Vento
Foi o vento que passou e levou o pouco de amor que restou.
E agora coração trancado codificado duvido se alguém abra pode, ate tenta jura que vai amar difícil eu acreditar e de corpo alma me entrega.
Liberdade é sentir o vento no penhasco. Arrepiar os cabelos e aconchegar o coração. Trazer à tona de mim a vontade de voar nas asas de uma gaivota, planar no céu e abraçar as nuvens.
Minha alegria esteve na simplicidade da terra úmida, no vento desgovernado que interrompera a minha banda musical, no passageiro invisível que vinha sempre ao meu encontro. Quem me via muitas vezes sozinho, não sabia a alegria que eu dera através da imaginação. Eu sorria, falava, reclamava, agradecia, e como de costume abria a porta na entrada e na saída.
Aos queridos passageiros que um dia cessaram viagem comigo, vos agradeço por nunca terem me deixado brincar sozinho, por cada ensinamento que me foi passado no silêncio, por todo amor que recebi do que aparentemente não existia. Vocês me ensinaram a amar além da visão, a tocar a alma dos que vivem, a chorar as lágrimas que viam do coração.
Um leve vento pela janela.
A visão como um filme passando.
E eu como se estivesse parando.
A cada volta da roda, cada parada, cada estrada.
Para ter o mesmo destino de sempre.
O caminho se repete várias e várias vezes.
Apesar do caminho ser sempre o mesmo se vê coisas diferentes.
Sejam pessoas, animais ou lugares.
O caminho me mostra sempre novos ares.
Mas afinal, aonde eu quero chegar?
Eu tenho uma meta ou estou apenas me deixando levar?
Palavras deixam de ser meras palavras, lançadas ao vento. Quando encontram pouso em uma mente ou coração. Atos filosóficos libertam o espírito e enaltece a alma! Abioye
Segundo
Me pego pensando em sonhos inativos
que acabaram por causa do vento não concebido.
Se fosse tentar resistir á eles, não seria eu um matador de seres?
Em um momento qualquer todo segundo conta,
seja na palavra ferida ou em um acerto de contas
em uma última feição de despedida
ou seja em uma leve espera tão querida
devo deixar mais óbvio essa indagação?
O segundo não é o ensaio ... ele é a questão essencial da apresentação
É quando aquele vento minuano parece a pedida do meu coração que me bate a saudade do meu chão; dos pampas longínquos de outrora, sei que mais amarrado do que em tal saudade é a atividade do meu chasque interno meridional, que sussurra é hora de voltar! para onde és mais que um solo indivíduo mais em tudo reconhecido.
Aquela árvore, no cimo do monte,
Sinto um leve vento balançar
suas folhas,
Dos galhos mais altos e finos.
Como uma simples sinfonia,
Ouço o som do vento.
Ela firme, segura pelas fortes raízes,
Deixa-se dança...
Passa-se, e tudo permanece,
A mesma paisagem,
Só a poeira das folhas
Se deixaram levar pelo vento.
"Pra que sorrir, se o vento já não move as folhas? Abra os seus olhos agora e me deixa te levar..."
Palavras lançadas ao vento
Palavras mais forte que o tempo
Palavras que doem no peito
Palavras que não tem mais jeito
Enquanto todos dormem
Eu saio na sacada
Vejo o céu mudar de cor
E o vento mudar de tom.
São cinco da manhã,
A luz do dia bate na selva
De pedras que fica ao redor,
A lâmpada do quarto perde a
Utilidade e eu sinto a brisa
Passear vagarosamente em meus
Cabelos e rosto.
Fecho os olhos,
Respiro fundo,
Prendo a respiração
Por alguns segundos,
Mas o que me deixa sem ar
São os meus pensamentos
Que correm para te visitar...
Engraçado é que,
Eu sonho com você
Toda hora, mas a
Verdade é que
Eu tenho insônia...
- Sônia comigo...
.
Carla Ramires
Março de 2022
O Tempo,E O Nada.
O tempo é dono do universo.
O tempo inteiro,é voraz como o vento no deserto.
Quantos segundos, seguidos de esperanças ou dúvidas,se perderam no tempo?.
Algumas coisas estão diferentes,menos o tempo,o futuro,e a liberdade.
O tempo em uma espiral,vai até as profundezas do ostracismo.
O tempo faz a gente pensar,viver e escolher.
Eu estou pensando e escrevendo,e o tempo não parou.
Algumas coisas estão no mesmo lugar,menos o tempo, pois não espera por ninguém.
A FLOR AMARELA E A ESPADA
A Flor amarela
Entusiasmada e bela
A Espada cortando
O vento uivando
E uma voz murmurando
Atrás da janela
Pedindo por ela
Pra dar liberdade
A Flor amarela.
A Flor amarela nos traz alegria
A Espada é justiça
Que nos contagia
Matando a sede de quem a queria.
A Flor amarela tem grande poder
A Espada cortante
O guerreiro vibrante
De rosto pintado
Com a Espada na mão
Lutando na guerra
Com a Flor amarela
Fazendo aquarela
Em teu coração.
De Espada em punho
No vento uivante
A Flor positiva
Amarela constante
A Flor e a Espada
Na escuridão
Trazendo alegria
Ao teu coração.
A Flor e a Espada
É ação combinada
Levando esperança
Na longa jornada
Fazendo as pazes
Na guerra armada.
Espada de guerra
É justiça na terra
Cortando o vento
Na mão do guerreiro
A Flor no deserto
A Flor no canteiro
A Espada e a Flor
Espalha energia
Justiça e amor.
A Flor que encanta
É a Flor com espinho
A Flor por um dia
Na lata vazia
Trazendo harmonia
Ao corpo cansado
No barro molhado
Espalhando alegria.
A Flor
A Flor amarela se planta no chão
Rachado ou não
Com água irrigada
Ficando espalhada
Em teu coração.
A Flor mais bela
A Flor encantada é aquela
Que nasce na pedra
Na parte rachada
Mostrando que ela
Além de ser bela
É forte igual à Espada
De ponta afiada
Na mão do guerreiro
Na pedra ou no chão
Sem água ou não
Vencendo as batalhas
Do teu coração.
O poder da Espada
E a beleza da Flor
A Espada ofensiva
A Flor decisiva
Celebram a vida
Com paz e amor.
A Espada na cinta
A Flor no outeiro
O vento cantando
A chuva molhando
O soldado arrastando
O teu companheiro.
A Espada é justiça
A justiça usa a espada
Fazendo injustiça
De forma velada
Sorrindo
Zombando
Com a Espada na mão
A Flor na lapela
Mostrando que ela
Leva-te a prisão.
A Espada malhada
Forjada no fogo do céu
A Flor amarela
Colhida
Vendida
Plantada na pedra
Plantada no chão
Resiste ao ódio
Do teu coração.
A Espada é arma de guerra
No céu e na terra
A Flor amarela
É paz na favela
Colhida no beco
Acolhida na mão
Entregue ao vilão
Entregue ao soldado
Que entra armado
No beco apertado
Deixando um rastro
De sangue no chão.
O vento balança a cortina cheia de poeira, sopra as teias de aranha na parede, em uma tarde de tédio, que venha a noite em breve. jsl
PELOURINHO
.
Bate na palmeira o vento
E o negro por um momento
Julga ser a brisa do mar
Mas percebe muito tarde
Que são brancos covardes
Que vieram para lhe buscar.
.
Sem se despedir da família
Sob gritos que o humilham
Vê distanciarem-se os coqueiros
E num barco com outros tantos
Prisioneiros em pleno pranto
É levado ao navio negreiro.
.
São centenas de nativos
Transformados em cativos
Homens, mulheres e crianças
Que no porão do navio
Passam calor, fome e frio
E perdem a noção da distância.
.
Os que se mostram valentes
São presos com correntes
E obrigados a se calar
Pois com crueldade desmedida
Não relutam em lhes tirar a vida
Os lançando ao frio mar.
.
Ao serem tratados feito bichos
Não entendem a razão do sacrifício
Pelo qual estão passando
Será maldição dos orixás
Ou os demônios vieram nos buscar
E para o inferno estão nos levando?
.
Depois da árdua viagem
Os de maior força e coragem
Chegam ao porto estrangeiro
E aquela estranha gente
Falando numa língua diferente
Os troca por algum dinheiro.
.
Vão para lugares variados
Os de sorte se tornam criados
Mas os demais que a elite avassala
Têm como destino os açoites
E as delirantes noites
No duro chão das senzalas.
.
O cepo, o tronco e a peia
Lhes tiram o sangue das veias
E a sua resistente dignidade
Os grilhões e máscaras de flandres
Lhes derrubam o semblante
E eles sucumbem à saudade.
.
Muitos veem nos pelourinhos
A única alternativa e caminho
Para fora da vida trágica
Pois o escravo que é forte
Encontra na própria morte
A chance de voltar à África.
Eu cheiro as páginas dos teus livros como se fossem tua pele.
Quando o vento sopra mais forte, exalando perfume de flor, enche o quarto de amor.
Eu posso tocar tuas marcas, beijar tuas cicatrizes, olhar nos teus olhos, desejar o teu sorriso, tua boca...
Me desperta a vontade de viver!
Te espero sem pressa, te quero sem culpa.
O mundo precisa saber que eu te amo e que a gente existe entre o céu e o inferno de nossas poesias.
(Carla Ramires)
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