Universidade Corporativa
A universidade assegura a colocação de elementos intelectuais ociosos da classe dominante, a quem temos chamado a "mão-sem-obra". Este papel adquire suprema importância no país subdesenvolvido, pois lançariam na pura e simples vadiagem social se não encontrassem ocupações simbólicas nas quais se entretenham, justificando na exterioridade uma existência realmente sem proveito coletivo. É aí que intervém a universidade, oferecendo aos marginais superiores as suas cátedras, seus laboratórios, suas conferências, cargos de "assistentes", "pesquisadores", "assessores", etc., e tantos simulacros de trabalho válido. Há neste fato mais do que simples troca de favores. A classe dominante, ativíssima nos seus negócios, sabe muito bem quanto é ociosa, e quase diríamos, parasitária, a existência desses doutores inaproveitáveis... na universidade pouco se trabalha, e dificilmente se estuda... A universidade não foi concebida nem é dirigida em função do trabalho social útil, mas do estudo ocioso, da cultura alienada, da pesquisa fortuita e sem finalidade imperiosa...
A QUESTÃO DA UNIVERSIDADE - Editora Cortez
Psicólogo USP. Ter a formação na melhor Universidade da américa latina, não garante um bom profissional, o mais importante é a personalidade dele, se gosta de cuidar, se há uma preocupação em um relacionamento humano com seu terapeutizando.
É cômico e trágico como um pequeno grupo de acadêmicos de toda e qualquer universidade está inclinado a crer piamente ser a academia.
o mundo está em uma situação de não retorno, a própria universidade, o próprio conhecimento acadêmico está buscando soluções para salvar o planeta, a solução está aqui, as soluções sempre existiu, a solução sempre foram os conhecimentos dos povos indígenas.
Tem um Pedro na sua rua, na sua universidade, na sua escola, no seu trabalho! Todos nós temos um "Pedro" vá atrás dele!
Não basta que a universidade seja sólida, inovadora e criativa. Embora esses elementos sejam essenciais, é fundamental transformá-los em ações concretas. É essa conversão que permitirá à instituição alcançar o sucesso e se destacar como uma IES relevante
Os novos postulantes querem a universidade não para se doutorarem, no sentido pedante e ocioso da expressão, mas para adquirem conhecimentos que os qualifiquem para o trabalho futuro, útil, que terão de produzir. Nisto está o essencial do problema: os estudantes compreenderam a essência alienada da universidade brasileira, sua função desambientadora, sua quase nula atuação progressista, sua inadequação às tarefas exigidas pelo país, e a querem precisamente como instrumento para revogar e pôr termo a toda essa alienação...Aos estudantes cabe, evidentemente, o principal papel neste processo transformador da universidade porque são eles os primeiros a compreender as ideias como as que estamos enunciando e a lutar por elas.
A QUESTÃO DA UNIVERSIDADE, pág. 14-15
"A acusação de que na universidade pouco se trabalha e dificilmente se estuda não significa, em verdade, uma acusação, mas o registro do escrupuloso cumprimento de uma norma intencional. A universidade não foi concebida nem é dirigida em função do trabalho social útil, mas do estudo ocioso, da cultura alienada, da pesquisa fortuita e sem finalidade imperiosa"
A QUESTÃO DA UNIVERSIDADE, pág. 27
"Aqui na sua universidade, inteligência, educação, conhecimento, todas essas coisas viraram ídolos. Mas agora eu sei que existe algo que todos vocês negligenciaram: inteligência e educação sem doses de afeto humano não valem droga nenhuma."
Na escola do mundo, as classes que mais nos ensinam lições como alunos que somos, são as do dinheiro, do amor e da família. Desafios, problemas, obstáculos e oportunidades nesses três setores não tem outra função a não ser nos impulsionar a uma formação com nível de distinção Cum Laude na Universidade da Vida.
Todo o sistema de educação pública ao redor do mundo é uma extensão do processo de ingresso à universidade. A consequência disso é que muitas pessoas altamente talentosas, brilhantes e criativas, pensam que não o são, porque aquilo no qual eram boas na escola não era valorizado, ou era até estigmatizado.
Evangelizar é que nem descer num tobogã: você fica com medo na hora de subir a escada, mas depois que desce é adrenalina pura e você quer ir de novo.
Ao Estudante
Ontem fui veleiro de muitos sonhos
E brincadeiras de tanto querer:
Profissões e super-heróis de mundos.
O querer mudou. Mais, quero aprender.
Vislumbro minha capa e trovo ensejos.
Colorida pelos entes dos cursos
Que são artistas por pintarem percursos
E inspiradores para os meus despejos.
O espelho da alma veste-se de pranto
Nostálgico, o tempo que foi, passou.
E os momentos? Aqueles que deixou
Presentes memórias que não acrescento.
Fito agora o fado que desconheço
Enquanto amontoo meus livros na estante.
Desafios e metas terão começo
De um futuro apetecido e brilhante.
Sobre as cotas: se as condições escolares são desiguais, é justamente isso que precisa ser revisto, e não os sistemas avaliativos.
Jovens, esqueçam isso de "tem que fazer faculdade".
Essa já deixou de ser uma boa opção para ter uma profissão.
A escola já não é mais espaço que cativa, portanto, é preciso quebrar as convencionalidades e suas formalidades para cativar, encantar o aluno ao conteúdo e também ao seu crescimento intelectual.
Intelectuais acadêmicos teorizam politicas publicas de longe pois não são eles que vão socorrer os miseráveis na base da piramide social brasileira.
