Versos Antigos de Criancas
Fragmentos
Por Jeziel Xavier
Acho alguns papéis, papéis antigos.
Vejo às margens anotações que fiz.
Vejo também rabiscos que refiz
de ideias que trago ainda comigo.
Algumas eu lembro muito bem;
outras, parece que nunca as vi.
Pela caligrafia, sei que as escrevi;
outras, não lembro tão bem.
Sei que são fragmentos de textos,
rascunhos, cheios de anotações,
de advérbios, verbos e orações,
carregados de sonhos e pretextos.
Coloco a eles minha disposição
para serem textos completos.
Mesmo confusos e complexos,
reescreverei com alma e coração.
As “leis” e as regras que vos são impostas desde os tempos antigos não são para o vosso “bem”, mas para vos esmagar.
Então atreve-te a quebrar as correntes que te prendem e seja fiel a ti próprio.
Atreve-te a libertar a tua mente de todas as coisas, antigas e novas.
Ecos do Infinito
A vida é um sopro que dança no tempo
É vento que sussurra segredos antigos
Rio que escorre sem olhar para trás
Estrela que brilha sem pergunta o por quê
Efêmera. Inconstante. Radiante.
A vida é um sopro que dança no tempo
É lagrima que rega jardins invisíveis
Eco de risos em tardes douradas
Silêncio que fala ao coração desperto
Profunda. Intensa. Misteriosa.
A vida é um sopro que dança no tempo
É a pagina em branco e a tinta correndo
Sonho que insiste mesmo ao despertar
Abraço que fica quando tudo se vai
Infinita. Persistente. Acolhedora.
A vida é um sopro que dança no tempo
E quem aprende dançar com ela
Descobre que o eterno se vive no instante
Sábia. Livre. Atemporal.
Foram-se os anéis,
ficaram os dedos e as mãos vazias.
Em antigos papéis
debocham de mim tuas palavras frias.
Sumiu tudo, sumiram todos:
tons pastéis, gestos infiéis
e minhas fracas ideologias.
Talvez seja pra eu ser sozinho...
Talvez eu seja um vinho.
Daqueles antigos que fica guardado.
Num local armazenado
Onde poucos acham.
E poucos degustam
Talvez eu sozinho seja melhor
Porque sei do meu valor
Pois poucos provam do meu sabor.
Do meu amargo doce...
Talvez.... Sozinho fosse...
...........................................Luiz Buratti.
O Valor da Honestidade nos Relacionamentos
Mude a atitude primitiva de esconder antigos relacionamentos toda vez que entrar em um novo. É libertador viver na essência sem ter que fingir aparência, poder se expressar, sem medo de errar. Poder dizer que naquela união você encontrou inspiração para seguir em frente. Abra o coração e deixe fluir a emoção do início da relação.
É fantástico somar quando alguém por acaso nos reencontra, sem ter que mentir ou esconder que um dia foi o marido ou namorado. Gargalhar juntos de coisas do passado que deram errado, sem abrir feridas ou causar intrigas.
A vida é para somar e não dividir. Se você não conseguir manter a amizade com quem já viveu na intimidade, a evolução não aconteceu e você nada aprendeu. A compreensão do passado vai determinar a capacidade de viver bem no presente e assim construir um futuro promissor, onde reina a paz e o amor.
Os grandes líderes são como os antigos guerreiros, que ao olhar para eles tinham seus rostos como de leão.
José Guaracir
ENTENDA QUE:
Não são seus pais, seus antigos relacionamentos, seu trabalho, a economia, o clima, uma discussão ou sua idade que devem ser culpados. VOCÊ, E SOMENTE VOCÊ, é responsável por cada decisão e escolha que faz. Ponto.
Aprendimento
Os mais antigos diziam:
— menino que se rala vira sabedor.
E eu virei sabedor de queda.
Sabedor de chão.
Sabedor do peso das palavras
que não se ouviram.
Porque antes do som da queda
vem um barulho de silêncio —
é quando a vida avisa
com cochicho.
Mas eu,
desobediente das alturas,
só aprendo na unção da poeira.
No sermão das formigas.
No degrau que fere meu joelho.
Alguns precisam beijar o chão
pra entender que não se pisa em tudo.
Aprender é descalçar o orgulho
e fazer verso com a cicatriz.
No meu aprendimento,
comi esse doce de fel.
Era azedo como boldo,
mas, no fundo,
tinha gosto de aurora.
Há silêncios que não são vazios.
São cheios de nomes, de lembranças, de risos antigos que ecoam no peito mesmo quando tudo ao redor parece calado.
A saudade mora nesses silêncios.
Não é grito, não é lamento.
É sussurro.
Ecos de minha alma
Me lembram tempos antigos,
Das manhãs cobertas pela névoa prateada,
Quando os carvalhos sussurravam segredos ocultos.
Onde a vida era simples, mas celebrada alegremente,
E os mistérios da vida jamais eram esquecidos.
Éramos gratos aos deuses da Terra,
Pela Mãe que floresce, pelo Pai que aquece,
Pela brisa que carrega os nomes dos ancestrais.
As colheitas que vinham da terra eram fartas, pois nossas almas eram gratas.
Elas eram motivo de festa e celebração.
Cada grão de trigo era bênção,
Cada gota de orvalho, mistério divino.
E ao final do ciclo — dançávamos sob as estrelas —
Homens, mulheres e espíritos:
Todos um só povo, uma só tribo — filhos da Natureza.
Em tempos antigos, em eras passadas,
Onde a bravura e honra eram celebradas,
Na vastidão da terra, de castelos cercada,
Ecos de histórias de coragem ecoavam na estrada.
No torneio, cavaleiros erguiam suas lanças,
Em duelos valentes, provavam suas façanhas,
Os bardos entoavam canções de amor e dor,
Em festas e banquetes, nobres se reuniam com fervor.
A ética cavalheiresca guiava suas ações,
Valores nobres e virtudes, em seus corações,
Defendiam a justiça, a verdade e o bem,
Em um mundo em que o destino era o desdém.
Sob o manto da noite, a escuridão da alma pairava,
Mas a luz da esperança sempre se propagava,
No seio da natureza, mistérios desvendados,
O elo entre o homem e o divino, revelado.
No universo medieval, intemporal e mágico,
O desejo de aventura era o combustível épico,
Em meio a batalhas, castelos e lendas a se contar,
O espírito medieval jamais deixará de encantar.
In, Uma visita às memórias
Para novos, antigos, ternos e eternos namorados
oferecerem para aquele grande amor da vida...
Aquele amor sem prazo de validade,
que pode durar uma eternidade,
com amor, carinho e felicidade...
NAMORISCANDO(*)
Marcial Salaverry
N amorados fomos no início, por pouco tempo...
A lguns meses, e logo nos casamos...
M uito amor, muito carinho, dedicação, amizade...
O usando amar de verdade...
R ealmente formamos uma parceria...
I ndiscutivelmente, somos "(e)ternos namorados",
S em esquecer as "marcas do tempo",
C ada vez mais nos lembrando de que "somos dois",
A inda mais que "meu sol vem de você"...
N amorados há mais de 60 anos, o que é o real
D esejo, é que o Amigão renove o prazo de validade, por
O utros 60 anos mais...
(*)Acróstico para ser dedicado ao (E)Terno Amor de sua vida...
Uma vez namorados, sempre namorados...com amor, carinho e respeito...
CALOS CALADOS
Sobraram-se os calos, que por serem calados
Não ocultam os fatos, de antigos trabalhos
Duros, Custosos, Fastidiosos... porem tão valorosos
Por não esconder a real natureza, da sua maior beleza.
Chegam, ate serem vistos com olhares penosos;
Para que os possuem homens virtuosos.
E para quem olha com pena, não entende a destreza
Que calos calados, não escondem os fatos de duros trabalhos!
Reencontro de antigos amigos
Saudades do tempo que passou;
Amizades de longa data que não se apagou;
O futuro reencontro que breve chegará;
O abraço sincero, o calor humano e o olhar amigo,
O derramar de lágrimas de alegria e não de tristeza,
Os risos, lembranças, maravilhas a mil
Saber que todos estamos aqui presentes,
Por uma simples razão:
Que a distância não nos separe,
Mesmo que seja momentâneo,
Ficaremos unidos com toda a certeza,
Em um só coração
Amigos para sempre, sempre, sempre
Aconteça o que acontecer
Não se apague a chama de amizade de outrora
Juntos até o fim de nossos dias.
Ou quebramos velhos paradigmas modelos e procedimentos antigos ou, seremos eternos repetidores de mais do mesmo.
Somos frágeis e, insistimos ser inquebráveis.
Não tem mais efeito hoje as velhas normas e leis do sobrevivente do passado.
Basta observar que, pela insistência de repetir velhas normas, estamos dizimando pessoas, animais e coisas.
Ficou ultrapassado e foi quebrado os velhos ritos.
E se eu te dissesse
Que antigos combatentes vivem de memórias. Deram a vida pela pátria e o governo só lhes conta histórias
Quantos nos dias de hoje dariam metade que eles deram?
Em nome de Moçambique, nem os que vocês elegeram [...]
In, As mentiras da verdade
Amores antigos vieram no meu sonho me tirar um sorriso ao amanhecer.
É como se algo fosse continuar onde parou:
mas não, não vai.
Sobre almas gêmeas
Gregos antigos acreditavam que os humanos já tiveram quatro braços, quatro pernas, e uma única cabeça com 2 faces. Éramos felizes, completos, tão completos que os deuses temendo que com isso não fossemos adorá-los, nós dividiram ao meio. Deixando nossas metades vagando pela terra em sofrimento, pra sempre desejando... Desejando... Desejando, a outra metade da alma. Dizem que quando uma metade encontra a outra, há um entendimento implícito, uma unidade. E elas não conhecerão alegria maior, do que essa.
