Velha Amiga
Sobre a velha mesa me esperava
uma pequena e singela rosa...
era o Amor que se mostrava
na sua mais linda face.
Que tenhamos cuidado com a velha empolgação. Pois ela bem se parece com um camaleão: embora ainda seja a mesma, se disfarça em muitas coisas.
Às vezes penso que deveria ser mais velha. Talvez para ver a vida acontecer como desde já suponho. Mas ao mesmo tempo que penso nisso, também penso em quem sou. No meu eu, no meu âmago, na minha parte intangível, e que forma o meu caráter. Não que eu desconsidere a experiência contida nos anos. Sei que ela existe! Mas quando olho para mim, não é para vigiar a aspereza em minha pele, e sim os valores que me dão peso por dentro. Sendo assim a idade não vem ao caso; desde que eu me esforce em ser um problema a menos no mundo.
"Diz uma velha e distorcida crença.Que o dinheiro é coisa do diabo.
Agora! quem quiser ver mesmo o diabo é só ficar sem ele"
MUTILADOS RUBROS DE VINHO
Restos mutilados na velha cor dos rubros vinhos
Gramática desarticulada acompanhada de lágrimas
Rasga a mortalha do peito no último arrependimento
Nas brumas dos caminhos esta o gemido silencioso
De um tonto místico profeta, na sua liturgia angustiante
Cicatrizes abertas no trilho da memória do sítio incerto
Tecerei uns sonhos irreais como feridos de batalhas perdidas
Penetramos no sentido da vida seríamos menos miseráveis
Nos anseios os tigres de garras que dilaceram o pior pesadelo
Duvida do suor com as lágrimas salgadas pedaços de si mesmo
Pobres de palavras para exprimir a mentira na dor do que
É escuro, sujo sem o conforto nas horas de sofrimento na verdade
Do tempo, de uma alma plantada do mundo que anda perdida
Não tem norte, nem vida, sente-se já crucificada dolorida
Sem sorte, sem sonho, sem destino, restos mutilados
Numa gramática de batalhas, esquecidas, perdidas
Escondidas no sentimento de uma alma em luto
Sem nunca ser compreendida nos rubros vinhos de cor.
Sei lá se estou ficando velha ou sábia. Mas o fato é que metade das coisas que tinham importância para mim, hoje não tem mais. Não sinto vontade nem necessidade de mudar ninguém. Sinto um prazer inenarrável quando estou só. Não atendo celular, não recebo visitas, ignoro qualquer barulho que não seja o som da minha própria respiração...Desfruto de pequenos prazeres como se estivesse abrindo os olhos pela primeira vez. Tudo é tão igual e eu consigo ver diferença. Aceito as ocorrências da vida como testes para a minha paciência. E até nas vezes em que preciso descer das tamancas, mantenho o elã.
A idade nos tira muita coisa, mas nos dá outras infinitamente melhores.
Eu mergulho no meu eu interior
Guardo minhas mágoas em uma mala velha e vazia
Coloco um sorriso no rosto
Como se a ferida que deixe aberta dentro de mim fosse fechar,
desaparecer
Se não der certo amanhã, não tem problema
Eu tento de novo
Eu não desisto
Eu faço
Eu desfaço
E acima de tudo,
eu me refaço
ONDE ESTÁ O CULPADO?
Sentada em minha velha poltrona ao som de sonhos vis, embriagada por um perfume barato, imagino a vida correndo lá fora, e discorro do que tento imaginar sobre o que seja... Não vejo o oxigênio, mas imagino o que ele consegue ser, através do que faz, enchendo os meus pulmões de vida, enquanto os poluo com a fumaça acinzentada que me persegue em momentos de solidão, tão parecido ao que imagino ver, pessoas franzinas andando por entre cubículos estreitos de uma viela que as levará para algum lugar, e se não levar, deitam-se por entre seus cacos e cantam alguma música cafona enquanto observam o céu, esperando ansiosamente pela noite...
Às vezes, também passo o dia esperando pela noite, somente para ver no céu, a brilhantina cabal de estrelas com olhos curiosos, enquanto imagino-me olhando-as, são as taizinhas que lá estão sempre no mesmo lugar e horário a observar o mundo sob os seus pés.
As estrelas curiosas olham estupefatas as ignorâncias mórbidas a saltarem em timbres reluzentes das valetas humanas... O ódio fede a roupa mofada no obsoleto gesto inútil do falso abraço por conveniência. Conveniência política, comercial nos passos da globalização... Uma palavra bonita, mas que possui o significado tão mesquinho ao cobrir a beleza natural daquilo que o homem não criou e sempre esteve lá, para ser apreciado, ou destruído pela fumaça imunda de meu cigarro, ou gases soltos no ar das infernais máquinas industriais de um submundo qualquer de se ganhar dinheiro.
Ah... Não tenho culpa por morrer entregue ao desleixo... Sou franzina, fraca e medíocre aos olhos do mundo... Não posso me levantar de minha velha poltrona e mudar nem mesmo o que existe dentro de mim... A ganância fétida de um dia atrás do outro... Os dias passam... Passarão a vida toda... Vou olhar para o lado para achar o culpado, ele deve estar em algum lugar... Dentro de mim, não iria se esconder, sou impotente, já pronunciei-me réu confesso com as mãos presas à corrente da cegueira, não posso mover sem perder o descanso que traz o cochilo após descarregar a lavagem de consciência... Já disse, o problema não está em mim. Já estou fazendo a minha parte tentando achar o culpado e entregá-lo à humanidade sedente de justiça com os seus dedos apontados como as armas no morro da roçinha tentando achar o culpado.
Quem quiser seguir, este rumo, pode seguir, fazendo-o com os olhos fechados, na busca do culpado das mazelas que soltam pus de um mundo pachorrento habitado tão somente por designados inocentes como a mim.
A esta altura, abraço-me às almofadas e tento me esconder para não verem em minha face sem vergonha as veredas da hipocrisia, até que meu desassossego enverga o som tímido que sai quase insignificante de minha voz... Digo – sim... Talvez eu possa ter tido alguma parcela de culpa em algum aspecto de minha vida, mesmo que mínima... Escondo-me novamente, olhando pela espreita da almofada o feixe de luz que causa fobia a minha visão turva.
Grite! Uma falta de paz inunda a arapuca armada dentro da consciência. Obedeço – Sim! Sou culpada, pronto! Pronto? Levanta daí... Faça o que pode fazer e não faz porque quer escrevinhar poesias... Escreva, vamos! Assine seu atestado de culpa, gritando em letras... Se não chegar aos becos e vielas fedidas, chegará a algum lugar que se há alfabetização... Olhos que aprenderam a ler e não crescerão ridicularizados por sua própria ação em ler o mundo entre as almofadas do meu sofá. Eles lerão, não somente o que eu queira escrever, mas saberão que nas entrelinhas existe alguém que se acovarda diante de sua oportunidade de ser melhor, diante de um mundo que poderia se tornar melhor, se ao menos eu, começasse por mim, a fazer a minha parte.
A VELHA INFÂNCIA
As lembranças vagavam como almas penadas pelo meu quarto. Quando abri meus olhos, já estavam deitadas na mesma cama que eu.
Vi-me pequena dançando pela casa mal iluminada de meus pais e me impressionei com o cheiro de medo que eu sentia quando acordava durante a noite e a cama estava mais fria que eu. Não entendia porque aquelas recordações estavam perturbando meu sono e porque apareciam tão assustadoras. Abri os olhos novamente, com muito esforço, e vi o corpo de mamãe, do mesmo jeito que encontrei naquela noite. Revivi seus olhos abertos e tenebrosos que não piscavam e como papai chorava. Tive a idéia que aquilo era um pesadelo e iria passar, então apertei meus olhos fechados, pressionando-os contra o travesseiro. O medo tomava conta do meu corpo em tempo recorde. Tentei ocupar a mente com as lembranças boas, mas só viam à cabeça minhas brincadeiras, frente ao espelho no corredor curto que dava acesso ao quintal. Em um repente senti a sonolência me aquecer o corpo e a cama em temperatura ambiente. Eu sabia que iria dormir novamente, entretanto também conhecia que quando eu acordasse, as lembranças já estariam de pé impedindo-me de abandonar a minha velha infância e a morte de mamãe.
Tranquilizante natural
Nada melhor,
Do que está velha cadeira de balanço de meu avô
Para embalar meus sonhos.
“E é aquela velha coisa. Tentamos ser forte, não ter medo de nada, mas, no fundo a gente só quer alguém que cubra a gente com o lençol, dê beijo de boa noite e garanta que não há monstros no armário ou debaixo da cama.”
Acredito numa conexão tão forte capaz de curar as feridas da alma, aquela velha história dois que viram um só, acredito nisso literalmente, existe para cada pessoa desse mundo uma outra que vai completa-la , melhora-la , entende-la como ninguem jamais soube fazer.
Mulher nova com homem mais velho é muito frequente.
Então por que homem novo com mulher mais velha é mais difícil de se ver?
O homem jovem tem medo do maracujá de gaveta ter sabor de limão!
Quando você experimentar começará a entender...rs
Admito que já saí da sala, quando o professor propôs aquela velha indireta: - Quem não quer assistir minha aula Por Favor saia da sala!
Escuridão
Pequena porta
por onde passa
uma velha encurvada e torta.
Pequena porta
do outro lado, a velha visita
sua neta morta.
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