Tirania
Nas trilhas tortuosas da vida, a sabedoria se revela quando os justos se erguem contra a opressão, e os corajosos enfrentam a tirania dos poderosos.
Quando um país de mais de 200 milhões de pessoas, se põe de joelhos diante de um único homem, e diz que tal homem é um pretenso ditador; isso está falando muito mais da personalidade do povo deste país e de suas instituições, do que propriamente do homem
Às vezes, a vida se revela tirânica, despertando em nós a vontade de não prosseguir. No entanto, vida é jornada constante, onde mesmo quando paramos, ela persiste no fluxo ininterrupto do tempo.
O ápice da desigualdade entre os homens,é quando eles tentam provar que todos somos iguais ignorando um dos princípios da criação, a individualidade.
De que te serve o mundo que desconheces?
Talvez, acabando, comeces…
Fazes falta?
Enfim fica triunfante da dúvida a tirania...
A sorte sem piedade...
Passando por ermas noites...
Renovando todos os dias...
Há momentos que são quase esquecimentos...
Prometem-me uns vãos cuidados...
Promessas de outros mundos perdidos...
E assim consigo...
Possuir em sonho o que morreu...
Fingir que tudo está bem...
Mas para quem finjo afinal?
Por que enganar-me nesse mal?
Medo do vazio...
Ou do que não é preenchido?
Mas olha, tal qual é...
Que pouco ou muito é dito...
Não sei se sei o que digo...
Tem hora que nem sei o que sinto...
O segredo da vida é a inquietação...
Ser isto ou aquilo ou então não ser...
Perguntas sem
resposta...
Onde em cada instante...
Pensar é não compreender...
Sandro Paschoal Nogueira
Ceder em demasia às vontades das crianças pode criar um desequilíbrio na dinâmica familiar, enfraquecendo a autoridade dos pais e permitindo que a tirania infantil floresça.
...Neles , entretanto, é fácil distinguir a divergência da maledicência, da malevolência...Quando essa animosidade..., por trás da pretensa crítica, se escora em divergência ideológica e com ela se disfarça, o caso entrra para a sombria faixa das pequenas infâmias que - destacadamente, em épocas de tirania e de obscurantismo - marcam as criaturas frustradas, covardes e sujas...essas mazelas, que definem ações dos marginais da atividade intelectual...Ninguém pode caminhar pelos tortuosos caminhos de uma atividade feita para o público sem arriscar a receber uma mordida de um cão raivoso, ou uma pedrada insólita de um esquizofrênico, ou o bote traiçoeiro de serpente se pisou inadvertidamente"
A FÚRIA DE CALIBÃ, pág. 247
As asas boçais da violência
Um dia em que a boçalidade superou o estado democrático de direito. Ainda bem que o Menino do Mucuri nasceu em 1964, num estado de beligerância, acostumado com rajadas de tiros e toda sorte de arbitrariedades neste período de nuvens negras na história do Brasil.
Em plena época de crise de saúde pública em ordem planetária, agentes públicos, despreparados, autoritários e boçais ainda tentam se valer pelo poder da força, são almas e descendentes da ditadura, abutres roedores da Administração Pública, que vivem feito sanguessugas nas trincheiras e às margens da lei.
Não sabem nem por onde a sirene vem, mas ouvem o barulho da sirene e nem se comovem do sofrimento alheio. Tudo isso é festa, a banda passa, o tempo muda e a história modifica, um dia esses contumazes agressores da norma serão vítimas do próprio sistema.
Não há homens prepotentes, nem chacais sociais. Existe na verdade sociedade covarde, pusilânime, que a tudo aceita e nada acontece com a tirania de bocais que destilam suas peçonhas nos quadrantes do território e se homiziam nos umbrais da Administração Pública. A tirania é antes de tudo uma fraqueza coletiva que aceita uma falsa fortaleza individual. Pobre do cidadão que se ver sufocado pela violência estatal, institucionalizada, em nome da defesa social. E olha que há bons agentes públicos, aliás, é uma regra, mas aqueles cabotinos de plantão que acham que têm um Rei na barriga geralmente conspurcam a Instituição e coloca em risco os interesses da Sociedade.
As alvoradas da liberdade não surgem como um acontecimento natural. As manhãs da liberdade se fazem com a vigília corajosa dos homens que exorcizam com sua fé os fantasmas da tirania.
Coroação
Há quem pense que o poder nasce de cima,
mas nunca houve cúpula que não tivesse sido erguida
pelas mãos dos de baixo.
Quem põe a coroa na cabeça de outro
assina a própria servidão,
mesmo que diga que o faz por justiça ou ordem.
O homem que aceita governar
sem ter pedido,
já caiu.
E o povo que o aclama,
também.
O medo não vem de quem manda,
vem de quem obedece por hábito.
E o hábito é o maior inimigo da alma.
Não é preciso revolta,
basta deixar de ajoelhar.
Basta parar de apontar o dedo
e de esperar que apontem por nós.
Porque o verdadeiro governo
é o de si próprio.
E a única coroa que vale
é a que não se vê —
a que se acende dentro,
quando se escolhe ser livre
sem precisar de mandar.
A ética não pode ser concebida como simples ornamento retórico ou valor periférico; é, antes, o esteio inabalável que sustenta a integridade da vida pública e privada. Ausente esse princípio, mesmo as mais retumbantes realizações sucumbem ao opróbrio da imoralidade e da degradação institucional. Em uma sociedade tensionada por crises de legitimidade e pelo abalo das estruturas morais, a ética emerge não apenas como virtude, mas como imperativo categórico, luz que dissipa as sombras do desvio e do arbítrio. É ela que confere densidade moral aos atos, dignifica as escolhas e ancora a confiança do corpo social nas instituições. Sem ética, a autoridade se torna tirania, a liberdade vira licença, e a justiça, mero simulacro.
Ser chamado de traidor por quem não respeita sua liberdade de escolha não é necessariamente ruim. Mandela foi considerado nocivo ao governo Sul Africano segregador, Sócrates foi acusado não reconhecer os deuses do Estado, introduzir novas divindades e corromper a juventude. Em 18 de março de 1922, Mahatma Gandhi foi julgado por uma corte colonial britânica na Índia. Ele acabou condenado a seis anos de prisão, acusado de insubordinação. E aqui lembro da lição de La Boétie de que lealdade é necessariamente acompanhada de reciprocidade, e sem reciprocidade a sua lealdade será servidão voluntária, e quem dela usufruiu será o seu tirano. Tiranos gostam de humilhar seus servos, para domar-lhes a vontade, e raramente vão perguntar o motivo pelo qual não serves mais a ele, apenas vão te chamar de "traidor" por não mais se curvar a vontade dele.
Na história do mundo, quando os representantes do povo não faz a sua parte na democracia, gera a instabilidade, pois o PODER é do povo e não do Estado. Toda tirania tem seu fim.
Num tempo em que as principais democracias do mundo foram colocadas em xeque, não se pode atrasar medidas, mudanças na lei, na defesa das intuições e do sistema democrático de direito. Nem é aceitável postular a defesa de um menor acirramento na luta por mantê-la livre dos seus antagonistas. A democracia é a garantidora de limite a tiranos e déspotas no poder.
IMIGRANTE
quando o imigrante
canta
ao nascer do sol
magos despertam
do sono de milênios
e tiranos perdem
o pique do riso
porque seguir
é o contrário da partida
e a marca que fica
é a flor deixada no degrau
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