Versos e Rimas
A Poesia de Verdade
A poesia de verdade não está nesses versos
A poesia de verdade anda entre nós
Senta ao nosso lado
Se disfarça
Eu finjo que não a conheço
E prometo manter o seu segredo
E lá vai ela, com um sorriso diabólico no rosto
E lá vai ela “dormir na casa da amiga”
E lá vai ela tentar corromper outros poetas.
Admiro a máscara da poesia
Admiro o pecado intrínseco em sua alma
A poesia de verdade traz a liberdade
Com um batom vermelho
Vestindo a pele de uma jovem inocente
E lá vem ela, dizendo que sente a minha falta
E lá vem ela pedindo que eu a escreva
Eu resisto por um tempo
E aqui estou.
Ela sabe que não vai durar muito
Ela sabe que em breve será outra
Mas hoje é ela,
a poesia de verdade
que irá inspirar este autor condenado.
eu te verbalizo tanta poesia...
... mas há os versos mudos
que são parte dos poemas
que a minha boca só diz na tua.
te beijo.
A esta mulher brilhante e forte nossos versos ...
Maria Nazaré
Mulher, cativante!
Sempre radiante!
Professora Doutora Maria Nazaré de Almeida Gonçalves
Apta a qualquer momento
Para qualquer movimento.
Mãe
Mulher
Forte
Ousada
Preparada
De salto alto diante da vida.
Profissional
Dedicada
Imperativa
Competente
Motivada
De salto alto diante dos contratempos.
Mente brilhante
No caminho de ser quem quer ser
De salto alto diante do conhecimento.
Vencer é pouco
Pra quem quer viver
De salto alto diante dos Homens.
Mulher forte, forte mulher...
Como não parabenizá-la Maria Nazaré Professora
Como não saudá-la Maria Nazaré Doutora
Como não amá-la Maria Nazaré Mulher
Como não homenageá-la Maria Nazaré?
Hoje olhei para o horizonte,
E resolvi fazer parte dessa linha.
Me fiz em versos,
Virei poesia, saudade e despedidas.
Já perdi as contas
De folhas que amacei
Tantas poesias e versos
E todos eu rejeitei
Por não acreditar em mim mesmo
E em coisas que eu escrevia
Mas por um breve momento
Eu olhava e sorria
Tantos sentimentos bobos
Transformados em poesia
ESSES MESMOS VERSOS
Marcial Salaverry
Esses versos
que nada dizem,
mas que algo trazem...
São palavras ao léu,
dirigidas ao céu,
um recado a ninguém...
Mas a todos dirigidas,
falando da incerteza,
de não se ter uma certeza...
Pode ser uma conversa etílica,
de um fim de noite,
ou de começo de manhã...
Pode ser falta do que fazer,
ou pensar num afazer,
buscando fazer algo com prazer,
e disso se comprazer...
Por nada ter para fazer,
poeta-se sem compromisso,
apenas pelo prazer de poetar...
e alguma bobagem rimar...
É isso aí...
Se é por falta de adeus,
até logo...
Marcial Salaverry
Foi por ti
Foi por ti que mudei, sorri mas também chorei. Versos de amor eu decifrei, exaltei ao céus, mas também pequei, pensei em ti, sentada a beira mar.
Foi por ti que recordei estar equivocada, foi por ti que vi que desculpas não são só palavras,
Dos seus poemas restaram-nos 154 versos e eles dividem-se em três partes.
A primeira é uma introdução onde ele coloca como chegou às suas revelações. O filósofo conta a sua viagem imaginária pela morada da deusa da justiça que o conduzirá ao coração da verdade. A deusa mostra a Parmênides o caminho da opinião que conduz à aparência e ao engano e o caminho da verdade que conduz à sabedoria do ser.
(de A filosofia de Parmênides)
- PALIDEZ -
Eu sou a lava de um vulcão
Sou as noites de pobreza
Sou os versos de tristeza
Que só sabem a solidão.
Eu sou nada e nada quero
Nada tenho e nada sou
Sei que irei e sempre vou
Onde leva o desespero.
Não sou bem e não sou mal
Sou bastardo do amor
Entre um servo e um Senhor
Sou um forte vendaval.
As gentes não me entendem
Nem me vêem como sou
Que só irei e sempre vou
Onde meus passos me levem.
Errarei por minhas mãos
Chorarei pelos meus olhos
Que sobre silvas e Abrolhos
Sou Destino e Solidão.
Vozes de um desamor
O que há dentro de mim, são vozes, versos petrificados de ações que magoaram. Toda omissão que havia numa vida que não era
compartilhada, foi excluindo todo o amor que reservei para alguém especial. Hoje, pereço em ter feito a escolha errada, maldito destino, o que reserva para mim?
Que infortúnio...
Com a alma quieta
Pensamentos vagando
Vou navegando
na pureza dos meus
versos ou
na inquietude
dos meus insanos.
Poeta ...
Por vezes
intensa
inquieta e
avessa
Filha da lua
e do carbono
Escrava fiel dos sonhos
ventanias e devaneios .
Assim sou !
Mas inda que lá fora
meus olhos
não enxerguem
a vastidão do que seja
perfeito , manso ou bonito ...
Aqui dentro
serena e silente
Consigo desenhar
meu próprio paraíso !
Dois versos (v)
Meu primeiro verso sonha com a liberdade
O segundo dela sente saudade.
Meu primeiro verso é lápis que tudo escreve
O segundo e borracha, mas pega leve.
Meu primeiro verso eterno conservador
O segundo um declarado abrasador.
Meu primeiro verso é chuva fria
O segundo desenha o sol em poesia.
Meu primeiro verso é carrancudo
O segundo acaricia o mundo.
Sempre um verso é meu primeiro
Nunca outro verso é meu segundo.
E por mais a vida se mostre sombra
Os tons de cinza teimem em me perseguir
insisto em versos azuis...
Basta
Basta uma nota
E pode virar música.
Bastam alguns versos
E pode virar poema.
Basta a distância
E vira saudade.
Bastava um beijo
E talvez, vire amor.
Basta um adeus
E vira história.