Trem
O TREM QUE PASSOU POR AQUI
Passou, primeiramente, o trem...
Logo depois, uma embarcação também
Ousou passar; e passou repleta de fardos banais
De minha vida, levando tudo pro fundo do mar.
Difundindo seu triste ruído insano,
Desponta-se no horizonte
Um impertinente aeroplano...
[todo dissimulado],
Trazendo, outra vez, terríveis fardos
Presenteando minha pobre vida;
E passou depressa,
Mais rápido que um foguete, cortando o céu
Fazendo minh’alma desencontrar guarida.
Passou mais rápido
Que o velho trem, que o pobre barco,
Que famintas águias destras a caçar;
Passou mais rápido que a própria aeronave
Executando voos rasantes pelo ar!...
[Na verdade, um míssil devastador e mui temível]
Ainda, assim, bem menos nefasto
Que as ondas bravias do meu triste mar.
E lançou um fardo pesado em minha vida,
E deixou um rastro marcante, causando ferida...
Um verdadeiro vai-e-vem de homem vencido, alucinado
Embevecido, [e desvairado].
Um pouco de tempo mais tarde,
Um som de interrogação preliminar soou aos meus ouvidos:
“Cadê o trem, o qual por aqui também passou”?
Respondi, escrupulosamente, que o trem só veio aqui
Presentear-me com a paz, a liberdade...
E sanar a minha dor.
AUTOR: Sivaldo Prates Ribeiro
OBS. Poema classificado em concurso literário nacional
(SARAU BRASIL 2017)
Élcio José Martins
ESTAMOS EM VIAGEM
Estamos em viagem. Estamos no trem. Entra passageiro, sai passageiro. O maquinista é exigente. O bilheteiro é chato. O gerente é bravo e pouco cortês. A viagem continua... Novos passageiros, novos gerentes, novos instrutores. Os guardas de plantão não perdoam. A equipe ta tensa, mas a viagem tem que continuar. O preço tá alto. A comida tá cara, quem sabe vai um por fora. Tudo caro e o retorno ruim. O maquinista tá louco da mente, mente. A locomotiva falha, o trem balança, os passageiros se atormentam. Os trilhos velhos, usados, viciados, direcionam a locomotiva por caminhos tortuosos. Sem freio, caminha na direção do caos. Ninguém sabe onde vai parar. Dizem que depois da tempestade vem a bonança. Será? Há luz no fim do túnel. Cadê o túnel, não está ao alcance ainda. Pode haver esperança. À frente o clima pode mudar. Ai, tudo muda, tudo pode se encaixar novamente. Ávidos da felicidade, esperamos um amanhã sem dor e sem vela. A estação pode florir novamente. A ajuda mútua se faz necessária. Com o frio há a necessidade de um aquecer o outro. No calor há a necessidade do distanciamento e da roupa fresca, do banho frio e da bebida gelada. A alegria voltará. Cantaremos novamente. Acreditaremos novamente. Voltará o direito de, quando anoitecer, curtir a beleza das estrelas, dos poemas ao luar e da poesia dos amantes. E a viagem caminha para um destino desconhecido. Que ela seja bela, doce, florida e Calorosa. Cada um viaja na estação de sua preferência. Boa viagem...
Élcio José Martins
BOA NOITE MEUS BONS AMIGOS!!!
O meu trem parou aqui e não quer embarcar nenhum passageiro... Vou ler um livro.
Minha GRATIDÃO pelo carinho e máxima atenção!
Luzes para suas vidas e muitas bençãos , todos os dias e noites!!!
Abraços meus!
Lá vem o trem Maria fumaça passando...
Assim vai passando o tempo...
Como a Maria Fumaça vai ...
No início da viagem é formosa e alegre...
E vai passando o trem...
Os dias vem...
Os sonhos passam...
A vida vai passando...
E tudo vai indo...
A viagem é boa para alguns...
Para outros apenas passa...
Mas passa para todos...
Já vai o trem Maria fumaça...
Onde tudo passa...
Soltando sua fumaça...
Vivendo as horas...
Os minutos e segundos que passa...
Até o final da viagem...
Que também passa...
Autoria: Alcione Alípio
Alguns dizem que nunca amaram, outros que o amor é passageiro vem e vai como os trilhos de um trem...
Eu digo que só se ama uma vez na vida e que estamos
fadados a solidão.
A DAMA CANDIDA:
Ela virá tal qual trem
Que as paralelas trilha
Fugaz, viril como sempre vem
Insana, em sua palidez marmórea brilha
A lápide seu refugio
Epitáfio a própria identidade
Anoite indumentária... Negra qual Vesúvio
Hostil, sem carisma ou piedade
De semblante pálido, olhar galhardo
Ela brada e rir, sem sentir-se vai
E consigo leva seu maior finório sem deixar recado
Qual vento se vai sem deixar vestígios
De volta ao seu “Paraíso” fúnebre
Como se frenesi, te chama ao verdadeiro equilíbrio.
Pra não dizer que não falei da simplicidade.
Pegando o trem das 23:00hs
Vou enquanto ainda é hoje
Aos que ficam deixo meu abraço, meu apreço
Meu nº, meu endereço...
Lembrar que antes da noite e a tarde a amanhã
Que a lua não queima como o sol, ela brilha.
Que não esqueçamos de agradecer o ar, a água e pão.
Saúde saúde saúde é o mesmo que disciplina disciplina disciplina.
Paz e união irmãos
e brindemos a vida! Muita paz que o Mestre Maior é por nós!
O grito...
Sou mais uma passageira
que não deseja embarcar nesse trem.
Sei que tenho hora marcada,
mas antes de partir,
quero andar muito
por outras estradas.
Já viajei por tantos caminhos
e sempre sozinha,
fui levando e fui levada
a compreender o desconhecido.
Fui companhia, amiga, inimiga,
cruzei muitas fronteiras
e busquei outras terras.
Travei guerras dentro de mim
em busca de minha paz.
Devolvi ao mundo,
meus ganhos, minhas perdas,
meus fracassos, minhas lágrimas,
mas também, meu sorriso
que não encontrei mais.
Deixarei sobre o palco
o pouco que restou,
são frações de quase nada
e muitas lições
que não serão tomadas.
Também ficará um grito preso
entre as montanhas escuras
que sempre dormiram,
dentro de mim.
by/erotildes vittoria
Um "trem" chamado amor...
(Nilo Ribeiro)
Hoje eu divaguei,
sua imagem, vislumbrei,
a vida, reverberei,
no trem do amor, viajei
o amor é um trem,
difícil de explicar,
quando o danado vem
o coração quer se embarcar
na estação da vida,
o amor faz a parada,
alguns, sofrem na partida,
outros, alegram na chegada
este "trem" carrega emoção,
transporta a felicidade,
vai lotado de paixão,
volta cheio de saudade
é o trem chamado amor,
que não pode descarrilar,
pois machuca, causa dor
não tem como consertar
seu balançar costumeiro,
faz plec, plec, nos trilhos,
meu coração passageiro
faz tum, tum pelo teu brilho
este trem me leva,
este amor me apossa,
não preciso de reserva,
preciso da tua resposta
é danado este "trem",
é especial sua estação,
tão feliz ele vem
e estaciona no coração
um amor que não tem local,
qualquer cidade é ideal,
pode ser Natal,
quem sabe Blumenau
é um trem bão dimais
amar com toda paixão,
é reencontrar com a paz
que foi perdida na solidão
hoje eu divaguei,
sua imagem, idealizei,
nosso amor, sublimei
enfim, viajei,
por isto poetizei...
Eu era feliz,até o dia em que ele me abandonou.
Vi o trem partir junto com ele,
e as únicas coisas que haviam restado era a saudade e a tristeza dentro do meu peito.
Ele havia me deixado sozinha e aos prantos naquela estação.
Depois de muitos anos continuei voltando àquela estação,
Esperando sua volta.
Enquanto isso,aquela tristeza e amargura continuavam à crescer dentro de mim.
Um dia percebendo que jamais ele voltaria,
Fui em direção daqueles milhares de trilhos e parei,imaginando se ele iria voltar.
Ouvi uma multidão querendo me tirar dali,mas eu não queria sair.
Esperei,até sentir o impacto do trem vindo contra o meu corpo,
Me jogando rapidamente contra todos áqueles trilhos,
Foi quando a minha visão começou a embaçar,
E foi quando eu senti as mãos quentes dele, Sobre as minhas quase frias,e a sua voz macia dizendo que tudo iria ficar bem,
Eu soube que aquilo era verdade no momento em que meus olhos começaram a fechar,
Minha respiração começou a cessar,
E a dor começou a passar.
Então eu silenciosamente pensei:
Bom... o trem partiu,
Ele também,
E naquele momento havia chegado a minha vez de partir.
Sinto uma explosão de alegria imensurável quando eu vejo um negro estudando no trem, indo para sua faculdade, se enchendo daquilo que os brancos não podem nos roubar; conhecimento.
