Vento
O vento soprou mansinho
linda canção de saudade,
o coração em toque baixinho
se recolheu junto à noite que o invade
Vento:
Vem vento, vem vento;
vai soprando,
vendo, assoviando,
cabelos balançando.
Sopra vento, sopra vento;
num tiquinho a toa,
ou na vida,
que num sopro,
voa.
A infância é a fase
de viver numa festança,
acordar sem a pressão,
o estresse e a cobrança.
Queria voltar no tempo,
rápido como o vento,
para ser uma criança.
Ao sabor do vento novo me larguei. Com as velas da esperança infladas e com a bagagem de gratidão cheia até transbordar, parti nos oceanos da vida abastecida de toda vontade de me superar.
A questão não é se existe vida depois da morte. A questão é se você viveu antes da morte.
Vento do Amor
Vento do Amor
Que sopra de um lado
E sopra do outro,
Dai-me do teu favor,
Fazei-me amado;
Soprais onde me encontro!
Leve brisa de vento
Tão suave e regozijante;
Tão cheio de vida
Sopras sem direcionamento
Teu bafo inebriante
Numa terna lida!
Encontrai meu Ser,
Dai-me do teu bafejo;
Soprai-me aqui!
Quero tanto viver
Do teu férvido arquejo;
Também quero o sentir!
De repente, eu ouvi o estrondo da luz, eu vi o vento descomunal, senti a forte presença e acordei meditando no meio da noite num silêncio total.
Já é visto quem sente, mas quem rasga é o vento que como o passado deixa suas cicatrizes, e sobrou somente o retrato-falado.
#MADRUGADA
Louco...
O vento passeia...
Enquanto a noite envolve a terra...
E na rua deserta...
Uma alma vive...
Alma cheia de dor...
E de dor a alma está cheia...
Ao sabor dos enganos...
Vagou...
Não sentiu o decorrer dos anos...
Olhos fitos no vácuo...
Murmúrios desconexos...
Conserva o mesmo orgulho...
De um morto austero...
Celebra as ilusões com os fantasmas...
Enquanto gela o sorriso nos lábios...
Está só...
Não querida...
Apenas usada...
Caminha...
Passo a passo...
Se arrasta...
O tempo já lhe pesa...
Enquanto sopra o vento...
Nas altas horas em calma...
Cansada...
Tamanha fadiga...
Espreguiça...
Boceja...
Enfim, se dá por vencida...
Com os olhos cheios de mágoa...
Segue o vento pela estrada...
Aurora anuncia...
Nessa noite não foi usada...
Nem foi querida...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
.
Palavras ao vento.
Amante do frio.
Preferindo o calor, calor entre nossos corpos.
Aonde as mágoas nos dividem e o amor nos completa.
Você é a mais forte que eu já vi!
Onde eu encontro você?
Já vi que essas letras.
Sai conforme a batida do meu coração.
Que batem quando te vejo sorrir!
Sorriso lindo, guardarei na mente.
Nem o cheiro da melhor flor.
Chega perto do seu!
Será que nessas idas e vindas você vem?
Queria poder cantar para todo mundo ouvir.
O quanto eu tenho de amor para te dar.
Imaginado o tom e a sintonia em harmonia.
E você sendo a harmonia da minha vida.
#CONSERVATÓRIA
Sei muito bem do que esse sonho fala...
Quando a moça da cidade...
Veste-se de prata...
E pelas ruas vai seguindo formosa...
Fazendo a todos esquecer do balanço das horas...
As estrelas audaciosas...
Põe-se mais à brilhar...
As miríades fazem festa para lhe acompanhar...
Pouco importa estarem distante ou próximas...
Aos amantes, só amar...
E o menino, cheio da lembrança...
Também a segue pelas ruas...
A magia está no ar...
Um lampião aceso...
A cadeira se faz vaga...
Uma porta que bate...
E o vento assovia...
Põe-se a cantarolar...
A beleza que está guardada...
Que de todos se escondeu...
Também vem à rua...
Perfumando o sonho meu...
Minha alma então viaja...
E volta para o mesmo lugar...
Na velocidade do pensamento...
Sob esse magnífico luar...
Isso é Conservatória...
A Vila das Ruas Sonoras...
Um pedacinho do céu...
Um cantinho meu e todo seu...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
O fogo que esquenta o alimento é o mesmo que destrói cidades no incêndio.
A água que mata a sede é a mesma que afoga.
O vento que produz energia é o mesmo do tornado.
A diferença está na quantidade e finalidade.
O mesmo vale para nossa vibração.
Pensamentos escritos em uma das melhores fases da minha vida. O ano era entre 1994 e 1995
Tudo que amo é você
Mas não tenho você junto de mim
Mesmo assim continuo te amando
Meu amor é como o som do vento
Por que quero estar em seu pensamentos
E o canto dos pássaros
Que seja nossa canção de amor
Pois cada canto será uma palavra de amor
Choro por tudo que agente não teve
Por tudo que agente não realizou
Choro porque ainda te amo.
Rene Augusto
1994/1995
Sabe, que tal deitar-mos nestas nuvens?
Deixando o vento, morosamente, caminhar sobre o majestoso lençol de estrelas, assim seguindo ao horizonte. Podemos até mesmo pedir a lua que cante aquela insigne música novamente. Aquela, que nos lembra o gélido dia de inverno, onde as mãos era a primordial chama. Vou aproveitar e escrever mais um ingênuo poema, para colocar dentre seus gastados sapatos ao amanhecer. Dentro, deixarei a pena do mais venusto pássaro da região, porém, não sei se te fará voar como desejas. Mas não te inquiete, já estou conversando com meu anjo, para que empreste, mesmo que um pouco, suas asas para tí.
A vida é uma só
Um começo.
Recomeço... de voltar quando é preciso nunca me esqueço.
Um ponto de partida... depois... tudo é vida... até chegar ao fim.
Caminhada sem volta.
A vida dá suas próprias voltas...
Percurso sinuoso... ondulante...
Não tem jeito...
Tem de seguir sempre adiante.
Paradas obrigatórias.
Momentos de glória.
Estende bem alto a bandeira da vitória.
Segue o dia a noite...
O vento... um açoite.
Há vezes que tudo embola...
A vida enrola...
Cada nó que dá dó...
E a vida é uma só.
Ouça o vento,
no prólogo
do encanto.
Tentativas vãs
de pequenos pecados.
Sutilezas sãs
de projeções recíprocas
e recados alados.
Carmen Eugenio
