Vento
Vejo o vento passar, como quem leva flores para seu verdadeiro amor. Ouço a chuva bater como quem defende a própria vida. Sinto o frio se alojar em minha pele como quem necessita de um abrigo.
Respiro o Ar,
Vivo o Vento,
Sonhando com a Lua
Tenho necessidade em viver
Meio as estrelas...
Da Lua não quero muito,
Apenas ela!
"Quando, ela, é tudo o que sabe ser..."
Da Lua quero todas as fases!
Boas, ruins,
Claras e obscuras,
Pois assim a conheci,
Assim a senti,
Muitas fases,
Solene face!
Encanto místico, magnetismo!
Transcende dia em noite, noite em dia.
Luz que desatina, e equilibra!
Presa por si mesma em própria natureza, pureza
Em um Universo em crise!
A Lua vive só,
Não por não ter por quem viver
Mas por não saber viver sem ser
solenemente
Lua!
AROMA
"Se o mesmo vento que passa em teus cabelos por um instante tocasse meu rosto, me levaria à sombra de teu corpo como um rastro em cada chão que pisas. Assim seria eu guiado pelo vento que passa em teus cabelos.
E se ao chegar perto de ti, te voltares para ver quem a ti segue, eu diria que viajei por caminhos que nunca havia visto antes de tão belos que são, porém não me peças pra voltar, pois o caminho já tornou-se passado. Estar diante de ti é o presente que só agora vejo, pois outrora, eram meus olhos vendados. E por sentir o mesmo vento em meu rosto amargurado por caminhos tristes que havia percorrido no passado, sem ter sido percebido nem notado, não me peças pra voltar àquele lado. Apenas vai! Segue teu caminho e não fala nada. Deixa-me com a certeza de que essa jornada conquistei pelo simples motivo de ter te encontrado"
Este amor pode ser eterno, pode ser fugaz
Neste momento és tu tão especial
Que não me importa o resto
Eu posso escrever as tuas palavras para que não as leve o vento
Posso te dar até o último do meu mais profundo sentimento
São tantos que não consigo calcular o que sinto
Será tão forte como o vento ou tão frágil que eu invento
Ou o mais forte do que o que sinto...
para acalmar o vento gélido das minhas entranhas, desafio um poema ainda não escrito a falar da minha febre e da minha força...
eu queria escolher
um perfeito emissário
para enviar a você
meus doces sentimentos
dei a ele o itinerário
estará em dado momento
não sei bem o horário
pode haver contratempo
mas sentirás a contento
meu emissário é o vento...
{Bros}
As vezes num intento,
não me entendo, mas tento,
gosto de seguir meu instinto.
Navego a favor do vento, sinto.
Se por acaso, me arrebento,
volto e até fujo, não minto.
Depois realinho o pensamento.
Me estabilizo e me reinvento.
Re(nasço), ressurjo, não me ressinto.
{Bros}
Não permita em hipótese alguma que seus sonhos sejam levados com o vento. Faça do vento um constante impulso para realiza-los.
Vento...
Abro minhas asas,
Levanto vôo.
Sinto o cheiro da Brisa.
Ah! Vento...
...Queira me levar.
Aonde eu possa amar.
Outro que não eu...
No meio do mar, sem bússola, sem vento, sem velas. Perdido, esquecido e sem alguém pra conversar... Muitas vezes na nossa vida passamos por momentos difíceis. Momentos tão difíceis que mal conseguimos falar sobre eles. Sonhos se vão, a esperança nos escapa e completamente sem rumo e sem direção, sentamos na beira da calçada da vida sem qualquer expressão no rosto. Pensamos no ontem, sofremos o hoje e achamos que não haverá o amanhã. No meio do mar, sem bússola, sem vento, sem vela e sem saída, eu estou à deriva.
Durante o período de tempestade lutei bravamente. Icei as velas, mantive o leme do barco estável e por mais que a chuva caísse e o vento provocasse devastadoras ondas, apesar das feridas no casco do barco, consegui permanecer sem me afogar, mas a tempestade foi forte demais, apesar de dar trégua, me deixou exausto, sem forças e sem ânimo para continuar.
Existem dias, depois da tormenta que é de cortar a alma e mesmo depois da luta, ficamos a pensar se vale a pena continuar, se vale a pena persistir, ou se o melhor a fazer é desistir. Nesses dias no meio do mar, sem bússola, sem vento, sem velas e sem forças, me encontrei navegando em meus pensamentos sem saber se levantava ou se apenas me deixava levar. Num desses dias um sussurro brotou dentro do meu peito. Uma força que não era minha não me deixou desistir. Uma voz no meu coração começou a ecoar dizendo que eu não estava só.
E essa voz além de afagar meu coração e mostrar que estava comigo ainda me falou o seguinte: “No meio do mar, sem bússola, sem vela e sem vento olhe mais alto, e veja ao longe, que logo depois do mar, tem todo um continente seguro esperando por você, mas que você ainda não percebeu, pois estava preocupado com a bússola, com a vela e com o vento”. Agora com os olhos no alto, meu coração se enche de esperanças. Pode ser que demore um tempo, mas sei que vou chegar.
A vela pode fazer falta, as ondas do mar podem atrapalhar, mas não estou só.
O tempo pede para o Senhor do tempo dar um tempo. O aviso vem pelo vento que faz história a cada momento, libertando memórias aprisionadas em seu próprio confinamento.
