Susan Cain

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Seu grau de extroversão parece influenciar quantos amigos você tem, mas não o quanto você é um bom amigo.

Os introvertidos, por outro lado, podem ter fortes habilidades sociais e desfrutar de festas e reuniões de negócios, mas depois de um tempo eles gostariam de estar em casa em seus pijamas. Eles preferem dedicar suas energias sociais com amigos próximos, colegas e família. Eles escutam mais do que falam, pensam antes de falar, e muitas vezes se sentem como se eles se expressassem melhor na escrita do que na conversa. Eles tendem a não gostar conflito. Muitos têm um horror de conversa fiada, mas desfrutam de discussões profundas.

Todas as pessoas brilham, se tiverem a luz certa. Para algumas são os holofotes da Broadway, para outras, o candeeiro de uma secretária.

Nunca é boa ideia organizar a sociedade de um modo que esgota a energia de metade da população.

Desvalorizar os introvertidos é um desperdício de talento, energia e felicidade.

Nós passamos do que os historiadores chamam de uma cultura do caráter para uma cultura da personalidade. Durante a cultura do caráter, o que era importante eram as boas ações que você fazia quando ninguém estava olhando... Mas na virada do século XX, quando passamos para uma cultura da personalidade, subitamente o que é admirado é ser magnético e carismático.

Se você é um introvertido, também sabe que o preconceito contra os quietos pode provocar uma profunda dor psicológica. Quando criança, talvez tenha ouvido seus pais se desculparem pela sua timidez. (“Por que você não pode ser mais parecido com os meninos Queiroz?”, repetiam sempre os pais de um homem que entrevistei.) Ou na escola você pode ter sido estimulado a “sair da sua concha” – expressão nociva que não valoriza o fato de que alguns animais naturalmente carregam seu abrigo aonde quer que vão, assim como alguns humanos.

O Ideal da Extroversão tem sido bem-documentado em vários estudos, apesar de essas pesquisas nunca terem sido agrupadas sob um único nome. Pessoas que falam com eloquência, por exemplo, são avaliadas como mais espertas, mais bonitas, mais interessantes e mais desejáveis como amigas. A velocidade do discurso conta tanto quanto o volume: colocamos aqueles que falam rápido como mais competentes e simpáticos que aqueles que falam devagar. A mesma dinâmica aplica-se a grupos: pesquisas mostram que os eloquentes são considerados mais inteligentes que os reticentes – apesar de não haver nenhuma correlação entre o dom da tagarelice e boas ideias.

Cometemos um erro grave ao abraçar o Ideal da Extroversão de modo tão inconsequente. Algumas de nossas maiores ideias, obras de arte e invenções – desde a teoria da evolução até os girassóis de Van Gogh e os computadores pessoais – vieram de pessoas quietas e cerebrais que sabiam se comunicar com seu mundo interior e os tesouros que lá havia.