Vida e Morte
Quando se evolui na divina arte - a música - já não compomos mais, a altura dos dedos, dos acordes que conhecemos, mais sim, a altura do SOM.
É certo que essa vida é passageira. Principalmente para aqueles que como eu, já vêm o prazo de vida útil reduzida, pré-estipulada pelo fabricante.Rs rs rs...
É estranho pensar em como a vida é frágil e como nós, mesmo sabendo disso, não aproveitamos as oportunidades que ela nós da de criar mais e mais lembranças...e então, em um instante tudo muda e simplesmente não há mais nada que possamos fazer...apenas lamentar...
Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, devo admitir: Alguma coisa valeu a pena...
Diante do entretanto,
Espreito as formas.
Estampada sob sentido,
Percebida da não salvação.
Mais aflige que esmorece,
Afugenta e tudo é vivo.
Na rotineira selvageria,
Isento de predicado.
Onde sempre comparado,
Doravante, derribado.
Insuperável condição a existência,
Nessa escassez de pormenores.
De ignorante espírito espontâneo
Infindável iniquidades sem nomes.
Movendo, sedento,
Desentendido de quê?
De fato, guarnecem,
Lacunas do existir.
Diante do entretanto,
As pupilas são porta d´alma.
Não há luz noutro recanto,
Cotidiano, espanto.
A mover-se pelo pranto,
Descompasso o coração.
Desventura no caminho,
De um filho sem irmão.
Diante do entretanto,
Diante...,
A vida passa sem mágoas,
Diante dos próprios olhos.
ILUSÕES DO COTIDIANO
"O que os olhos consentem em alarde
Nossa mente insisti em fazer
Sempre e sempre a calar-se
O que sem razão insisti em dizer.
Que dos embrulhos que a vida nos trás
A surpresa está no entender:
Sou desmerecido do presente
Ou do passado pertence o meu ser?
O que os olhos insistem em mostrar
Nosso consciente se contorce sozinho
O que parece é
O que não é, é só um pouquinho.
POEIRAS DE MIM
"Oh, poeiras de mim
Se desvais do meu corpo
E me deixas assim.
Oh, brilho de mim
Se apagas de meu corpo
Me desmorono daqui.
Oh, grãos solitários, Caim
Sozinho vagas a pé
Meros fragmentos de mim.
Vais, resto, perdi!
Partes numa penugem só
Sobram ruínas apenas, resumidas a pó.
Fico, agora poeira sou
Pertenço ás paredes e ao chão
Me desfaço num só voo.
Vou-me, enfim, oh
De lembranças serei eterno
Mas de saudades morro só.
A consciência da nossa condição temporária neste mundo e da nossa eternidade como filhos de Deus nos vem a partir de dois acontecimentos: o nascimento e a morte. E entre esses dois pontos há muita vida, que precisa ser vivida intensamente!
A dor da perda é realmente algo insasiavel
é algo tão estranho é um sentimento imutavel
não imaginamos essa dor até sentirmos de verdade
porque nunca queremos que as coisas boas acabem
o fim, pode significar um novo recomeço
novos erros, novos acertos, nova vida!
a vida nem sempre é servida como o prato mais caro daquele restautante chique
como também nem sempre é sofrida como a guerra do vietnã
não pense no amanhã como um compromisso, muito menos como um serviço
pense nele como o recomeço que não pode ser feito hoje
nunca é tarde para mudar, nunca é tarde para perdoar, nunca é tarde para sorrir
mas como irei sorrir, se não estarei mais aqui?
carrego a solidão e todo seu peso em meu corpo
e como a escultura de "David" de Miguel Ângelo
corro o risco de ruir e desabar por esse peno não aguentar
são tantos anos sem resposta achando que vivo numa icognita
pouco tempo me resta até encontrar a resposta
pois esse peso, está fechando minha porta.
Mais um dia onde sonhos, esperanças e surpresas já não me acompanham o imortal sono e frustrado despertar. Nada mais excita, surpreende os humanos são, apesar dos séculos os mesmos que desfilavam outrora: vaidades, torpezas, frivolidades e crueldade! Sempre foi divertido caçá-los e extinguir vidas tão desnecessárias; absorver o doce licor de suas pulsantes veias, saborear o apagar do brilho de seus olhos... Porém, assim como seco suas veias e descarto o corruptível corpo, os séculos drenaram minha ansiedade e a sede já não se satisfaz! A insatisfação e monotonia de todo esse tempo passado e, àqueles que sucederão, me enchem de tédio e anorexia. Nada, ninguém que valha o esforço, a atenção, o cuidado... a chamar atenção real, para saborear aquele rubro e quente derramar de vida! Então, um riso meigo e olhar gentil aguça meu desejo e arde minha sede... alvíssima pele em roliço e macio pescoço de jovem vendedora de flores, Em seus longos e ruivos cabelos resquícios de minúsculas flores brancas qual grinalda de prometida noiva... nas veias o sangue em rápida e enlouquecedora marcha! Enfim sinto a ânsia retornar e crescer a tal ponto de não suportar perdê-la. Preciso de sua essência dentro de mim revigorando-me, alimentando-me! Alguém compra-lhe as flores enquanto eu aguardo nas sombras aquele instante perfeito onde a caça cai nas garras do caçador, um momento único de união perpétua. Ao findar seu estoque retira-se satisfeita à caminho de casa. Acompanho seus movimentos sinuosos ardendo em chamas de loucura! Num instante arrebato-a para afastado jardim e entre os arbustos sugo o sangue tão avidamente desejado e necessário ao refazimento de minha personalidade carcomida. Seu macio e perfumado cabelo ruivo tinge-se do rubro de seu sangue enquanto viajo no sabor único de sua vitalidade enchendo-me à luz de indefinível luar.
Ariadne
Se sou eu digno de ter-te terei-vos, mas não te quereis lá, é como desejar o vento e abraça-lo, traz-me teu cheiro, mas não teu corpo, pois quero viver de ti, e não morrer pelo mesmo.
Quem vive e quem vai além? Assassinar é repulsivo enquanto sobreviver é adorável!
Ansiamos pela morte,mas esta luta requer uma paixão que nos dispõe a tomar outra vida por Amor a própria vida!
Feche os olhos e tente dormir!
Estranho saber que ao dormir passamos por uma fase parecida com a morte, talvez seja para relembrar-nos que temos que nascer e morrer todos os dias!
A vida é mais que bens matérias
A vida é mais que extratos bancários
A vida é mais que códigos de barras
Que barra é passar ela inteira rico de bens
E pobre de amor, sentimentos e atalhos
Soberbo e preso em um mundo com encargos
Sobretaxado a acabar junto com o limite do cheque especial
A esteira da vida é continua e não tolera desperdícios
Ame demais, sofra demais a vida é uma surpresa continua
E, assim, viva como quem soube que vai morrer
Morra como quem um dia soube viver..
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