Versos de Silêncio
Amar-te
Amar-te
no prisma
sonoramente refletido
no mais alto silêncio.
Amar-te
no corpo espelhado
sem máscaras
sem fingimento
no vazio do caos
imenso.
Quisera.
Amar-te
sem ameaça, sem perigo.
Amor atento e dedicado…
E, nesta via de mão dupla…
amar-te, intensamente amar-te…
e, ser amado.
Pousa a mão na minha testa
Não te doas do meu silêncio.
Estou cansado de todas as palavras. Não sabes que te amo?
Pousa a mão na minha testa.
Captarás numa palpitação inefável, o sentido da única palavra essencial - amor
Deus te ouve mesmo em meio aos barulhos lá fora,pois é no silencio da alma que ele nos escuta,é através de nossos mais profundos sentimentos que ele lê cada capítulo da nossa história.
Ivânia D.Farias
Fecho os olhos para vê o Deus que habita em mim,e silencio a alma para ouvir a sua voz a me aconselhar,nos momentos que me perco de mim mesma,pensar em Deus em oração ilumina a minha alma e trás paz para o meu coração.
Ivânia D.Farias
OUTRO CARNAVAL
Longe do agitado turbilhão da rua
Eu, num oco silêncio e aconchego
Do quarto, relembro, num sossego
Os carnavais com a folia toda nua
Mas a saudade palia de desapego
De desdém, mas numa trama sua
De tal modo que a solidão construa
Lembranças, e assim eu fique cego
Teima, lima, este fantasiado suplício
Dum folião, com o seu efeito de ter
Que no tempo não tenho mais início
Porque a disposição, gêmea do querer
A alegria pura, tão inimiga do artificio
Agora é serenidade e fleuma no viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ele também é silêncio
É pele do ar
Subjetividade
Paz e esperança
Mistério da criação
Pintor do universo
Vestido de majestade
JESUS. ❤
MUDEZ
De silenciar dores falo com propriedade!
Silenciei-as, silencio-as.
É vício, é praxe
calar a história vivida,
o amor perdido,
a dor mais sofrida.
Calo para não romper os elos
com o passado remoto;
como se falar sobre ele, o maculasse.
E assim, meu mundo interno só cresce,
quase não cabe em si
e a dor se agiganta,
sufoca, anestesia os sonhos!
Como libélula aprisionada,
não mais se debate,
apenas, em silêncio, "se ajeita".
Cika Parolin
Há um silêncio inevitável quando se questiona a verdade que mostramos fora de nós e outro silêncio mais profundo, quando somos nós, os questionados pelo nosso silêncio.
by/Erotildes vittoria
Silêncio, entre perguntas, questionamentos que não querem por si serem resolvidas...
Chuva, sorridente como uma criança ao ganhar seu primeiro presente de natal, aqui dentro a ouço sobria, devastando as aguas dos mares do meu peito...
Neblima, fecha e abre estrada como quem dança ao som da música lirica, cá dentro o som alto pertuba meus timbres concetrados ao som do motor lá fora....
E agora sol, o céu repleto de luz, mas as campinas escurecidas pelo tom que natureza os deram, flores esmaecidas, talvez apenas as veja assim...
E pessoas, que vão, sentindo essa energia que o universo traz, vazios, fio por fio que se prende no alto dos morros...
Mas prepare-se, há muito mais que a energia interior, prepare-se pois o dia está só a começar...
Horizonte, veja, a um imenso horizonte, prepare-se...
Srta.Spínola
Palco
Que o silêncio sobre a minha lembrança não se dilua em ausências derramadas,
seja apenas preservada como a única saudade de um coração amigo.
E o tempo, inexistente, nos seja a testemunha muda da minha paixão ferida,
e da minha superação.
Que o outro altar da nossa redenção continue a escancarar a sublimidade
do sentimento humano
e por detrás da coxia nos revele a divindade qual arte que não carece explicação
Que eu te ame, mesmo sem dizê-lo,
e meus olhos te sorriem todas as vezes que encontrarem a ti.
Que o desejo que consumira a minha carne
possa ser comparada ao palco que tem apagada as suas luzes
e apagando consigo a materialidade do espectador, fundi-a
à ilusão de uma nova realidade
dando lugar a novos mundos possíveis
como um último beijo entre dois amantes antes do impensável fim.
Clara Irmã Universal
Clara, tu és espelho onde o Cristo é contemplado
no silêncio fervoroso das irmãs,
virgem prudente que manteve sempre acesa
sua lâmpada de amor e doação.
Dama pobre, tua teimosia foste santa,
em não querer nada além do que supria
mulher forte, de esperanças era prenhe
e às irmãs sororidade infudia.
Mudazinha que Francisco semeou em Damião,
ao seu lado és um ramo valoroso, original
que teu Amado fez crescer qual mãe fecunda em sua casa
e dos Menores, conselheira sem igual.
Ao mundo inteiro, serva amante, teu amor nos clarifica
às exigências do evangelho assumir.
E se no claustro te escondeste toda a vida
ao mundo inteiro o teu brilho reluziu.
Meu ermo sagrado II
No silêncio de uma capela
quando ainda estende a noite a treva profunda
o espírito me diz:
“ele está em todo ser”.
E saio a procurá-lo nas matas,
escondo-me inteiro.
Caminho em veredas e trilheiros
e tu nada me diz,
todo ser aquieta,
ouço gotejar nas pedras águas mansas.
As horas passam, eu me apercebo em silêncio.
O silêncio me extasia naquela paz.
''Hera(m)''...
Flores de folhas mais verdes,
que no silêncio da tarde o bosque exala
aroma mais doce na brisa que corre
movendo as folhas até ao vale...!
-- josecerejeirafontes
deixando cair palavras...
no silêncio do entardecer
todo o cair da tarde se transforma
o céu se veste em tons de melancolia
e faz a alma sonhar d'espavento
voando ao sabor da magia
e ao sabor do tempo.
ao fim da tarde
tudo vale a pena
se não virar amor
vira poema...
-- josecerejeirafontes
Declaro meu amor em silêncio pois clamei ao vento que te amo muito...
O vento respondeu com a tristeza do meu querer ainda meu viver...
Muito além do querer o sentimento contribuir com desapego... Arremeter ao caos que deduzo, para único sentido de te amar. Mesmo que seja meu último suspiro direi que te amo para eternidade.
no silêncio
escuto a dor
da nossa despedida
cheia de saudade
por saber
que não terei mais você
dentro do meu abraço
que viverá
uma intensa solidão
nas frias madrugadas.
VOZ DO SILÊNCIO (soneto)
Nessa solidão rumorosa e calada
A voz do silêncio na alma refugia
Grita, brada, em tom de zombaria
Que endoidece a doçura por nada
E quando a inquietude desvairada
Numa noite escura, na sua ousadia
Embebendo o coração de fantasia
Fazendo a madrugada embalsamada
E a voz do silêncio, insiste falando
Tal a uma ópera buffa e de agonia
Em um concerto dos vis rumores...
Canta e conta assim blasfemando
Ao juízo sereno em tons de valia
E ao repouso avivados amargores...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
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