Viver em Sociedade
Expressar o que se pensa e não seguir os ditames pré-estabelecidos é sempre transgressor. Eu sou assim e morrerei sendo.
A lei não protege as pessoas. As pessoas protegem a lei. As pessoas sempre detestaram o mal e procuraram um modo de vida justo. Seus sentimentos - o acúmulo de sentimentos dessas pessoas - são a lei.
Jean-Jacques Rousseau disse que o homem é bom por natureza o meio que o corrompe, acredito que o problema não é do sistema e sim do próprio homem que o criou.
Ele pensou que ela fosse uma donzela presa na torre mais alta. Mal sabia que ela era dona do castelo, do dragão e de si mesma.
Alguns têm necessidade de definir-me num discurso extenso, quando eu cabo inteira numa palavra.
Ainda assim duvido que a palavra que me define perfeitamente, caiba no léxico de alguns.
Esta palavra, “velha”, bem, deveriam inventar outra porque ela já vem contaminada de coisas como a decadência, a finitude. Os velhos são produtivos, apesar de terem uma sociedade que só cultua o novo.
Muitas vezes, as coisas pelas quais nos sentimos culpados não são problemas nossos. Outra pessoa se comporta de forma inadequada ou ultrapassa, de alguma forma, os nossos limites. Nós desafiamos esse comportamento e a pessoa fica irritada e defensiva. E então nos sentimos culpados.
Como é que os ricos e poderosos chegam onde estão? Eles são mais espertos? Mais bonitos? Nada disso, diria Maquiavel: eles são apenas mais malignos.
Há mais de dois mil anos que o poder nos diz o que temos que fazer e pensar. Eles nos querem submissos e silenciosos.
Por pior que seja o ambiente à nossa volta, pode ser suportado, desde que as pessoas que nele se encontram sejam interessantes e gentis.
Uma parte do nosso tempo livre deve ser dedicada a nós mesmos, ao cuidado com o nosso corpo e com a nossa mente. Uma outra parte deve ser dedicada à família e aos amigos. Devemos dedicar uma terceira parte à coletividade, contribuindo para a sua organização civil e política. Cada cidadão deve dosar estas três partes em medidas adequadas, de acordo com a sua vocação pessoal e a sua situação concreta.
O ócio é necessário à produção de ideias, e as ideias são necessárias ao desenvolvimento da sociedade. Do mesmo modo que dedicamos tanto tempo e tanta atenção para educar os jovens para trabalhar, precisamos dedicar as mesmas coisas e em igual medida para educá-los ao ócio.
É o seu pai que tem insistido em me chamar de bruxa. Este é simplesmente um termo que os homens dão às mulheres que se recusam à submissão.
O auto-engano é talvez o mais cruel de todos os motivos, pois faz com que nos julguemos corretos quando estamos errados e nos encoraja a lutar quando deveríamos nos render. Nos desenhos animados e filmes, os vilões são degenerados que enrolam os bigodes e dão gargalhadas de júbilo pela própria maldade. Na vida real, os vilões estão convencidos de sua integridade.
