Triste e Desespero
Vendo o desespero dela, ele disse:
- Me abrace forte querida, tenha coragem, a vida é imensa, meu amor por você é indimensionável, nada nesse mundo ou em outro, será capaz de nos separar."
O que é isso que sinto em meu ser ? que sentimento inefável é esse ? por que estou triste e é difícil chorar ?
Não se desespere com o fracasso de hoje, pois a cada nascer do sol,
renasce a renovada possibilidade de um novo fracasso.
A mágoa dói, machuca, corrói por dentro, o desespero toma, dá vontade de sumir, ninguém percebe, ninguém vê, mais mesmo assim um sorriso sai estampado na face.
Venha comigo, chore comigo, se entregue para a dor, sinta o desespero, se afogue no rancor, não tente fugir, só aceite que se perdeu.
Nas asas da dor me acolhi
Busquei o calor da desesperança
Não pude nem olhar para trás
Era tudo escuro, vazio, sem forma
Refiz-me onde prometi nunca chegar
Caminho sem volta era o que me aguardava
Hoje eu colho e como os frutos da minha fraqueza
E nem passado nem futuro me agradam mais
Dor, apenas dor...
Quem se importará com os teus gritos estridentes e aflitos se você se desesperar? Quando você está sozinha quem sem interesse egoísta vem te procurar? Quando você está com medo ou agonia com quem você pode conversar? Se você chorar quem vai tentar fazer você sorrir? Quando você partir quem cuidará das flores deste pequeno jardim onde em momentos sonhadores você tanto zelou? Quantos sonhos você realizou?! Quando?... Quando foi que você acordou?!... Quem cuidará da tua casa se acaso você precisar estar ausente?... E se de repente você ficar doente quem vai esperar você voltar... olhando lá para fora... contando as horas achando que você demora a retornar!... Quando você precisou quem lhe disse sim e quem lhe disse não?... Quem segura as tuas mãos quando termina o dia e cai sobre os teus ombros todo o peso do mundo levando embora toda a tua ilusão?... Quem?!
Melancolia
És linda triste,
Ainda que insiste
A me fazer deprimir,
Reter o meu sorrir!
A pensar me fazer
Que amar é morrer
De desgosto e decepção,
Sem gosto para a paixão
Que nos dilacera o peito
Como uma fera tem feito!
Amarga melancolia,
Larga de apatia,
Longa de temores,
Prolonga as dores
Que em meu seio tenho
E os anseios que venho
Tentando superar,
Procurando achar
Sozinho sem sorrir,
Caminho a se seguir!
Bela tua tristeza;
Singela natureza
De madrugadas insones,
Transformadas em ciclones
De sentimento e emoção
De dentro do meu coração
Pesaroso e sombrio ―
Amoroso, mas frio!
Destrói-me; faz-me chorar!
Corrói-me; traz-me um ar
Pesado sobre a minha mente,
De enfado, e a encobre totalmente,
Desejando tão somente a morte,
Deixando de ser quente e forte!
O riso se transforma em pranto!
Um sorriso se forma no canto
Do rosto, todo ele amarelado
De desgosto do modo levado
Que tenho vivido minha vida!
No cenho abatido, linhas doridas
Tão cedo trazidas de mordaz sentimento!
Coração ledo na lida, mas sem mais alento!
Melancolia que me toma, fazendo triste
Melodia que se forma sendo que inexiste
Agora em mim, esse terrível sentimento!
Hora do fim, desse sensível esgotamento.
Desespero Da Coroa
O liquido pungente chama
Sutilmente instiga o paciente
Ele obscurecera seus sentidos também
Pois é seu objetivo natural
Um dever que só o pertence
Peculiar, sua maneira e desejos são únicos
Ideais não te salvarão de sua cortina sedutora
Assim como agora me encontro, preso no seu dilema.
As visões atormentam consciência plena
Zombando de mim, a coroa deseja controle
Essência possessa é seu esqueleto, ofuscando significado grotesco
Aproveitando de meu reinado padecido em desprezo próprio
Corpo e alma permanecem intocados pelo júbilo nada comum
Alastrando, a doença é querida como roguei
Afogando crentes e descrentes em seu poder avassalador
O ouvir de dissonantes vozes em bramidos de ajuda
No jardim rasteiro, provendo a desesperada crença na cura
Pairando ramos venenosos sob vida, impedido de germinar
Há tempos insondáveis a noite rubra dominou a mente
A vontade não salvará o todo do perverso atraente
Regozijamos despreocupados do conteúdo latente
Crédulos, na tentativa inútil de renascer, nos vimos perdidos
Nascidos do pó cinzento, nossa salvação são gotas da coroa
Ó amargas gotas que bebo
Purificante da iniquidade incorpórea
Solva-me ao longo sono
Convoca-me em teu âmbito poderoso
Dando descanso aos meus olhos desfigurados
Põe descanso espectral sob meu fulminante ser
E reacenda minha vida na nova chama vindoura do carmim.
Desesperançada
Hoje é fácil, para ti, apontar o dedo.
Mostrar ao mundo todo o que em mim é puro segredo.
Minh´alma chora.
Em nada mais encontra paz... em nada mais tem alegria.
Sou escravo de mim mesmo.
Mandado para degredo.
Aqui estou eu preso em grilhões.
Ninguém é culpado se o mundo
me tirou a esperança
Se as pérolas espalhadas por aí já não me traduzem mais emoções.
Existem situações tão tristes e estressantes em que ansiamos nos refugiar em algum canto, mesmo um banheiro e damos graças a Deus se tiver uma toalha para sufocar nossas lágrimas e o grito desesperado que sai da garganta.
Cicatrizes do Silêncio
Nas madrugadas frias do desespero,
Ouço o eco de um amor que se foi,
Seu nome, uma cicatriz em minha alma,
Um sussurro que se apaga na escuridão.
Os dias que se arrastam, vazios e pálidos,
São fantasmas que dançam na penumbra,
Cada lembrança, um espinho cravado,
Na carne frágil do meu coração partido.
Garrafas vazias espalhadas pelo chão,
Refletem meu olhar, perdido e turvo,
Bebi cada gota do esquecimento,
Mas o sabor amargo do fracasso persiste.
Teus olhos, faróis que se apagaram,
Na tempestade do nosso fracasso,
E agora, apenas sombras restam,
Do que um dia chamamos de "nós".
Páginas perdidas de um livro inacabado,
Rabiscadas com palavras de dor,
São tudo o que resta deste amor morto,
Enterrado fundo em minha alma solitária.
Momentos infelizes, repetidos em loop,
Como um filme de terror sem fim,
E a morte do amor, lenta e cruel,
Desfazendo a última fagulha de esperança.
Queria poder gritar teu nome ao vento,
E pedir ao tempo que volte atrás,
Mas sou apenas um náufrago, perdido,
Nas águas turbulentas da saudade.
E assim sigo, carregando o peso,
De um amor que se tornou poeira,
Nas mãos trêmulas do destino,
Escrevo nossas despedidas, em lágrimas.
Desesperança
Destemperança
Desassossego
Desaconchego
Mas eu me sinto bem.
A falta do meu pai
A bolsa de Xangai
O grito no sussurro
Ler Dom Casmurro
Eu me sinto bem.
A força do vento
O peso do tempo
As águas de março
A sobra de espaço
Mas me sinto bem.
O Furacão Milton
A Morte do Ilton
A cólera da vida
A cicatriz e a ferida
Me sinto bem.
A falta de certeza
Os ritos de beleza
O triângulo da tristeza
O fim da natureza
Me sinto bem.
Apesar dos pesares
Da fúrias dos mares
Da queda dos pilares
Do incidente em Antares
Ainda me sinto bem.
Contraste da tristeza atual com as alegrias vindouras.
Quanto aqui na terra, neste plano secular e aterrador cheio de injustiça...
Deus resolveu me massacrar, e colocar minha face em constante tristeza...
Não sei se só comigo, mais uma coisa sei, muitos que estão deitados e dormem felizes, mais eu em meu leito, dificilmente consigo fazer isso...
O Senhor Resolveu descarregar um pouco de sua taça de ira sobre meu calcanhar, e despiu meu rosto da alegria que se repousa nos jovens de minha idade...
Mais minha justiça, não tardará, e ele mesmo encherá de alegria meu rosto na eternidade e enxugará todas as minhas lágrimas...
Afinal nem essa alegria de Cristo agora o tenho comigo, de me alegrar em lágrimas...
Pois a verdadeira alegria me foi vetada e em exílio voltei para meu leito, remoendo-me de tristeza, e nada poder falar, pois o criador do mundo, não me permitiu descarregar meu rancor, antes aos que me aborreciam...
Que aborobeira ardilosa essa... que trepadeira selvagem em minha cabeça...
Não me deste e nem me tiraste...
Ô Satanás das trevas, porque não escolheste o Burro ao invés da serpente..
Quem sofre as consequências sou eu e o povo que adora a Cristo Jesus...
E Cristo pagou minha fiança para eternidade, mais até lá minha face não sai do estado de tristeza constante para minha mais tristeza ainda, me foi dado conhecer a maioria dos sofrimentosna terra ... Não conhecer disso me deixaria mais feliz e mais leve, menos amargo e mais tenro...
Oro a Deus e nada acontece o que me resta é a paciência até o julgamento dos meus terríveis pecados e quem me defenderá desta injúria...
A não ser o Príncipe da paz a saber Jesus Cristo.
O Rei da glória que me permitiu tristeza neste mundo, para me encher de alegria abundante no vindouro...
A saber no Reino celestial na Nova Jerusalém feita pelas mãos de nosso Rei Jesus, o Cordeiro de Deus.
Poesias Líricas ao Rei Jesus
