Versos e Rimas
Eis os versos que hora apresento
As vezes rápidos as vezes lentos
As vezes quentes
As vezes frios
Inocentes, cheios de vazio
As vezes calmos
As vezes insanos
As vezes santos
As vezes profanos
Independentes dos tempos
Independente dos anos
A se espalharem pelos ventos
Outros, a se esmagarem pelos cantos
Eu por mim.
Amante dos versos,
poeta de mim mesmo,
errante a cada instante.
Recluso no lirismo dos versos vagos.
Vidas, lidas!
As frases que foram lidas
são versos de nossas vidas
que se perderam na solidão...
mas a saudade trouxe a escrita
de uma história infinita
das páginas do coração!
“Por uma felicidade que não cabe nos versos escritos no papel, eu arrisco colocar mais uma porção de amor, mais um gesto de ternura, mais um sorriso sincero, mais um olhar de bravura. Para o lado amargo da vida basta mais uma porção de doçura, e para a sua dor meu bem, o amor continua sendo a cura.”
__Goreth Maia -
saudade dos versos livres
da poesia simples de cada dia
saudade de estar entre as letras
aquelas que sobrevivem as horas perdidas
saudade das conversas singelas
onde o sentimento e o amor é verdadeiro
DISTANCIA
As vezes os versos não rimavam
mas eu sabia decifrar
nas sinceras palavras
o teor de carinho que delas exalavam.
Você era tão simples
com um único e velho vestido azul
sem mancha de maquiagem
apenas um coração que ocultava o universo.
Eu nunca soube entender
por que o destino quis
outros rumos tomar
Estados tão desunidos
detém meus sentidos
em outro lugar.
As vezes as brincadeiras
eram apenas criar
um sonho como um rio doce
Que por mais belo que fosse
as águas eram de mar.
Volúveis, tão insondáveis
estranhas e tão amáveis
você era diferente
Era o que me preocupava
era tudo que eu amava
era o mundo da gente.
Ezhequiel Queiróz Águia
Vou burlar a saudade, vou me enganar,
vou fingir tudo...
Não vou me lembrar de você nos versos que eu escrever...
..
A AMIZADE EM VERSOS
Pois a vida é assim:
Uma hora te alegra,
Noutra te estressa...
E tu te perguntas:
"O que será de mim?".
Mas te peço que te acalmes.
Foca nas perspectivas para o futuro,
Faças da felicidade teu porto seguro!
Viver a vida?, sim! isto faz bem!
Prove e diga à infelicidade:
"Eu posso ser feliz também!".
Sinta-se bem aconchegada
Em minhas sinceras considerações;
Que a alegria seja a precursora de sua caminhada.
Despreocupada! com o afeto em fartas porções...
Que a amizade dure e a confiança se eternize.
Que o pano sobreviva ao tempo traiçoeiro;
Que a cruz marque, impávida, o sentimento pioneiro.
A mensagem aqui eu deixo:
"Sempre que necessitar,
Procure-me, sem hesitar,
Te aconselharei!
Em tudo te ajudarei,
E de brinde ganharás um abraço
E um casto beijo!".
As palavras invadem o pensamento
Metrifico os versos todo instante
E as estrofes por si, fazem constantes
Seja de minhas glórias ou lamentos
Penso em escrever de tempo em tempo
E me pego mais de uma vez por dia
Encantada dentro dessa magia
Com papel e caneta preparada
Deus me deu esse dom sem cobrar nada
Se eu deixar de escrever é covardia...
Faço versos por ser sensível.
Não tenho nada de poeta.
Sou tão somente um homem que chora
e que se afoga na inocência da poesia.
Talvez o sol,
um dó maior,
um si bemol,
um grito em versos livres
que não metrificam ninguém de nós,
Pois poesia também tem voz.
Versos da Paz
Não me adianta ser poeta,
Se eu não for condutor de boas ações.
Espero que meus versos não
Necessitem de ponto final.
Que nada seja rompido por sinal.
Boa é a vida na qual o bem não tenha oposição
E onde mundo é uma única nação.
Em que as cores não discriminam
E as cabeças dominantes se iluminam.
Onde os abraços servem pra fortalecer as relações.
Em que os ventos destruam somente conceitos errôneos
Em que a música universalize o que faz bem.
Em que a poesia, ainda que pobre,
Se preste para gestos nobres.
Onde versos de paz
Sejam escritos cada dia mais.
E que os homens se entendam
Celebrando com gestos que a todos satisfaz.
Não dedico meus versos a você que aprecia poesias, pois certamente tens a grandiosidade do amor.
Dedico sim
Ao ego dos que não amam.
Por pena.
Converso,
Com os versos
Por que só eles me entendem.
Os inversos dos meus momentos,
Tão simples em meio os meu paradoxos!
Ode a QUINTANA
QUINTANA...
seu nome traduzido em versos
embelezando sua doce poesia...
Gabriel Souza
OS MEUS VERSOS
Os meus versos não são meus!
São um fio delgadinho,
Mais fino que o fino linho,
Da inteligência de Deus!
Sou o espelho unicamente:
Colho a imagem fulgurante
de estrela, de sol ardente,
Milhões de léguas distante.
Como, no búzio, cantando
Vem o mar, seu cavo grito
Anda talvez silabando
Em mim a voz do Infinito.
A frágil haste do trigo
Vibrou ao passar o vento;
Sucede o mesmo comigo.
Sacode-me o pensamento.
Ando, às vezes, distraído
E a ideia sorrateira
Vem-me achar de que maneira!...
E quando os meus versos traço
E os assino, como autor,
Reconheço que não passo
De receptor-transmissor.
Surge na várzea rasteira
Seara em verde lençol;
E cresce e fica altaneira
E quem a ergueu foi o Sol.
Até ao fundo covil
Do coração mais lapuz
Chega o hálito de Abril,
Vai uma réstia de luz.
O que somos, nesta vida,
Nós o devemos a Alguém
E passamos, de corrida,
Do além para o Além.
Viseu, Março 1948
Pessoas e Poemas
Seres e seus versos airosos
Faz-nos querer enamorar
Os seus gestos de afago e palavras do jardim
São pessoas fulgentes
São poemas brandos
Seres e seus versos obscuros
Faz-nos querer desvendar
Os seus mistérios sem nobreza e palavras do esplim
São pessoas diligentes
São poemas entorpecidos
Pessoas com rimas, poemas com ações
Nas nossas vidas, eles serão inimigos
Ou fraternos
Nos nossos destinos, eles serão fantasmas
Ou eternos
Pessoas com estrofes, poemas com consequências
Seres e seus versos inauditos
Faz-nos querer impressionar
Os seus toques do portento e palavras sem anexim
São pessoas diferentes
São poemas apurados
Seres e seus versos atrozes
Faz-nos querer abominar
Os seus olhos de truculência e palavras do fim
São pessoas excruciantes
São poemas amaldiçoados
Seres almocreves de seres
Cada um opta como quer
Cada um opta como deve
Cada um opta como carecer
Seres e versos, Pessoas e poemas