Um Estranho Impar Poesia

Cerca de 265684 frases e pensamentos: Um Estranho Impar Poesia

Apenas um verso de amor...

Olhei-te profundamente
Nada falei... Já não existem palavras que eu possa dizer...
As cinzas da tarde partem este coração que arde...
Sou apenas uma sinfonia ou uma gaivota concisa
Que trás no peito apenas esta paixão silenciosa...
E assim vou tatuando teu nome no céu azul...

Arremetendo cativa do voejo na mais intensa altitude
Mas sempre volto para viver onde as gaivotas têm seus ninhos...

Hoje acordei qual um sonhador...
Fazendo da minha manhã um verso de amor!

Inserida por celinavasques

Naufrágio

De fato a outro pertence
Teu pensamento, teu corpo,
Mas um dia, diante do naufrágio
Do teu amor, teu coração e
Tua alma por certo serão meus.
Então irei hastear a bandeira,
Não da vitória, nem da glória,
Mas da felicidade, por virdes me
Resgatar desse mar chamado
Solidão a que mergulhei
Em terra firme.

Inserida por leandromacielcortes

A vida é um sopro, um piscar de olhos. Na bagagem, o que vale a pena, que seja leda. Pois de todos os ais, só o amor será moeda...
Nada mais!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto de perda

A perda é igual ao um fio de navalha
fende-se num leve resvalo do destino
que engole a alma num apetite ferino
no alto e baixo de uma eterna batalha

Nos testilha, pouco a pouco, sem tino
como o fogo atiçado a uma seca palha
espalhando desnorteada e vil bandalha
no peito amargo duma saudade a pino

Inquieto e silente sempre é o término
num drama ao desalento se espalha
tornando séquito no avivar matutino

O tal estrago é uma senhora canalha
que faz ao poeta um poetar pequenino
e dor que da alegria não resta migalha

Luciano Spagnol
08/06/2016, 05'05"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O coração é um ser que também chora
que põe o suspiro a escorrer pela face
prensa o sufoco no peito num repasse
e quando encontra a solidão, tudo piora

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Encantamento

O tempo cá no cerrado
me fez um bom aprendizado

tudo veloz passava
no meu eu versado
assim, pude apreciar onde estava
e na saudade fui encantado.

E eu nem imaginava...

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

De quantos gabos dá-se pro Goiás
Fez um cerrado diverso e tortuoso
Dum por do sol, cenário fabuloso
De rica beleza, aos olhos satisfaz

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O AMOR

Fui um dia, mais que um diverso instante
Devaneei e nem se quer por ele eu tinha
Inspiração ou na estrofe qualquer linha
Para mergulhar na poesia emocionante

Por ele sem sequer saber, sofrer eu vinha
Nas estórias de imensa angústia cruciante
E seria envolvido em trama vil e delirante
Na inquieta nuance da desventura minha

Andei correto e fiel sem ser redundante
Me inspirou versos de dia e de noitinha
E mesmo assim, a solidão foi triunfante

No poetar espalhou como erva daninha
Contaminou as rimas, se fez importante
Ah! O amor, tê-lo é tal cigana adivinha

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Corpo

Minha mente vaga no vazio
Quase me perco, por um fio...
Meu corpo sente frio,
enquanto me nego a acender o pavio.

Minha cabeça está confusa,
e você me usa e abusa
Minha alma está perdida,
ou talvez, partida.

Ando tão cansado
Mas de quê?
Me sinto um derrotado
Talvez eu não deva me apegar a você.

Inserida por Yanh0pe

SONETO EM RETIRO

Quem dera, a saudade, que agora sinto
Da ausência de um alguém, fosse ilusão
E a mim e de mim apenas uma invenção
Eu seria no fado felizardo, e não absinto

Quem dera, este poema falasse de paixão
E fosse correspondido neste amor faminto
Pra cochichar doces versos que pressinto
E só pensa em você, e só pra ti faz menção

Mas a realidade é que estás na distância
E a solidão comigo veio num oferecido
Me sufocando nesta saudade em questão

Mesmo para ti eu não ter mais importância
Serei sempre um devoto e comprometido
Por ti... Pois este amor vai além da razão.

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Mais um dia onde sonhos, esperanças e surpresas já não me acompanham o imortal sono e frustrado despertar. Nada mais excita, surpreende os humanos são, apesar dos séculos os mesmos que desfilavam outrora: vaidades, torpezas, frivolidades e crueldade! Sempre foi divertido caçá-los e extinguir vidas tão desnecessárias; absorver o doce licor de suas pulsantes veias, saborear o apagar do brilho de seus olhos... Porém, assim como seco suas veias e descarto o corruptível corpo, os séculos drenaram minha ansiedade e a sede já não se satisfaz! A insatisfação e monotonia de todo esse tempo passado e, àqueles que sucederão, me enchem de tédio e anorexia. Nada, ninguém que valha o esforço, a atenção, o cuidado... a chamar atenção real, para saborear aquele rubro e quente derramar de vida! Então, um riso meigo e olhar gentil aguça meu desejo e arde minha sede... alvíssima pele em roliço e macio pescoço de jovem vendedora de flores, Em seus longos e ruivos cabelos resquícios de minúsculas flores brancas qual grinalda de prometida noiva... nas veias o sangue em rápida e enlouquecedora marcha! Enfim sinto a ânsia retornar e crescer a tal ponto de não suportar perdê-la. Preciso de sua essência dentro de mim revigorando-me, alimentando-me! Alguém compra-lhe as flores enquanto eu aguardo nas sombras aquele instante perfeito onde a caça cai nas garras do caçador, um momento único de união perpétua. Ao findar seu estoque retira-se satisfeita à caminho de casa. Acompanho seus movimentos sinuosos ardendo em chamas de loucura! Num instante arrebato-a para afastado jardim e entre os arbustos sugo o sangue tão avidamente desejado e necessário ao refazimento de minha personalidade carcomida. Seu macio e perfumado cabelo ruivo tinge-se do rubro de seu sangue enquanto viajo no sabor único de sua vitalidade enchendo-me à luz de indefinível luar.

Ariadne

Inserida por AriadneLaTerza

Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cerveja
Vem ser, me veja
Que eu quero lhe amar

Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cachaça
Graça acha
Se eu quero lhe amar

Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de uísque
Me Leminski
Eu quero lhe amar

Se em suas mãos
Restou o vazio
O coração frio
O escuro calado
Que nem o silêncio fala
É nessa hora, que eu vou
Lhe amar.

Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga

Inserida por sejaamodaantiga

A vírgula
Não é o ponto
E o ponto
Não é a vírgula

Cada um
Com a sua função
Mas mesmo assim
Conseguem trabalhar juntos
Como ponto e vírgula

Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga

Inserida por sejaamodaantiga

Diante de um lugar no passado,
a saudade é lágrima num brado...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O que sei de caos?

O que sei de caos?
Quase tudo,
tenho um coração quebrado
e uma alma em farrapos
eu sou humano.

O que sei de caos?
Quase tudo,
pois quem inventou o amor
se esqueceu de avisar
sobre o engano.

O que sei de caos?
Quase tudo,
pois quem inventou a esperança
esqueceu de falar
do desengano.

O que sei de caos?
Quase tudo,
pois quem inventou a fé,
se esqueceu de avisar
do caos humano.

O que sei de caos?
Quase tudo,
tenho um coração quebrado
e uma alma em farrapos
eu sou humano.

O que sei de caos?
Quase tudo,
pois que ensinou sobre a paz
se esqueceu de explicar
a razão e a necessidade
da guera...
Evan do Carmo 09/07/2016

Inserida por EvandoCarmo

UM DIA ACABA

Vivia transbordando
Assim era nos bons tempos
Transbordando.

Rabiscando toda uma folha
Explorando os cantos mais absurdos
Enquanto flutuava em uma bolha.

Buscando o dia
Glorioso e imortal
Entre versos e poesias.

Sorria recitando o amor
Transbordando mares de letras
Cachoeiras inteiras de amor.

Só pra mostrar quem sou
Me fiz poesia
Que no fim da história se acabou.

Assim como as folhas, canetas e versos
A fonte secou.

Inserida por GabrieldeSantana

PROCURO POR UM POETA

Fui, sou, ainda irei
Ser um bom poema
Uma rima atravessada no seu verso.

Eu fui
Eu sou
Eu serei.

Um bloco de notas cheio
Cheio de rascunhos esperando um leitor
Disposto a me aceitar em seu leito.

Leia-me
Sinta-me
Reescreva-me.

Seja a mão correta
Me transcreva com outras palavras
Seja meu poeta.

Inserida por GabrieldeSantana

SONETO SOLENE

Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez

Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida
pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez.
Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês
ano a ano e outro ano a recordação parida

Da saudade filial, que dói numa dor doída
de renovação amarga e de vil insipidez
que renasce na gelada ausência sofrida

No continuar, o vazio, traz pra alma nudez
chorada na recordação jamais esquecida...
Neste soneto solene: - a bênção outra vez!

Luciano Spagnol
julho, 2016
Cerrado goiano
Um ano de morte de meu pai.

Inserida por LucianoSpagnol

Ah,sério que você agora decidiu se fechar?
Só porque se apaixonou por um
Carinha que não valia nada?
O amor foge de quem generaliza,
De Quem não entende que todo
Ser humano é único.
Eu sei,você sofreu um bocado, mas
é o preço que se apaga quando
Nos apaixonamos por uma idealização.
Abre esse peito,tem tanto amor ai,
E tanta gente que vale a pena ser amada
Ainda.
Basta você começar a diferenciar quem
Vale a pena,de quem não vale nada.

Inserida por NathallyeCosta

Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol