Um Estranho Impar Poesia
A VIDA
Mirei o horizonte remoto
Sonhei acordado fantasias
Do cerrado eu fui devoto
Da vida as trovas vazias
Era sonho tão maroto
Com tortas caligrafias
Das quimeras de garoto
Seguintes as tais ironias
De um tal amor imoto
Raras as companhias
Com o verso canhoto
Ortografei as urgias
Então, neste viver piloto
Riscados nas heresias
De poeta e feliz louco
Versejaram os meus dias
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, outubro
Cerrado goiano
AO INFERNO
O que eu farei com estes dias escorregadios?
Desfalecem pelas falanges dos meus dedos
Calejados pelas lutas, socos. Pelos medos!
Tempos de dores. Traições. Amores vadios...
Os que comiam meu pão hoje são meus algozes
Devoraram minha carne e chuparam meus ossos
De mim sobrará?_ Não sei. Deles?_ Destroços!
Suas palavras são doces; seus atos tão ferozes...
Tempos traiçoeiros, vis, maus e inclementes
Cheios de fel, intentam envenenar à mim
Mas tenho o olho do corvo e da serpente...
E das horas de agora, pois, o que ei de fazer?
Nada farei. O que faria eu, inocente enfim?
Ao inferno com o hoje. É o que tenho à dizer!
Anna Corvo
Pseudônimo de Elisa Salles
@Direitos autorais reservados
" Aos que duvidam,
a certeza faz parte do medo,
a incoerência de ser total,
moldada num contexto mediano e escarpo,
longe do tradicional conceito de que tudo conspira
somos boas energias.
Até a longa espera, comum nas perplexas esperanças,
escondidas nas mordidas do acaso, esvaem feito luz
pelas frestas, rumores e amores duvidosos
ensinam que existem amanhãs,
mas temos que esperar alguém ligar o tempo,
mesmo diante do medo
acreditar que alguém pode amar
de verdade...
Pisei na bola,
Quando te olhei,
Brevemente, flertei,
Foi sem querer,
Fiquei louco por você,
O amor fala mais alto que a paixão,
Mas fui embora,
Te abandonei,
Foi sem querer,
Retrato da loucura
Loucura emaranhada que é meu coração.
"_ Moça, é muito cedo pra falar de amor não acha?!
_ Depende?! Quanto tempo é tempo pra falar de amor?! Quanto tempo demora pra saber que do lado dele eu sou feliz como nunca fui?! E que o sorriso dele é de longe o mais lindo que passou na minha vida?! Quanto tempo é tempo pra falar de amor?! Se amor é carinho, é zelo, é cuidado, é um querer bem infinito, quanto tempo gasta pra isso?!"
OS PRATOS DE VOVÓ
A minha avó guardava, com alegria,
muitos pratos, lindíssimos, de louça
que ganhou de presente, quando moça,
e que esperava usar – quem sabe? – um dia.
Mas a vida passando tão insossa
e nada de importante acontecia
e ninguém pra jantar aparecia
que compensasse abrir o guarda-louça.
Vovó morreu. Dos pratos coloridos
que hoje estão quebrados e perdidos
ela jamais usou sequer um só.
Assim também meus sonhos, tão guardados,
terão, por nunca serem realizados,
o mesmo fim dos pratos de vovó.
AINDA
Espero que você me ame ainda
no dia em que bater à sua porta
e lhe dizer que, agora, só me importa
livrar-me, enfim, desta saudade infinda.
E ver no seu olhar que me conforta
e ouvir de sua boca doce e linda
que esta minha presença foi bem-vinda,
que sua casa ainda me comporta.
Aí, então, num demorado beijo,
terei pena de quem tem por desejo
conquistar o dinheiro, a sorte, a fama,
Pois nada terá tal encantamento
do que, depois de tanto sofrimento,
ouvir você dizer que ainda me ama.
REI VERÃO
O teu mandar verão!... Está cheio
Cheio de suor e alta temperatura
Como arde o sol na sua quentura
Que calor estroina e sem receio...
Como brilha o dia sem algum freio
Sob o reflexo do ardor, árida figura
De pé, no cerrado, flagra em fartura
Como um cálido fumoso no enseio
Que abrasador fogo no céu ardente
Morre o desejo, outro almejo roga
Em febre, teima o chão recendente
Reino de suspiros!... incandescente
Reino esbraseante! de picante toga
Sossega este calor, vil e indecente!...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
02 de janeiro de 2019
Cerrado goiano
Nem tente, agora,
Resgatar-me da chuva:
Nela estou a dançar,
Certo de que, em breve,
Outra primavera surgirá.
BRILHO ESCONDIDO
O sol majestoso e imponente
Ofuscado por pequena e simples nuvem;
Assim o nosso brilho pode às vezes,
Envolto em pesares que aturdem
Estar, sim escondido, e conquanto
Querer expor com força sua luz.
Confie!! Pois a nuvem é passageira
E ao brilho ela até mesmo nos conduz.
Perdão por ter sido uma pessoa pela metade em vários momentos
Perdão por me esconder
Minhas risadas sempre foram espontâneas
Mais a minha dor nunca foi momentânea
Retardar a minha morte não é viver
Eu tenho 5anos que sou assim que e eu fiz o que tive que fazer ser forte e fingir que está TD bem, não foi e nunca foi viver
E não vai ser agr que vai ser , eu não estou tirando a minha vida , eu não estou dizendo não a minha vida , eu não sou egoísta sei que tem pessoas que lutam por ela TD dia , e foi o que fiz tentar sobreviver uma guerra nos últimos 5 anos cada dia após dia
Se quando eu não fiz por mim ?
Eu fiz por eles , eu fiz por cada um deles
Acho que tenho um propósito maior
Se eu tiver que ir que seja uma lição
Se eu tiver que ir pra que 10 se salvem de depressão
Não julgue vc não pode sentir q dor de ningume
Apenas saiba que isso não acaba aqui ainda nos veremos
E saiba que eu me importei com cada um de vcs
O tempo nos mostra
A hora de parar.
As vezes insistimos
Achando que o tempo está errado
Mas o tempo não erra.
Temos que acreditar nos sinais
Nos toques que a vida nos dá.
As vezes uma presença nos instiga a ficar
Mas os sinais mostram
É hora de parar.
Foi sempre eu, a me esquivar
Foi sempre eu, a correr de ti
Nunca tive coragem de tocar
Nunca tive coragem de te sentir
Quando o mais perto cheguei
Quase desfaleci.
Não vi nada em minha frente
Corri pra bem longe de ti.
Não se pode tocar um Deus
Ou algo assim semelhante
O que é proibido na terra
No céu te vejo distante.
Nos dias tristes não se fala de aves.
Liga-se aos amigos e eles não estão
e depois pede-se lume na rua
como quem pede um coração
novinho em folha.
Nos dias tristes é Inverno
e anda-se ao frio de cigarro na mão
a queimar o vento e diz-se
- bom dia!
às pessoas que passam
depois de já terem passado
e de não termos reparado nisso.
Nos dias tristes fala-se sozinho
e há sempre uma ave que pousa
no cimo das coisas
em vez de nos pousar no coração
e não fala connosco.
é claro que sei dizer palavras calmas
e amar devagar os que chegam a meu lado
e recordam o meu nome de todas as maneiras
com que ao redor da vida o foram construindo
é claro que sei inventar cantigas breves
das que à meia-noite perdem as notas mais vibrantes
quando fogem precipitadamente dos nossos bolsos
é claro que sei voltar a casa e abrir a porta
e fingir que tudo está perfeito sobre a mesa
e os objectos guardam os lugares de sempre
e eu continuo na moldura com um riso de quinze anos
tropeçando no teu ar sério quase a sair do retrato
é claro que sei passar os dedos devagar pelo teu corpo
nas noites em que chegas e dizes já não chove
como se colocasses no meu colo uma prenda de natal
e pudesses apagar a tempestade
no brevíssimo instante em que a vida se resume
aos nossos olhos tentando
acreditar que é cedo
é claro que sei esperar por ti
sabendo desde sempre que não vens e mesmo assim
escolho sem sobressalto a música perfeita
de te acolher no sono com o enevoado rumor
de todos os encontros improváveis
'SONHOS'
'Há sonhos que duram pouco. Outros décadas. Outros duram o suficiente para serem chamados de vida. Nela tudo passa. Coisas boas e ruins. Prefiro as lembranças daquelas que sorri.'
Para amar,
Para me namorar,
Para me gostar,
Tem que gostar,
Tem que amar,
Tem que entender e ser entendido,
Tem que ter um pouco do mundo em um só sorriso,
Tem que saber aguentar as chuvas e os sols,
Tem que haver amor e amizade,
Tem e tem que haver opiniões e conversas misticas,
Tem que ter encontros de apaixonados,
Tem que haver a chama do desejo,
E a descoberta do pesadelo,
Tem que estar pronto para conhecer todas minhas faces,
Tem que ser apenas você,
Para eu poder nós reconhecer.
O mundo é interessante,
Basta olhar com as lentes certas,
E se é entendido,
É apaixonante perceber que há algo maior que si,
As estrelas,
o luar,
a mágica de respirar,
É a loucura chamada humanidade.
Garoando
As vezes é garoa, as vezes são chuviscos. Vezes são chuvas torrenciais. E elas te transbordam. Dentro de você, atualmente é como clima de inverno. Daqui a cinco minutos pode chover, ou pode fazer muito sol. Mas ainda assim, segues em frente, com a gentileza amostra, e com o amor palpável em tua voz. Não se perca do teu estado de calma, mulher. Logo o inverno passa, e tuas flores da primavera nascem outra vez.
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