Triste e Desespero
Viva e contemple a miséria
Viva e prove da dor
Sucumba ao desespero
Sinta a fome doer
Sinta o desprazer de está vivo
Se beneficie de promessas
E limite sua existência
Torne-a insignificante
Para almeja o paraíso que tanto prometem
Comtemple quase que imutavelmente
Seu desejo pela morte
E desista graças ao medo.
Manequim
Naturalmente esperançosa
Naturalmente desesperançosa
Lamentavelmente melancólica
Pacientemente sem pressa
Enganadamente no aguardo
Terrificamente dialética
Surpreendentemente útil
Explicitamente chorosa
Densamente tristonha
Caladamente gritante
Curiosamente forte
Vitoriosamente tenra
Tardiamente estudando
Saudosamente suportando
Cuidadosamente ponderando
Normalmente arrependendo
Milagrosamente adormecida
Redencialmente tentando
Desesperadamente ansiando
Inevitavelmente aqui
Correndo desesperadamente, atrás do caminho que lhe traga sentido sobre a vida. Pois, meus olhos não vêem mais colorido e sumiu a vontade de naufragar pelos mares deste mundo. Jogue-me em correntezas mais profundas e livrai-me desse sentimento sem gosto algum.
Exija algo de sua mente nos momentos mais tristes e desanimadores. Quando ela se mantem ocupada, as portas de entrada para amargura e infelicidade se fecham.
Gosto de viver. Por vezes, senti-me loucamente desesperada e sofri desgostos brutais, fui destroçada pela tristeza, mas, em meio a tudo isso, ainda tenho certeza de que o simples fato de estar viva é algo grandioso.
Não se desespere com o fracasso de hoje, pois a cada nascer do sol,
renasce a renovada possibilidade de um novo fracasso.
Nas asas da dor me acolhi
Busquei o calor da desesperança
Não pude nem olhar para trás
Era tudo escuro, vazio, sem forma
Refiz-me onde prometi nunca chegar
Caminho sem volta era o que me aguardava
Hoje eu colho e como os frutos da minha fraqueza
E nem passado nem futuro me agradam mais
Dor, apenas dor...
Venha comigo, chore comigo, se entregue para a dor, sinta o desespero, se afogue no rancor, não tente fugir, só aceite que se perdeu.
Vendo o desespero dela, ele disse:
- Me abrace forte querida, tenha coragem, a vida é imensa, meu amor por você é indimensionável, nada nesse mundo ou em outro, será capaz de nos separar."
E lá se vai...
Trago no peito muitos desejos
Tristeza sem fim, de alegria, um tiquin
Trago pouca esperança e muita cegueira
Sentimentos cimentados sem eira nem beira
Trago no peito um mundo inteiro
De dores que já não suporto em mim
Um caís vazio, um deserto sem vento
Um dia que se inicia e nunca tem fim
Trago em mim uma viagem de ida
Sem destino incerto, sem carraspana
Onde aos poucos, me evapora a lucidez
Convencido de que é chegada minha vez
O medo não me tomava, nem me domava
Vigorava em meus olhos um mar sem movimento
Sem lágrimas... sequer um fio de luz a refletir
Como num voo cego, a vida seguiu sem me seguir
Estrela (star)
cicatriz (scar)
tristeza
vergonha
presépio
em Belém
tristeza
vergonha
que cabem
aqui também...
Aqui, as estrelas ou cicatrizes se formaram em cada mulher, homem, jovem ou criança que foi vítima de uma bala que não encontrou um muro.
Melancolia
És linda triste,
Ainda que insiste
A me fazer deprimir,
Reter o meu sorrir!
A pensar me fazer
Que amar é morrer
De desgosto e decepção,
Sem gosto para a paixão
Que nos dilacera o peito
Como uma fera tem feito!
Amarga melancolia,
Larga de apatia,
Longa de temores,
Prolonga as dores
Que em meu seio tenho
E os anseios que venho
Tentando superar,
Procurando achar
Sozinho sem sorrir,
Caminho a se seguir!
Bela tua tristeza;
Singela natureza
De madrugadas insones,
Transformadas em ciclones
De sentimento e emoção
De dentro do meu coração
Pesaroso e sombrio ―
Amoroso, mas frio!
Destrói-me; faz-me chorar!
Corrói-me; traz-me um ar
Pesado sobre a minha mente,
De enfado, e a encobre totalmente,
Desejando tão somente a morte,
Deixando de ser quente e forte!
O riso se transforma em pranto!
Um sorriso se forma no canto
Do rosto, todo ele amarelado
De desgosto do modo levado
Que tenho vivido minha vida!
No cenho abatido, linhas doridas
Tão cedo trazidas de mordaz sentimento!
Coração ledo na lida, mas sem mais alento!
Melancolia que me toma, fazendo triste
Melodia que se forma sendo que inexiste
Agora em mim, esse terrível sentimento!
Hora do fim, desse sensível esgotamento.