Vc Nao sabe o quanto eu te Considero
Quando me perguntaram se sou feliz,
eu respondi:
Sou cheia de alegrias miúdas,
mas que me acompanham todos os dias.
Qual o seu maior grito?
Eu me contorço
Faço curva em meu dorso
Toco de leve a natureza
Pés em riste e firmeza
Abro o peito e num sustenido
Grito ao mundo o meu gemido...
mel - ((*_*))
Eu acredito
na humanidade dos homens
e na divindade das mulheres
na humanidade da razão
e na divindade da intuição
na humanidade da arte
e na divindade do sentimento
acredito na vida toda
e na dúvida de cada momento
Hoje choveu
Antes da chuva
O vento carregou as folhas
Que a chuva varreu
Eu estava parado na calçada
Sozinho, pensando
No quanto eu
de certa forma me sentia
Semelhante às folhas que caíam
Agora elas também se foram
E eu fiquei só
Somente em companhia da chuva
Mas enquanto ela desaba
Eu sei que posso chorar
Sem que ninguém perceba
Amanhã é outro dia
Brilha o Sol, as folhas crescem
Somente isso que eu sinto
não se acaba
A vida segue adiante
Somente meus olhos
parados no tempo
Atrelados ao meu coração
tão solitário
Não te esquecem.
A dor do meu fracasso...
Antes eu sorria a alegria do meu amor, hoje sofro a dor do meu fracasso, depois de tantas festas a dois e finais felizes, sinto a ressaca da solidão e a tristeza das lembranças dos dias vividos ao lado dela, olho ao redor e não vejo motivos para continuar, já não tenho forças para recomeçar, nem esperança dela voltar, caminhando ao meu lado somente a dor do me fracasso;
Depois de um ano sem sentir o calor de seus beijos, me conformo em ouvir sua voz, vejo meu nome mudar, já fui “amor”, hoje sou “José”, não consigo trabalhar, não sei mais amar, só sei amargar os desencantos, chorar calado num canto, carregar o triste fardo de perder um grande amor, não conseguir desatar esse laço que é viver todo dia a dor do meu fracasso....
Eu me lembro...
Eu me lembro
De quando tudo era bom
Quando curtiamos um som
Sem saber onde ia
Pensando em um novo dia
Me lembro de seus olhos claros
Seu cabelo incrível
Eu me lembro da felicidade que mim cercava
E da tristeza que de me sentia falta
Eu me lembro do amor que me recordo
E daquelas honrarias de esquecimento
Eu me lembro...
Queria ser
Eu queria ser grande
como uma formiga,
Queria ser pequena
como um gigante.
Queria ser o sol da noite
e a lua de manhã,
As estrelas da tarde
e os meteoros do mar.
Eu queria ser verde
como a cor branca,
Queria ser azul
como a cor preta.
Apenas queria viver
em um mundo imaginário
onde podemos ser o que quiser
sem ninguém impedir.
~~Eu aprendi que duas pessoas podem olhar exatamente a mesma coisa e podem ver algo totalmente diferente...~~
É que talvez nós teremos a vida inteira
Talvez eu viva amanhã
Talvez eu respire o mesmo ar que o seu
TALVEZ... Palavra de gênero duvidoso
Por isso não quero suas dúvidas e sim suas certezas...
De todos os loucos do mundo eu preferi você por razões indefinidas que ninguém conseguiria entender...
Eu poderia estar compartilhando meus poemas para o mundo mas escolhi te esperar para entregar só mente a ti
Enfim o frio chegou, eu gosto, apesar que com ele chega o gelo da saudade.
E no gelo da saudade não existe nenhum pedaço de pano que irá me aquecer.
O abraço vazio na cama gelada não me aquecerá.
Saudade gelada só aquece com abraço da pessoa amada.
Carrego comigo o pensamento
e só eu sei o que lá habita...
Muito além das palavras,
existe nele um universo, inteiramente meu,
que segue somente o que a alma dita.
Cika Parolin
Podia eu entrelaçar-me nas nuvens, isso me faz pensar que ainda tenho tempo para sonhar e quando sinto que ainda não estou com meus pés no chão vou aproveitando o tempo viajando com o vento, sorrindo na imensidão, exterminando a solidão, a como é bom ouvir o coração pulsar mais forte, isso que é sorte esquecer que existe morte.
"Eu sou uma ficção, próxima da realidade,
Com uma nostalgia perdida à procura
Do encontro com o destino."
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
(Texto foi extraído do livro “Nova Reunião”, José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1985, pág. 300. Fonte: Projeto Releituras)
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