Vai Ficar na Memoria
Na memória, as lembranças daquela cidade,
Tão fria,
Quanto os corações de quem habita,
Tão cinza,
Quanto seu sombrio amor,
Que não convence,
Não se dá,
Guarda-se à si mesmo em sofrimento,
Próprio e alheio,
Solidão.
caminha a memória por pedaços de recordações a querer esquecer a fuga irremediável dos dias, cativa da busca do sonho ...
...no caminho da memória,
o prazer lento da nostalgia puxa o fio das lembranças,
e, surpreende o coração.
à memória vêm-me recordações perdidas no correr dos anos, insiste o sonho, como se fosse a última manhã luminosa da primavera...
no fundo negro da memória, as palavras alumiam a escuridão... alimentam-se do meu sonho, e tocam-me a alma...
O vento sopra com força, entra pelas janelas do sonho e à memória um arrepio que humedece o olhar...
o tempo tudo governa, e vai deixando em nós imagens que perduram na memória... começo a dar-me conta de tudo que fiz e o que não fiz e dou valor a pequeninas coisas que me pareciam ocultas até aqui....
brindo à vida nesta manhã de certo modo aprazível, cruzam-se pássaros na memória, ouço o vento por entre as árvores, nem tudo está perdido, percorri, caminhei, voltei a recordar a vida e a distância com a ternura deste inverno que brota vida à minha volta...
Será que o desgaste da memória me vai deixar sem recordações? Neste pensar é como se tudo me estivesse fugindo das mãos! As feições perderam o desenho... é difícil a inexorável passagem do tempo!
As últimas rosas do jardim, exalando ainda um aroma que fica na memória, e o brilho que resplandece mas que é efémero, nem o sinuoso vento e nem a chuva conseguiu rasgar-lhes a beleza, fiquei algum tempo a olhá-las como num sonho, impedindo-me de acordar, com a minha vontade dividida entre partir ou ficar...
há silêncios na minha memória,
e na mão que entrego à escrita
um relógio sem ponteiros, vai
marcando a minha paz...
nnuno
passam meus dias em suspenso, a memória estagnada, sinto que além do que sou e do que penso, que a vida parou, trago a alma angustiada...estou entre o ser e não ser nada!
com o passar de folha, apagou-se metade do meu sonho, já a memória se esquece da antiga disciplina, comovidas as flores na jarra, afirmam que estou delirando... e deixam um aroma fresco ao alvor, em minha almofada... a memória é pois um cântaro cheio de saudade, resgato o sonho, e lá volta a brisa com a claridade da infância...nessa hora sonho com o tanger do sino, cujo som mágico consigo ainda recordar, e o rio, éden da minha infância, águas cristalinas espelham o céu e nas margens crescem flores como meninas joviais...meu sonho continua à sorte, e vai jogando o jogo da vida e da morte...o tempo cega-me, mas as estrelas avivam-me os sentidos e a lua escuta o meu coração, solidária dá-me a mão e o sonho continua...
lágrimas são nascente que irrompe do coração, cascatas velozes na memória, rio lavando a pele do rosto, redentoras do tempo e da dor.
quando se abrem brechas na memória, a vida fica sem tino, estremecem os alicerces e a alma veste-se de negro...
o passado vive na minha memória, o presente me convida a viver, o futuro está no segredo dos deuses ...
velozes passam os anos de experiências vividas e repetidas, na memória jamais esquecidas como raízes que nos prendem à vida
trago na bagagem da memória um espelho que me revela um rosto que não encontro, uma voz que não alcanço, por muito que em mim procure...
na minha memória um caudal de tempo, que é dor que percorre a pele quando uma ruga mais se inscreve no meu rosto...
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