Toc
Demorou, demorou muito, mas eu aprendi. Aprendi que as pessoas precisam ir para encontrar a paz, aprendi que do outro lado, alguém com muita saudade vai reencontrá-la, alguém que a ama e que ela também ama. Aprendi que o importante não é ter passado todos os dias da sua vida ao lado desta pessoa, mas ter feito o melhor e ter demonstrado todo o seu amor enquanto esteve ao seu lado.
Não fique triste com a partida, fique feliz pelo fato de você ter tido o privilégio de compartilhar momentos e de ter demonstrado neles todo o seu sentimento.
E, não esqueça, demonstre sempre para que as pessoas que você ama, saibam o quanto são especiais em sua vida.
Tá tudo uma grande bosta. Sinto-me cada vez mais entrando numa fossa. Não consigo sair, algo me prende. Peço socorro, ninguém. Minha voz é silenciada pelo barulho da cidade, das motos, dos carros, das vozes que brigam ao meu redor. Me encolho e fico em posição fetal. Passo as noites chorando e os dias dormindo buscando fugir da dor. Me entristeço. Queria um abraço acalorado, mas tudo que encontro pelo caminho são pessoas que me magoam, que se magoam e que magoam os outros. Pessoas egoístas que não aceitam conselhos, nem pensam em consequências. Pessoas que puxam a sardinha pro seu lado, mesmo estando de barriga cheia e o seu vizinho com fome.
Eu quero ir embora, eu não aguento mais ficar aqui. Dói. Me vejo sem saída. Durmo para fugir, mas uma hora eu acordo e todo o pesadelo volta a me assombrar. Um pesadelo real, tocável, doloroso.
Eu já não me sinto bem em nenhum lugar. Meu apartamento é um lugar horrível, triste, me deprime voltar pra lá, aquela rotina, aquelas situações, a vontade de sair de lá é permanente. Minha casa? Meu ninho, meu lar, meu tudo, desmoronou. Cada vez que retorno, arrependo-me, queria sair daqui. O meu amor transcende, mas a minha razão entende que não pertenço mais a este lugar. A casa dos meus avós virou cenário de problemas familiares que me irritam a ponto de evitá-los. O único lugar que ainda consigo ter um pouco de paz é a igreja, no momento antes das dúvidas invadirem meu inconsciente e me fazerem de vítima da distração.
Sinto-me cada vez mais distante dos humanos e suas emoções. Sinto-me tornando mais fria, imune ao seus amores e dores. Começo a ver as pessoas como um problema que está por destruir a eles mesmos. Não entendo. Me irrito. Quero sair deste planeta. É insuportável ver tanta discórdia, tanto egoísmo e tanta falta de empatia.
Tá doendo, entende?
Todos à minha volta estão em conflito. Eu estou apavorada e incapaz. Eu não aguento mais ouvir as pessoas que eu amo brigarem. Eu não aguento mais ouvir desconhecidos brigarem. Eu não estou suportando tudo isso. Tudo me parece tão lindo, belo, feliz e do nada tudo desmorona.
Vô...
. Essa semana, quando a Argentina perdeu o título, lembrei de você com uma profunda saudade. Tentei imaginar como você reagiria, como ficaria zangado e eu, ao seu lado, iria também resmungar e ficaríamos nós dois lá, irritados com a nossa perda enquanto os outros felizes iriam rir, dizer que merecemos e que Messi não jogou nada. Depois iríamos para a fogueira e olharíamos o céu, eu ia fazer perguntas da sua infância, você iria me contar as suas histórias e ficaríamos ali por um longo tempo.
. Mas o problema é esse “iria”, “iríamos”. Você não está aqui, não temos mais a chance de dividir esses momentos. Eu não pude fazer essas perguntas e você não pôde me responde-las. São mais de sete anos sem poder te perguntar alguma coisa, sem poder te pedir a benção de manhã e antes de dormir, sem ouvir seus resmungos e sem poder te abraçar.
. Hoje você faria 72 anos, e estaríamos aqui, todos juntos, comemorando felizes como fazíamos antes. Mas você não está aqui, não podemos nos reunir, não posso te abraçar te contar como está a minha vida e te pedir conselhos. Não é sempre, mas eu sei que você está bem agora, é só que você foi embora cedo demais.
Não sinto fome ou sono. Não sinto vontade de falar ou de fazer algo. Sinto-me triste. Compro livros e não sinto vontade de lê-los. Sinto-me mal. Eu queria fazer algo, mas só em pensar nisso, sinto-me deprimida. Eu só queria ficar no meu quarto e chorar. Parece que tudo vai dar errado se eu sair, porque sempre dá. Eu sempre faço tudo errado. Eu sinto dores pelo meu corpo todo. Eu sinto minha alma chorar. Sinto meu espírito triste. Não sinto vontade de lutar.
As pessoas não se entendem. Elas não se conhecem e por isso não se interessam pelo que os outros sentem.
(Trecho do livro TOC, a dor invisível)
VEJA COMO VOCÊ VAI FICAR ANORMAL, ACEITANDO "O NOVO NORMAL."
Aceitando o "novo normal," você vai adquirir Vários, T.O.C.= Transtorno Obsessivo Compulsivo, como:
1)-Afefobia= Medo de contato.
2)- Fobia social= Medo de ser avaliado negativamente.
3)- Gerontofobia= Medo de idosos.
4) -Haptetobia ou Hafefobia= Medo de ser tocado.
5)-Pirexiofobia= Medo de febre.
6)-Filemalofobia= Medo de Beijos.
7)-Singenesofobia= Medo de parentes.
8)-Germofobia, Germafobia ou Misofobia = Medo de bactérias, fungo, vírus.
9)- Polifobia= Medo de muitas coisas.
10)- Panofobia ou Pantofobia= Medo de tudo.
E aí, gostou do seu "novo normal" ?
☆ ALÉM DA ANSIEDADE . . . (2)
Iniciei no primeiro texto uma reflexão ampla acerca do quanto á ansiedade pode nos afetar, e, alterar de forma contundente nossa visão de vida, e, gerar uma vigilância anormal acerca de tudo ou todos que nos cercam. Constatamos como esse sentimento caminha muitas vezes á uma experiência paranóica, delirante, estressante ou depressiva, dentre outras.
O que penso determina o que sinto, e, como me comporto.
Quem é ansioso cria seus pensamentos baseados nesse sentimento alterado, portanto, fará avaliações quase sempre equivocadas, levando á comportamentos incoerentes, desproporcionais, geralmente associados á possiveis resultados negativos.
É necessário uma vigilância muito atenta ao que nos surge á mente, cuidar de nossos pensamentos. No quadro ansioso, vivemos uma hiperexitação, um alerta desproporcional em relação á tudo e todos em nossa volta. Pode sempre haver um perigo oculto. Assim são processadas ás informações.
O pensamento é uma das principais formas da ansiedade se manifestar, portanto, deve torna-se alvo de muita observação de nossa parte.
Para muitos, é comum pensar de certa forma, não notando á ansiedade atuar nessas divagações.
Numa ansiedade natural, um compromisso importante, uma entrevista, uma apresentação em publico, ou, situações equivalentes, irão gerar certa expectativa, e, ansiedade, que serão administradas de forma á não interferir na qualidade do desempenho, durante á execução do evento. Num quadro ancioso, á possibilidade de não ser capaz, fracassar, achar que os outros não estarão satisfeitos, sua roupa está inadequada, sentir-se embaraçado(a) é muito comum. Se alguém de nosso convívio nos cumprimentar de forma diferente, já é suficiente para especulações negativas.
Medo de errar, descontrole, crer que o está pensando, é de fato o pensamento de todos, medo de ser julgado(a), culpa. Á ansiedade gera muito desconforto, autocrítica rigorosa, medos ilógicos, pensamentos intrusivos, inquietação e insônia.
Pode ainda levar ao pânico, o TOC, e, diversas fobias.
Como fiz referência no primeiro artigo, trago comigo, e, por isso também o interesse, o que pode desencadear um processo de tal grandeza, ao ponto de alterar de forma tão profunda nossa visão das relações, com pessoas, e, em relação á vida como um todo. Há, além dos sintomas psíquicos, também os físicos, como taquicardia, sudorese, tremores e outros.
Necessário se faz uma autoavaliação, pois, á qualidade de vida é afetada severamente, além, do sofrimento intenso. Para o ansioso, há o risco da catástrofe á todo instante, aliado á insegurança, nervosismo e dificuldades em lidar com incertezas.
Como primeira sugestão, avalie como você se sente, seus pensamentos. Nestes dois textos procurei expor das mais variadas formas como á ansiedade pode se fazer presente e afetar intensamente á nossa vida. Sem nenhuma ameaça real, mobilizamos uma energia enorme para algo que não oferece risco algum.
Num próximo texto, quero trazer os avanços que áreas que pesquisam incessantemente o tema, tem obtido de resultados, além, de possiveis fatores que podem alterar á intensidade da ansiedade.Tudo de bom para todos!
Alguns comportamentos e vícios são considerados como pecado por grande parte dos religiosos, julgados como algo em que os "pecadores" praticam por fraqueza ou falha de caráter, resultantes da falta de fé e comunhão com Deus onde se tem como consequência a influência do maligno na vida dessas pessoas... Quando na verdade - na maioria ou em boa parte das vezes - tais "pecados" tratam-se de transtornos cientificamente comprovados, não possuindo assim relação intrínseca ou tão somente com a espiritualidade e práticas religiosas, isto é, não necessariamente dependem de fé, força de vontade e ação voluntária por parte daqueles que os tem. (Refiro-me aqui - obviamente - a comportamentos, condutas e vícios relativos aos transtornos que não envolvam atos maldosos e criminais dos quais se tem por objetivo prejudicar ou ferir o outro).
Levando em conta o fato de que ultimamente está cada vez mais frequente situações de "escândalos" protagonizadas inclusive por líderes religiosos, em que parece ser inadmissível a condição de humanidade de um pastor ou padre. É nítido que muitas vezes eles próprios se colocam no mesmo nível de santidade de Jesus, quando passam - propositalmente ou não - uma imagem irrepreensível, ocultando suas limitações e falhas em uma tentativa vã de esconder os seus dilemas e transtornos, seja por não saberem ou simplesmente não quererem lidar com isso; uma vez que geralmente são eles os primeiros a apontar, julgar e até condenar os pecados alheios.
Depressão, ansiedade, fobias, entre outras comorbidades ou distúrbios correlacionados e resultantes de transtornos não corretamente laudados e tratados, como: TDAH, TEA, TOC... É mais fácil fingir que não acontece e espiritualizar tudo, do que reconhecer e falar sobre o assunto?
Isto nos faz questionar: Até que ponto a ciência e a religião não devem se misturar? E como ficam essas questões para o mundo real e para o Reino?
Meu mundo não tão cor de rosa.
Tenho duas direitas e duas esquerdas! E tudo muito complicado viver e entender um mundo falado, explicado e construido em prol de pessoas que não sofre com os TDHBBs, desléxicos, tocs e ainda tem mais habilidades com a mão esquerda. Não nos julgue inaptos e atrapalhados ou burros, é só nosso jeito de tentar nos adaptar a esse mundo.
