Vento
Carpe Diem: O Sopro do Agora”
Colha o dia.
Como quem colhe uma flor antes que o vento a leve.
Como quem bebe da fonte antes que ela seque.
A vida é um fio tênue de instantes,
e o tempo — esse escultor silencioso —
não devolve o que se perde na espera.
O passado já virou eco, o futuro ainda é sonho.
Só o agora respira.
Carpe diem é mais que um chamado à urgência,
é um convite à presença.
É enxergar a eternidade contida em um segundo,
é viver com intensidade, mas também com intenção.
Nem sempre viver o agora será prazeroso
às vezes será difícil, doloroso, confuso —
mas ainda assim, real.
E tudo o que é real, é semente de verdade.
Então colha o dia.
Com olhos despertos, coração aberto
e a alma limpa de arrependimentos.
Porque a vida não espera quem hesita demais.
— Pianco
O vento beija minhas mãos
Já calejadas pelo tempo!
Sorrio. E,num misto de magia,
Saltitando de alegria
Eu sigo… vou com o vento.
Maria do Socorro Domingos
Sem dinheiro, o homem é um sopro no vento da indiferença — só a fé, o ventre que o gerou ou um amor raro o reconhecem.
Eu amo
Tu amado
Ele não imagina como é sagrado
Nós somos amor e vento
Voz dos sentires e
Eles veem de dentro
Êh, vento!
Esse que pelo meu subterrâneo transita
Agita a minha saudade
que num levitar se negrita
E me arrepia os poros
e sótãos.
Ela era assim, catava poesia ao vento,
Tinha sorriso largo de sol, choro curto,
Cabelos emaranhados na cor chocolate.
Quem compreende a unidade, não teme a tempestade, pois sabe que o vento que sopra forte é o mesmo vento que o leva ao destino certo.
Sobre Pessoa... ou pessoas
(Poeta Bucano)
Se o vento que te move
incomoda quem está ao seu lado
está na hora de repensar
quem deveria estar no mesmo barco.
Navegar é preciso, viver... depende:
não tente avançar com âncoras - não é preciso?
Preocupar-se com o que você não pode controlar é como tentar segurar vento: esforço inútil, desgaste certo.
🌙 Entre o Silêncio e a Seiva 🌿
No véu da noite, escuto o vento,
como um sussurro vindo da raiz.
A terra pulsa em tom lento,
onde a alma das folhas repousa e diz:
Sou o canto do que cresce em segredo,
sou perfume do que morre em flor.
Sou lágrima de um tempo sem medo,
sou memória do primeiro amor.
No orvalho, vejo espelhos da infância,
nas pétalas, promessas não ditas.
O mundo gira com leve constância,
mas as plantas, ah… são infinitas.
Entre o átomo e o aroma, medito,
cada broto é um verso escondido.
Há um poema em cada grão bendito,
e um Deus em cada caule erguido.
Oh botânica, ciência do sentir,
ensina-me a brotar sem ferir.
Que eu seja flor antes de partir,
e raiz quando não mais existir.
Quero conhecer lugares onde o vento sussurra calmaria,onde a paz me abrace ao nascer de cada dia,que os horizontes se abram como um livro em expansão,e eu me perca no mundo guiado só pela paixão.
Quero montanhas que toquem o céu com doçura,mares que lavem a alma com sua ternura,estradas que contem histórias sem pressa ou razão,e encontros que acendam estrelas no coração.
Amar enquanto há tempo
Não espere o tempo ser tarde demais,
A vida é sopro, é vento que se desfaz.
Diga "eu te amo", abrace, se doe,
Antes que o silêncio seja tudo o que soe.
Ligue, escreva, olhe nos olhos com calma,
Demonstre o que vive guardado na alma.
A perda dói mais quando resta a ausência
De gestos que hoje seriam essência.
Amar em vida é pagar a eternidade com presença.
SimoneCruvinel
Outono
Vento fresco embala folhas
que adormecem ao chão
fortalecem a terra mãe
enraízam essências
para germinar amor
E neste frescor da manhã
minha alma sente o aroma
vindo da terra
respira ternura
agraciada de carisma
num existir de cumplicidade.
@zeni.poeta
Ninguém consegue tocar o pensamento, segurar o vento ou o ar por muito tempo; ninguém vê o sinal do wi-fi; ninguém vê a cor dos anjos da guarda... São coisas que existem para além da visão.
Antes bailava ao vento turbulento
Hoje sou eu o vento que se deixa arrastar
Perdida no abismo procuro resnascer
Como fénix me deixar queimar para viver
Sentir! Ai a batida da vida que vem depois que as chamas vazam ao esquecimento.
Canções ao vento do tempo
Escrevi canções com o coração sangrando,
num tempo em que ele era sol nos meus dias.
Agora leio versos que o tempo desfez,
e me pergunto por que a estrada virou bruma.
Ficaram as notas, os ecos, os refrões,
mas ele...
foi embora como poeira no horizonte.
Talvez nem saiba que vive em cada estrofe.
Choro sozinho, como a chuva na varanda,
mas lembro do riso, do jeito de amar o mundo.
Ele era lindo —
não só no rosto, mas na alma que dançava.
Essa canção é confissão e altar,
é onda do mar que quebrou em mim.
Homem feito de céu e sal,
de estrela-do-mar e alvorada.
Ele era arte sem moldura,
jazz tocado por deuses errantes,
riqueza rara colhida em jardins de sonho.
E eu?
Fiquei com a beleza que restou:
a lembrança, o verso,
e o dom de ter amado alguém assim.
Tem dias que o coração chora em silêncio,
E os planos parecem folhas ao vento.
A alma se aperta num grito contido,
Mas há um refrão suave no firmamento.
Entre Sol e Lua
Sou Gêmeos, ela é Escorpião,
um cosmos de contradição.
Eu, o vento que dança em espirais,
ela, o mistério das águas abissais.
Diz que gosta, mas às vezes foge,
um eclipse que nunca se resolve.
Sua ausência é um labirinto,
e sua presença, um céu faminto.
Somos água e fogo,
um caos em eterno diálogo.
Eu explodo em palavras, ela em silêncio,
um poema sem consenso.
Ela é lua, distante, enigmática,
eu sou sol, ardente e dramático.
Mas quando nossos mundos colidem,
o impossível, enfim, decide.
Que entre distâncias e melodias,
somos estrelas de outra galáxia,
traçando órbitas que se desviam,
mas sempre voltam à magia.
Aquele perfume em meu carro,
verde também é a cor do amor!
— um laço de vento,
um riso no ar.
Cheiro que invade,
cor que não sai.
Leve mistério que eu quero abraçar.
Animal de um dia
Tenho um corpo
e ele sangra o tempo.
Tenho um nome,
mas o vento já não lembra.
A vida -
essa prostituta divina -
me beija com dentes,
e ri.
Sou só um bicho
que sonha
com a eternidade.
