Velas

Cerca de 530 frases e pensamentos: Velas

Ajustando as velas

Ajustando as velas
Desvestindo um santo para vestir outro
Apagando incêndios
É a vida
Sob todos os seus
Desalentos
Contratempos
E encantos

⁠Hoje é seu aniversário. Apague as velas, delete as mágoas, inunde a sua alma com felicidade, e sonhe... com um mundo melhor.

⁠Âncora recolhida, velas ao vento, mãos no leme... Resgatar o meu eu perdido na ilha dos sonhos esquecidos.

Hora absurda

O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas...
Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso...
E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas
Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraíso...

Meu coração é uma ânfora que cai e que se parte...
O teu silêncio recolhe-o e guarda-o, partido, a um canto...
Minha ideia de ti é um cadáver que o mar traz à praia..., e entanto
Tu és a tela irreal em que erro em cor a minha arte...

Abre todas as portas e que o vento varra a ideia
Que temos de que um fumo perfuma de ócio os salões...
Minha alma é uma caverna enchida pela maré cheia,
E a minha ideia de te sonhar uma caravana de histriões...

Chove ouro baço, mas não no lá-fora... É em mim... Sou a Hora,
E a Hora é de assombros e toda ela escombros dela...
Na minha atenção há uma viúva pobre que nunca chora...
No meu céu interior nunca houve uma única estrela...

Hoje o céu é pesado como a ideia de nunca chegar a um porto...
A chuva miúda é vazia... a Hora sabe a ter sido...
Não haver qualquer coisa como leitos para as naus!... Absorto
Em se alhear de si, teu olhar é uma praga sem sentido...

Todas as minhas horas são feitas de jaspe negro,
Minhas ânsias todas talhadas num mármore que não há,
Não é alegria nem dor esta dor com que me alegro,
E a minha bondade inversa não é nem boa nem má...

Os feixes dos lictores abriram-se à beira dos caminhos...
Os pendões das vitórias medievais nem chegaram às cruzadas...
Puseram in-fólios úteis entre as pedras das barricadas...
E a erva cresceu nas vias férreas com viços daninhos...

Ah, como esta hora é velha!... E todas as naus partiram!
Na praia só um cabo morto e uns restos de vela falam
De Longe, das horas do Sul, de onde os nossos sonhos tiram
Aquela angústia de sonhar mais que até para si calam...

O palácio está em ruínas... Dói ver no parque o abandono
Da fonte sem repuxo... Ninguém ergue o olhar da estrada
E sente saudades de si ante aquele lugar-Outono...
Esta paisagem é um manuscrito com a frase mais bela cortada...

A doida partiu todos os candelabros glabros,
Sujou de humano o lago com cartas rasgadas, muitas...
E a minha alma é aquela luz que não mais haverá nos candelabros...
E que querem ao lado aziago minhas ânsias, brisas fortuitas?...

Porque me aflijo e me enfermo?... Deitam-se nuas ao luar
Todas as ninfas... Veio o sol e já tinham partido...
O teu silêncio que me embala é a ideia de naufragar,
E a ideia de a tua voz soar a lira dum Apolo fingido...

Já não há caudas de pavões todas olhos nos jardins de outrora...
As próprias sombras estão mais tristes... Ainda
Há rastos de vestes de aias (parece) no chão, e ainda chora
Um como que eco de passos pela alameda que eis finda...

Todos os ocasos fundiram-se na minha alma...
As relvas de todos os prados foram frescas sob meus pés frios...
Secou em teu olhar a ideia de te julgares calma,
E eu ver isso em ti é um porto sem navios...

Ergueram-se a um tempo todos os remos... Pelo ouro das searas
Passou uma saudade de não serem o mar... Em frente
Ao meu trono de alheamento há gestos com pedras raras...
Minha alma é uma lâmpada que se apagou e ainda está quente...

Ah, e o teu silêncio é um perfil de píncaro ao sol!
Todas as princesas sentiram o seio oprimido...
Da última janela do castelo só um girassol
Se vê, e o sonhar que há outros põe brumas no nosso sentido...

Sermos, e não sermos mais!... Ó leões nascidos na jaula!...
Repique de sinos para além, no Outro Vale... Perto?...
Arde o colégio e uma criança ficou fechada na aula...
Porque não há-de ser o Norte o Sul?... O que está descoberto?...

E eu deliro... De repente pauso no que penso... Fito-te
E o teu silêncio é uma cegueira minha... Fito-te e sonho...
Há coisas rubras e cobras no modo como medito-te,
E a tua ideia sabe à lembrança de um sabor de medonho...

Para que não ter por ti desprezo? Porque não perdê-lo?...
Ah, deixa que eu te ignore... O teu silêncio é um leque —
Um leque fechado, um leque que aberto seria tão belo, tão belo,
Mas mais belo é não o abrir, para que a Hora não peque...

Gelaram todas as mãos cruzadas sobre todos os peitos...
Murcharam mais flores do que as que havia no jardim...
O meu amar-te é uma catedral de silêncios eleitos,
E os meus sonhos uma escada sem princípio mas com fim...

Alguém vai entrar pela porta... Sente-se o ar sorrir...
Tecedeiras viúvas gozam as mortalhas de virgens que tecem...
Ah, o teu tédio é uma estátua de uma mulher que há-de vir,
O perfume que os crisântemos teriam, se o tivessem...

É preciso destruir o propósito de todas as pontes,
Vestir de alheamento as paisagens de todas as terras,
Endireitar à força a curva dos horizontes,
E gemer por ter de viver, como um ruído brusco de serras...

Há tão pouca gente que ame as paisagens que não existem!...
Saber que continuará a haver o mesmo mundo amanhã — como nos desalegra!...
Que o meu ouvir o teu silêncio não seja nuvens que atristem
O teu sorriso, anjo exilado, e o teu tédio, auréola negra...

Suave. como ter mãe e irmãs, a tarde rica desce...
Não chove já, e o vasto céu é um grande sorriso imperfeito...
A minha consciência de ter consciência de ti é uma prece,
E o meu saber-te a sorrir uma flor murcha a meu peito...

Ah, se fôssemos duas figuras num longínquo vitral!...
Ah, se fôssemos as duas cores de uma bandeira de glória!...
Estátua acéfala posta a um canto, poeirenta pia baptismal,
Pendão de vencidos tendo escrito ao centro este lema — Vitória!

O que é que me tortura?... Se até a tua face calma
Só me enche de tédios e de ópios de ócios medonhos...
Não sei... Eu sou um doido que estranha a sua própria alma...
Eu fui amado em efígie num país para além dos sonhos...

Fernando Pessoa
Poesias. Lisboa: Ática, 1942.

⁠Conforme muda o tempo, vento...
Ajuste as velas e descanse.
Tempestades passam.

⁠Viver é bom
A vida é bela
A ti dedico ela
Beijos quentes
A luz de velas

⁠As águas e as lágrimas se misturam no chuveiro, então eu não as defino; Eu sinto alívio ao vê-las cairem ao chão, sem saber o que é água ou lágrimas de dor.⁠

⁠⁠"Se chegou a ventania, ice as velas, faça um cata-vento, é na força imposta que adquirimos resistência".

... de fato o mundo é dos contrários.
Jantar à luz de velas todo pobre e necessitado ou quem é de área rural utiliza e muitas vezes sente-se menosprezado e incapaz.
Já o homem rico e de posses acha chic e prazeroso.
Paradoxal modo de observar e vivenciar o mundo.

"Mais ventos em nossas velas, menos âncoras em nossas vidas. Que a nossa força e vontade de vencer sejam bem maiores que os medos que nos estagnam."

em novembro

vai precisar de festejo
é mês das quarenta velas
assoprar num só bafejo
sem ter parcelas...
são ainda com um tal ensejo
de serem bagatelas

afinal, os primeiros quarenta
e viver se pode, ao dobrar
somado com mais uns “enta”
a vida começa (a)pesar...

coragem e água benta!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2019
para o Márcio Francisco

Pessoas

Pessoas são como sua vida ,
para senti-las basta respira-las,
mas insistimos em vê-las ,e é
por ver demais que deixamos de
senti-las .

"AMOR EU E TU"

Vou seduzir-te, meu amor
Vou acender as velas perfumadas
De incenso de mel e rosas que eu gosto muito
Duas taças de vinho tinto, beijo-te devagarinho
Abraço-te com muito carinho e no tempo
Em que tivermos juntos seremos apenas eu e tu
Vou seduzir…sem fazer de ti escravo
Sem enganos, apenas e verdadeiramente

Tu olhas-me e seduzes-me
Gosto como tu me abraças com ternura e paixão
Deixaste que os teus sentidos te guiassem
Afagaste a minha pele com devoção
O amor fez-se, o fogo ardia
Sentia-se uma explosão de sensações e delicias
Ficamos abraçados, o único som que se ouvia
Era o bater num ritmo desordenado
Descompassado do coração, este é o som do amor saciado.

Deus opera onde o nosso coração não duvida e nossa mente não acende velas para santos.

Existem velas que iluminam tudo menos o próprio candelabro.

⁠Abstração

Era uma noite escura e velas resistiam aos ventos intensos violentos da memória. Nas gavetas as sensações da imaginação criavam um passado que sucumbiu na tempestade da perturbação intempestiva e inoportuna.

O que haveria do outro lado do absoluto esquecimento de cenas, agora vazias de vida, vítima de versos talvez revoltos, escrotos ou singelos, quem sabe, esculpidos e tingidos de paz, pureza, leveza?

Cenas criadas, concebidas, fantasiadas remeteram a uma multiplicidade de sentidos, imagens, talvez geradas e abortadas de um juízo errôneo, irrefletido.

Qual deus, qual nada, qual tudo lhe suprimiu, subtraiu a memória como um larápio poderoso que sublimou, apropriou-se daquele passado na gaveta vazia.

E a lágrima perdeu-se no curso natural, devastada pela letargia do tempo olvido, pela tempestade profunda e prolongada da memória enlutada do esquecimento. Lágrima a deriva, nem verso, nem rima, nem nada.

(Bia Pardini)

⁠Há pessoas em nossas vidas que são como âncoras. Outras, são como velas. Estas nos impulsionam em direção aos nossos sonhos. Aquelas, lamentavelmente, atrasam nossos projetos. É muito fácil apontar os defeitos alheios. Mas, que tipo de pessoas temos sido: que aproximam indivíduos de seus sonhos ou, pelo contrário, os afastamos deles?

A vida é como velejar:
Você vai ajustando as velas conforme as necessidades.

Chamas

Quatro velas estavam queimando calmamente.

O ambiente estava tão silencioso que podia-se

ouvir o diálogo entre elas.


A primeira disse:

-Eu sou a PAZ ! Apesar da minha luz as pessoas não conseguem manter-me acesa.
E diminuindo sua chama devargarzinho apagou-se
totalmente.


A segunda disse:

-Eu me chamo FÉ.
Infelizmente sou supérflua para as pessoas. Como elas não querem saber de Deus, não faz sentido eu continuar queimando.
Ao terminar sua fala, um vento bateu levemente sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:

- Eu sou o AMOR! Não tenho mais forças para queimar.
As pessoas me deixam de lado, porque só conseguem enxergar elas mesmas,
esquecem até daqueles que estão à sua volta.
E também se apagou.

De repente!!! entrou uma criança e viu as três velas apagadas...

-Que é isto? Vocês devem ficar acesas até o fim...

Então a quarta vela falou:

-Não tenhas medo criança, enquanto eu estiver acesa podemos acender as outras velas. Então a criança pegou a vela da ESPERANÇA e
acendeu novamente as que estavam apagadas.

"QUE A VELA DA ESPERANÇA

NUNCA SE APAGUE DENTRO

DE VOCÊ".

Você pra mim é o mar que navega meu barco por onde quer que eu vá o vento que sopra as velas é sua voz quando sussurra em meu ouvido palavras que me deixam a deriva sem direção a navegar mais quando olho pra você o caminho se faz por si só como obra do destino.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp