Um dia a Gente se Conheceu

Cerca de 413384 frases e pensamentos: Um dia a Gente se Conheceu

Recolher-me-ei à leitura de um bom livro. Debruçar-me-ei sobre os parágrafos que, quem sabe, far-me-ão a companhia que me é escassa. Mas as páginas não possuem teu cheiro, nem teu calor, tão pouco, far-me-ão aqueles carinhos que, sabes, adoroooo!!!

E se a vida lhe pedir um sorriso ,sorria!

Reflexos inversos, pedaços de uma mesmo ser que se separaram e se modificaram. Um tanto frieza, outro tanto humanidade. Separados por diferenças pequenas, de silêncios e espaço. Presos à uma espécie de jogo, de teia, de… Sentimento. Não, sentimento não é palavra, ou talvez seja, mas ela precisa de um eufemismo antes de se colocar no meio deles. Tudo é eufemismo. Nada também. Tudo é sarcasmo, ironia e quiçá apego… Tudo é uma mistura tão louca que pode chegar o momento que algum dos reflexos se apague, que algum dos espelhos se quebre e tudo volte a ser uma coisa só. Isolada e sem par, como antes.

Cada um deve tomar para si a incumbência de pescar em seu íntimo suas imperfeições, de forma consciente, para que o mundo, através da melhoria individual transforme-se em um Reino de Luz.

Quem sabe eu ainda sou criança
Ou um velho eu não sei
Quem sabe eu já entrei na dança
Quem sabe eu não dancei

Quem sabe eu não saiba nada
Ou saiba tudo que eu não sei
Quem sabe a hora está errada
Ou há horas já errei

Talvez eu deixe você escolher
Quem saiba eu ainda perca por aqui
Às vezes quero tudo que sonhei
Às vezes o que eu quero é desistir

Pedaços de papel rasgado
Em cima da mesa de um bar
Não fume, não beba, não viva,
Não pense em sonhar

Pedaços de um coração partido
Em frente a varias cartas de amor
Não chore, não ligue, não volte,
Não ouse me amar

Milhas e milhas eu fui percorrer
Por milhas eu não soube aonde ir
Às vezes não espero me encontrar
Talvez um dia eu te encontre por aí

Talvez eu deixe você escolher
Quem saiba eu me perca por aqui
Às vezes quero tudo que sonhei
Às vezes o que eu quero é desistir

Milhas e milhas eu fui percorrer
Por milhas eu não soube aonde ir
Às vezes não espero me encontrar
Talvez um dia eu te encontre por aí

Ah! eu sinto muito blues

Para todo fim um recomeço, e de recomeço a recomeços um novo desejo ou os mesmos porem mais maduros, outras mudanças e mais mudanças para no final continuarmos sendo os mesmo, mas sempre com a cálida pergunta: Eu vou conseguir?

PROCURA- um tigre:
de olhar terno sedutor!
De palavras doces porem envenenadas

procura-se um tigre:com garras afiadas que dilacera a alma
que se faz infinito, mas é fugaz.
com um coração volúvel,e de alma bandoleiro.

Deixar os outros com fome
Deixe um resto de néctar nos lábios. O desejo é a medida da estima. É bom aliviar a sede física, mas não saciá-la: o bom, se é pouco, é bom duas vezes. Perde-se muito na segunda vez. As grandes doses de agrado são perigosas porque levam a se desprezar a mais eterna superioridade. A única regra para agradar é pegar o apetite com fome. Um desejo impaciente é mais estimulante do que se fartar de prazer. Uma felicidade difícil de se conseguir é desfrutada em dobro.

Como pode alguém viver com um mundo interior tão machucado? Não dá.

Cada passo, por menor que seja, você deixa algo para trás, seja um grão de areia, seja uma cidade inteira"

Sinto um vazio que dói profundamente. Sinto uma dor angustiante e sufocante. Sinto vontade de pedir socorro. Sinto vontade de pedir ajuda e consolo. Sinto vontade de ter um ombro amigo para chorar e um abraço apertado para confortar. Sinto vontade de que alguém possa me amar.

Pessoas mentirosas

É melhor abraçar um tigre faminto do que morar junto com uma pessoa mentirosa, porque a mentira, proferida pela boca do covarde, é pior que a picada da serpente venenosa.

"Dentro de mim aparece às vezes,
uma mulher que me vive em segredo,
Um ser estranho que até tenho medo,
Que algum dia me expulse de mim."

Li certa vez um texto de Carlos Drummond de Andrade que falava sobre o encerramento de um ano para o início de 365 novas oportunidades. Que a pessoa que inventou essa divisão do tempo em períodos de anos era um gênio, pois assim conseguimos parar e avaliar o que fizemos e deixamos de fazer, e renovar as promessas para o ano que está para chegar. É como se fosse possível sair daquela rotina diária e contemplar os efeitos dessa época de festas.... Ficamos mais felizes. Com os sorrisos das crianças, com o brilho nos olhos daqueles que traçaram seus projetos. Se prestar bem atenção, verá a "terra respirar". Você pode ser o que quiser, mas para isso é preciso saber quem você é. É necessário limpar as gavetas, seja dos armários, do coração, da alma... Carregamos coisas inúteis que ocupam espaço imprescindível para viver a vida. Então, aproveitando essa época de festas, desejo que renovem o ser, que tenham sonhos possíveis de realizar, que a saúde infecte a todos sem clemência, que a paz reine em seus espírito, que sejam abençoados com a sabedoria Divina, e que a felicidade seja sempre uma constante em suas vidas... Boas festas!

Moderação no julgar

Cada um pensa conforme lhe convém e apresenta razões para suas caprichosas opiniões. A maior parte dos homens põe a paixão na frente do juízo. Quando duas pessoas sustentam posições contrarias, cada uma pensa ter razão. Mas a razão é fiel e não tem duas caras. O sábio deve agir com cautela em assuntos tão delicados, e sua própria dúvida irá corrigir o julgamento inicial sobre o comportamento alheio. Ao se colocar no lugar do outro e examinar seus motivos, não condenará nem se justificará tão cegamente.

O amor não morre com um golpe....mas pode entrar em coma...

Todo o amor que ela possuia, vendido, deixada com um corte na garganta

É incrível como os coveiros estão mais rigorosos. Pedi para que um deles enterrasse a minha sogra e ele se recusou. Alegando ser surreal o meu pedido de querer enterra-la viva. Vai entender...

MAIS UMA DO PREFEITO
- Esta cidade jamais será a mesma! – fez uma pausa para um caquiado ( O dele era levar a mão à orelha e aperta-la nervosamente num movimento automático),e continuou – consegui fazendo das fraquezas forças, junto ao Deputado Bebeto, a solução para por fim ao desemprego e a falta de dinheiro da nossa cidade.
Qualquer palavra que era dirigida ao povo, o nome do deputado Bebeto sempre aparecia.
Dona Bernadete, ajeitou-se melhor na cadeira, apurou os ouvidos enquanto procurava lentamente encaixar os pés dentro da sandália, e resmungou:
- Ô prefeitinho doido! O que será dessa vez?
Era sempre assim. Toda ideia nova, ele convocava o povo à praça . Defeitos ele os tinha, porém, ninguém de sã consciência negaria a sua vontade incansável em trazer melhorias financeiras para seu município ( O FPM ainda não havia chegado por lá). Dona Bernadete o conhecia desde garotinho. Por vezes era meio atrapalhado, mas, existe bom sem defeito? E já que o povo havia votado nele,que fosse. Melhor do que um de fora!
A casa de Dona Bernadete estava fincada bem no meio da ladeira da praia. A calçada era alta e de degraus, servindo de posto de observação para seus olhinhos curiosos. De lá, dava uma vista direta para a praça. Quisesse encontra-la, passasse por lá depois de quatro da tarde. Hora não tinha para se recolher à cama, e até mesmo o café com bejú era saboreado lá mesmo.
- Senhores, na próxima semana as máquinas estarão chegando! E a própria técnica irá treinar e ensinar a usá-la.
Naquele momento ele estava orgulhosamente expondo sobre a fábrica de fazer sorvetes e picolés em grande quantidade. Se a cidade era praieira, e tinha vocação para turismo, por que não aproveitar a oportunidade?
- A manhã logo cedo começam as inscrições, vocês podem ir na prefeitura levando o título e uma foto 3X4.
Como era de se esperar, o povo aplaudiu estrondosamente o prefeito de ideias tão brilhantes. A temporada de praia começaria em um mês,e, esse seria o tempo de treinar,se uniformizar e correr à praia vendendo picolés e sorvetes!
E o tão esperado dia da redenção financeira e consequentemente,de abertura do verão, chegou. O palco à beira do rio, pomposo, imponente, denotava a expectativa para o evento. Fogos de artifícios e uma banda, trazida especialmente, já iniciava a programação musical. Dois ônibus e número satisfatório de carros particulares repletos de crianças com suas algazarras, desfilavam ladeira abaixo rumo à praia.Dos dois mil moradores, mais de quatrocentos haviam dito sim ao comércio de picolés e sorvetes ( praticamente, uma pessoa representando uma família). Agora, animadamente, percorrem a orla jardinada da praia, os becos, o centro da cidade, comercializando os deliciosos, produtos doces.
Nunca houvera primeiro dia tão rico e esperançoso. Toda a produção da fábrica vendida antes mesmo das cinco da tarde. Semblantes alegres, noite de comemoração, até o prefeito fez questão de se misturar ao povo com sorriso largo de quem havia resolvido de vez todo e qualquer problema concernente a finanças da comunidade. Até dona Benta, que quase sempre ficava com o pé atrás com as ideias inovadoras do prefeito, curvara-se, e estava eufórica. O que a fez abaixar a guarda,, foi a alegria do neto que a estas horas já desfilava e gastava o lucro dos picolés nas lanchonetes do centro.
Tempos atrás, Vô Léo, pescador veterano e conhecedor das correntezas e de todas as espécies de peixes do rio Tocantins, pedira uma audiência com o prefeito. Este , disse que concedia, mas que fosse conversa informal à noitinha na sua casa.
- Entre homem de Deus! – convidou o prefeito.
- Carece não seu Dionízio, podemos conversar aqui fora mesmo, as botas com barro vão sujar sua cerâmica.
O prefeito concordou e os dois sentaram-se ali mesmo no terraço de fora.
-Desembucha Vô Léo .
-Senhor prefeito, você sabe que conheço essas bandas como ninguém, e descendo a última curva nas terras de seu Olegário, vi que um cardume de branquinhas, tamanho jamais visto, está subindo o rio, e , o mais tardar, amanhã a noite passa por aqui.
- E o que tenho eu com isso? – sorriu o prefeito de soslaio , enquanto mexia o corpo com seu caquiado.
- Prefeito, o senhor bem que podia doar umas tarrafas novas pra nossa colônia, pois as que temos estão furadas e os remendos já não resolvem. Na verdade nem valem à pena serem consertados . Com tarrafas novas poderemos ganhar uns trocados a mais e até vender os peixes mais baratos.
Terminada a conversa, o prefeito Dionízio prometeu a vô Léo ajuda nas tarrafas. Mas a noite, matutando as ideias, chegou-lhe à mente apurada de político, que poderia tirar proveito daquela situação. Se a colônia de pescadores era composta por quatro pescadores, garantidos estavam apenas quatro votos, e se estendesse a doação de tarrafas a mais pessoas?
Contactado na manhã seguinte, o dono do único armazém que vendia tarrafas, garantiu que não faltariam as mercadorias mesmo que tivesse que mandar comprar fora. Não se pode sorrir adiantadamente, por que a vida nos prega peças senhores. Acontece, que correu de boca em boca essas notícias. Primeiro, que passaria um cardume nunca visto de peixes com local e data marcada. Segundo, que o prefeito havia autorizado a entrega de tarrafas a quem levasse título e foto.
Primeiro resultado: Prefeito Dionízio teve que arcar com o pagamento de 150 tarrafas novas. Segundo resultado: Carros-de-mão cheios de branquinhas, cambitos repletos de branquinhas, bancas da feira, também com branquinhas. Ninguém mais conseguiu vender peixes. Sacos e mais sacos até a tampa de branquinhas despejados nos terrenos baldios da cidade, gerando mau cheiro. Alguns moradores chegavam a afirmar que estavam doentes devido ao consumo exagerado de branquinhas no almoço e no jantar. Terceiro resultado: A colônia entrou na justiça processando o prefeito e exigindo cesta básica , como indenização pelos prejuízos com a pesca sem comprador.
Voltando ao picolé. Segundo domingo de temporada de praia. Carros de picolés e sorvetes espalhados estrategicamente pela cidade. Meio dia e nada de ônibus de caravanas, nada de carros particulares. O pior, é que parecia que a cidade toda estava a vender o mesmo produto. O jeito era chupar e saborear as próprias mercadorias naquele domingo, e, aguardar dia melhor na outra semana. Mas repetiu-se a tragédia. Expectativas frustradas, mentes desoladas e isso durou até o fim da temporada.
Não se viu mais o prefeito Dionízio pela cidade. Se algum eleitor se dirigia até a prefeitura para tomar satisfação pelo acontecido, encontrava apenas, sob sua foto majestosa e sorridente, um cartaz escrito assim: “ Prefeito viajando pra capital em busca de novos convênios para o povo”.

És uma morena bela
Pode qualquer um encantar
Compara-se a uma linda donzela
Que seu príncipe quer sempre amar.