Versos Romanticos com Rosas
A amizade
A verdadeira amizade
Duas almas sem maldade
Um prisma de todas as cores
Em que não há a cor das dores
Uma companhia para a vida
Sorriso nos bons momentos
E um ombro de olhos atentos
Na tristeza e na alegria
De que vale grande riqueza
Ou até a mais alta beleza
Se caminhas na tua solidão
Sem amigo para ter como irmão
Lembra então, meu caro ser
Que quando tua vida ceder
Teus amigos contigo estarão
Caminhando juntos à imensidão.
O tempo
O broto puro da terra sai
Enquanto a folha madura
De velha e triste se vai
No louvor de sua altura
O tronco se entrega à escuridão
Deixando felicidade alguma
O lento e súbito clarão
Dos anos que a terra consome
Do belo à sua podridão
A implacável fúria invisível
Ainda viva enquanto dorme
Faz o silêncio audível
O furacão que o céu tocava
Vai do branco ao torto cinza
A uma brisa fria que se acaba
E o destino que se realiza
Ergue a tumba de sua era
Velando a dor que avisa
A doce morte e sua adaga
Ao que um dia do sol vivera
Fadado agora à eterna amargura.
O céu
A noite solar, o dia lunar
Água de prata ao mar
O vento que voa frio
O raio que nuvem partiu
O crepúsculo aos olhos
Resplandece as rochas negras
E os que desciam mórbidos
Ascendem às doces sedas
A suprema obra majestosa
Que tudo alcança, tudo vê
E a ti, nu, faz à mercê
De uma vasta nuvem gloriosa
As harpas da deusa estrelada
Cantam às flores azuis
E a bela deusa dourada
Fulgura em seu leito de luz.
O Vazio
Fala pra mim, ó vazio
O que é que tu tens
Que faz de todos bens
Um nada mais que vil
A letra já é numero
O papel já é manchado
E a mancha já escura
Faz do nada algo bordado
Num ombro todo o ouro
No outro a beleza
No meio nenhum louro
Só a nuvem de tristeza
E na longa estrada que desce
Guiado por ti, podre vulto
O ser outrora culto
Fecha os olhos e obedece.
O Anjo Negro
Anjo negro, estrela do crepúsculo
Fala agora onde estás
Tira minha alma desse reduto
Pois somente tu me alegrarás
Estende tua mão agora
Tira de mim esse peso
Não deixa que nasça a aurora
Mata esse medo
Por sobre o chão de pedra negra
Eu logo hei de caminhar
E a luz que passa a fina seda
Com minhas mãos hei de apagar
Me envolve em teu abraço
E me dá com a adaga forte
Faz do meu passo
A casa de tua sorte.
Crepúsculo do Mundo
Onde está a espada?
Onde está a coragem?
A princesa encantada
O salvador de passagem
O tempo já levou
Ou a verdade se encarregou?
Sendo a areia ou a visão
Findaram a bela criação
Onde está a doce arte?
As linhas fortes da alma
Ou o som do sol da tarde
Sofreram dor ou trauma?
A sinfonia alta e regente
Fugiu do encontro com a aurora
A flauta que erguia a serpente
Fez dela uma sombra de outrora
Onde está o sábio
Aquele da mente hábil?
Outra vítima do humano
Que fez da coruja um pelicano
O mestre dos quatro elementos
Já fraco, menor e antigo
Fez do vácuo profundo um amigo
E sumiu como um grão aos ventos
Onde está o rei guerreiro?
O senhor da honra e da glória
Sucumbiu no ouro da vitória
E o nada virou seu inteiro
A torre dos homens caiu
E a árvore da vida secou
O leão das sombras rugiu
Quando a cova do mundo fechou.
A janela
O belo símbolo da esperança
A que traz a luz e o vento
E o doce riso da criança
O velho que olha de dentro
A moça que fica debruçada
Olhando as vidas da calçada
O pássaro nela se senta
E a beleza dali aumenta
Com seu mais puro canto
Olha para fora da janela
E faz dela a tua porta
Para um mundo de encanto
Curarás qualquer mazela
Ou árvore que cresça torta
Tu verás um outro lado
Poderás lançar o dado
Com a tua sorte a testar
E com o pássaro a cantar.
A ponte da vida
Aos passos vagos e curtos
O homem na longa travessia
Enfrenta todos os vultos
Das ideias ele se sacia
As pontes da própria mente
Que ligam o gênio presente
Em sua genialidade total
Essa tão viva e também fatal
Ele atravessa a árdua ponte
As dificuldades do caminho
Endurecerem sua fria fronte
Fazem da água o vinho
O filósofo cumpre seu destino
Eleva-se ao saber divino
À outra margem tendo chegado
Vive então do bem dourado.
Juro que eu não sabia
seus olhos inversos contradizem a alma,
persuadindo o cérebro e contesta
com as suas palavras avessas.
Sabia que o prisma da minha mente
muito antes de mim
traduziu suas inverdades
seus códigos
sua ternura
A noite cai, a madrugada é fria
os ossos...Ai os ossos...Liberta-me,
e ai os inversos não persuadis a verdade.
Como alimentarei ao lobo sedento
alimento, alimento, alimento,
Vivos noturnos depois que o corpo
descansa nas noites frias.
Não Sol, não se aproxime
deixe o meu lobo vagar
na penumbra da noite,
em busca da lua,
em busca da luz,
alimento, alimento, alimento,
e o sol mais que depressa
põe meu lobo junto ao corpo.
Acordo, acordo, acordo... Acordos
simplesmente espero a próxima lua chegar
e o meu lobo voltar;
a vagar, a vagar, a vagar.
Pensava na verdade
nada mais que a sua verdade
somente expelida pelos seus lábios
em uma só direção; a minha.
E eu, simplesmente eu, acreditava
que a sua verdade era
a única que sobrepunha a minha verdade.
Verdade, somente verdade.
A sua verdade nunca foi nem
nunca será a minha verdade.
Mas, descobri também que a sua verdade
não é verdade nem para você próprio pois,
a minha verdade é o que nos alimenta.
A dor da perda é real quando se tem certeza de que se perdeu para sempre...
A dor da perda é real quando se tem certeza que mesmo tendo encontrado um tesouro valioso e o vento vem e sopra-o para longe...longe...longe...
é assim o amor como um prisma... Uma faisca ultrapassa e transcende a distância tamanha que ele se perde no infinito...
Ter o tesouro devolta é uma tarefa árdua e as vezes quase impossível pois o tesouro criou asas e foi embora e assim são as coisas importantes...
São tão importantes que se perdem no espaço tempo...
Nesse exato momento tive a sensação que amar nunca é demais só que o amor fica tão bem guardado dentro de mim, como uma coisa muito valiosa e é com toda a minha certeza. Quando o sentimento do amor vem atona ele não se mostra frágil, nem gracioso, nem singular.
O amor é totalmente plural e inestimável. Seja o amor a Deus, o amor ao próximo, o amor à família, o amor a religião.
O amor move tudo, é intenso, é ímpar e plural ao mesmo tempo. É a ressignificação da alma, da vida, da morte, do corpo e também do espírito.
Nunca é tarde para se dizer "Eu te amo". Aprendi a usar esta pequena frase de tanta polêmica universal e hoje posso me apropriar da mesma em sã consciência.
Cancioneiro sonhador.
(Marcel Sena)
O cair em um sonho embalado por simples e belas canções
Que por horas seu tempo furtado, ouvindo rimas e versos cantados
Em uma noite embriagada de sensações.
O nascer do sol no cerrado, dando rumos a um refrão.
Aventureiro de estradas, rodando dias e madrugadas
Inspirado por sua amada a sempre fiel canção.
Como um sabiá entoando, um canto por garoa.
O violão implora para que sua voz ecoe.
Cá de longe observo um sabiá a cantar
Num sonho me embalo para sua voz escutar
Saberás que não és sonho, quando aplausos ouvires
Saberás que não és sonho, quando o pranto dos olhos descerem
Saberei que não é sonho, quando a cá regressar
E desperto a dizer, meu cantar venceu por você.
Cuiabá, de setembro de 2016
“Todas aquelas conversas prontas maquiadas e encaixotadas em MDF
Me dão motivos pra talhar meus versos soltos em tronco de madeira silvestre
Todas essas ideias tronchas quando lavadas perdem a cor
E todo aquele que a elas compram perderam o seu fulgor”
No ato!
Na calada da noite o silêncio toma conta; no Céu tudo está normal e bonito, a Lua e as estrelas brilham como sempre; o clima de mais uma noite de inverno predomina e mantém a vizinhança nas suas casas em absoluto repouso; na minha casa uma confusão de pensamentos acaba de acontecer e é devidamente descrita em forma de versos...
Obrigado
Uma terra desabitada, um rosto invisível no meio da multidão e o talento de viver sozinho num mundo distante da felicidade,assim tem sido os meus dias atuais. A saudade tem sido a herança amarga do meu passado, a solidão tem me surrado diariamente na carência de um certo alguém.
Na luta contra esse mal silencioso que me persegue e me ataca implacavelmente, tenho buscado forças e coragem nos meus versos, hoje o meu maior alimento é poder compartilhar com vocês o que estou sentindo de forma pura e verdadeira. As palavras que compartilho me confortam e se comportam como um escudo protetor para o meu eu. Ao mesmo tempo que ofereço a vocês as minhas experiências e os meus conhecimentos, sinto-me abraçado por todos.
Vou continuar honrando o meu compromisso na busca por uma vida cheia de amor e repleta de felicidade. Caros leitores, eu deixo aqui os meus agradecimentos a vocês e um forte abraço afetuoso.
Ecoa
Conforme, ganhamos experiências, automaticamente adquirimos conhecimentos, Encontramos meios de nos adaptar as novas realidades propostas,
Sufocar os sonhos é uma forma de deixar o ar rarefeito é uma forma de matá-los lentamente, muitas vezes é neles que estão as fontes dos nossos encantamentos de uma vida,
Recuar, repensar e julgar pode ser útil, desde que não montemos acampamentos em cima dos medos,
Aprendemos muito em silêncio, só não podemos viver escondidos embaixo de uma sombra fresca,
O nosso conhecimento flui das nossas descobertas, vem como uma nascente da aguá derretida das geleiras de uma montanha,
Ecoa em versos palavras sobre o ante-regresso, ser auto suficiente dando uma rasteira no tempo, podendo na velocidade da luz, flertar com a eternidade.
Muitas vezes ...
fico olhando para o céu
querendo alcançar as estrelas,
quem sabe ...
elas também ficam olhando
para mim ...
querendo caminhar sobre a areia da praia
e mergulhar nas águas do mar ...
Momentos difíceis existem para nos tornar
de rocha ou de ferro, de fogo ou de aço
alicerces ou ruínas ...
Eu me torno raíz de reflexões,
caule de versos e pétalas de poesia.
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