Vento Ventania
Ventania no Cerrado
Chia o vento no cerrado seco
Num grito fugaz de melancolia
Zumbindo a sequidão num eco
Nos tortos galhos em poesia
Este vento que traz solidão
E também traz especiaria
Dando aroma a esta emoção
E combustão a esta ventania
Calado pelo canto da seriema
Que com o sertão tem parceria
Choraminga o cerrado em poema
Das folhas secas em sua correria
Desenhando no vasto céu dilema
Do rústico e o belo em poesia
Musicando a natureza suprema
Da diversidade em sua agonia
(Vai o vento em sua romaria.)
Luciano Spagnol
O teu amor é um vento gostoso que refresca o calor da minha excitação. Quero tua ventania por todo meu corpo devastando todos os meus anseios. Arranque com teu sopro o azeite do meu pé de coqueiro. Alivia-me com tua frescura tudo o que me queima e me deixes livre dessa queimação.
A VENTANIA PASSA E NÓS CONTINUAMOS EM PÉ
Vem o vento, a ventania e também as tempestades. Estamos plantados no Senhor e muitas vezes balançamos... Tudo passa e a ventania também passa. Nós continuamos em pé, pois Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
Um abraço,
PrAbilioCSantos
Mesmo assim
Mesmo sabendo que o tempo passou
Na ventania de um temporal,
Naquele dia o vento soprou
E te levou junto ao vendaval.
O que sinto não passou,
O que sinto ainda esta aqui
Nem mesmo o vento levou
Você ainda está em mim,
Mesmo assim,
Você ainda esta em mim
Mesmo assim
Você ainda esta em mim
Mesmo sabendo que o tempo se foi
Nem ao sul, nem ao norte,
Eu não vou deixar pra depois
Vou tentar a minha sorte.
O que sinto não passou,
O que sinto ainda esta aqui
Nem mesmo o vento levou
Você ainda está em mim,
Mesmo assim,
Você ainda esta em mim
Mesmo assim
Você ainda esta em mim
Mesmo sabendo que o tempo se perdeu
Nas grandes ondas de um mar,
Eu sei que você não me esqueceu
Mesmo assim eu vou te amar...
"Eu sou: ora brisa suave, ora ventania balançando as roupas no varal; ora vento revoltado, furacão, tornado maldito que destroça e causa o mal. Mas quando me aquieto serena e plácida sou apenas alguém que busca compreender as nuances da sua alma"
Não quero ser uma brisa de vento,nasci para ser ventania,para arrastar quem levar consigo a maldade.
Não sou o começo do fim mais sou o meio da vida,não sou a profundeza e nem as margens.
Sou quem sou.
A mulher é como o vento que de bom humor vem chegando como brisa, mas inconstante vira ventania, vira tempestade para acabar com qualquer monotonia.
VENTANIA
Doce vento ligeiro, forte, lindo...
Veio de longe , vento norte te trouxe em dias de sombra ...
Chegaste assim doce vento, bateu janelas, sacudiu as folhas , mas também abriu as portas ...
Ventania do conserto, dos olhos doces e tenros, da risada solta, da palavra afiada ainda que na voz de outros..
Doce menina , grande mulher, Ventania mãe do vento, do anjo...
Me deixei ser roubado pelo seu sorriso, seu brilho, sua alegria ...
Quisera eu viver em outro tempo, noutro lugar mais ao norte de onde vens ventania...
Pudera eu tocar seus cabelos e sentir seu perfume, e embebedar-me de ti até o último gole.
Poderia o vento enamorar-se das âncoras ? Onde viveriam?
O impossível é que me deslumbra...
Encontra teu catavento linda ventania, aquele que só existirá em ti , que toda tua força lhe fará mais pleno, não menos que isso linda Ventania!
Aqui estou e estarei marcado eternamente por ti ...ainda que longe ...perto ...
Eu vejo você...
VENTO VENTANIA
Vento ventania me leva agora até ele
Afugenta as aves frias, agourentas
Na ânsia que a minha pele à dele empele
No desejo que dor alguma afugenta. ..
Traz o cheiro dele nas velhas canções
Tocadas lá na Serra em tempos memoriais
Que ele e eu sejamos dois corações
Que se adoram ante os sagrados ancestrais
Sopra aos meus ouvidos a voz baixa e rouca
Com que ele me jura amor e desejo
No abraço apertado, na doçura do beijo.
E quando indagarem sobre nós, amantes
Diga ventania, que maior amor nunca haverá
Conjugando na alegria o verbo amar!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados )
Luz através das árvores
Vento ventando ventania
A lua lá no alto, expressando dores,
Ao fim de mais um dia.
Que pode ser o último
Mas também o primeiro
Dessa vida degradante
Com um pouco de respeito.
E por fim, o barulho barulhando meus ouvidos
Que não se cansam de mostrar o quanto estou vivo
Mas que esquecem de dizer
Que o viver não é só tripudiar-te
E sim prestar atenção,
No ao levantar de mais um mísero e insistente olhar-te.
Sob a neblina,
atrás da colina,
sopra o vento,
tornando-se ventania.
Logo o sol se anunciará.
Mas poderia ser chuvisco, chuva, temporal.
Pouco importa...
Tanto faz ser um dia de sol ou de chuva. Nada mudaria.
O encanto está em quem sabe aproveitar o dia.
O encanto está em quem sabe ver além da colina.
O encanto está em quem sabe viver cada dia.
Como se despertasse de um coma profundo.
Como se, de alguma maneira, perdesse a cegueira.
Como se reencontrasse a beleza escondida nas profundezas do próprio ser.
Ventania
Era dia de vento lento
Até que soprou
Soprou até
Sobrou até pro pé de ipê
Levou até não sei o quê
Que não se vê
Ventou até
Levou a paz e o pensamento
O tanto faz e eu tô atento
E eu tô à toa e eu vou até
Até que eu não fosse mais
Não dá mais pé
Assim, de momento
Levou-me a fé num pé de vento
Deixou-me aqui, por enquanto
De tanto que trouxe o vento
Pelo tanto que ele levou
Hoje é doce o desencanto
Surge um pranto que doeu
Doeu-me um tanto
e eu sozinho
Sentado ao pé do caminho
Parado
Procurando espinho. ou mais
e foi-se...foi-se até
Foi-se até não ser esquecida
Depois de ensinar a vida
Doer, sem mostrar onde é.
Edson Ricardo Paiva,
Andei procurando o vento, para saber onde estás…
Respondeu-me a ventania: isto nunca saberás.
Ventania vai ligeira, se transformar em tufão,
Ai, ninguém me respondeu - eu não sei de você, não!
Insisti com o mar bravio, e perguntei de você;
Ao que ele marejou: você nunca vai saber!
Foram e voltaram as ondas, não quiseram me contar.
Segredos tão bem guardados, estão no fundo do mar.
Sabe lá se alguma estrela, poderia me contar,
…São sempre tão curiosas, com malícia a nos piscar…
Não, elas nada disseram, ciumentas como quê,
Preferiram se calar, caidinhas por você!
Não satisfeita eu pedi, fiz pra Deus uma oração…
Então ele me mostrou, você, no meu coração!
aminhando nas águas do mar,
sinto o vento em demasia,
ventania que sopra para dentro,
bem no fundo do âmago,
E ao mesmo tempo,
ecoa um longo silêncio,
Calmaria de um túmulo.
Deparo-me com o horizonte,
Um leme a cortar o mar,
Que desvaneia de esperança
E pelo mastro veleja.
E mais acima, um ataque de belas
gaivotas invadindo essa calmaria.
A/mar, meu horizonte inteiro,
é de pura nostalgia.
Depois de enfrentar a ventania, não é qualquer vento que despenteia minhas verdades.
Alessandra Gonçalves
