Um Estranho Impar Poesia

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é claro que sei dizer palavras calmas
e amar devagar os que chegam a meu lado
e recordam o meu nome de todas as maneiras
com que ao redor da vida o foram construindo

é claro que sei inventar cantigas breves
das que à meia-noite perdem as notas mais vibrantes
quando fogem precipitadamente dos nossos bolsos


é claro que sei voltar a casa e abrir a porta
e fingir que tudo está perfeito sobre a mesa
e os objectos guardam os lugares de sempre
e eu continuo na moldura com um riso de quinze anos
tropeçando no teu ar sério quase a sair do retrato

é claro que sei passar os dedos devagar pelo teu corpo
nas noites em que chegas e dizes já não chove
como se colocasses no meu colo uma prenda de natal
e pudesses apagar a tempestade
no brevíssimo instante em que a vida se resume
aos nossos olhos tentando
acreditar que é cedo

é claro que sei esperar por ti
sabendo desde sempre que não vens e mesmo assim
escolho sem sobressalto a música perfeita
de te acolher no sono com o enevoado rumor
de todos os encontros improváveis

'SONHOS'

'Há sonhos que duram pouco. Outros décadas. Outros duram o suficiente para serem chamados de vida. Nela tudo passa. Coisas boas e ruins. Prefiro as lembranças daquelas que sorri.'

Para amar,
Para me namorar,
Para me gostar,
Tem que gostar,
Tem que amar,
Tem que entender e ser entendido,
Tem que ter um pouco do mundo em um só sorriso,
Tem que saber aguentar as chuvas e os sols,
Tem que haver amor e amizade,
Tem e tem que haver opiniões e conversas misticas,
Tem que ter encontros de apaixonados,
Tem que haver a chama do desejo,
E a descoberta do pesadelo,
Tem que estar pronto para conhecer todas minhas faces,
Tem que ser apenas você,
Para eu poder nós reconhecer.

O mundo é interessante,
Basta olhar com as lentes certas,
E se é entendido,
É apaixonante perceber que há algo maior que si,
As estrelas,
o luar,
a mágica de respirar,
É a loucura chamada humanidade.

Garoando
As vezes é garoa, as vezes são chuviscos. Vezes são chuvas torrenciais. E elas te transbordam. Dentro de você, atualmente é como clima de inverno. Daqui a cinco minutos pode chover, ou pode fazer muito sol. Mas ainda assim, segues em frente, com a gentileza amostra, e com o amor palpável em tua voz. Não se perca do teu estado de calma, mulher. Logo o inverno passa, e tuas flores da primavera nascem outra vez.

O que se passa aí dentro?
O que houve que o deixou tão confuso sobre você mesmo?

Você tem seu universo particular, sua forma de agir, pensar.
Só não esqueça que dentro de cada um também há vida, momentos, cortes e feridas.

O calor que no teu corpo habita, em meu corpo fez breve moradia, e já não mais corresponde com tua saída vazia.
Seu toque, sua pele, seu beijo, se perderam em meio ao gracejo que a vida nos aprontou, como também por sorte e pouco tempo nos transbordou.

Mas a vida é assim, água que não deve ser desperdiçada, areia pisada, doce e marmelada, choro e ventania, água de coco e maresia, verso, prosa e poesia.

Soneto de autopostumação

Sensações póstumas devem ser reconfortantes,
pelo alívio do sofrimento de uma vida inteira,
tornando todo o peso do dia a dia uma besteira,
uma vez do outro lado nada mais será como antes...

Preocupações de outrora em vida serão irrelevantes,
parte de uma extinta realidade passageira,
meu espírito, móvel velho em que se tirou poeira;
renovado, fará de angústias e mágoas coisas distantes...

Não há medo, confio no que mereço, por tudo que fiz;
a morte é um processo natural, calmo e bem-vindo,
finalmente terei a chance de ser bem mais feliz...

Ao partir sei que a caminho do maior estarei indo,
será bom, jamais vi uma caveira com semblante infeliz,
todas espontaneamente estão sempre sorrindo.

Soneto de metamorfose

Vida de lagarta.... Total limitação...
A sina de uma existência asquerosa,
de uma condição naturalmente desairosa,
melancólica, frágil e sem opção...

Destino de incomoda sujeição,
uma vida sofrida, triste e morosa,
de uma falta de perspectivas pavorosa,
onde há apenas a morte como solução...

Quando minha alma, este fulgor tépido;
de meu velho corpo irá se separar;
meu caixão, morada do cadáver fétido;

será o casulo que irei abandonar;
e estarei livre, me sentirei lépido;
borboleta pronta para voar.

Normose

Uma triste epidemia assola a humanidade,
sintomas claros, quase sempre ignorados,
produzindo indivíduos massificados,
destruindo toda e qualquer individualidade...

Um distúrbio coletivo de personalidade,
criando humanos cada vez mais alienados,
com estilos e pensamentos padronizados,
Impostos por nossa hipócrita sociedade...

Condenando-os a este mar de mediocridade,
onde impera uma absurda falta de criatividade,
aliada a medo, conformismo e incapacidade...

Eu... Tento preservar a minha integridade,
permanecendo fiel a minha própria identidade,
mas isso soa para a maioria como insanidade.

A deusa da perdição

Teu charme é algo indescritível,
é devastador, pura dinamite.
Faz jogo... Sua beleza lhe permite;
demonstrando um cinismo terrível.

Ela se diverte por ser irresistível,
sou mais uma presa fácil... Acredite!
Personificação de afrodite,
cai em sua armadilha invisível...

Frente a ti, eu só penso em sexo...
A ponto de me tornar outro se te vejo,
fato natural, nada há de complexo.

É a força ódica do desejo,
me perco em atitudes sem nexo,
e tudo começou em um simples beijo.

" Linda como ninguém
e eu tive a sorte de te conhecer
de te ver sorrir
quem no mundo que te conhece, ousaria dizer que não sou abençoado
por isso meu amor, quero te desejar toda felicidade possível, que o impossível, teus olhos possam ver e tua alma sentir.
Te amo, te amo e te amo e quero mais...
Por favor,
sejas muito feliz por nós dois...

⁠Nesse 2 de novembro.
A saudade aumenta
A memória aflora
A tristeza não aguenta

Pelo Pai que já partiu
A saudade vai a mil
No coração que já sentiu;
A perda varonil

A certeza que me anima
É o reencontro no céu
Onde Jesus está acima
Com o arcanjo Miguel

Terminando a poesia
Confesso ser a melancolia,
A culpada de tal ato constrangedor
Querendo rimar sentindo dor.

⁠⁠Não fique triste por sentir solitário.
Pois, estrelas habitam
num céu obscuro
E mesmo perante a solidão
As observarmos brilharem
Dentre sua própria luminosidade.

⁠Asas de fada têm purpurina

Roupas de elfo também

Brilho e magia é comigo mesma

Espera só, também eu quero cintilar

Nunca falta em meu dia

Um tanto de alegria e encantamento

Que nunca fizeram mal a ninguém...

Venham os seres da floresta

Todos, todas, enfim

Bailemos juntos na vida

Sentindo a brisa,a lua, a flor, o capim

Brilhos, brilhantes, purpurina em quantidade

Brincaremos de manhã, a noite ou a tarde

Eu, as fadas e elfos não temos juízo nem idade.

⁠Aeronaves
Somos aeronaves.
Estamos voando.
Com nossas idéias até o céu.
O terreno tem seus limites.
Mas o céu não.
Nossos sonhos podem subir até alturas.
Podemos elevar voos gigantes ao infinito.
Podemos nos sentir livres com asas.
Também podemos nos sentir limitados em terra.
É necessário ter sabedoria no controle.
Para levantar voos e pousar bem.
Não estamos voando sozinhos.
Sempre há uma tripulação em nossa aeronave.
E outras aeronaves no espaço aéreo.
Que voam livremente e precisam saber pousar.

⁠Soneto à maneira de Camões

Esperança e desespero de alimento
Me servem neste dia em que te espero
E já não sei se quero ou se não quero
Tão longe de razões é meu tormento.

Mas como usar amor de entendimento?
Daquilo que te peço desespero
Ainda que mo dês - pois o que eu quero
Ninguém o dá senão por um momento.

Mas como és belo, amor, de não durares,
De ser tão breve e fundo o teu engano,
E de eu te possuir sem tu te dares.

Amor perfeito dado a um ser humano:
Também morre o florir de mil pomares
E se quebram as ondas no oceano.

⁠Verdejar de uma esperança.
A paciência de quem espera.
O realizar de uma quimera.
Quem age sempre alcança.

⁠Ciclo sem fim (versão 2)
Vem primavera,
Mostre suas pétalas,
Como sonhos,
Deixe-os voar,
Folhas coloridas que nascem,
Como lagartas que secam,
Dando seu lugar,
Como esperança,
Tem sempre que regar,
Deixe-os voar,
É o ciclo sem fim,
Novas vidas em novas pétalas,
Novas ideias em novas formas,
Acontece a todas hora,
Nada se repete,
Tudo se completa,
É o ciclo sem fim.

Tem gente que só faz conta
e a contar não canta...
Tão pouco, se encanta.
Vive do dia a perder os créditos
e no seu findar,
a lamentar seus débitos.
Pobre alma que apenas
recorda as sementes sufocadas
em seus dias gris.
Não estar a viver
o seu grande presente,
este momento
que é o agora,
que foi embora
e sequer viu...⁠

⁠Vampiros

Somos vampiros sedentos
Uma sede irracional
Uma sede imoral
Sede que esgota a alma
Sede que seca a vida
Sede que destrói tudo
Quando saciados, não sentimos sede, até que, rapidamente, sentimos sede de sede
Então, seguimos vampirizando
Sugando tudo até que não reste uma gota
De atenção
De admiração
De respeito
De tudo que queremos do outro
E com isso nos revelamos, vampiros, viciados.

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