Vento
Peregrino...
Não me entendo bem com partidas
Não me dou com despedidas
Lenços brancos ao vento e à brisa
Mãos de crianças acenando em colos
Às vezes, só com chegadas
Por isso me invento e me reinvento
Sempre e sempre... só pra voltar
Porque se reinventar faz bem à alma
Invento sonhos, contos, canções
Luas azuis, anjos prateados
Palavras que só eu entendo
E só entendo na hora que as invento
Desenho povos cheios de pudor
Outros sem e sem temor também
Afogo o mar e queimo o fogo
Armo alçapões pra pegar estrelas
Mas, o que mais me atrai
É ser capaz de carinhos e paz... isso me atrai
Peço a um e a outro um verso que versa inocente
Reinvento em mim um recomeço e sigo em frente
Folhas
Tem vidas que são como folhas, levadas ao sabor do vento, sem rumo e sem direção, se perdem na multidão
Folhas ao vento, esperando uma direção, algumas vão logo sumir, não tem nenhum valor, tanto faz para onde for
Folhas murcham e secam para depois desaparecer, faça da sua vida um jardim, deixa ele florescer
Triste é ser uma folha sem direção, triste é ser só mais um na multidão, viver dependendo do vento pra levar para qualquer direção
Alguém em uma folha pisou, igual a vida que passou, ninguém nem notou, alguém se acostumou, a sua vida o vento levou
Uma vez escrito no coração
não a chuva que apaga,
não a vento que leve embora!
As noites não são mais escuras,
o medo se distância,
nada mais lhe apavora!
Os lobos ficam visíveis,
tentam mais não lhes devoram.
LAGRIMAS D'ÁGUA
Eu choro as minhas lagrimas
que ninguém pode chorar
lagrimas atiradas aos ventos
para no chão se acabar.
São lagrimas desse meu eu,
imposto d'elas, não pagarei
se pagasse o mundo era breu
sem chorar, não sei, não sei.
Lagrimas que são empurradas
pelos sentimentos internos
elas aparecem do nada
movendo céus, e infernos.
Eu choro as minhas lagrimas
para aliviar a grande dor
lagrimas que sonhos afaga
lagrimas pelo grande amor.
Antonio Montes
O que é alma de um pensador...
diante dos pensamentos,
são folhas ao vento,
que esplandece mo ardor do coração,
e perdida ao espaço e tempo,
entretanto o esparecer parece infinito,
diante a vida e suas adversidades,
alma seja seu meu espirito,
como podem disser...
podem ter minha alma,
mas nunca domaram meu espirito,
diante aqueles que são ditadores
sem escrúpulos ate a ganancias sem fim...
decoro parlamentar, descrença de um sonho,
liberdade ou morte, diante as lagrimas,
se passam a vaidade do ser passageiro.
de limitações ate um sonho que para o sempre
será único no derradeiro desejo da vida,
por ser ou não ser a obsessão de outras
horas a alma que tem tantos sentidos
para o teor de um ser que pensa.
em um tudo para um tudo,
neste mundo feito de passado,
despedaçado e o futuro sempre duvidoso,
em falhas que destino programa,
tão antes do que imagina seus sonhos.
Vento que me leva
Brisa boa, vem me bate me leva, me traz, árvores, plantas, rosas sussurram aquela boa brisa que passou despercebida, me tira do sério, me leva pro seu mundo, me arrebata, mas não me esconda sua leveza e suavidade tão bela e bonita, brisa boa.
Ser poeta é vê a lua acariciando o vento; senti o beijo das estrelas escorrer na pele; cantar ! Fazer rimas, poesias...festas,alegrias...em qualquer lugar ! Ser poeta é cair na dança; senti o sol, abraçar o mar !
O sol é até bonitinho...
As estrelas a lua as nuvens o vento... Mas nada se tornou mais lindo que meu amor por você!
O vento sopra uma canção que fala daquilo que faz o coração sorrir.
Ao longe se pode ouvir a melodia que canta e encanta a alma.
Quem poderia ter notas tão precisa?
Que faz o corpo sentir atravez da alma?
Um sopro de vida, uma canção que cura.
TIMBRE DOS VENTOS
"Quando o vento der timbre às portas e janelas: é hora de acordar. Desperta-te mansinho, como cada fio de uma nuca que se insinua. Olhai as molduras que sol pendura em paredes cruas. Escute os meus uivos - qu'esses, aprendi com os ventos. Num abraço coube todo clarão do dia. É nas manhãs dos teus beijos qu'eu me rein(vento)."
POEMA O VENTO LEVOU
Há chuva caia lá fora, eu olhando pela
janela, tinha tanto medo de molhar que o
tempo passou, a chuva cessou!
Com o vento ela toma outro rumo,
ou quem sabe foi molhar flores com
aroma diferente!
Despertando
algo avassalador!
Às vezes me flagro pensando na vida, fumo um cigarro, sinto o sopro do vento, imagino mil cenas, mas sempre com o mesmo foco de pensamento, buscando a felicidade das coisas simples, tentando me encontrar em um mundo de erros, as vezes não sei o que faço, por isso acendo outro cigarro e volto pro meu mundo de ilusões atrás de uma terra perfeita.
Grandes amores é igual o vento, algumas vezes nos trazem brisa e calmaria e outras vezes, tempestade.
O destino é como o vento que soa aos quatros ventos trazendo apenas momentos. Apagando pegadas na areia que ao toque da agua candeia lembrando que as nossas decisões a ele não se pareia.
Sobre o outono,
Sou o vento que sopra no tempo, a vida
Que envolve o momento, e leva o polém
Que esfria e esquenta, levanta a poeira
Traz de volta o cheiro, balançam as florês
Me junto as folhas e viro forte redemoinho
Com a sua chegada apenas um ventinho
Com chuva então, folhas secas no chão...
E quando tudo pára, ficam as lindas cores
O sol desaparece, vem nuvens no céu
E nelas te vejo novamente em figuras
Formando linda paisagem, como sorriso
Nessa hora que me calo e deslumbro
A noite enobrece, as estrelas aparecem
O dia lentamente secam todo orvalho
Lá tem você de novo, como um presente
Soprando novamente, doando novo brilho
No silêncio demonstrando todo seu valor
Neste momento sou quem muda o tempo
Onde tudo acontece esperando alteração
Novos tempos, novas esperaças, transição
Seguir somente com o que realmente importa.
Por isso sou o outono, entre o inverno e verão
Refletir em você o que precisa ser conservado
Deixar as águas levar o que pode ser levado
Surgir o novo, quando chegar nova estação !!!
