Velas
"ÉS TU SÓ TU"
As velas e as flores, rezam na areia da praia
Escutam os versos, que o mar conta
De sonhos de amor, de desespero e de dor
Cansado que nem a poesia floresce
Das estrelas encantadas, ouve-se o choro no mar
Do barco sem vida atolado deixou de navegar
Tu és a minha luz, nas noites de solidão
És tu quem me seduz, a mente, o corpo
Tu és a minha alma, que brilha no escuro
És tu quem me acalma o meu coração
És simplesmente tu meu amor
Sou veleiro por ti a navegar
És mar sereno onde estou a singrar
És vento a minhas velas inflar
Vou rumando para ti
A mulher por quem vivo a sonhar.
Humberto Leão
Que o toque dos sinos este ano lhe levem a boa nova de paz, saúde, alegria e a luz das velas natalícias ilumine o caminho da sua vida e transforme os seus sonhos e da sua família em realidade.
LETRA MORTA
Que tristeza a letra morta.
Como é duro vê-las pisoteadas como formiguinhas em um papel branco. Ali, alinhadas apenas para fazer sentido, não sentindo, só sentido, em uma frase igualmente morta. Letras exangues, pálidas, estéreis... letras figurativas nos cemitérios dos documentos. Ali elas não falam, só calam, e caladas, estáticas, cedem, inertes, suas exuberâncias. Cedem o que poderiam ter sido, cedem seus corpos, feitos para viverem das encarnações de mistérios desconhecidos, cedem sua majestade apenas para fazer sentido. A letra fria, tão amada pela burocracia. A letra que não diz nada, que só aponta, com seu cadáver, aonde vai a fria estrada. Letras que não desabrocham nem voam, sem beleza nem desespero, letras sem gosto, sem tempero! Múmias cravadas no deserto, sem nenhuma ideia por perto. Agrupadas em palavras com esmero arranjadas, palavras que não se defendem e que já não podem nada. Letra, palavra, frase, parágrafo, item, inciso, o raio que o parta! No jazigo do documento a letra sinaliza, mas não fala!
Sua sonoridade não canta!
Sua sinuosidade não encanta!
Dissecadas até o talo, parecem dizer: a partir daqui eu me calo...
Ah, mas não há de ser nada, essa morbidez passa...
Que a metafísica do sentido é eterna.
E a letra que no documento jaz morta a dar coesão aos esquemas, há de renascer vitoriosa, flor de Sol, no jardim dos poemas...
"E o navio segue, com velas içadas,
aos ventos de qualquer direção,
com um unico tripulante, a espera
da chegada a um lugar sem solidão"
Eu
Eu gosto de flores, velas, sedas
Gosto dos melhores perfumes, do melhor cheiro.
Gosto do beijo, abraço , amasso.
Gosto de olhares, de desejos
de jogos sedutores, dos hotéis, dos móteis.
Gosto do sorriso, das covinhas
do homem com jeito de menino.
Gosto da Noite, da maquiagem,
do som, da música, das luzes.
E de repente gosto mais deles
que de mim mesma.
Da princesa e do rei.
Dos sonhos, do futuro.
Hoje...
hoje quero mais de mim.
Sou um navio cansado, que lotou contra fortes mares e ventanias. Mas, ainda há uma ou duas velas que levam.
Todas as atitudes se tornam eternas, só que não estaremos mais aqui para vê-las acontecer, e nem para nos orgulharmos de ter vivido.
Velas espalhadas pelo chão,
Aqui e além …
Um som suave daquela música
Que eu sei que te faz vibrar
Apenas a luz que dança
Lançando reflexos nas almofadas
Espalhadas pelo meu sótão do prazer
Espaço lúdico onde te espero
Na mais perfeita fantasia de amor
Danço, no meio da roda feita pelas velas
Que iluminam o meu corpo ainda vestido
Como uma segunda pele a delinear o corpo
Aquele vestido preto
Que tu sempre dizes deixar-te aturdido
No cabelo apenas um gancho, único acessório que uso
Equilibro-me nos sapatos de salto alto
Enquanto danço ao som da música
Que faz lembrar terras do oriente
Deslizo as alsas do vestido até ao cotovelo
Rodo o corpo e fico de costas para ti
A música continua a soar entre estas quatro paredes,
O cheiro a incenso no ar é cada vez mais intenso
E agora nota-se um cheiro a rosas.
As que me trouxeste porque sabes o quanto gosto delas.
Vermelho escuro, cor da paixão
Levas as mãos às minhas ancas
E começas a fazer descer o vestido por elas
Juntos numa dança de sentidos
Exploras a geografia do meu corpo
Reconheces todos os caminhos
Aspirando o meu perfume de mulher
E como me sinto mulher !
Sobre A Luz das Velas
Encontro-me com as mais valiosas
Ferramentas em minhas mãos
Pelos meus dedos escorrem letras
Em um mundo extremamente frio e amargo
Meus olhos fixam-se naquele pedaço de papel branco
A melodia escrita nas rimas
Refleta o mais puro dos sentimentos
Pois é fascinante a combinação
Do lápis e daquela folha
Mas por que as palavras ainda não fluem?
Resisto firmemente a amargura
Com uma armadura metalica
Com letras douradas
Que protege-me diante de tanta ignorância
De tanta bobagem e de tanta cegueira
Dirijo-me ao meu refujo
Onde encontro a liberdade
Junto a chave sagrada para os portões.
Negros que tentam bloquear meus pensamentos.
Voando por um mundo azul
Onde meu corpo movimenta-se
Conforme o vento toca as árvores.
De repente acordo
Com o vinho derramado sobre mim
E vejo-me no espelho
Refletindo A luz das velas
A luz de minhas ideias.
Pensando bem, o que realmente conta não é se teve velas, se teve música de fundo, se foi cedo. Não importa se ele usava uma roupa esquisita e se tinha roubado o carro da mãe. O brilho no seu olhar, o barulho dos nossos corpos, sua pele macia e um 'eu te amo' suspirado é que fizeramm nossa história de amor. E eu disse sim.
Tu és o vento em minhas velas ❤️
Nas águas calmas repousei sereno e imóvel,
Até teu vento forte, agitado, se revelar.
Em minhas velas, teu impulso sentirei,
Juntos, navegaremos por mares a desbravar.
Para além do alcance de olhos, nosso destino se expande,
Promessas e sonhos suaves além da vista a contemplar.
Mas tempestades virão, nosso desafio encontrar,
No alto mar, sem estrelas, juntos iremos enfrentar.
Mas em nossa jornada, a calma reencontrará,
E ao nosso redor, com o Rei a nos guiar, reinará.
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