeiramente real. Depois de um bom tempo é que percebemos que podemos até ter um milhão de amigos, mas se não houver mergulho, se não houver profundidade, tudo quanto conhecemos é a superfície, que reflete, por ser água, um pouco da nossa própria imagem, mas não dispõe, ao mínimo que seja, de todo o grande mundo que é a Felicidade, ou ainda, a Verdade.
Depois de um certo tempo, até deus, de si pra si, morreria de solidão.
Onde estão os amigos?
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