Verme
Varias vezes na madruga Eu fui espancado, por esses verme ai que ando fardado.
bateram na minha cara me chamaram de vagabundo.
Porque meu estilo não agrada todo mundo, So tenho um coisa que quero dizer, Aqui ninguém
vai vira pedra todos nos vamos morrer.
Depende do seu empenho em querer ver-me, ouvir-me, ou sentir-me. Prefiro qualquer espelho e a realidade mostrada nele. Receio da intensidade acelerada de algumas alterações, que podem ser de todos os tipos. Paixão pelo céu azul que vejo pela minha manhã clara e evidente. Ou por um beijo que certamente irá desmontar-me. Me fortaleço na beleza das coisas e na sinceridade das palavras. Amar é a minha determinação, o meu lema, assim como viver no mundo da lua, onde ele predomine. Tenho em cada uma dessas esquinas dobradas um novo horizonte, que me guia e me reanima quando me perco em meus próprios passos. Neles me seguro e resguardo meus pensamentos. Não tenho medo das pessoas nem do que elas sejam. Tenho imaginação fértil. Nunca vou me permitir se não for isso que eu queira. Viajo sem sair do lugar, mantendo os pés no chão e a cabeça nas nuvens. Aterrissando idéias estúpidas ou brilhantes. Leio minha mente quando estou insana, faço anotações quando estou serena. Nem sempre faço questão de ser entendida. Possuo um lado que mora na intuição, que constrói defesas e me ajuda a acertar. Mudo a todo instante, assim, paradoxalmente. Posso tanto querer caminhar entre as estrelas como tomar banho de mar e isso tudo no mesmo dia ou no mesmo lugar... Não gasto empenho em solucionar todos os mistérios existentes, mas em desfrutar de meus próprios; a dúvida é o preço das surpresas da vida.
Quase um puzzle. Nível difícil.
E qualquer esforço em não me ser seria, por si só, uma traição. Sendo o ar que alimenta o fogo na água, e que é parte do meu espírito.
SEM TEU AMOR
Sem teu amor,
Sou um verme triste e vazio.
Um germe em busca
Do sórdido alimento.
Um protozoário vivo,
No vil pensamento.
Sem teu amor,
Padeço ao relento
E no frio.
Sem teu amor
Sinto a solidão
No arrepio.
A saudade é lagrimas
E um tormento.
De suspiros e gemidos
Do sentimento.
Sem teu amor,
Da desventura não desvio.
Sem teu amor,
Não enxergo e nem desconfio.
Do insano escravo
Do meu descontentamento.
Da inefável malicia
Do fingimento,
Sem teu amor
Meu mundo é sombrio,
E as tristezas
Vagam sem convencimento.
Por ver-me alegre e contente,
julga-me o mundo feliz:
nem sempre o coração sente
aquilo que a boca diz...”
O homem para bem comparar-se, não passa de um mísero verme deteriorando-se sob o frio e o calor natural.
Incorpore alma!
Esse corpo que tal verme, está espalhado em suas entranhas!
Alma minha! Que corpo nu és esse?
Caminha entre veias, uma repugnância horrenda.
Lava estes pés bichados.
Que oriundo estás amado, por uma fenomenal chaga!
Secreções, mucosas! Espalham paixão!
Paixão essa que pouco a pouco estás a ser estagnada por ti!
Minha pobre alma. Dejeta tua compaixão por mim!
Compadece esse imundo corpo que ama a ti.!
Quer me ver?Me olhe de frente...Pois o caminho que eu ando e tenho andado é tão dificil ,que me impossibilita olhar pra trás...
Não faço peso na terra, sou um nada, sou um verme, sou esquisitão. Porque que estou aqui ?
Eu não sou deste lugar!
O verme
Ao decompor-se, o corpo já apodrecido
Metamorfoseou-se em um liquido espesso, amarelado
E ao ser sugado, embrenhou-se ao estomago da mosca varejeira
Que lentamente o sugava
Após extraordinária transmutação
Produziu-se uma espantosa manifestação
Fazendo a mosca defecar o verme
Em meio a podridão
Submergido em um caldo azulado
Estava o verme
Em estado espantado
Tentando livrar-se daquela bolsa fecal
Ao colocar a cabeça para fora
Após romper a grossa membrana
O verme esforçou-se, conseguido tirar seu corpo
Lançando-se ao chão com um hibrido mergulho
Livre daquela prisão, rastejou suavemente
Deixando um rastro meloso no chão
E aos poucos as luzes foram acendendo
Fazendo o verme recuperar a visão
A sua frente, a surpresa
Estava o verme em frente a um jardim de violetas
E sem perder tempo, foi logo tratando de rastejar
Indo ao encontro das lesmas
Ao chegar, o verme foi expulso pelos molúsculos gastrópodes
Que lançaram-no um olhar de repulsa
-Vá ao encontro dos seus! Gritou uma das lesmas
-Estão ali! Ali no corpo decomposto
O verme emocionou-se ao ver uma nuvem de vermes
Fervilhando em uma carcaça apodrecida
E assim, juntou-se aos seus
Dando continuação a vida, que ali, lentamente se esvaia
Abra os olhos e veja, o verme que antes rastejava em tua direção agora voa por novos ares,e com asas de borboleta!
Eles dixeron-me ser unha mosca
Fixéronme ás
Patas, antenas
Eles me puxeron no ceo para verme voar
Pero foi directo para o chan
Eles tentaron, tentaron, tentaron
E cada vez máis rápido eu ía
Máis a caída dói
Ata un tempo que eu quedei doente
E esa foi a explicación
A mosca pobre estaba doente, non podía voar
Pero un día chegou unha mosca
El mirou, mirou, mirou
E entón descubriu
Que eu non era unha mosca
Eu non voan porque non é da miña natureza
Moscas malditos que tentan me converter as súas naturezas
Nunca ha entender que eu son só unha conciencia
Vivindo conectado a un corpo mortal, relé
Intentando descubrir o que estou facendo aquí
Por que eu fun expulsado da miña casa
Eu nunca podería ser unha mosca
Porque eu son moi tolo para ser calquera cousa
A miña única meta é crear
O que as palabras non poden expresar
Cree noutra auto
Eu non vou ser unha mosca nin morto
Poden me chamar de tolo, estúpido
Pero o que eu teño a perder?
Um homem encontra a verdadeira beleza de uma mulher em seus pequenos detalhes. Um verme nem sequer sabe o que é isso.
A sociedade te julga como se você fosse um verme, assim você se revolta e e julga a sociedade, isto forma um ciclo vicioso, nisto todos se revoltam. Assim é feita a lógica do homem.
quatro e meia da manhã
(Tradução: Jorge Wanderley)
os barulhos do mundo
com passarinhos vermelhos,
são quatro e meia da
manhã,
são sempre
quatro e meia da manhã,
e eu escuto
meus amigos:
os lixeiros
e os ladrões
e gatos sonhando com
minhocas,
e minhocas sonhando
os ossos
do meu amor,
e eu não posso dormir
e logo vai amanhecer,
os trabalhadores vão se levantar
e eles vão procurar por mim
no estaleiro
e dirão:
“ele tá bêbado de novo”,
mas eu estarei adormecido,
finalmente, no meio das garrafas e
da luz do sol,
toda a escuridão acabada,
os braços abertos como
uma cruz,
os passarinhos vermelhos
voando,
voando,
rosas se abrindo no fumo
e
como algo esfaqueado e
cicatrizando,
como 40 páginas de um romance ruim,
um sorriso bem na
minha cara de idiota.
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