Versos e poesias
Canção do Bardo - O Paladino e o Reino do Norte I-XIV
Sou um cavaleiro negro andante
Por trevas, vales e tormenta forte.
Um Paladino, buscando adiante,
O Reino florido, o vale do norte.
Jazo exausto e oscilante,
Deito-me aos braços desta sorte.
Rompo o encanto — paladino errante,
Sob névoa, tenho visto a morte.
Eis-me aqui, presente,
Sob dia e noite, viajante.
Sigo firme e persistente,
Até alçar meu fado distante.
Quando o tempo para
Meu querido garoto dos olhos castanhos, ficar sem trocar palavras contigo, mesmo que por um curto segundo, é uma tortura constante. Parece que o tempo simplesmente não passa quando estou longe de ti.
Tua presença é como um abrigo para minha mente perturbada e barulhenta. Nem mesmo um maço de cigarros consegue me acalmar tanto quanto estar ao teu lado.
Qual é o segredo para isso? Mal posso esperar para te abraçar e olhar bem no fundo dos teus belos olhos castanhos.
Sei que é um crime te comparar com um cigarro, mas tu me traz a mesma paz que uma dose traz para um viciado em metanfetamina. Me perdoa pelas comparações — só assim talvez tu entendas o quanto sou viciado em ti.
Fico esperando, procurando tuas mensagens no celular, como quem busca alívio. Nem meus remédios têm tanto efeito sobre mim quanto ti.
(Mk)
Bumba Meu Boi Canarinho
O Capitão avança, dança
e anuncia levantando
a alegria e a festança
que com ele vem chegando
para fazer a gente sacudida.
Bumba Meu Boi Canarinho
caiu no laço do Vaqueiro,
coitado, pobrezinho,
O Bumba Meu Boi agonizou,
e depois ninguém
mais ouviu se ele suspirou.
O Pai Francisco e a Mãe Catirina
estão preocupados
com o Dono da Fazenda
porque o Bumba Meu Boi Canarinho
era dos bois o preferido.
Pares de indígenas,
eles rapazes e elas meninas,
Junto com os Caiporas
acompanham o ritmo
dos músicos e a direção
que apontam os Caboclos.
O Cazumbá mantém
a ordem entre os Brincantes
enquanto a Burrinha
chora pela perda do querido
Bumba Meu Boi Canarinho.
O Dono da Fazenda foi
com fé atrás do Pajé,
E foi assim que ressuscitou
o Bumba Meu Boi Canarinho,
e todo o mundo pela rua comemorou.
Noites turvas
Noites turvas, incêndio de instantes,
chamas vivas que devoram minha razão.
Um turbilhão de sentimentos vibrantes,
ardendo em brasa no peito em combustão.
Cicatrizes se abrem, feridas em chamas,
marcas de um tempo que já se perdeu.
Mas como calar o que em mim se derrama,
se a emoção outra vez me venceu?
Não há mais volta, me deixo envolver,
sou presa fácil do doce querer,
refém da febre que a paixão me traz.
Do outono sombrio que secou meu viver,
hoje sou chama, renasço a arder,
e esse fogo me consome de forma tão voraz.
Sementes da Gratidão
Acordo e sinto o vento,
o cheiro da terra molhada,
o calor do sol na pele,
e percebo — sou parte do milagre.
Grato pelos passos que me trouxeram,
pelas quedas que me ensinaram,
pelos olhos que cruzaram meu caminho
e acenderam luz quando tudo era sombra.
A vida não me deve nada,
e, ainda assim, me entrega tudo.
Em cada abraço, em cada sorriso,
existe um universo inteiro dizendo:
“Você não está só.”
Grato pelas manhãs que começam,
pelos desafios que me moldam,
pelos silêncios que me fazem ouvir
o que o mundo, às vezes, esquece de dizer.
Carrego no peito uma prece muda,
uma canção sem som,
mas cheia de sentido:
“Obrigado, vida.”
Poema - Copa do Mundo (Eleição)
A copa do mundo
Nesse assunto
É a eleição
Escolhemos as seleções
Alguns com a braçadeira
Mas na equipe inteira
Congresso, prefeituras e câmaras
Estamos tipo câmeras
Só observando
Quem tá jogando.
Como a copa
Eles só voltam
De 4 em 4 anos
Se teve abandono
Estou esperando
Tava apoiando
Mas quem pisou na bola
Vai ficar de fora
Da minha próxima convocação
Sem espaço na minha seleção.
Quem não representou a torcida
Que fez festa nas pistas
Esqueceu que tem eliminatórias
Para a próxima copa
Quem se classifica
Depende das estatísticas
Se teve lance irregular
Vai ser naquele VAR
Que vocês gostam
Que vamos dar a resposta.
Poema - Yeshua
Em casa ou na rua
Estou com Yeshua
Que nos proteja
Dessa selva de pedra
Cercados de problemas
Dentro do ecossistema
O Leão de Judá
Que pode nos ajudar
Mostrar o caminho da verdade
Qualidade não é quantidade
O que é do mundo, é do mundo
O pouco com ele é muito
E o muito sem ele é nada
O bem mais valioso é sua alma.
Nem todo brilhante
É ouro ou diamante
Mas Jeová usa o pequeno para confundir o grande
Tipo nesse instante
Adonai é a única liderança
Faz com ele uma aliança
Limpa o teu nome
Enterra o velho homem
Seja abençoado
Remido e lavado
Pelo sangue do cordeiro
Dele seja um herdeiro
Na terra prometida
Ele é o caminho, a verdade e a vida.
Que nossa fé esteja sempre renovada
Que em nossa mente tenha sempre calma
Para que Deus possa sempre iluminar
A nossa mente, nossos sonhos e nosso lar
Bois Mirins
Dei-me conta que estava
com a minha cabeça
avoada só quando percebi
cara a cara no pasto
do folclore do Amazonas
que os Bois Mirins
estavam me encarando,
e quase corri de medo,
mas acabei dançando.
Foi com o Boi Mirim Tupi
dançando de um jeito que
nesta vida jamais me vi,
dele o Boi Mirim Estrelinha
me tirou reverenciando
com toda a maior alegria...,
depois de um tempo
veio o Boi Mirim Mineirinho,
daí foi que percebi que entrei
de uma vez no ritmo bonito.
Levada pelo folclore amazônida,
só sei que foi na boa companhia
dos Bois Mirins apareceram
muito mais bois do que eu já sabia.
A Lua Crescente de braços
dados gentis com a tarde
por aqui no Médio Vale do Itajaí,
É a Lua do Folclore Brasileiro
que conheço e ainda não conheci.
Na vida para tudo tem um começo
e também um recomeço,
É por isso que com poesia, arte
e música o Folclore Brasileiro
desde Rodeio sempre fortaleço.
Porque da Pindorama sublime
a herança honro e carrego,
Trago na mística as veias
a fascinação pelo Hemisfério
cultivando este universo.
Com os meus olhos
cosmonautas fui buscar
na Lua Crescente
sobre o Médio Vale do Itajaí
a tranquilidade que sinto
por ser visitada por ela aqui.
Minha Cidade de Rodeio
de todas e muitas luas
com o seu esplendor
inspira o meu poético andor.
Dormir, acordar e viver
em paz é algo caro
que nos dias de hoje
muitos já não têm mais
condições de desfrutar,
e no nosso lugar cabe cada
um de nós pela paz zelar.
Porque há outros pelo mundo
afora que não tem nem
noção de que a guerra
pode estar a se aproximar.
Feito Cayo Francisquí
com corais visíveis no meio
do azul infinito do mar
e das correntes a me levar.
É assim que leio o olhar
e cada teu pausar
quando o coração parece
diante das se tranquilizar.
Nas veias tens as correntes
ideais das Pequenas Antilhas
que perfeitas para navegar.
Não vejo outra rota a ousar,
quero além do azul do mar,
e muito mais do que estrelas contar.
Poesia: Saudades, como não tê-las?
A saudade é como a brisa do vento, que passa sobre nossos rostos e se vai num momento. São lembranças carregadas de sentimentos, de momentos inesquecíveis que nos emocionam quando as trazemos em nossos pensamentos.
Saudades, como não as ter? Por muitas vezes, elas nos trazem lembranças que geram esperança e confiança, e outras vezes nos deixam tristes, com uma ânsia interior, um clamor que é um misto de sofrimento e dor.
Carregadeira levando
grão de açúcar
para o seu coração
sempre adoçar,
É assim que a poesia
contigo fará lar.
...
Não sei cantar
a Carrasquinha,
você pode me ensinar
para a gente fazer
com alegria essa roda rodar.
...
Uma Carranca esculpi
para colocar na minha proa,
Muita gente não acredita
que a vida sempre desafia,
e ela não falha, justa e boa,
Por isso para a poesia
sempre vou dar carona.
Ilha Moleques do Norte
Ter inspiração e captar
o quê pode virar poesia
é algo próximo a pescaria
na Ilha Moleques do Norte
que mesmo sem praia
garante beleza e alegria,
Entre nós não tem diferença
quando se trata de confiar,
e conviver mesmo em silêncio
de catedral do tempo
em meio ao mar do destino.
Depois de tanto
andar a pé,
Só um pouco
de Cimé
para ficar de pé
e continuar
a seguir com fé.
...
A minha sorte tem
algo de Coaraci e Jaci
neste berço esplêndido,
Ninguém tira o meu
orgulho deste lindo
Brasil Brasileiro
que devoto pleno
o espírito e o peito.
...
Na mata ver
um levado Coatá,
Alegria igual não há.
...
Depois de dançar
Coco comer
uma boa Cocada,
Se assim for
com você não
preciso mais de nada
para levar a vida
leve e apaixonada.
...
Depois de encher
o Cocho dos animais,
Tocar Viola de Cocho
sempre alegria traz,
Tem gente que
não sabe há diferença
entre os dois
e outros que nem
se lembram disso mais,
Há quanto tempo faz
de uma vida caipira e em paz.
Eu era uma simples semente, vi a luz e na terra pisei em choro
Fui empurrada cada dia, seguindo o fluxo natural obrigatório dele, o tempo
Confusa com um vento que sussurrava vozes para lá e para cá como um coro
Estava com minhas raízes fincadas esperando crescer, tudo parecia lento
Vendavais e mais vendavais terríveis
Fui obrigada a cavar minhas raízes mais fundo
Escorriam gotas, enquanto perdia minhas folhas mais sensíveis
A luz daquela rosa laranja, que ilumina outro canto do mundo
Vinha com outra estação, onde me nascia um novo cuidado
Então, olhando para aquilo que chamam de céu, aquela coisa misteriosa
Pensei, talvez esse azul é um gramado
Árvore curiosa
Um dia neste pedacinho de terra, deixarei de existir
Entre dores
Deixarei belas flores
Pássaros
Meus pensamentos
são como pássaros sem dono:
voam sem direção,
pousam sem avisar.
quando se aninham na minha cabeça,
ficam ciscando,
caçando caraminholas...
depois desaparecem
como nuvens
deixando apenas
poesias.
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