Versos estou te Esperando
Há muito tempo
venho contando
a injustiça em
versos autorais
e de minha total
responsabilidade
sobre a injustiça
cometida contra
uma boa tropa
e um General:
O círculo vicioso
contra os nossos
povos que vem
sendo imposto
não nos deu
trégua nem
no mês do Natal.
Na nossa Pátria
América Latina
virou rotina aturar
todo o santo dia
falsas notícias
a ironia e a tirania,
E morrer nas mãos
de cada uma delas
porque não
há investigação.
A Bolívia não foi
poupada do cruel
engendro deste
emaranhado,
o povo vem
sendo ameaçado
e por lá um golpe
duro foi instalado,
Desde outubro
era esperado
um informe final
sobre o resultado
da vitória eleitoral,
Somos testemunhas
de um festival
de absurdos sem
antes nunca visto igual.
O General está
injustamente
aprisionado,
Eis-me aqui
com versos
libertários
para propagar
o absurdo
inegável,
Ele não deveria
ter sido preso,
isso tudo tem
sido lamentável.
O General não
tem contato
com ninguém,
Eis-me aqui
de vontade
própria com
com versos
lamentando
para insistir
no que é
irrecusável
e lamentável.
O General está
preso numa
cela que não
tem janela,
Eis-me aqui
com versos
que ultrapassam
a velocidade
da luz que
não aceitam
a ausência
de justiça
como sentença.
Não deixam
entrar a Bíblia,
cadernos, lápis
e livros,
Permitem
os mosquitos,
e não preciso
nem me alongar
mais para dar
nome a isso.
Eis-me aqui
em versos
que não
foram lidos,
Mas construídos
a partir do que
a irmã toda
a semana
tem relatado,
assim se vem
escrevendo
um poemário.
Intrépidos vão
estes versos
de liberdade
apoiando
o General
de inabaláveis
olhos de azabache
em campanha
contra o bloqueio.
Não adianta
só ir a Igreja,
se não há
entendimento
que o povo
não pode
mais aguardar.
A fome avança
e a desesperança
aos passos
das operações
e desencontros
nos mais
humildes rincões.
Que desconfiem
e achem exagero,
Diria a cada um
deles que estão
e grosseiro erro,
e o meu espírito
em cansaço e berro.
Depois de tudo
o Império propôs
o tripúdio
ao Governo
mesmo que
uns não gostem,
ele que é o real.
Ofereceria
a reconciliação
nacional,
porque dar
ouvidos a quem
não tem nada
a nos oferecer,
nos distrai
do dever de casa
que se urge fazer:
libertar a tropa
e o General
que tem alma
de recomeço.
Estes versos
não chegam
nem perto
da beleza
dos tupamaros
semeando
a terra para saciar
a fome do povo
que precisa,
Ninguém vive
de poesia
embora ela viva
para sempre
alimentando
as almas
e dando força
aos inconformados.
Não há mais
mulher nenhuma
desaparecida
até o momento,
uma foi
libertada,
e outras com
alvará de soltura,
mas há mulheres
marcadas por
toda uma vida.
Quero saber dos três
militares e do civil,
que dizem que
ninguém mais
sabe e ninguém
mais viu;
e do General
injustiçado
que nem deveria
ter sido aprisionado.
Ensaio
Na Tristeza destes versos,
Me encontro na Solidão de teus braços,
E fico ensurdecida pelo silêncio de tua Alma...
Pois você aqui já não mais está.
E perante tua ausência,
N'uma dor ou angústia de uma saudade insaciável,
Me vejo no impasse de apenas me agarrar à tua lembrança,
Ou de simplesmente, ir morar contigo...
Meu peito clama tua presença,
Mas nem o tempo ou Amor que regem a Vida,
Ou tampouco a lágrima que salgou a despedida,
São capazes de lhe trazer de volta.
Mas hão, de certo, me levar contigo...
Removendo
o egoísmo,
me dividi
em mil versos,
Para lembrar
de outros
esquecidos
porque não
concordaram
do momento
estabelecido,
Os escolhi
sem critério
seletivo em
nome daquilo
que acredito.
Não aceitem
a truculência
como rotina,
Mão estendida
contra o povo:
Afasta a magia.
Num tempo
crítico como
seria bom se
o Comandante
entre a tropa
se entendesse
como um pai com
os seus filhos.
Não convivam
com frieza,
violência,
indiferença,
e com silêncio:
se entendam!
Generalíssima
cantoria,
Sathya Sai,
Harmonia,
santeria,
Poesia,
sem notícia
do General,
Gira a roda,
bate a onda
gota a gota
desta agonia.
(...)estes versos
contemporâneos
falam de tempos
estranhos,
e de sentimentos
latinoamericanos.
Versos que falam
que disseram que
Monsalve se
lançou do terceiro
piso após ter sido
torturado e detido.
Não quero entrar
em conflito,
Só quero que tudo
seja esclarecido,
Em nome da paz
que só faz bem.
Versos que falam
que insistem em
dar notícias que
levaram o General
para La Orchila,
Enquanto se sabe
que ele foi levado
para Fuerte Tiuna,
Há quem não
queira nem mais
ouvir de mim
palavra alguma.
Dá para ver de longe
que o General é inocente,
Espero que dessa história
ele saia sobrevivente(...)
Os meus versos
joguei ao vento
para ao menos
tentar se ganham
alguma direção.
Eles podem vir
a ser alimento
do seu coração,
da sua alma
e canção
de libertação.
Além de toda
a poesia da dor
de cada um,
quero vir a ser
a tão esperada
anunciação.
Ao rever o rumo
que me dói só
de constatar que
transformaram
os olhos brilhantes
do General
em exaustão,
e ao sentir
pela tropa,
Não nego que
me encontro
em constante
inconformação.
Não há nada que obriga
estes quatro versos
a rimar nessa instância
que tem doído no peito.
O silêncio só faz crescer
a indignação monumental,
a vizinhança já conhece
a ignorância constitucional.
Por nada nesse mundo
jamais irei parar de falar,
o sol há de voltar a brilhar
e trazer a justiça para o lugar.
A dança dos astros
está em movimento pleno,
A Terra tem o seu eixo,
o destino fará o alinhamento.
Talvez não sejam
os versos
mais bonitos,
Porque são
os versos
mais difíceis
da minha vida
já reconhecidos,
Porque estou
habituada
a escrever sobre
romantismo,
e não sobre
autoritarismo;
Enquanto com as
crueldades não
pararem,
notícias tuas
não chegarem
e a ti não libertarem,
Todos conviverão
com estes versos
por todos os lugares.
Buscando uma saída
tenho escrito
os versos mais difíceis
da minha vida,
Não há como não
seguir sem
saber o porquê,
aonde
e como está você.
Chegou e pude ver então a lua que antes não via e
uniu em versos,
o universo diverso de minha vida já tão vazia.
Chegou e ao silenciar-me ganhei então, nova voz
pois fez meu rio, de tantos desvios, encontrar sua foz.
Chegou e ressuscitou meus sonhos quase mortos e realinhou o descompasso de meus passos tortos.
E tantos chamaram de loucura, alucinação, utopia. Desconheciam que ela, ao chegar, olhando-me nos olhos, me trouxe de volta a magia e sorrindo me disse:
- Muito prazer!Sou a Poesia.
Inspiração dos meus versos
Você me mantém acordada
Quando penso triste, lembro de você
E bons pensamentos me vêm.
Houve um tempo
em que todos os versos eram de esperança,
a mostrar um caminho por fazer
Mesmo que a noite fosse escura e fria,
havia sempre um jeito de poesia
prá se aguardar o amanhecer.
Mesmo em tempos de fome, de tristeza
de guerra fria,de dor e de incerteza,
havia sempre um sol na consciência,
havia sempre luz no fim do túnel,
a marcha da História,a curva do horizonte,
para acalmar a santa impaciência.
Houve um tempo
em que todos os jovens eram proletários
construindo seus versos libertários
e fabricando um amanhã mais justo.
E já se via até um novo dia
de sol,de amor, de pão e de alegria,
a compensar todo trabalho e susto.
Houve um tempo
Esse tempo passou, era tudo bobagem
era tudo mentira,engodo vil
A História se enganou, voltou prá trás,
não existe amanhã,nem pão,nem paz
nem fim do túnel,nem sonho,nem miragem.
Enganamos um bobo. Primeiro de Abril !...
Se lembras de mim
e dos meus versos,
é sinal de que nunca partir
e que o teu apreço por mim,
é sincero.
27 versos mais três
Poeto para ti...
E nunca me canso
Hora aqui, hora ali
Pouco o descanso
Só quero lhe mimar
E um abrigo manso
Pra apoiar meu olhar
Dizer-te o que senti
Sinto. Poder te cuidar
Amar com cuidado
Numa só sensação
Estar apaixonado
Feliz o coração
Ter-te ao meu lado
É doce razão
Tão do agrado
Paixão!
Ao desejo apreciado
Ao carinho feição
Não quero vaidade
Nem só diversão
Quero o todo, não a metade
Te quero! nunca em vão!
Tens meu sentido
A minha admiração
Tudo se faz colorido
E com diversão...
Assim, nunca é um talvez
E tão pouco um perdigo
Para ti, 27 versos mais três...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19’13”, 17/10/2021 – Araguari, MG
Paráfrase Affonso Gallo
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