Fernanda Montenegro

Encontrados 15 pensamentos de Fernanda Montenegro

Se me incomodasse tanto o ser humano me solicitando, eu deixaria de me exibir, ficaria dentro de minha casa e procuraria um trabalho num laboratório de pesquisas químicas, por exemplo.

O jornalista foi a um convento das carmelitas e entrevistou uma freira que estava atrás de uma porta. Ele não via a mulher e nem ela o via. E ela falando de liberdade. E ele disse: “Mas a senhora está falando de liberdade atrás de uma porta, de onde a senhora não tem nem permissão de me ver! Como a senhora explica isso?”. Ela respondeu: “Liberdade, para mim, é um ser humano estar onde ele deseja estar.”

Um dos conceitos do existencialismo é que a última palavra é sempre do acaso.

O teatro e a educação devem caminhar juntos; educar não é só ensinar a ler e escrever, é ensinar a pensar e sentir mundo de outras formas.

Santo Agostinho dizia que “se você duvida, é porque você crê”. Essa frase põe a gente no colo. Então creio, tenho fé.

Inserida por pensador

Tenho um otimismo realista, porque a condição humana é falha. Todos nós somos atores nesse palco que é o mundo.

Se você exerce a sua vocação, metade da sua vida está resolvida.

Eu penso na finitude, porque está perto. Tenho menos tempo adiante do que aquele que já passou. E isso não é uma festa. Na hora de ir, eu vou ter pena. Eu gosto muito da vida, o que eu vou fazer?

Uma mãe vive preocupada. Quando eles estão bem, penso: “Agora está tudo bem, mas e depois?” Existe uma calma. Mas é uma calma em atenção.

Esta palavra, “velha”, bem, deveriam inventar outra porque ela já vem contaminada de coisas como a decadência, a finitude. Os velhos são produtivos, apesar de terem uma sociedade que só cultua o novo.

Investir em cultura não é caridade: é uma parceria que ajuda a projetar o Brasil internacionalmente.

A palavra não é apenas um conjunto de sinais gráficos. Nela há sangue, suor e lágrimas.

A nossa sociedade vê a mulher na menopausa como apenas um instrumento em finitude.

Inserida por pensador

Nosso ofício, falo de teatro, não nos deixa provas. A posteridade não nos conhecerá. Quando um ator pára o ato teatral, nada fica. A não ser a memória de quem o viu. E mesmo essa memória tem vida curta.

O improviso é importante na novela e na vida.