Veneno

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Doces palavras em boca de fel
Viperino perfume na boca do céu
Veneno diluído em falsas bondades
Desejo reprimido em tortas verdades

Lancei ao vento a flecha flamejante
Mirei ao léu um tolo viajante
Mas, em brancos sentimentos devolveu:
Toma de volta o presente que me deu

Tão perfeito o estranho parecia
Pedra lapidada noite e dia
Modos arquitetados e respostas ensaiadas
Sorrisos fingidos e retóricas mascaradas

O perfeito errante de altos valores
Era meu revés, o maior dos meus temores
Conseguia revelar meus parcos talentos
Caçoava de meus tormentos

Resolvi eliminar o problema
Armei um pérfido esquema
De anular a vida que havia
No ser que a vida me repudia

Esperei na estrada o momento perfeito
Enclausurei-me e esperei o efeito
Porém, efeito não chegava
Por onde o viajante andava?

Passaram-se tempos aos montes
A vida me escorria como uma fonte
Mas, a inveja ali me segurava
Matá-lo era ao que me dedicava

Mas, o infeliz nem por ali passou
Quando olhava era dia
Em outra olhada o dia acabou
Da macieira eu comia
Pro corpo que ainda restou

O desejo de vingança me atormentava
Persistia enquanto o corpo não enterrava
Resolvi descer da árvore e vi tudo diferente
As casas, a vida, a cara daquela gente

Na certeza de não mais ver o viajante
Quase morro com uma visão errante
Ali na minha frente o infeliz jazia
O que aquele corpo de pedra ali fazia?
Perguntei a um moço ali perto
“Ele é a fonte do nosso deserto”
Na cidade tudo em torno dele girava
O motivo pelo qual na estrada não passava

Aquele covarde me deixou esperando
A hora do encontro eu sempre marcando
E enquanto na árvore eu esperava
Mais o infeliz prosperava

E quanto mais sucesso ele fazia
Mais minha vida se esvaía
Por que eliminá-lo tentei
E melhorar não procurei?

Nada agora faz sentido
O futuro está distorcido
A minha vingança me cegou
No poço que minha inveja me afundou

Eu sequei, a árvore secou
O homem não passou
E eu ali fiquei...
O tempo também passou
E eu não aproveitei

“Foi-se gastando a esperança,
Fui entendendo os enganos
Do mal ficaram meus danos
E do bem só a lembrança”

DESSE VENENO

A fumaça do seu veneno me deixou com ilusoes
nao sabia se te amava por nós ou por voce
se esse maldito veneno esta em minhas veias, como posso dete lo
essa cruel incerteza esta acabando comigo
me deixando a beira da loucura
o que farei sem a douçura de te amar?
se é que te amo
seu veneno maligno percorre em meu sangue
seu suor grudado em minha pele

Ooh baby eu estou a beira da loucura
ooh baby amanha nós ainda seremos nós?

Quando em meus pensamentos chega a lembrança de nosso mundo
tenho a certeza de que voce nao esta aqui
queria que tudo fosse como foi no conto da branca de neve
mas voce esta fazendo o papel da bruxa meu amor

Se esta historia de fantasias acaba por aqui
por que fez eu te amar?
por que fez com que eu quisesse que fosses meu homem para sempre?
essa realidade de duvidas sobre o amor nao pode ser eterna

Ooh querido ainda sinto o ar que sentiamos
baby venha caminhar ao longo desta jornada ao meu lado novamente?
nao pare neste caminho pelo simples fato de temer
o que sentes por mim, eu sei que vale a pena
vale a pena baby

Eu estou a beira da loucura,
venha me tirar dessa ilusao amor?
faça com que esse veneno tenha algum sentido

O veneno da saudade

Perdoei a ti sem que me pedisses
Porque não consigo guardá-la como um espinho em meu bolso
E se digo que suporto a dor que me causaste
É porque de ti, apenas a presença bastaria

Sento e rememoro os encontros às escondidas
Das manhãs às tardes, e, das noites às madrugadas
Como éramos imaturamente descuidados e felizes
No entanto, jamais fomos pegos em flagrante
Eis a invejável sorte dos ardorosos amantes

Minhas mãos sutilmente vacilantes em seu corpo
Suas pernas a cambalear a cada toque
Minha voz a embargar após atender aos seus pedidos mais carnais
Éramos um espasmo lunar

O que seria de mim sem aqueles saudosos dias
Em que o fulgor do amor, ainda jovial, falava mais alto?
O que seria do vento não fossem seus cabelos para bagunçar
E o seu perfume a espalhar e distribuir graça ao mundo?
Portanto digo, com carinho: perdôo-te sem que me peças
Porque de ti, quero apenas guardar a ternura e a beleza
Dos momentos brevemente eternos que dividimos um dia

Bernardo Almeida (Livro Crimes Noturnos)

AS ÁGUAS CLARAS: O SUSTENTO DA VIDA CRIATIVA
O VENENO NO RIO

“Às vezes, a mulher tropeça na própria introversão e quer simplesmente que as coisas existam só porque ela deseja. Ela pode acreditar que basta pensar que a ideia é suficientemente boa e que não há necessidade de nenhuma manifestação externa. Só que ela se sente despojada e incompleta do mesmo jeito. Todas essas são manifestações de poluição no rio. O que está sendo fabricado não é a vida, mas algo que inibe a vida.”

Que a gente saiba escapar do veneno escondido no canto do sorriso de quem só sabe fazer mal.

Sarcasmo é veneno.

Lygia Fagundes Telles
A disciplina do amor. São Paulo: Círculo do Livro, 1980.

Nota: Trecho do conto Senso de humor.

...Mais

Os animais de sangue frio são os únicos que têm veneno.
Da mesma forma, as pessoas que não se emocionam facilmente e são chamadas de "sangue frio" são as mais perigosas. Não fazem barulho. Agem em silêncio.

Não adianta pendurar a auréola e as azinhas de anjo, se da boca escorre veneno!!!

TINHA SIM

Tinha sim
um veneno
um pecado
uma vontade danada
de se entregar
arriscar!

Tinha
o desejo
do proibido
a libido

a contradição
a loucura
a contramão!

Mas havia
o medo
que
corrompia
o coração

que
insistia
em resistir
à tentação

e transformar
toda vontade de
dizer sim
em
não!
não!
não!

Tem gente que tem tanta maldade que, se morder a língua, morre com o próprio veneno!

⁠Por mais veneno que se tenha , sempre terá alguém com uma estratégia melhor pra te pegar, às vezes , ter asas não significa nada na hora da morte.

A diferença entre um remédio e um veneno está só na dosagem.

Se todos os seres humanos vivessem enamorados, até mesmo o veneno das víboras desapareceria.

Você é meu remédio e meu veneno, me cura e me mata ao mesmo tempo

Quem fala dos outros pra você, fala de você para os outros. Festa em casa de cobra veneno é suco!

⁠O medo é veneno no combate. É algo que todos sentíamos, mas não mostrávamos. Você não pode. É destrutivo e contagioso.

Morro de medo de beijar outro alguém e matá-lo com o veneno que você deixou em minha boca !

⁠O remorso é o veneno da vida.

Charlotte Brontë
Jane Eyre (1847).

Bebendo veneno para matar as borboletas do estômago

⁠Como devo chamá-lo?
Meu amor
pedaço de mau caminho
ou
última gota de veneno??