Um Sentimento Nobre
Hoje dei um suspiro e senti algo diferente. Ou melhor, esse suspiro era diferente e depois dele todos os suspiros que se sucederam também eram diferentes.
Eles eram mais profundos
Suspirava com vontade, sabe!
Com vontade de sorrir, de chorar, de gritar
Acho que esses são suspiros da paixão
Sinto saudade, vontade, desejo
Sei que esses suspiros são proibidos e quase utópicos
Porém confesso que estou gostando de senti-los
Não sei por quanto tempo continuarei suspirando por você
Mas não quero parar de suspirar agora.
Casa Arrumada
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
"A vida é uma pedra de amolar; desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos."
(George Bernard Shaw)
Notícia final
E os jornais
(em letras garrafais)
Noticiaram mais um assassinato.
Na primeira página,
Do anonimato,
Surge a figura do assassino.
Espantoso!
Detalhes,minúcias incríveis
Surgem nas letras
(que largam tinta)
Como o sangue negro,
Coagulado,
Que vertia do corpo,
Aberto
Pelas trinta punhaladas
(sobre ele desfechadas).
Os mais horrendos pormenores
São narrados, fotografados.
Nada é proibido
A maiores ou menores.
Os prelos rodam
No afã da venda.
Sensacional
O seu jornal!
Roubos, assaltos
(a mão armada ou desarmada).
Atropelamentos,
Envenenamentos
(foi a empregada seduzida
Pelo patrão).
Toda a podridão
Desenterrada
Do lixo das cidades.
Atrocidades!
Figuras anormais,
Bestiais
Circulam pelas sessões
Policiais,
Em todas as páginas,
Em todos os cantos
Do jornais.
Pormenores jamais proibidos
(mas bem lidos)
A maiores ou menores
E se alguém interessa saber, eu sou feliz assim. Bem mais do que quem um dia falou, ou ainda vai falar de mim.
Libelo
De que mais precisa um homem senão de um pedaço de mar - e um barco com o nome da amiga, e uma linha e um anzol pra pescar?
E enquanto pescando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de suas mãos, uma pro caniço, outra pro queixo, que é pra ele poder se perder no infinito, e uma garrafa de cachaça pra puxar tristeza, e um pouco de pensamento pra pensar até se perder no infinito...
- Mas o amigo foi ludibriado, e é preciso por ele lutar!
De que mais precisa um homem senão de um pedaço de terra - um pedaço bem verde de terra - e uma casa, não grande, branquinha, com uma horta e um modesto pomar; e um jardim - que um jardim é importante - carregado de flor de cheirar?
E enquanto morando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de suas mãos pra mexer na terra e arranhar uns acordes no violão quando a noite se faz de luar, e uma garrafa de uísque pra puxar mistério, que casa sem mistério não vale morar...
- Mas a terra foi escravizada, e é preciso por ela lutar!
De que mais precisa um homem senão de um amigo pra ele gostar, um amigo bem seco, bem simples, desses que nem precisa falar - basta olhar - um desses que desmereça um pouco da amizade, de um amigo pra paz e pra briga, um amigo de casa e de bar?
E enquanto passando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de suas mãos para apertar as mãos do amigo depois das ausências, e pra bater nas costas do amigo, e pra discutir com o amigo e pra servir bebida à vontade ao amigo?
- Mas o amigo foi ludibriado, e é preciso por ele lutar!
De que mais precisa um homem senão de uma mulher pra ele amar, uma mulher com dois seios e um ventre, e uma certa expressão singular? E enquanto passando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de um carinho de mulher quando a tristeza o derruba, ou o desatino o carrega em sua onda sem rumo?
Sim, de que mais precisa um homem senão de suas mãos e da mulher - as únicas coisas livres que lhe restam para lutar pelo mar, pela terra, pelo amigo...
Eu disfarço muito e quase ninguém percebe. Tem um monte de gente por aí que acha que me conhece o suficiente. Outros tantos acham que sabem o bastante sobre a minha vida. Entra no meu mundinho quem eu deixo. Acho que a gente não deve escancarar a vida, tem coisa que é só nossa e de mais ninguém. Quanto mais a gente dá liberdade para os outros mais eles se sentem no direito de se intrometer e meter o bedelho. Não gosto, pois da minha vida cuido eu.
Bebamos! Nem um canto de saudade!
Morrem na embriaguez da vida as dores!
Que importam sonhos, ilusões desfeitas?
Fenecem como as flores!
Eu amo a minha liberdade, amo a honestidade das pessoas, não a considero uma virtude, mas sim, um compromisso. Gosto de ter amigos, ainda que poucos, porém pessoas raras, incomuns, loucas de preferência (...) Acredito no amor universal e nas pessoas que o exercitam, as demais ignoro e lamento!
Existem tantas pessoas nesse mundo que se eu fosse ser o que cada um pensa de mim eu seria várias. Mas não, eu sou só uma. Só não sei qual delas.
De hoje em diante
Sei que deixo, por onde passo,
partes de mim, um pedaço,
energias e sentimentos que respiro,
e por vezes, eu nem cuido, deixo estar.
No trânsito eu me perco em histeria,
nos relacionamentos sou doce, mas possessivo,
nas amizades sinceras, sou exigente,
quero sempre o melhor, e por vezes, exagero.
Sou todo o sentimento do mundo,
na pele, no rosto e em cada poro,
exalo a energia de quem quer vencer.
Mesmo assim, quando a noite cai,
um vazio se apodera de mim,
a solidão senta-se ao meu lado na cama,
e ainda que acompanhado,
ela segura na minha mão como amante cansada,
e faz vigília comigo, nas noites insones.
Quem sabe o vazio monstruoso,
seja resultado do não desligar,
do querer sempre agradar,
deixando de ser eu mesmo,
para ser o que esperam de mim.
Por isso resolvi, da solidão me separar,
e hoje, ainda com olheiras,
sai mais cedo para caminhar,
vou recomeçar, vou deixar me guiar,
pelo companheiro mais importante que Deus me deu,
de hoje em diante, meu melhor amigo, sou eu.
Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor.
Nota: Trecho de poema de "Autobiografia sem Factos", de Fernando Pessoa.
Caso tudo isso seja um trabalho inconsciente para me perder, parabéns, você está conseguindo. Mas se ainda existir dentro de você alguma esperança, eu preciso demais que você me abrace e me faça sentir aquilo novamente. É fácil, basta você querer, eu ainda quero tanto. (...) Eu preciso sentir que você ainda sente, eu preciso que o seu coração dê um choque no meu, eu preciso saber que seu peito ainda aperta um pouco quando eu vou embora e se espalha como borboletas nas veias quando eu chego.
Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar.
O que aprendi com meus relacionamentos anteriores.
Aprendi a reagir e não tolerar um relacionamento quando a impossibilidade do diálogo se instala, quando o medo de dizer algo, qualquer coisa que seja, se imponha, sufocando a liberdade de expressão e de sentimentos.
Aprendi a não deixar a tirania se instalar na minha vida. Aprendi a distinguir dúvidas de certezas, bastando para isso, não dar créditos para as lindas palavras que não se lastreiam em atitudes.
Aprendi que o amor é sentido dentro de nós e valorizado nos atos. Aprendi a diferenciar quando estou sendo amada de quando estou sendo usada e manipulada. Aprendi a superar minha carência. Aprendi a "enxergar" e ter força e coragem para me despedir de situações que tanto mal e tristeza me causam. Aprendi a ficar longe de misóginos.
Aprendi a me amar.
Aprendi mais sobre mim mesma.
Um homem disse a Buda: Eu QUERO felicidade. Buda respondeu: Primeiro retire o EU, que é seu ego! Depois retire QUERO, que é seu desejo! Pronto, agora você é deixado com a felicidade.
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